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CHECKLIST

Níveis do
BR!NCAR
Identificando e Pensando Recursos

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Instituto de Desenvolvimento Infantil
Quem somos

Deivid Sampaio
Deivid tem uma mente que não para.
É amante das artes e adora músicas.
É Psicólogo, especialista em Autismo, em
Análise do Comportamento Aplicada e
em Terapia Cognitivo-Comportamental
da Infância e Adolescência. Tem
formações nas áreas de Neuropsicologia
do Desenvolvimento, Treinamento de Pais,
Gestão de Comportamentos, Habilidades
Sociais no TEA e no Modelo Denver de
Intervenção Precoce. É palestrante e
professor de pós-graduações nas áreas de
Autismo e Desenvolvimento Infantil e atua
na Avaliação e Intervenção Precoce de
Crianças com atrasos e transtornos do
neurodesenvolvimento há mais de 15 anos,
além de ser supervisor da equipe de
Psicólogos do CEDIN - Centro Especializado
em Desenvolvimento Infantil.

Juliana Ventura
Juliana é divertida, brincalhona e sensível.
É Psicóloga, Neuropsicóloga, especialista
em Autismo, em Análise do
Comportamento Aplicada e em Terapia
Cognitivo-Comportamental da Infância e
Adolescência. Tem formação em
Habilidades Sociais no TEA, Gestão de
Comportamentos Inapropriados e no
Modelo Denver de Intervenção Precoce. É
palestrante e professora de pós-graduações
nas áreas de Autismo e Desenvolvimento
Infantil, e atua na Avaliação e Intervenção
Precoce de crianças com atrasos e
transtornos do Neurodesenvolvimento, há
mais de 15 anos, além de ser supervisora da
equipe de Psicólogos do CEDIN - Centro
Especializado em Desenvolvimento Infantil.

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Quem somos
Quem somos

Michelle Costa
Michelle é criatividade, emoção e
acolhimento. Psicopedagoga,
especialista em Neuropsicologia,
coordenadora da Pós-Graduação em
Desenvolvimento Infantil pelo CBI
of Miami. Tem extensão em
Desenvolvimento Infantil e formações
no Hanen, Denver, ABA e certificação
internacional avançada no Jasper. Atua
na Avaliação e Intervenção Precoce de
crianças com atrasos e transtornos do
Neurodesenvolvimento. Proprietária do
Núcleo de desenvolvimento INFÂNCIA,
coordena e supervisiona assistentes
terapêuticas da sua equipe na
intervenção precoce.

Nathalia Heringer
Nathalia é conectada com tudo e com
todos, acolhedora e criativa. Psicóloga,
Neuropsicóloga, Mestre em Cognição e
Comportamento-UFMG e é diretora
clínica da Pequeninhos. Possui
Certificação Internacional Avançada
ESDM - Denver; Certificação PRT - Level 1;
Formação em Habilidades Sociais;
Implementing The Group-Based Early
Start Denver Model for Preschoolers with
Autism. Atua na avaliação do
desenvolvimento e intervenção precoce
como supervisora clínica. Coordena o
Instituto de Neuropsicologia e Psicologia
Infantil - INPI e é professora de cursos de
formação profissional.

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Sumário
Brincar é o elo comum que une as crianças 4

Por que as crianças brincam? 5

Nível 1: Exploratório 7

Brinquedos do Nível Exploratório 8

Nível 2: Funcional 10

Brinquedos do Nível Funcional 11

Nível 3: Pré-Simbólico 13

Brinquedos do Nível Pré-Simbólico 14

Nível 4: Simbólico 16

Brinquedos do Nível Simbólico 17

Nível 5: Jogo de Regras 19

Brinquedos do Nível Jogo de Regras 20

Checklist Criar: Níveis do Brincar 22

Referências Bibliográficas 27

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Brincar é o elo comum
que une as crianças
O brincar é uma expressão do desenvolvimento infantil. Essa
é uma habilidade crítica para o desenvolvimento, pois a
criança se desenvolve pelo brincar e se relaciona pelo brincar.

O Brincar é:

veículo para aquisição de novas habilidades,


instrumento para avaliação e observação do
desenvolvimento das crianças,
sinalizador de prognóstico,
ferramenta para intervenção.

O BRINCAR É O ELO COMUM QUE UNE CRIANÇAS.

Se o brincar é a base para o desenvolvimento infantil,


conhecer a fundo sobre o brincar e sua trajetória
desenvolvimental também é a base para todos os
profissionais da infância. O ganho de habilidades de brincar é
cumulativo. Existem diferentes níveis do brincar que a
criança deve progredir através de seu desenvolvimento global
e estimulação ambiental.

Nesse ebook você vai conhecer mais sobre os níveis do


brincar, identificar onde a criança está na trajetória de ganho
dessa habilidade e selecionar recursos para estimulação do
desenvolvimento.

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Por que as
crianças brincam?
As crianças são pequenos cientistas. Elas investigam o
mundo através dos seus sentidos e querem descobrir como
tudo funciona. É através da brincadeira que a criança amplia
o seu conhecimento, pois ela consegue testar hipóteses sobre
aquilo que ela viu e ouviu e através das suas interações com os
objetos e as pessoas.

A visão construtivista proposta por Jean Piaget (1963) aponta


que “a criança constrói o seu próprio conhecimento e
modelos de representação (imagens mentais) do ambiente
físico a partir da exploração sensorial e motora dos objetos e
do mundo material".

Esse conhecimento sensório-motor é gradualmente


interiorizado e começa a evoluir para representações de
ações, objetos e acontecimentos do mundo” (Rogers &
Dawson, 2014).

Dessa capacidade, ela evolui para o pensamento mais


abstrato, que associa a permanência do objeto, a capacidade
de resolução de problemas, a brincadeira simbólica e o
reconhecimento de regras.

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À medida que a criança cresce, a sua brincadeira fica cada
vez mais elaborada. Ela se associa ao amadurecimento
cerebral e ao processamento de informações do meio.
Portanto, o desenvolvimento infantil está intimamente
associado ao desenvolvimento da brincadeira.

Atualmente, não há um consenso na literatura científica sobre


os estágios (ou níveis) do brincar. Entretanto, acredita-se que
eles sejam cinco:

Exploratório Pré-simbólico Jogo de Regras

Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Funcional Simbólico

Conheça um pouco mais sobre esses níveis e como avaliar o


estágio em que a criança se encontra.

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Nível 1: Exploratório
O primeiro dos 5 níveis pode ser associado ao estágio
sensório-motor proposto por Piaget. Nesse estágio, que vai de
0 a aproximadamente 1 ano de idade, a criança usa de suas
habilidades motoras e sensoriais para explorar objetos à sua
volta.

Se a sua criança está no nível exploratório, ela:


Explora o brinquedo olhando, pegando e por vezes levando
à boca.
Joga objetos no chão para que você pegue e faz isso várias
vezes.
Procura por objetos que caem no chão.
Está atenta ao movimento das pessoas, cores e sons de
objetos.
Prefere brincadeiras sociais como “Cadê? Achou!” e cócegas,
se divertindo e pedindo para que você continue usando gestos
ou vocalizações.
Tenta resolver problemas através da tentativa e erro.
Realiza ações com os brinquedos intencionalmente para
obter a resposta desejada, como balançar um chocalho ou
apertar uma bolinha para ouvir o barulho do apito.

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Brinquedos do
Nível Exploratório

Tapete Piscina De Bolinhas


Infantil - 3 Em 1 Tartaruga

Giratório com Ventosa

Brinquedo de Banho para Bebês


6 Unidades/lote de Bolas Color

Mordedor Leão – Infantino

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Potinhos Empilhar e Rolar
- Fisher Price

Instrumentos musicais

Matrioska Bichitos - Elka

Cubinhos divertidos - Toyster

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Nível 2: Funcional
O jogo exploratório progride e, entre aproximadamente 12 e 18
meses de idade, a criança começa a demonstrar um uso mais
convencional de objetos e faz associações entre objetos. Esse
segundo nível é chamado de jogo funcional.

No jogo funcional a criança já brinca com brinquedos ou


objetos de acordo com a função pretendida (por exemplo,
rolar uma bola, empurrar um carrinho, alimentar uma boneca,
encaixar peças).

O jogo ainda é simples. A criança começa a explorar ações de


"causa e efeito", como jogar uma bola em uma pista, rolar um
carro, apertar um botão de um brinquedo ou abrir e fechar.

Ela também já consegue montar e desmontar, empilhar,


juntar, tirar anéis de um empilhador e relacionar
adequadamente 2 objetos (tampa e panela).

Se a sua criança brinca assim, ela está no nível funcional:

Executa ações funcionais, como colocar uma bolinha para


girar no brinquedo e apertar botões esperando uma ação.
Faz um carrinho andar em uma pista.
Chuta uma bola.
Adequa a função de objetos. Leva uma escova de dente para
a boca e uma escova de cabelo para a cabeça.
Imita ações simples de um passo com objetos.
Desmonta brinquedos que são usados juntos (tira anéis de
um empilhador).
Coloca peças onde elas se encaixam (moeda em um
cofrinho).
Empilha e constrói com blocos.
Brinca de forma apropriada com brinquedos que exigem a
repetição da mesma ação (abrir e fechar; encaixar; juntar).

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Brinquedos do
Nível Funcional

Lagarta de atividades
- Fisher Price

Boneco Zuquinha - Elka

Falafone - Calesita

Caixa Encaixa - Estrela

Pista de carrinhos -
Pista Baby

Kit Frutinhas

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Cofrinho - Fisher Price

Gira-Gira - Estrela

Dino Papa Tudo - Elka

Encaixe Fazendinha
- Melissa e Doug

Blocos Magnéticos

Blocos de Montar
- Mega Bloks

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Nível 3: Pré-Simbólico
Nesse nível de brincar, a criança começa a criar relações que
se aproximam de funções do seu dia a dia.

Essa fase se relaciona ao estágio pré-operatório, onde a


criança amplia sua comunicação e linguagem, o que,
consequentemente, acarreta ganhos no seu desenvolvimento
cognitivo e social.

Com isso, a criança passa a usar de elementos cognitivos para


brincar e assim explora funções como parear objetos a sua
função. Por exemplo, garfos e facas se juntam a pratos. Nessa
fase, o brincar ainda é concreto.

A criança precisa da representação dos objetos para


simbolizar e as ações são dirigidas a ela mesma (fingir que
dorme, falar ao telefone, por exemplo).

Se a sua criança brinca assim, ela está no nível de


brincar pré-simbólico:

Organiza pratos, copos e talheres dispondo na mesa.


Usa blocos para construir casas, prédios, foguetes.
Relaciona móveis de uma casa aos espaços.
Alimenta, dá banho, coloca para dormir bonecos.
Coloca comidas na panela, corta e mexe.
Descreve/narra suas ações na brincadeira.

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Brinquedos do
Nível Pré-simbólico

Bonecos LEGO

Panelinhas, pratinhos,
talheres

Alimentos com velcro

Kit higiene

Casinha Little Land

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Ônibus - Cocomelon

Blocos - Magforma

Baby Garage

Bolo de velcro

Torre de empilhar -
fazenda

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Nível 4: Simbólico
Nesse nível de brincar, a criança já consegue criar ações de
representação, então é possível vê-la encenar ações, construir
histórias e expandir o brincar.

Por exemplo, uma pizza pode ser criada com uma caixa de
papelão e o pagamento pode ser pedrinhas, ao invés de
moedas, folhas secas viram neve e um cobertor, uma capa de
invisibilidade.

A criança consegue criar e ser um herói, veterinário,


bombeiro… Os objetos não precisam necessariamente ser
reais. Minhas mãos viram um binóculo e a gente vai em busca
de piratas imaginários.

Ela também consegue brincar de ser o papai ou a mamãe,


veste suas roupas e finge estar trabalhando.

Se a sua criança brinca dessa forma, ela está no nível


simbólico:

Finge que um lápis é uma varinha mágica, um palito pode ser


uma colher ou um bloco ser uma luneta.
Faz de conta que uma caixa é um carro ou um forno de micro-
ondas.
Procura e aceita recursos para substituir algo, como um
guardanapo pode servir de toalha de mesa ou de banho.
Finge que usa shampoo para dar banho no bebê, que está
espremendo uma laranja, colocando sal na comida…
Os bonecos executam ações de construir um barco, navegar,
pescar peixes…
Finge ser um personagem.
Muda a entonação de voz para representar diferentes
personagens.
Segue o raciocínio de um adulto ou criança em uma brincadeira
de faz-de-conta de forma flexível.
Propõe ideias diferentes para as brincadeiras.
Propõe ideias diferentes para resolver problemas durante as
brincadeiras.

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Brinquedos do
Nível Simbólico

Maleta Workshop Jr

Kit bombeiro

Conjunto cozinheiro

Capa heróis

Caixas tamanhos diversos

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Blocos Gigantes

Blocos de madeira, troncos…

Big Construtor

Jogo Lab

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Nível 5: Jogo de Regras
As crianças que estão no nível de Jogo de Regras são capazes
de fazer uso de operações mentais para resolver problemas,
envolvendo pensamentos lógicos e abstratos.

Elas conseguem pensar logicamente e analisar uma situação,


usando habilidades como pensamento espacial, relações de
causa e efeito, categorização, seriação e inferência transitiva,
raciocínio indutivo e dedutivo, conservação e conceitos
numéricos e matemáticos.

Normalmente essas habilidades são adquiridas após os 5 anos


de idade e vão se tornando mais complexas com o
desenvolvimento das Funções Executivas, levando à melhora
da capacidade de atenção, memória e planejamento.

A criança brinca com jogos de regras quando:

Entende regras sociais, como esperar a sua vez, brincar de algo


que as outras crianças querem brincar para manter amizade.
É capaz de seguir 3 ou mais comandos que não envolvem relação
entre eles (por exemplo: joga o dado, anda com o peão e pega uma
carta).
Reveza-se como parte de uma estrutura de jogo e mantém a
atenção até a conclusão do jogo.
Realiza ações de cooperação com o parceiro para alcançarem um
objetivo em comum.
Sabe organizar e planejar o jogo - coopera na construção de um
cenário para o jogo.
É capaz de planejar suas ações, como por exemplo, pensar em
qual carta irá jogar para ganhar mais pontos.
Compreende relações de “Se... então...” (por exemplo: “Se eu
jogar dessa forma, pode acontecer isso!”).
Fazem inferência sobre o que as outras pessoas estão pensando
ou sentindo para tomar uma decisão sobre uma jogada.

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Brinquedos do
Nível Jogo de Regras

Quem sou eu? - Babebi

Pula Pirata - Estrela

Lince – Grow

Pula Macaco – Estrela

Tapa Certo – Estrela

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Puxa Puxa Batatinha
– Estrela

Resposta Mágia – Grow

Pinguim numa fria


– Art Brink

Dobble - Galápagos Jogos

Jogo do Mico - Copag

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Checklist Criar:
Níveis do Brincar
Nome:
Idade: Data Aplicação:
Aplicador:

O Checklist Criar: Níveis do Brincar foi elaborado com base em


vários artigos, escalas e currículos do desenvolvimento, aliados à
experiência clínica e atuação no desenvolvimento infantil do time
do Instituto Criar. O objetivo deste checklist é, qualitativamente, te
ajudar de forma simples a identificar o nível de brincar da sua
criança, e, assim, facilitar a seleção de recursos para a estimulação
do desenvolvimento.

Para preencher esse checklist, disponibilize alguns recursos de


cada nível e observe a criança brincar. Não dê modelos, espere a
iniciação da criança para melhor entender seu nível de brincar.
Com base em suas observações, preencha o checklist, marcando as
habilidades observadas no brincar.
O nível que você mais obtiver respostas, será o nível de jogo da
criança. É por ali que você deve começar, buscando ampliar as
possibilidades de brincar para um próximo nível.

Níveis Comportamento

Explora o brinquedo olhando, pegando e por vezes


levando à boca.

Joga objetos no chão para que você pegue e faz isso


várias vezes.

Procura por objetos que caem no chão.

1. Exploratório
Está atenta ao movimento das pessoas, cores e sons
de objetos.

Prefere brincadeiras sociais como “Cadê? Achou!” e


cócegas, se divertindo e pedindo para que você
continue usando gestos ou vocalizações.

Tenta resolver problemas através da tentativa e erro.

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Realiza ações com os brinquedos intencionalmente
para obter a resposta desejada, como balançar
um chocalho ou apertar uma bolinha para ouvir o
barulho do apito.

Executa ações funcionais, como colocar uma


bolinha para girar no brinquedo e apertar botões
esperando uma ação.

Faz um carrinho andar em uma pista. Chuta uma


bola.

Adequa a função de objetos. Leva uma escova de


dente para a boca e uma escova de cabelo para a
cabeça.

Imita ações simples de um passo com objetos.


2. Funcional

Desmonta brinquedos que são usados juntos (tira


anéis de um empilhador).

Coloca peças onde elas se encaixam (moeda em um


cofrinho).

Empilha e constrói com blocos.

Brinca de forma apropriada com brinquedos que


exigem a repetição da mesma ação (abrir e fechar;
encaixar; juntar).

Organiza pratos, copos e talheres dispondo na mesa.

Usa blocos para construir casas, prédios, foguetes.

Relaciona móveis de uma casa aos espaços.


3. Pré-simbólico
Alimenta, dá banho, coloca para dormir bonecos.

Coloca comidas na panela, corta e mexe.

Descreve/narra suas ações na brincadeira.

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Finge que um lápis é uma varinha mágica, um palito
pode ser uma colher ou um bloco ser uma luneta.

Faz de conta que uma caixa é um carro ou um forno


de micro-ondas.

Procura e aceita recursos para substituir algo, como


um guardanapo pode servir de toalha de mesa ou de
banho.

Finge que usa shampoo para dar banho no bebê,


que está espremendo uma laranja, colocando sal na
comida…

4. Simbólico Os bonecos executam ações de construir um barco,


navegar, pescar peixes…

Finge ser um personagem.

Muda a entonação de voz para representar


diferentes personagens.

Segue o raciocínio de um adulto ou criança em uma


brincadeira de faz-de-conta de forma flexível.

Propõe ideias diferentes para as brincadeiras.

Propõe ideias diferentes para resolver problemas


durante as brincadeiras.

Entende regras sociais, como esperar a sua vez,


brincar de algo que as outras crianças querem
brincar para manter amizade.

É capaz de seguir 3 ou mais comandos que não


5. Jogo de Regras
envolvem relação entre eles (por exemplo: joga o
dado, anda com o peão e pega uma carta).

Reveza-se como parte de uma estrutura de jogo e


mantém a atenção até a conclusão do jogo.

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Realiza ações de cooperação com o parceiro para
alcançarem um objetivo em comum.

Sabe organizar e planejar o jogo - coopera na


construção de um cenário para o jogo.

É capaz de planejar suas ações, como por exemplo,


pensar em qual carta irá jogar para ganhar mais
pontos.

Compreende relações de “Se... então...” (por exemplo:


“Se eu jogar dessa forma, pode acontecer isso!”).

Fazem inferência sobre o que as outras pessoas


estão pensando ou sentindo para tomar uma
decisão sobre uma jogada.

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A brincadeira é a mais pura, a mais espiritual
atividade do ser humano e, ao mesmo tempo, típica
da vida humana como um todo - da vida natural
interior escondida no ser humano em todas as coisas.
Por isso, ela dá alegria, liberdade, contentamento,
descanso interno e externo, paz com o mundo. Ela
tem a fonte de tudo que é bom. (...) Não é a expressão
mais bela da vida, uma criança brincando? (...) A
brincadeira não é trivial, ela é altamente séria e de
profunda significância. Cultive-a e crie-a; proteja-a e
guarde-a! Para a visão calma e agradável daquele
que realmente conhece a Natureza Humana, a
brincadeira espontânea da criança revela o futuro
da vida interior do ser humano. As brincadeiras das
crianças são as folhas germinais de toda a vida
futura; pois o ser humano todo é desenvolvido e
mostrado nela, em suas disposições mais carinhosas,
em suas tendências mais interiores."

- Friedrich Froebel

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Bibliografia
Barton, Erin E. PhD, BCBA. Development of a Taxonomy of Pretend Play
for Children With Disabilities. Infants & Young Children 23(4):p 247-261,
October/December 2010. | DOI: 10.1097/IYC.0b013e3181f22072.
Bee, H. & Boyd, D. (2011). A criança em desenvolvimento. 12ª ed. Porto
Alegre: Artmed.
Martorell, G. Papalia, D. E. & Fedlman, R. D. (2020) O mundo da criança:
da infância à adolescência. 13ª ed. Porto Alegre: Artmed.
Oliveira, J. B. A. (2017). Desenvolvimento Infantil: o que desenvolve?
Brasília: Instituto Alfa e Beto.
Rogers, S. & Dawson, G. Intervenção Precoce em Crianças com Autismo:
Modelo Denver para promoção da linguagem, da aprendizagem e da
socialização. Lisboa: Lidel Edições Técnicas Ltda, 2014.
Stagnitti, K., Unsworth, C., & Rodger, S. (2000). Development of an
assessment to identify play behaviours that discriminate between the play
of typical preschoolers and preschoolers with pre-academic problems.
Canadian Journal of Occupational Therapy / Revue Canadienne
D'Ergothérapie, 67(5), 291–303.
https://doi.org/10.1177/000841740006700502.
Thiemann-Bourque K, Johnson LK, Brady NC. Semelhanças no Jogo
Funcional e Diferenças no Jogo Simbólico de Crianças com Transtorno do
Espectro do Autismo. Am J Intellect Dev Disabil. 2019 Jan;124(1):77-91. doi:
10.1352/1944-7558-124.1.77. PMID: 30715926; PMCID: PMC6748042
Ungerer, J. A., Zelazo, P. R., Kearsley, R. B., & O'Leary, K. (1981).
Developmental changes in the representation of objects in symbolic play
from 18 to 34 months of age. Child Development, 52(1), 186–195.
https://doi.org/10.2307/1129229.
Zatz, S, Zatz, A & Halaban, S.

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Instituto de Desenvolvimento Infantil

Deivid Sampaio | Juliana Ventura


Michelle Costa | Nathalia Heringer
@criar.instituto

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