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Enfermagem em

Saúde da Criança (.
e do Jovem

1
1

Ana Lúcia Ramos --


I

-~

Maria do Céu Barbieri-Figueiredo

Manuela Néné Carlos Sequeira


EDIÇÃO E DI STRIB UIÇÃO
Lidei - Edições Técnicas, Lda.
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l. ª edição impressa: junho de 2020

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1
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Índice
.................. .......................................................................
v
Autores ......................................................................................
.................. ........................................ ................... ..... XI
Prefácio ................... ..........................................................................
Ana Lu (sa Portela Go11çalvPs Basto s

......... ......... .......... .......................................................... .... XIII


Siglas e abreviaturas ...............................................................
efredo
Ana Lúcia Ram os/Ma ria do Céu Barb?°Pri -Figu
XVII
................................................ ................... .................
Nota introdutória ..........................................................................

..
SOCIEDADE EM MUDANÇA ...............................................
1. ENFERMAGEM EM SAÚDE DA CRIANÇA EDO JOVEM NUMA
redo
Ana Lúcia Ramo s/Mar ia do Céu Barb ieri-F iguei

DA CRIANÇA, JOVEM EFAMÍLIA ......................... 11


2. ACRIANÇA EOJOVEM COMO Foco DE CUIDADO: EMPODERAMENTO
Ana Lúcia Ramo s

.......... ................................................................... 25
3. MODELOS DE CUIDADOS EM SAÚDE INFANTIL EPEDIATRIA.............
Carla Cerqu eira/M aria do Céu Barb ieri-Figuei redo 28
........................................................................... ....
3.1 . Cuidados Centrados na Família..................................
Carla Cerq ueira /Mar ia do Céu Barb ieri-F iguei redo 33
.......................................................................
3.2. Modelo de Parceria de Cuidados de Anne Casey ..........
Amélia José Mont eiro/Carla Cerqu eira

.................................................. .......... .............. 39


4. CUIDADOS ATRAUMATICOS EDOR EM PEDIATRIA.. .............................
Anan da Ferna ndes

.......... .............................................................. 57
S. 0 DIREITO APLICADO NO CUIDADO À CRIANÇA, JOVEM EFAMÍLIA......
Sérgio Deodato

.......... .......... .......................... ............................. ..... 65


6. ÉTICA NO CUIDADO À CRIANÇA, JOVEM EFAMÍLIA...... .............. ...
L ucíhu Nunes

... . 81
................. ..... ........ .. ........................... .............................
7. APRECIAÇÃO EM ENFERMAGEM DA CRIANÇA EDO JOVEM
fúla Fenw ndes/Luísa An drade
7·1· Nas Consultas de Enfermagem em Contexto de Cuidados de Saúde Primários ....................... .. 86
Ilda, Ferna ndes/Luísa Andr ade
7·2· No Contexto do Internamento ············· 95
································································ ·················· ···················
Patríc ia f'omho T'u varPs

Vilw;u/M~;;~;;;~~··;·;;~~~~:~· · · · · ············. .,. .................. ... . . . ........................... ..........................................


B. 0 REctM-NASCIDO 105
Si IILÜo

9. 0 RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO ····· ·········· ········· ····· ····· ········ ····


117
Mudu lena R ,. 'IS' - :········ ············ ················ ······· ······· ····· ·· ···· ······· ········ ········
urnos . irnuu Vi laç1.1/ G'ure ti Mnul es

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Enfermagem Saúde da Criança e do Jovem

10. OLACTENTE .................................. ......... ...................... ........ .. .... ........ ...... ....... .... .. ............................ ..... ...................... 135
Mnrin A 11tó11in Cn<' im Chom

11. A CRIANÇA DO 1 AOS 3 ANOS ....... .. .................. ..................... .......... ............................................ ··························· ..... 147
Gertrudes Afaria Si l m

12. A CRIANÇA EM IDADE PRE-ESCOLAR (3 AOS 6 ANOS) EESCOLAR (6 AOS 12 ANOS)............................................. ........ 159
Consf.(111çn Festnsllsnbd Qu elhns/Maria Clnm Braga

13. OJOVEM............................ ........................... ............................................................................................................. .. 193


Ângela Baptis talClriudfo Qu infa s/Patrícia Baltar/Rita Alves/Vera La:vrador/Tiago Dias Silva

14. CUIDAR DA CRIANÇA, JOVEM EFAM(LIA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS ............................................................................. . 217


14.1. A Criança e o Jovem Submetidos a Procedimento Cirúrgico ....................................................... .. . 218
Margarida Ca:rmo/Eli sabete Rocha/Marta Bentes/Catarin a Soares
14.2. A Criança e o Jovem com Doença Crónica ou Incapacitante ......................................................... . 231
Zaida Charepe
238
14.3. Espiritualidade no Cuidado à Criança ............................ ............................ ........................................... .
Sílvia Caldeira
248
14 .4. Crianças com Necessidades Especiais ........................................................ .......................................... .
Cláudia Augusto/R afaela R osário/Maria José Silva/Beatriz Araújo/
María do Céu Barbieri-Figue iredo
264
14.5. A Criança e o Jovem com Problemas de Saúde Mental ................................................................... .
António Na,ba,is/Lucí lia Nunes
273
14.6 . A Criança e o Jovem Vítimas de Maus-tratos ........................................................ .............................. .
Ana Pádua/José Silva/Sí lvia Contreiras
282
14.7. A Criança e o Jovem em Fim de Vida ............................................... ........ ......................... ...... .. ............ .
Lurdes Martins/Sílvia Ramos 293
14.8. A Criança e o Jovem em Contexto de Urgência ........................................................ ......................... .
Francisco Vaz/Rute 'l'rigo

311
1S. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO A UTILIZAR EM CRIANÇAS, JOVENS EFAMILIA ............................. ..................... ......... .
Ana Lú cia Rarnos/Maria do Cé-11 Bar/Jieri-Fique'i reúo

323
Índice rem issi vo ........................... ....................................................... ................................................................... ............

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Acriança e ojovem
como foco de cuidado:
empodera mento da criança,
jovem e família
ça e o J o v e m c o m o Foco de .
2 A Cri an
n to d a C riança , Joven, ;urdad0.
E m p o d e ra m e Fanini~
An aL . aR
Uci
º'no:

OBJETIVOS DE APREND
IZAGEM
lês , em po werm )
JJo dc •ra rne nto (d o ing en t em enfen-nag e
• l>l 'fln ir o co11c<'ifo rk l'lll
de inl:rn fil e pe diá tric a; rn de sa1í
a de cu ida do à cri an ça , jov em e fam ília ·
1k se rn' ol ve r a vis áo ho
lís tic á
' be ne fici no su

da do s·' . . os c:u,
co nc ep tua l ce ntr ad o na cri an ça , jov em e fa m10 1a
• Int cg rar um mo de lo ~ . . à cri an ' .
.
1rn po rta nc ia do co nc eit o de po de r as so cia do Jovern e farní)j a,.
• Re co nh ec er a
de atu aç ão em po de rad or as de cri an ça s J·ov ça, famíli
, en s e as.
• lcle nti fic ar est rat ég ias
r Ut'Ili zado e
qu e ,sit. ua çõ es po de rá se Que ~.
.
INTRO DUÇÃO t ra t eg 1a s po de rá O •w n eiro utT
e~ "en
112
en to de ~ Pa1c
s im pli ca po de r ?r om ov er o em po de ram -
Cu ida r de cri an ça s e jov en Jo ve ns_ e fam íli as? Es tas 8 ao algum as da
cnanç~
tit uin do -se os mo -
influe nc iar o fut uro , co ns qu es, toe s qu e se es pe ra
da r resposta
urn a op ort un ida de nes1.
me nto s de int era çã o co mo ca pit ulo .
os os en vo lvi do s.
de de sen vo lvi me nto de tod
pa rti cu lar , co mo
Co mo en fer me iro s e, em
em En fer ma ge m as. hi stó ria s de pessoas
en fer me iro s esp ec ial ist as Co nh eç a alg um •
diá tri ca (E EE SI P) , pa ra ga nh ar 1nsp1.ração
...
de Sa úd e Inf an til e Pe
de um "m od elo co n- ► Ni ck ~u jic ic ( ora do
r motivacional in-
prec on iza -se a uti liz açã o
ça e fam ília , en ca - tem ac 10 na l, co m vá rio s
livros e vídeos
ce ptu al ce ntr ad o na cri an como conse!!ue
io co mo be ne fic iá- pu bli ca do s qu e co nta m
ran do sem pre est e bin óm
) e tra ba lha nd o em do , inesperad a-
rio do s se us cu ida do s( ... da r va lor à su a vid a qu an
e fam íli a/p ess oa sig - s nem bra ços ).
pa rce ria co m a cri an ça me nte , na sc eu se m pe rna
nte xto em qu e e la ► Ma lal a Yo us afz ai
Uo ve m paquistan esa
nif ica tiv a, em qu alq ue r co Nobel da Paz e
er o ma is ele va do qu e rec eb eu o Pr ém fo
se en co ntr e, pa ra pr om ov a can eta, tm1a
l, pr es tar cu ida do s cu jo lem a é "Um liv ro, mn
est ad o de saú de po ssí ve po de m mudar o
en te e pr op or cio na r cr ian ça e um pr of es so r
à cri an ça sau dá ve l ou do
im co mo ide nti fic a
ed uc aç ão pa ra a saú de ass mu nd o" ).
po rte à fam ília /pe s- ► E pr ov av elm en te a
his tór ia de um fami-
e mo bil iza rec urs os de su ué m de quem
me nto n." 422/2018 lia r, de um am igo , de alg
so a sig nif ica tiv a" (R eg ula
sua!
de 12 de jul ho , p. 12 19 2). cu ido u e, até me sm o, a
de pro fis sio na l
Al ian do a res po ns ab ili da
ra a co ns tru çã o de ·ct erta111ent1
ao po ten cia l co ntr ibu to pa Em alg um mo me nto da VI a, e '
-es colll0e
co m cid ad ão s ma is
um a so cie da de me lho r e se cr uz ou co m alg um as ex pre sso
. " "porqu
de cis ore s, dir -se -ia d •·.
inf on na do s e me lho res "n ão cons igo " "n ão vo u se r
. cap ,, "vo' u es1,
az
nd am en tai s qu e de - , as rl1'
qu ~ um do s co nc eit os fu é qu e ist o ac on tec eu
co migode '
pes so
te no qu oti dia no
vena es tar s em pre pr es en su rge n
1 desd e
r o co nc eit o de em - tir ". Es tas ex pr es sõ e~ 100 0
de qu em cu ida de ve ria se to da s as ida de s (m wt as vezes,ouVIr ? expres·
po de ram en to. , , nu m . O0 1ro'
co i
es te co nc ei to? crian ça ma s tam be m e
Em qu ~ co ns ist e, en tão , sõ es se 'm elh an tes en tre
mã es, pais,
o qu e im pli ca ? Em
Qu al a su a im po rtâ nc ia e

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1ad 11
A Criança e o Jovem como Foco de Cuidado: Empoderam ento

"''"'º·1.s
lt 0 " (' p (' ,,,, •
· l .,., 0 conce it.o de e mpod ermn cnto
da Criança, Jovem e Família

idosa s), d<' amuo s os se- des a prC'se ritar a


·11· e'"" lr" f(,. .
"" .•-. . '~ ª '
,
Capítulo

1d , su,_t.c, Pf< '< 1<·11naçô<•s, pJ;.uw .


•gia.'-1 < <' <·nvolvím<' n f.o na romrt<fa <lt·
. ( Clll )(li"
. . :-,J110,
,w.111:1 . • ,J
.
inicia lrn e ntP, assoc iado às mu-
. .
e1cc,.'iol:H e· rpafiza r ações políti ca.e,, sociaí.c, '" f'

c ult\ira is para atend e r a essa.e, nf•ccs s ídades


.
tel . . 1 113 pelo chre1to pela igual dade d e
U1rn'•. . 11,1 .10s movi me ntos anti-o press ivos) IWoJld Healt.h Orga níza tíon ( WHO ), lff,)8
1

p . GI. De~ta defir,i ção conse gue pe r<'<'b<>r-s<· ~


(' ' • . · ' J
g éJH'rt)
n er<'111 es deten nma, ntcs, se.1am e es
e r1li.n . <, i ..., sociais ou econo nu• cos. cornplcx1cl ad(-~do concf' ito, uma vpz quf':
bi(l lll~ l( 0 ,,, . .
--,r ela diver sidad e na _ onge m de ► Cornp rcend f' um pro<·<'sso rontín11o f'
.\ prs« · A

,J ·z .,
1 5 rPferi
das expre sso es, todos tem não apena s um resultado· '
QUl' lll u «• _ • .

11
~ conllll ll um aspet o. a dific uldad e em ul- ► Pode apli car-S<' a nívPI in rli vidual <'I
e .,.,..,ar um obstá.culo e, sobre tudo, a vi- /ou a grupo s, em bora com <'Strat.Sgjac;
tr8 P·•·=
são rstrrita que mmta s vezes se tem de uma distin tas;
vida cheia de poten cialid ades, facto que nem ► Procu ra aume ntar as comp<'tÉ'ndac;
semp re surge em prime iro lugar no pensa - pesso ais de quem está f'nvolvid0.
mr11to ela maior ia das pesso as. para poste riorm ente SPrem dPsPnvol-
Histor icame nte, já em 1986, a Carta de vidas as suas comp etênc ias sociais;
Ola u,a menc ionav a o empo deram ento da ► Exist em difere ntes áreas em que podP
comun idade como um tema centr al no dis- ser utiliz ado, consideran d o-se que
curso da prom oção da saúde . Poste riorm en- o ganho ating ido num deter minad o
te. confer ência s intern acion ais em Sund s- conte xto pode ser aJarg ado a outro s.
vall, Adela ide e Jakar ta tamb ém refor çaram O empo deram e nto e ncont ra-se, deste
este conce ito. modo , relac ionad o com o conce ito de par-
Atualm ente, o empo deram ento dos cida-
ticipa ção, como forma de fazer parte . estar
dãos faz parte, em muito s paíse s, das prio-
envol vido, toma r-se mais ativo para poder
ridades e políti cas de saúde . No entan to, o
decid ir m e lhor, c om inúm eros benef ícios
"empo deram ento" dos cidad ãos e da comu -
para todas as parte s envolvidas e com o fo r-
nidade é, ainda hoje, difícil de m e dir e imple -
ma de m e lhora r as habili dades , comp etên-
mentar na saúde .
c ias e rec ursos de indiv íduos , grupo s. orga-
O conce ito de empo deram e nto tem sido
nizaç ões e comu nidad es, perm itindo que as
utilizado em difere ntes áreas da socie dade
p essoa s satisf açam as suas própr ias neces si-
desde a educa ção, ao setor sociaJ , económi~
d a d es e as dos outro s (Adan1s, 2008) .
co, financeiro e, frequ entem ente, na saúde .
Pr~e embo ra a sua poten cial abran gênci a,
0
. facto de ser utiliz ado em dife rente s
domí - EMPODERAMENTO DA CR IANÇA/
nios tem difi 1tado a s ua con ceptu alizaç ão
e, mais amd
. . cu . . / JOVEM E FAMÍLIA
que . . ª a, s ua opera c10na hzaçã o p e lo
e 1undame n t 1 apree nsao
ª ª -
do con ceito
' O c once ito de e mpod e ramen to não é
Param Ih
.
nadas
e. or adapt ar a s ua ut1hz · · açao - nos va- excl us ivo dos ad ultos , poden clo e deven do
. conte xtos. ser apres enta d o e trabalha d o preco cemente'
De acord o . . duran te a infân c ia, de for ma a prom o ver me-
dp Saúde comª Orgam zação Mund fal
at ravés d ' 0 empo deram en t o e, um proce sso lhore s n -'s ulta d os ao lo ngo da vida.
rn a1·or ·contquaJ
0
1
pess ;
. oas e ou grupo s ganha m Ao a b o rda r-se o co nct> ito el e e rnpo cl era-
aretam a s ro O sobre ,
d ec1sõ· es e ações que m e nto na infân c ia e 11a juven tude , é f'w1da -
cesso sociaJ . ua saude d
, po e ndo ser um "pro- m e ntal articu lar co m o utros conce itos c om
atra .
. Ves do
, cultura] ' ,ps ico
. .
- 1, . ou políti co
ogico os quais neces s ita d e coex is tir: dire itos da
sao .
capaze s
quaJ mdw1d uos e grupo s soc iai s
d c rianç a, pari ic ipa ç·ão, a utoe fi cácia e capa-
e expre ssar as sua<, neces sida- c itaçã o.

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t:mC,
Enfe rmag em em Saúde da Criança e do Jovem

Lundy (200 7) aprC'S<'nta 11m modC'lo re- Quan do a autoe ficác ia é pos·t
"
·
l lVa [ ,
lat i, ·o ao artig o 1~-" rla Co11vC'11çã o sobr e os d
d rome o e u cons igo" - Lear ned Opti ~in.
s
(Se ligma n, 2006)], aume nta a moti· vaçao ,ri e
DirC'itos da Crian ça , res p e itante ' à opor tuni-
~i
, . ea
cbdc dC' pa11i c ipa ção e de e xpre ssã o d a opi- prop na pess oa desaf ia-se mais. 1

niüo eia crian ça. m odelo quC' foi adot ado p e lo ~uan do as pess oas são expo stas a 81. É
1
Depa 1i a m e nt o d e Infân cia C' Juve ntud e da Ir- tuaço es que pode m contr olar' desen VO 1Veni
land a. O m odC'lo asse nt a em quad ro pila res, auto conf iança e expe ctati vas de pod er con- r
. - -
c r o n o logic amen te o rde na dos: espa ço, voz, tro]a r s1tua çoes futur as, com suces so . AÇO~ e
anciiê'nc-ia e influ ên cia e tem s ido utiliz ado prom otora s do empo derar nento ajudan-
no âmbit-o e duca cio na l, a inda que poss a ser as pess oas a mant erem o contr olo sobre . e

sua vida. O que se verif ica numa tarefa te; e


facil men te utiliz ado no âmb ito d e cont exto s
de saúd e (Figu ra 2. 1). repe rcus sões em muit as outra s, no futuro
Enqu anto profi ssion ais de saúd e, é fre- Para estim ular esta síndr ome, pode rá optar.
quen te o cont acto com crian ças, jove ns e fa- -se por incen tivar as pess oas a realizarern
mília s disti ntas , cada uma com carac terís ti- taref as sem ajud a ativa , de modo a otimizai
cas que as disti ngue de outra s. Cert amen te, a auton omia , de acor do com os limites di
no cont exto de cuid ados já obte ve respo s- cada uma. Dest a form a, sentir-se-ão méili
moti vada s, dispo nívei s e capa citad as pan
tas difer ente s, mesm o utiliz ando a mesm a
prom over o empo dera ment o dos outros i ,
estra tégia que ante riorm ente resul tou po-
parti lhar diver sas form as de pode r, com me-
sitivame nte com outr a pess oa. A razão de
nos tensã o no quoti diano .
este aspe to ocor rer está relac iona da com a
Por outro lado, quan do as pesso as sàc
indiv idua lidad e de cada pess oa, o seu auto-
expo stas a acon tecim ento s sobre os quai:
c once ito, a sua auto eficá cia e a moti vaçã o
não têm contr olo, dese nvol vem a expectati·
que pode , ou não, estar pres ente quan do se
va de que futur as situa ções serão igualmente
está p e rante algo que cons titui um desa fio
incon trolá veis, o que pode levar a três tipm
para a próp ria.

voz
ESPAÇO
COMO : Fornec er inform ações adequ adas e facilitar
ª
inclusi vo
COMO : Propo rciona r um espaç o seguro e expres são das opiniõ es das crianç as
vista
para as c riança s e xpress arem seus pontos de árias
► As crianç as recebe ram as inform ações necess
► As opiniõ es das c riança s foram ativam
ente procur a- decisã o? . . 1/
para formar uma
. des ► As crianç as sabem que não precisa m de
participar ·
das? c riança s pu - como po-
► Havia um espaç o seguro em que as ► Foram oferec idas às crianç as opçõe s sobre
sem expres sa r-se livre m e nte? .
► Foram tomad as medid as para ga rantir que toda
c riança s pu desse m pa rti cipar?
s as
dem escolh er

'----------------
expre ssa r-se?
--
INFLUÊNCIA
AUDIÊNCIA
leva-
COMO : Gara ntir que as opiniõ es das crianças são
são co-
CO M O · Garan tir que as opiniõ es da s cri a nças vir das a sé ri o e atu ar, quand o apropri ado
. a.d as a a lgue· m com a respon sa bilidad e de ou
murnc ► As opiniõ es das cri anças foram con sideradas por
. so p a ra comun ica r as opiniõ es das pessoa s com poder de e fetuar mudan ças?
ini·
► Existe um proces que as op
► Ex istem proced imento s que garant am
crianç as? m as suas opiniõ es pli-
► A s c riança s sa bem com qu e ões da s cri anças são le vadas a sério ?
ex
estão a se r p art ilh ad_as? oder de tomar ► As cri anças e os jovens recebe ram feedb ack
0
,. Essa pesso a/o rga ni zação te m P ca ndo as razões das decisõ es tomad as?
decisõ es?
Participação de Lundy (trad ução livre a pa~ir
- Li sta de verificação de Voz da Criança - Modelo de
de Department of Children and Youth Affairs , 2015) .

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orno Foco de Cuidado: Empodera menta Capítulo
ACriança e o Jovem e da Criança, Jovem e Família

nutri N1tr rsprc· ial ' c1uc, t·✓• .,,


-~
·n,pl.c·s, gratui.to
. acio nnl r en10cio- .
_ a'
ºi'mpl esm<' nle
. 11101.IVc , ()J (')
l'- ~rlid lllall , 2 >· dPvc• na SN natural r• <'xigc·, ,~
. .0 1ri 1i11,·o, . . L'\L l '
• ' l ' l /"' 1\A •t1('l d fi
.. r " - /,ear11 r r, clcdicação dos envo lvidos.
dt dt' 1ll . . 1!J~(i: ,,,,,
l J\:1rl1t'L i "1•11 11:in com, 1go 7 , Na '_f'abela 2.1 estão cxpn'sHa.<j alguma'!
n,1 , 11•0 11H' dt . . ~ Selignia 11 , 1D h). .
deverão ser utiliz ada.<:, pe1OH
g,:-11i( . .,:,: (M :11c1 l r1élt1C
\ ·, no orsenvolv1- estra . ~ que
. tégia
,.J, 1,·., , 11<' ·111po l,l en1erme,ros e ser partí lhadac;; com a'! crian -
H"",1h, f: 1c1n. :1 t • ·rn' ter-s r tornado
. , • ,( j,·o JJ,11 ças, jovens e famílias, relativamente ao de-
1,;1('(), l 1l
• • ,virlrnt <'.
n1e111t 1.,z1 ·111:11:- . .•r senvolvim ento pskoafetivo .
, • ,.licado a unpor .,an-
. Empoderar não é, a5sim, algo mágko,
<
caM ' ( , . 1,· iidostr 111 11h1 . . -
.. rlesenvolvunrnto erno
~·:1n<1 ~ :-l
• 1 >" p;-11.-t o . d pois apenas a própria pess oa é capaz ele se
ia ~,,:- :111' t , . vens referencian o os
e 1 ·ri·111,.-ts e.10 ' 1 tos empoderar (Laverac k, 2008 ). A pess oa é 0
·vas como e emen
. :r: ati
...111 .1 1t t' < ' s1. 0'1lulC
uv11 -.
iwolvimento (Camras seu próprio recurso, cabendo ao profissional
,"111is pcsso ,1s , ti ,.i
r- . _ . 1 seu uese ser o facilitador dess e processo. No entanto '
fu)cJ:11 ~ ,H , 2017" Planalp, Van Hulle,
l'l ]l1crst<1<ll , ' 6) ser facilitador neste processo exige também
& :i ('l, .,Jfant ' & Goldsmith , 201Ih · . que o profissional possa reunir algumas ca-
,n·- lo leitores a um o ar mais
~ t .
J)('safia-se os va- racterísticas, competên cias e habilidades
À ociedade e a procurarem,. ao dade. consideradas fundamentais para o sucesso
ateJllO ua s traços afetivos da soc1e
mv>.m pe 1a 111 a, da sua atuação.

r,--- r· anlei1te O afeto está
cada. vez mais
Repcn 111 , , Toma-se pertinente abordar um modelo
escasso e a sociedade esta faminta deste

o (adaptado de Ordem dos


~ Estratégias fortalecedoras do desenvolvimento psicoafetiv

tem dificuldade em ver o ponto de ~sla do outro,


Ensinar a desenv:~:~r::;:~ilO~~~ à idade escolar, a criança e explicada de uma forma simples
dade de reflexã o pelo que a reflexão deverá ser sempre conjunta
ser conduzida a refletir na
e curta. A partir da idade escolar, a criança pode
outro, por exemp lo: «Como
situação e ajudada a pensar sob o ponto de vista do
mesma situação que o "X"?»
achas que o "X" está? Como ficarias se estivesses na ---
-se
Demonstrar carinho Os afetos fortalecem a pessoa, ajudam-na a desenvolver
Elogiar os êxitos Mesmo os que seriam expectáveis de ser atingidos
tante, ao comparar irmãos ou familiares próximos
Aceitar erespeitar o ritmo de cada Especialmente impor
criança
fazer,
são importantes , mais do que dizer o que não podem
Sugerir O que podem e devem As pistas de atuação
fazer que não permite vislumbrar o que se pode fazer
b I devera. ser
Da_r oportunidade para que
. deira
a A bnnca . 11·
vre a re um leque experiencial único , pe o que
criança descubra o mundo à sua promovida e diversificada
volta,através das brincadeiras
Agradecer quando colabor 1 . • . . .
Ajudar a am Da relevanc1a a criança e demonstra respeito pela própria
lar e . . reconhecer oerro e aten- Perante alguma situação que corra menos bem, esta deverá ser falada e analisada
v1ta-10posteriormente
Preparar e desvendadas estratégias para melhorar no futuro
à primeira, 0
Para osu~:::oº fracasso e não só O sucesso é o que se pretende alcançar e, quando não se consegue
tão bem e tenlar de novo~
Educar Para important~ é não desistir, aprender com o que não correu
só Para - ª.sensibilidade e não Acriança e, por natureza, um ser social, que deverá estar atento ao outro _j
ainteligência lógica

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Enfermagem em Saúde da Criança e do Jovem

ck C'rnpod<'rnnw11fo p;ira a <•11fC'r111:igC'111: o a bra nge nte, de empo deram ento


rn o d<'l o d<' (; ihso n que l'nC';J a i11fcr;1<;,i o C'nl.rc d a cm que c onsis te na "form a d' na ltt~q
- as ha bilida d es, c ompe tênci as e e rnelhot,
o pn ,liss io 11 ;1I d1• s;1i'ldt• ( nr•sl<' caso , o f'llft•r · ' 1uos, grupo s, organ izaçõ e recurs Os ri'
·me1,v,c
111ci 1·0 ). No rnodl 'lo 1· x is fl•111 l.n-;s di111P11sô cs: a . . s e co ~
ln~~
p1·i11wi1·:1 rlintt•11 s:"io n•l:w iona-s C' <'0111 os al.ri - d acl 0s , d e modo a perm itir que
s atis façam as s uas própr ias ne as Pe5s 0.
h11f os n•l:wion..-1rlos corn :i 1wss oa ; a S('g 1111rla cessict '
1·l' l'l' rl'-S1' :'t i11ter:1<;:io pr'sso..t-enf ernw iro; e a as d e outr ~ ~esso as" (Ada ms, 2008 ªdes
h'rcc ir:1 cs t;í 1·('l ,1cio11:1da com o domí ni o d o No quoti diano dos conte xtos clíní P. Xv
dive rs as as vezes em que O termo cos, Sà
1'llf(' n11 C' iro ((~ il>so11 , W!H ), c om o C'Xc mplif l-
é m e ncion ado, const ituind o-se co~ªPacidao
c :-t rl o n a Ta b(']a 2. 2.
Rec cnt e ment e a Direç ão-G e ra l ela Saúd e impo rtant e para a form ulaçã o de ~tn ~O(:

cos de enfer mage m e interv ençõe s d:;nas .


( DGS ) p ubli cou o Pio 11 0 d e Ação pa,-r a a, L 'i-
trmr io r> m Sa ú d e (2018 ) e o Ma,n ual d e Boas mage_m, como po~ ~xem plo: "capacidaenre
Prrit iras para a L itera cia, em Saú d e (2019 ) farrul ia para part1 c1par no plane am de d
·d d ento d
que e>...1)li citam abord a ge ns de prom oção da cm'd a d ?s " , " capac 1 a e para alimentar .
"capa cidad e paren tal" (ICN , 2016). ~
lite racia em s aúde a o longo do ciclo de vida,
Proc uran do artic ular o referido corn
c o m ide ntific a ção das prior idade s e objet i- /
vos, d esign adam ente nas crian ças, joven s e enfer mage m e saud e infan til e pediátri .
d
fanlÍl ias e estra té gias a adota r, ajust adas aos pode rá dizer -se que o grand e desafio impo e
c ontex tos espec ífico s em que se enco ntram . hoje, aos :nfer m~ir os consi ste em trabaJ:
Quan tas vezes , no seu dia a dia, se depa- com as cnan ças, Joven s e famíl ias, recorrer
, •
rou c om pesso as que surge m com quest ões do a estra teg1a s capa zes de as potenciar, ot
para as quais já procu raram respo sta, como miza ndo os seus recur sos pesso ais e sociab
por exem plo nos moto res de busc a da Inter- cami nhan do com elas para o suces so e, mai
net ou falan do com outra s pesso as? Refli ta comp lexo ainda , ajudá -las a serem cap~
em tomo desta s três quest ões: Com o se sente de enfre ntar o insuc esso, reaju stand o as ~
quan do é abor dado neste tipo de situa ções? traté gias até então utiliz adas para que, ei
Qual a nece ssida de que cons idera que as pes- situa ções poste riore s, o suces so possa S€
soas têm de agir desta form a? Com o profi ssio- alcan çado . Toda via, esta atuaç ão, por si só j
nal, qual pode rá ser a sua atitud e e atuaç ão? tão comp lexa, parec e estar a ser dificultad
Em saúd e é frequ ente a utiliz ação do na socie dade atual , em que se valorizam o
verbo capac itar, maio ritari amen te como resul tados imed iatos e em que se disfarçar
form a de opera ciona lizar o c once ito, mais os aspe tos cons idera dos como necessário

de Gibson, 1991)
Mode lo de empo werm ent para a enfer mage m (adap tado
Interação pessoa-enfermeiro Domínio do enfermeiro
Domínio da pessoa
Confiança ► Ajuda
► Autodeterminação ►
► Suporte
► Autoeficácia ► Empatia
► Conselheiro
► Controlo ► Participação nos processos de decisão
► Educador
► Motivação ► Estabelecimento mútuo de objetivos
► Facilitador
► Aprendizagem ► Cooperação
► Defensor/Protetor
► Crescimento ► Colaboração
► Domínio/Poder ► Negociação
1 ► Melhoria da qualidade de vida ►► Organização
1 ► Melhor saúde 1 Legitimidade
► Sentido de justiça social ► Vencer barreiras organizacionais

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Jovem como Foco de Cuidado: Empoderamento • Capítulo
A Criança e O da Criança, Jovem e Família

. to 'tlcrta-sC' para1,o C'~pcd fl cas identiíl cadas e co ntextos em que


·• . No c nt,111 . , , . . se encont ra, de acordo com uma abordag em
. ··ir 1>:1ra rdkt.11· c111 r<'' rL- .
111clh0 ' •11 - p,lJ. /. soc1occoló gica (DGS, 20 19).
psf8 de que..s ('lll l'fi ··h1H'll ll' sP co11s( •gu1r~l
f3Cf0 J'('OJ i1.;1< IO, < l < l Apesar de a lgu m avanço nos últimos
. , 11 ,·o lvc r.
ãO 3 0
Ç - •v•ar e (ic:---t .- kit.or ,-1 rcali~a r o se u a nos, estamo s a inda distantes de um sis-
11v,u ' . • c nf ,u>, o . J 1· à tema_ de saúde verdad eiram ente empod era-
rnd ta._. . l • , • . • dC' situaçi í.o re a ,1vo ,,
. d'• q1():---l l (. (). · l'lrks instrum e nto que
...<.pJ10 1,i.1-: dor, in tegran te dos quatro elemen tos-chave

pru ã de c:ip,1< J< ' '
struÇ <1 . . ,Z,• Irl O ·nas consu ltas de , C'n er- para que o empod eramen to possa ocorre r
c011 . 11tJl1 (Naraya n, 2002):
oderá sei . it ·,ct.o com criança s, Jovens
P e lltl < () l ' · •]f . '
111~ en
1 _ n erC'lll<'S contex tos e mcos, ► Acess o à inform ação:
fil3S 110:-i < l 23
<> f8Jll .11 ii c •1do Jl ê:I Tabela . . Porqu ê?: "... a inform ação é um re-
confo11ne ~< <1, 1 tem-se procur ado desen- curso muito especia l - não se gasta
Em po,111/'.'a , ·t -
. , µi·omot oras da capac1 açao, com o uso, antes expand e-se com ele
Jver açot'~ ,
vo rl·, literaci a em saude, para que melhora, afina-se, dá origem a conhe~
t'd
be-m .conto "
am atuar no seu conjun to, no sen 1 ? cimento" (Sakellarides, 2005) . Infor-
consíg ar mellwres decisõe s, como precor u- mação é poder, cidadã os informados
de tom I Program a Nacion al de Saúde Es-
zado pe o . - encont ram-se melhor prepara dos
(DG S 20 15) que enfatiz a a capac1 taçao para ganharem vantag em de oportu-
colar un1 ~ixo prioritá rio a trabalh ar com nidade s, acesso a serviço s, exerce r
como destac a os
e escolar escola r e ..
aoomwúdad sociais e emo-
direito s. No entanto , existe diferença
de compet ências
prºgram as . entre inform ação e conhec imento , e o
cionais os quais se revelam fundam entais. empod eramen to envolve a capacidade
També~ o Programa Nacion al de Saúde de traduz ir a inform ação em conheci-
Infantil e Juvenil (DGS, 2013) faz referên - mento significativo, capaz de ser apre-
cia à fundamental import ância do aumen to endido e utilizad o pela pessoa
de oonhecimentos e capacid ade de atuaçã o
A literac ia, e particu lannen te a lite-
dos pais, enquan to princip ais cuidad ores das
racia em saúde de cada pessoa , tem
crianças , ao longo da infância.
Devem ser privilegiadas mensa gens sim- influên cia em diferen tes aspetos da
ples e apelativas, ajustad as não só à idade vida, notand o-se relativ amente à saú-
e estádio ou etapa de desenv olvime nto da de que baixa literac ia corresp onde a
criança, mas igualmente às necess idades maior morbil idade. utilizaç ão menos

I~~,
Especificar capacidades
Empoderamento pessoal: questões para refletir (adaptado de Adams, 2008)
Questões fundamentais
Quais são os meus pontos fortes?
j Que capacidades necessito de melhorar?
Identificar pertinência
Qual o propósito de otimizar essas capacidades?
O que pretendo atingir?
f Estabelecer prioridades como consigo
Numa escala de 1 (nada importante) a 5 (muito importan te),
Monitorizar classificar a prioridade de atuação?
Utirizar recursos Qual o plano de ação e como vou colocá-lo em prática ? 1
Avraiar resultados De que recursos necessito, sem ficar dependente?
Como posso avaliar o resultado das minhas ações?
Que reflexão faço do processo?

©lidei - Edições Técnicas, Lda. •


rm S,HldC' cfa Criança e do Jovem
1 nfrr rn,1Ql'm

, 1!1 11 1111 """ '-t n 1\


tl '- dt' .' -:l lldt '. 111 : 1io
r s ;l o IIH•t i<'ul .. rne nt
ili 1:.11,·:·10 ·I , , osa _<' Pen sad as
; 10 ( ' d, , Ili
< l< g a,· as c rian
'1', t dt litl'- j'll:1 111 , 1(,
- flll : !1 ; 111 '~. lll t' ll OI' d, , •1111 in od o , ças~1_ove ns
e f: Para
1111 1 111 l'l'- litl'
t
élrn.íJJa_s
,ª~ c lat1vo, ne111 sen-
s:l o s us 1.en t.ac1 ,1s
1

1111 1t1.1 \ ,i,, d,, 1 111 d:1t


fn.._ Jll , , , <' ll f i\ o s <' e rn cst ,p
r' .
c ie ntífi ca , ain da Q Udo s e eVíd . te
dl'q 11 ;1d: 1 t ' lll , ·:is o d ( ' la '
r .

~lll •l~• ''-f. in 111;1 eça n-, en,


;~ lgu rn s ig11ific ad ue Par
, ln1' 1l\ ;1 , n 'Ili• ;1 Pess ter
di11 :1111 i
'--:1 11dt ' qllt ' \ llll f:i ". J~ exc r('i da um ao Par a as
l) J)T' l)Jt' lt)
:11'in11:1I d <' .'-i: 11 ·,r1 ,, <'u ltur al ' s o c1·e:a1 e [.eamno rm e inffue' nc; ºa.s.
7, 1,l,1 pd, 1 ,- ... , 1ll,1 \ iJ·
, No , ·; 1 d t'

Poi s qu e • est and o num iar nos nov osa
l'11hlt, ., d:1 l 111 , t'l''-i dad , m 0111
ento ini.
l., ... hn:1 tF \ '--1' l \ 1. ). l'l ' \1
' 1011 q lll ' ;1 po rta nte de tra ns içã o d· _ Vid~ -
>r<'SC' 11 f a tam bé m pro c ura m as s uas
rn:l 1nn. 1 dn._ prn 1 llgl H'S <'S a1 ent
gan har seg . uran ça
s,
r;1l in ad< 'qu ad :1 n o se u pap e l rec e e mu itas
1i1,,raci:l 1'111 '-:111<1,, ,l!<' . Vezeo.,
r prn hl< 'm: l f 1c:i . a q11:11 \'ai
pi r and o
o a c a b am po r s e r 1-nfl ue nc1. d
'ld<' . A litC'racia, <' nqu a nto po r fam ilia res pró xim ª os Quer
com ::i 1<i: Vive.
ck :itu :1,: io. d<'V E' c o nst itu ir-s
e ram a pa ren tal ida de nouotsrosque tem ,
(nc n Pos
uid ado s, qu er po r prá tic as cul t ura1.s pou
um a fina lidacif' cla ra dos c
re p e rc uss ã o que con sen sua is fac e aos con h ecimentoco .
cinda a dinlC'nsão <' . . s
ess oa. atu ais . . To dos est es asp et os Jnfluen
pod<' tc>r na vid a de ca d a p . nte a atu açã o d 0 enfer-.
soc ied a- cm m dir eta me
Co mo op e rac ion ali zar ?: A • . .
agern
de' atuaJ des ign a-s e de soc ied
ade de me8rro_ esp ec1 al~ sta em En ferm
ant il e Ped iátr ica .
se po de de aud e Inf
info rm açã o, no e nta nto não ndo
gra nd e Pa ra ref let ir: Se rá que qua
con sid era r que é sin óni mo de 'd a d e cri anç as/ jov ens e familias
se
ção . cw
conl1e cim e nto ent re a pop ula cação e
ent o po de ada pta -se me sm o a com uni
O aum ent o de con hec im con teú do à pes soa e gru po, pop
ulação-
ina ção
se r realiza do atr avé s da dis sem -al vo dos cui dad os? Qu e est raté
gias e
cri a-
de infom1aç ão de um a for ma rec urs os são mo bil iza dos par a aten der
ate nçã o da
tiva e cap az de cap tar a à dif ere nça de cad a cri anç
a, jov em e
ali zad o
pop ula ção-alv o, ens ino per son fam ília de que m se cui da?
à pes soa /gr upo /co mu nid ade
que con s- e sup ort e à to-
nse -se , po r ► Re spo nsa bil ida de
titui o alv o de c uid ado s (pe ma da de de cis ão
het os e
exemp lo, na im ens idã o de fol Po rq uê ?: Re spo nsa bil iza r as
pes soas
são dis -
bro ch ura s que exi ste m e que pa ra tud o o qu e lhe s diz res pei
to, pois
s sem ter a a deci-
trib uíd os a tod as as pes soa a res po nsa bil ida de inf lue nci
cad a
o dev ido cui dad o de pen sar que são . Um a tom ada de dec isã o envolve
ere nte s s cami-
pes soa é um ser úni co com dif sem pre urn a esc olh a, difere nte nd
vivênc ias , exp eriê nci as e, cer tam
e nte ,
nh os qu e po der iam ser opç ão. Se º
). - a pes-
· ao,
dif ere ntes necessida des tam bém res po nsá vel po r essa de cis
con stit ui- e con hec~ as
A saú de inf ant il e p edi atr ia soa faz um can 1in llo .ond . and o rela uva-
is d esa -
-se cor no wn a das áre as ma dif ere nte s op çõe s, aJW Z r e conu·a
fian tes no que diz resp e jto à sep ara-
me nte os arg um e nto s ª
fav o
ção do que é inf ormaçã o
e con h e ci- . ? par a res-
cad a op ção . .
itid as decisõ es
me nto . As me nsa gen s tra nsm Co mo op era c1o na bz ar.
<'líl am bie nte s nã o for
m a is, com o po r po nsa bil iza r e sup ort ar !!'s est ar en-
ibi li- dev e rao, ·io havei.
c•xc,mp lo a inf orm açã o dis pon das p ess oas , es
tas
, s upe r- i ou seja,
zad a ern anú fü•i os tele vis i vos vol vid as. Pa ra tal, é n ec~~sa
s, qu e poderão
111n<·ad os, pai nc~i.s pub lic itá rio a po ssi bil ida de de esc o :,
mu i-
,-ntram 11a vi da da!j p c>ss o ac; sem dife re nte s alt ern ati vas qu
ern ia e qu e
ta.<,' c·:t,<•s PS l.a'j s e da re m c

U idel - Edições Técnicas, Lda.


de Cuidado: Empodera mento
A Criança e o Jovem como Foco Capítulo
da Criança , Jovem e Família

al loc al
sPr C'Scolhirlas, vis lt11111Jr:u
ulo v;í rios ► Ca pncidade org ani zac ion
. Po rqu ê?: Com 11nidaclcs organizadas
c:m1i11hos t' 11ào apt'11r1s 11111 is aptas
Na :1n' a ck C'11fcrnwg<'111 íll'
saú de i11 - e ass umida."! cnC'ontram -sc ma
uilidadl' a qu e a sua voz sqja ouvida
e a-, suas
f:mtil p pcdi:ít:rica :i rcs po11sa nte a
das criarn; :is/jow11s e fa111íli:
Js deve exigências sat isfe itas, relativame
s em pod era-
srr trabalhada o mais prc coc crne.11- pessoa.<, iso lad as. Pessoa
e ins ti-
tr possfV('I, até par a pro mo
ver Qlll ', das constroem comunidad es
erado-
quando haja 11 ece ssidad r_de esc_
ol!tcr, tuições empocJeradas e empod
ent al exi stirem
as crianças e jove11s c01 1s1g am ele tiva- ras, pel o que é fundam
nto e de
mente fazê-lo da forma ma is cor ret ae opo rtu nid ade s de crescime
zação,
adequada à situação em causa. movimento dentro da organi
hec ime nto .
Com os pais, a responsabilidade
paren- enriquecedoras de con
slo gan
tal deve ser tra bal had a des de o mo- Como operacionalizar? O
também
mento em que se pen sa eng
rav idar, "Juntos, som os mais fortes"
tais (e âm bito , uma
pois muitas das opções ~ré-na pod e ser utilizado nes te
er com
da vida do pai e, essencialment
e, da vez que se gan ha for ça e pod
dife- s que
mãe) pod erã o ter rep erc uss ões a a cri açã o de gru pos de pes soa
-se e mo-
rentes níveis par a a criança. tra bal ham jun tas , organizam
colar, resolver
Com a criança até à idade pré-es bilizam rec urs os de mo do a
e à tom a- o cas o
a responsabilidade e sup ort pro ble ma s comuns, com o é
do col oca - e de al-
da de decisão pod em ir sen dos gru pos de sup ort e/a jud a
isõe _s
dos ao dispor da criança com dec gumas associações.
el de des env ol~- saú de
ajustadas ao seu nív
e~s 1- No âm bit o da enf erm age m de
mento (por exemplo, qua ndo n~c aci dad e
stio na- Ia infantil e pediátrica, est a cap
ta de tomar um xarope, que organizacional local pri má ria po der á
a se-
se quer tomar pel a colher ou pel ser a farru1ia, a qual dev erá
pro cur ar
crian-
ringa; solicitar a preferência da reu nir ene rgi a em con jun to par
a res-
are ]~, azu l ou
ça face a um penso am A famí-
ida de es- po nd er aos desafios da vida.
cor-de-rosa). A criança em stituir-se
mu itas lia dev erá, des ta for ma , con
colar já faz no seu quotidiano tra tas se,
escolhas e toma dec isõ es, ain da que com o se de um a for tale za se
m est á
nem sempre tenha ess a noç ão, ca- capaz de def end er e apo iar que
comitan-
bendo também aos adultos tom are m den tro dela, pre par and o con
s par a
exp lícitas essas decisões (esc
olh em tem ent e tod os os seu s ele me nto
em a uindo-se
a roupa que vão ves tir, esc olh a vida for a da mesma, constit
olh em urso.
música que querem ouv ir, esc sem pre com o un1 valioso rec
rea liza m tale ce
a brincadeira ou o jogo que Para refletir: De que for ma for
con-
com os amigos, escolhem o que as famílias, cri anç as e jov ens
no seu
tam ou não aos pais e aos
profissio-
cen tes au- dia a dia com o enf erm eir o?
nais de saúde). Os ado les
esco- ► Inc lus ão e pa rti cip açã o
mentam a abrangência das sua s Porquê? "Quando as pes soa
s são
mia e
lhas, a par e passo da sua autono pam -se
res par tes de, pre ocu pam -se , ocu
deverão ser alertados par a os fato
o com os qua is de, agem" (Craveiro, 2000).
protetores e de risc ação de
vão ter de lidar sempre que nec ess ita- Como op era cio na liz ar? Cri
po ssa m dar
rem de tomar decisões responsáv
eis. esp aço s ond e as pes soa s
ide ias e
Para refletir: Será que quando
cui da a sua opinião, deb ate r as sua s
ent e no s
das crianças/jovens e famílias dá
a co- par tic ipa r dir eta e ind ire tam
nhecer diferentes possibiJidade
s? res pei to.
ass unt os que a elas dizem

©lidei - Edições Técnicas, Lda.

___ j
Enfermagem em Saúde da Criança e do Jovem

Os m o de los de c uida dos à c rian ça, que m os rode ia e a or .


, gan1zaç -
j ovem e famí1ia favo recem esta inclu- sauc1e como um todo; , de ªº
são , uma vez an cora d os n a fü osofia ► São movidas para contin
. uar ae
d os c uida dos cent rad os na famíli a, dir os s e us conhecimentos e eX.Pan.
bem com o no modelo de par ceria el e mudan ça. nar a
c uida dos, valorizando e o timizando as De acordo com os estudos r 1.
p otencialidades de cada pessoa/gru- , .
vanas , t·icas da pessoa ea izados.
cara.e t e ns
po/c omunidade . Ainda assim, impor- ou fatores de doença podem influcon~ext,i
ta referir os limites de participação e enc1ar
seu empoderarne nto e a sua atitude ri
inclusão da fan1ília nos cuidados, os te os cuidados de saúde. Pessoas d Peran.
quais deverão constituir-se benéfic os . . . , oentes
mais Jovens, com maior mvel socioecon , .
para a criança, jovem e farrulia e pri- ' · rnai~
co, ruveis ·
· a ltos d e 1itera.eia orn,.
e educação
vile giando o papel da cada um na fa- podem prefenr um papel mais ativo nos
mília, não o tornando num profissio- .
seus cwdados (Deber, Kraetschmer, Ur0-
nal de saúde, o qual deverá manter-se witz, & Sharpe, 2007).
sempre como recurso externo.
Preconiza-se, assim, que num contexto
Para refletir: Será que quando cuida
de ernpoderamento as pessoas ganhem poder
das crianças/jovens e famílias privile-
corno resultado de urna mudança no controlo
gia a família como parceira de cuida-
das decisões que influenciam as suas vidas.
dos e/ou como alvo de cuidados?
Para que possam decidir, deverão ser conhe-
A importância do empoderamento em cedoras da situação e das alternativas exis-
saúde tem sido evidenciada na literatura cien- tentes. São as próprias pessoas que analisam
tífica O cidadão empoderado consegue fazer a situação, esboçam estratégias e se deparam
melhores escolhas, tem melhor status fun- com os resultados, ganhando poder e auter
cional, melhor adesão a comportamentos de confiança no processo de encontrar e imple-
autogestão e é capaz de reduzir os custos dos mentar soluções para os (seus) problemas.
c uidados (Mosen et ai., 2007; Hibbard, Greene,
& Overton, 2013). Para além disso, o empode-
ramento promove o conhecimento, habilidade ESTRATÉGIAS PROMOTORAS
e confiança necessários para que os cidadãos DE EMPODERAMENTO NAS
consigam gerir as suas doenças a longo prazo
de forma eficaz (Hibbard & Greene, 2003).
CRIANÇAS, JOVENS E FAMÍLIAS
Vários estudos têm mostrado que quan- Pese e mbora a escassa investigação e
do as p essoas se sen tem empoderadas (Las- lite ratura exis tentes acerca da temática do
chinger, Gilbert, Smi th, & Leslie, 2010): ernpoderamento nas crianças, jovens e fa-
mílias, a investigação tem demonstrado ~ue
► Sen tem maior a utonomi a;
as famílias mais empoderadas têm m~or
► Possuem níveis m ais e levados de
coesão familiar me lhores relações e funçoes
a utoeficácia; ' - o re-
farniliares ass im como melhor adesao ~ 5
► Tornam m elhores d ecisões;
g ime de ;aúde (Coutinho, Kopel, Wilhall1 . V ore11·
'
► Apresentam maior nível el e c onforto 6
Dansereau & Koinis-Mitchell, 201 , u dt
na gestão d e conflitos ; ' & Aste ·
ma.a, Halrne, Perala, Kaunonen,
► Têm me nores níveis d e bicmou l ;
-Kurki, 201 5; Kaal e t ai., 2017). dera·
► Encontra m-se mais ap tas para torna r
Corno se pode promover O ~m~o
decisões, resolve r proble mas, prestar ,
rne nto das c rianças, jovens e famfllas ·
c uidados e a lterá-los ou adaptá-los . e a f ainJ·
111
cons oante o contex to e necessidade; ► Valorizar a criança, o Jove n ti,-as:
► Se ntem que conseguem influe ncia r lia as suas convicções e expec L

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©Lidei - Edições Técnicas, Lda.


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saú de r;o brP
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alt em ativa5 pos-
con ' I de 0 11,ar da cn an ça e, a 1-
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síveis de tratam en to
e a Pvolução
nín
rec er
tra ns. pa pr ovável do se u es tad
o;
1110
nte efi caz e faz , ,
rualnl e , is ace ss1 - ser transmi tid a
um profissiona l de sa ud e ma -A inf or maçã o deve
res en tem al- jetiva, com-
vel. Para crian ças que ap de forma ac es sível, ob
r o diálogo, ple ta e int eli gív el;
!ro.ma dificuldade em inicia
s _indiret,as, ► Fa cil ita r a co lab
or aç ão co m os pres-
;od erá rec or rer a pe r~ t,a igos;
ua ?ª º ~eme- tad or es , a familia e am
que espelJ,arn uma sit tomada de de -
rti r da ida de ► Pe rm itir au ton
om ia na
lhante. Com crianças a pa
a co loc aç ão
escolar e adolescentes, cis ão;
e aju da a tra tég ias de pa rce ria
de cenários é interessante ► De se nv olv er es
ad a de familia;
promover a autonomia
e tom co m a cri an ça, jov em e
); os pa is a pa rceria de
decisão (Duderstadt, 2019 ► Co mb ina r co m
ão, apoio, r sinlplesmen-
► Fornecer acesso à inf
orm aç cu ida do s e nã o es pe ra
s ra apren- nos cuidados
recursos e oportunidade
pa te que vã o se r pa rc eir os
s aprendem on , 2010 );
der e crescer. As criança (G las pe r & Ri ch ar ds :
a tomar decisões com
os ad ult os e,
► In clu ir as pr
efe rên cia s da familia
aquisição, ão significati-
para aperfeiçoarem esta "E sta be lec er urna re laç
de expe ri- úlia., (Ferrei-
necessitanl de treinar e va e fo rte co m a su a fan
mesmo qu e ilia deve ter
mentar tornar decisões, ra e Costa, 2004 ). "A fam
brando qu e qual o momen-
sejam pequenas, relem lib erd ad e pa ra de cid ir
a as su nç ão r o se u filh o e se r
tomar decisões pressupõe to ad eq ua do pa ra ve
aliar, po rém, ão, po is da su a
de responsabilidades. Av res pe ita da a su a de cis
er pa rte da e a qualidade
se a criança pretend e faz dis po nib ili da de de pe nd
ponsabilida- bé " (Fer reira e
decisão e assumir res da re laç ão com o be
posto, mas
~es, pois não deve ser im Co sta, 2004 );
SIIll criar O proce
sso de forma que a rê nc ias da crian ça ,
decid ir não ► In clu ir as prefe
criança possa também stã o, organiza-
os indicam jo ve m e fa11111ia na ge
participar. AJguns estud cuidados. No
graves as çã o e pl an eame nt o de
~ue perante ass untos mais eç a alt ern ati va
< nanças pr e1e " rem deixar a decis' ão en tan to , ap en as ofer
a;
para a i am1l ia, qu e é da sua co nfian - qu an do , de facto, exist -
<·a
' , r para os pr0 fis·sw · nais. de sa úd e ► Ac or da r pl an o
de cu ida do s e estabele
r,, . 11ecrnd· li '
f on
co mp etê nc ia ce rfollmv -u p;
(Coyne rt <1/., ~ o~~~. essa ► In ce nt iv ar a de cis
ão pa rti lha da ;

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forth'l' i1b ,._ ilwh1:-;lv<•. 111ls n•s1ilt11dos 1111a, n ·Hol v 1:11d'1, <;c,n.1untarn,:nt..(• . '
,k snndt• ( n11sch:111 ,,1 11I. . ~()00 ): "l'rn ~ 1l / , '<ir~
a<;,,<,.~ fH'', , ,:m atica.'4;
fissio11ni s dl' saúck ,, 11t 011tl's l'nhuil ► Con l.rilmír p ar a (!du,;ar erianÇôS .
cnm <lifC'rC'nll•s vo7.<"S" ( Charl0s, WhC'- . fl. ' J<>
v,·r~s ,. 1arn .ia para o sucesso e Par.
l:'m. & Gafni ~000, p . 12:W); "F'az0-lo enfrentar u insucess o com capacida.
bem implica semprP pôr ppssoas a de de re c omeçar.
connm.ic ar me lhor com outras pes-
soas" (Sakella rides, 2005);
► Atuar como agentes ativos: Compete CONCLUSÃO
aos profissio nais de saúde trabalha rem Em s íntese, o conceito de empodera.
em cor\junto c om os cidadãos , a nível mento tem tanto de rico como de complexo
individua l ou organiza dos através de mas constitui -se indubita velmente como um
associaç ões, no sentido de os ajuda- recurso valioso para os EEESIP, nos diferen-
rem a tomar as melhores decisões ; tes contexto s d e atuação :
► Adequar cultura organizac ional: "Pro-
mover un1a gestão participa tiva, mo- ► Na prestaç ão de c wdados, descoIB
tivadora e capaz de partilhar informa- truindo o c onceito e levando-o ate
ção e conhecim entos" (Amaral, 2009); às crianças , jovens e famílias, tradu•
"Possuir um método de organiza ção z.indo este processo nmna aposta de
do trabalho d e enJennag em, para que> c idadania pa.11.icipativa e semeando
o enfermei ro d e referênci a possa es- d ecisores mais info nnados e ,ons-
ta.belecer c om os pais uma relação ck <•if'ntes;
co nfiança, assegura ndo a contínua par- ► Na gestão, µrom o Ye ndo eqlLipas em
ticipação dos pais na planifica ção dos poderada .s e re flexivas na açào, com
c uidados prestado s" (Amaral, ~OOD). n·s 11lt n d o~ positivo~ p êu -..1 cada ele-
Estudos indicam que, quando o diálo- nic•nto <' poten C'ian cto o cksenvolVJ·
go (, apenas estabelec ido enln' prnfls- 1111•1110 de Inda a P Qllip;t. em torno rle
sional de saúdf' C' família, w ; !'rí;111(; a .o; ohjl'I ivos cont1ms:
· . . ..· inccn·
sen tem-se exduída 'l <· porH ·o i111por ► No l ' IIS IIHl l' n a llll'I\ IHl..•Hl,
, • for111tUl·
tantes no a5sunto f'm an:'ílisc•, pnd1 •111lo f lv andn n s ,•si 11< 1rntll':-< 1 .
~\ , 11in!.!11· 0
indus ive ('fiar aJgu111a fa nt.a.'-!i:1 n ·la t l do~ 11 dt'satt:11·l•111 :--1' p:u. · -
. h ' illll' IIIO,
vam<>nt<• ao que st• p w-,sa, :L'is11111 i111l1 , ~1•11 p11t1•1wi: il d,• 1k:--1'll") . k p1•sq111
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11 p11l 11i1d11 ~,· 1' 111 l'l'~ lllf l ll \),, (
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Foc o de Cu ida do ·· Emp 0 d era me nto
A Criança e o Jove m co mo Capitulo
da Cri a nça , Jov em e Famma

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Esp eci aliz açã
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co nt ex t o , d :-1 s i- Ad1T11111s l.rac~ã o I fos pit.
afa r l 998 /20 00. Esc o-
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II C'S, C'll lpo ciC' ra r Pú blic a. IJn ívc>rsid ade
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ltl:- l(:lO < r 111a 1s p cq uC' 11 a QUC' N o va de Lisboa.
•· • .. <'lll m<'l ho r;::ir, po ., Ur o wit z , S., & Sha r-
('()l l ... 1:-- 1(
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.20 17.07.00:J
, & Gafni , A. (20 00) . Jl o
w (20 04) - Cu ida r e m par-
arJes, C., Wh PJa n, T Fe rre ira, M. & Co sta , M.
r:ommu nication IJel we , •n do
cl.n rs ula ç·ão pa is/ be b0
111
, imp r~v<> ceria: s ubs ídi o pa ra a vin c
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:320, 1220-122 . 1
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ni:urn , nú me ro 30 .
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. pc , .-J., ,JJ,a ms , H.,
n a11sc~r f'a 1J co nc e pt a na lys is o f pa
K & Gil,~o n, C. (1 09 1). A d
K,)/flJS-Mitl'h e/1,( ,D. (2(. )J(j )_ IJrh
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ruu l /J , .18·. t(· 111 -M o k n1y es in tru st in hC'aJ lh
fl.8 1.1.//(1 / 11m
' " L. (200G ). Ha c ia l cliffC'r e nc

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4
Cuidados atraumáticos
e dor em pediatria
4 Cuidados Atrau máticos
e Dor em Pediatria
Ananda Fern andei

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
de da cri anç a e cio .iovE>rn·
cuidados alraurn átic os na saú
• ,lusf ific..ir a imp ortâ ncia dos cri ançac; hospita li·z.a('1as·
as par a gar ant ir na prática, os dir eito s da.e;
o·1scu tir a importância da ava liação 'e controlo ela dor em pediatria;
• De scr eve r as me did '
e sit uaça,,i

ava liaç ão da dor ade qua dos ao est ádio ele des envolvime nto
r mé tod os de
• Ind, ica
.
c uuc da criança;
1 a doloro sos Inai
enç ões par a pre ven ir e aliv iar a dor nos pro cedim entos -~
• Indica r int erv
com uns .
os às crianç
vid enc iar cui dad os atraumátic
cuidados ce:
INTRODUÇÃO e fa.nu1ias, nw na per spe tiva de
e, porque a dor.
umáticos tra dos na familia. Finalm ent
O con ceito de cuidados atra ass oci ada aos pro cedime nto
s ruagnósticos
em 1ag em pediátri-
com o um dos pilares da enf e ter apê uti cos , é, den tro e fora
do hospital.
30 ano através
s,
ca che ga até nós , há cer ca de wn dos ma ior es me dos das cria
nças e font e
pediátrica de
dos ma nua is de enfermagem de stress par a os pai s, e porque
o volume de
s por Hocken-
Do nna Wong, hoje continuado evidência s sob re a dor pediátr
ica o justifica
-se no pressu-
be ny & Wilson (2014). IBaseia a terceira pai te des te capítul
o incidirá sob re
o a doe nça, a
po sto de que experiências com a ava liaç ão e con tro lo da dor
em peruatria
ser traumáticas,
do r e a hos pit aliz ação podem
e estratégias de
dev end o ser alvo de políticas
org ani zaç ões e serviços, e das
inte1ve nçõ es
A HOSPITALIZAÇÃO COMO
zar ess e trauma J
dos pro fiss ion ais par a minimi
O tra wn a, po r sua vez , é hoj
e ent endiclo TRAUMA
séri e de aco n- wn dos
com o um aco nte cim ent o ou A sep ara ção ma ter na terá sido
as cxp erie ncia- pri me iro s tra wn as emociona
is infa ntis a sN
tec im ent os ou cir cun stâ nci
raç-aclores ou Com efeito, nos
dos po r um a pes soa com o am estudacto em proftmdidade.
ou emocional, s da psicologia
cau sad ore s de dan o fís ico me ado s do séc ulo XX, estudo
gad os sob re o astadoras quea
com efe itos adv ers os pro lon revela m as con sequên cia s dev
tar me ntal, físi - o e a aus ência
seu fun cio nam ent o e bem-es sep ara ção ma ter na, o isolament
ual [Su bst anc e a ou abandono
co, soc ial, em oci ona l e espirit de vinculaçã o po r negligênci
vices Adminis- imento infantil
Ab use anel Me nta l He aJth Ser pod em ter sob re o des envolv
tra tio n (SAMH SA), 2017]. cJianças. Forarn
e o bem-es tai· emocional das
ani zad o em
O pre sen te cap ítulo est á org seminais as exp eri ênc ias de
Harry Harlo\\
r fündam entaT suas mães de
trê s par tes. Come çamos po com os ma cac os Rhesus e as
ção e os enco n- de John Bowl-
po r qu e raz ão a hos pitaliza pelo ou de ara me ·' os trabalhos -
áti cos par a as
tro s de saúd e pod em ser tra um by que o conduziJ·a111 à Teo ria da VincuJaçao:
cio que os estu-
cri an ças. A seg uir, a par tir as obse1vaçõ es de René Spi
tz sobre o colll·
dos me dos elas
dos vêm eviden cia ndo ace rca por tam ent o ele "hospitalism
o" das cria.nç:t'i
pai s, apr ese nta -
cri an ças e nec ess ida des cios em orf ana tos ; os filmes de Jai
nes Rob e1tson
consid era das
mo s as me did as qu e dev em ser sob re a hos pitalização na prin
1eira infüJ1cl:t.
crian ças e pro -
par a res pei tar os dir eitos das

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lb4 ; $!Ii'C!Ci1P::
Cuidados Atraumáti cos e Dor em Pediatria Capítulo

Est·.1 associaç·ão ent rC' hospita lização ser C'rn dese nvolvime nto como é a criança, a
(' tnrnma eia separaçã o porlC' parecC' r cstra- ativação repetida deste~ sistemas vai condi-
nh:-t a QH<'lll conJ1ece os atuais ambiente s rta cionar o desenvol vimento da estrutura e do
hosµitalizaç·ão pediátric a, onde os pais das funciona m ento do cérebro, marcand o a for-
cti,mças s:'io uma presença regular. Tal deve- ma como ela se relaciona consigo própria,
-~t' ;) enorme evolução na cultura dos ser- com os outros e com o mundo à sua volta
,i,os pediát1·ic os e das profissõe s médica e (De Bellis & Zisk, 2014).
df' enfermagem nas últimas cinco décadas, Estudos sobre as experiên cias de hos-
integrando progress ivamente a presença dos pitalizaçã o das crianças mostram que o des-
pais, ou outros acompan hantes, corno ne- conhecim ento sobre o que se vai passar e a
cessidade e direito das crianças e famílias, perda de controlo são geradore s de stress.
corno realidade social inexoráv el. O artigo Depende ndo da idade e desenvol vimento
comemorativo dos 50 anos da publicaç ão cognitivo , as crianças relatam diversos me-
110 Reino Unido, em 1959, do Relatório
Platt dos: da lesão física, da dor, dos procedim en-
sobre o bem-esta r das crianças no hospital, tos de enfermagern , da separaçã o dos pais,
mostra como, neste intervalo de tempo, os do ambiente desconh ecido, dos instrume n-
pais passaram , progress ivamente , da ex- tos e equipam entos, da perda de autodete r-
clusão do hospital, onde lhes era permitid o minação (Coyne, 2006; Kilkelly, 2011; Lapa &
visitar a criança apenas algumas horas por Souza, 2011; Salrnela, Aronen, & Salanter a,
semana, ao direito à presença durante 24 2011; Shuttlew orth, 2003).
horas e à participa ção ativa nos cuidados As histórias contadas por crianças dos
(Davies, 2010). cinco aos nove anos, hospitali zadas e na
Ainda assim, apesar da presença dos comunid ade, através dos seus desenho s,
pais, o stress provocad o pela doença, pela mostram que embora nem sempre enfren-
hospitaliz ação e pela dor podem constitui r tem aconteci mentos assustad ores, veem-se
urna sobrecarg a alostátic a capaz de produzir no hospital sozinhas , com medo, zangadas ,
trauma. A exposiçã o a um evento traumáti co tristes ou aborreci das (Wilson, Megel, Enen-
ou a uma série de eventos repetido s ativa as bach, & Carlson, 2010). Ao serem entrevis-
respostas biológica s de stress, com efeitos tadas, crianças em idade escolar referiram ,
comporta mentais e emocion ais. A resposta além dos aspetos anteriore s, que a hospi-
de stress é constituí da pela ativação e inte- talização também tinha aspetos positivo s
ração de um conjunto de sistemas que visam como a atenção exclusiv a da mãe, acesso a
alertar e proteger o organism o contra as alimento s que habitual mente não tinham em
ameaças externas. Face a um evento perce- casa e compens ações por estarem doentes,
bido como ameaçad or da nossa integrida de, reconhec endo também a importân cia da
dá-se a ativação do tálamo e da amígdala hospitali zação para a sua recupera ção (Lapa
(estrutura cerebral responsá vel pelo pro- & Souza, 2011). A análise dos resultad os des-
<-Pssamento de emoções como o medo e a tes estudos sugere que existe grande varia-
ansiPdad e), do eixo hipotálam o-hipófis e- bilidade nas experiên cias vividas durante a
-adrc·n<JCortex, (levando à produçã o de cor- hospitali zação, mas também a possibili dade
.
l J~<Jl J <' dá -se a l'b
. - d l .
1 ertaçao e cateco ammas de tornar menos desagrad áveis algumas des-
q~<· Pr<>d uzem taquicard ia aumento da pres- sas experiên cias.
S' '
· ª_ <J art<>rial, da taxa m etabólica e da vigília. As pergunta s frequent es de crianças que
As c·o, tS<'f ~ . vão ser submeti das a cirurgia são acerca da
. · ~uenc:1a5 estend em -se a outros
SISL< •i na<; t . J , .
• JJO og1c:os, qu e são igualmen te ati- duração do internam ento, da duração da
vados (·0 .
. ·' - mo o sistema imunitár io ou o pro-
. cirurgia, d~ dor, do procedim ento cirúrgic o,
c:esso d •
e cicatrizaç ão (McEwe n, 2000). Num da anestesia , das agulhas, se os pais podem

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Enfermagem em Saúde da Criança e do Jovem

('St ar prt.' Sl"ll ll'S, o qlll' S~' po~


k r:,zer IH) IH>: - hos pit ~, liz;u.;flo unid·- 1
('nt
pit :1I l' :, pro cllr :l (k l'Xp hca (Ol 'S - os .· . ,t< <'s
( (~o rdo net :il .. 20\ l ),-
por qut 's pC' uop c ratú no <.' c·uidadoc., . d0 ern . ei gencia
. •
. _ _ .. hco u trcs eatc gor ias de nc . , nsiv
• A
inte
-~
o . '
nur .mt e hos p1t.a hz;ic_·:10 , sao I H'Q\ IC'll . ' s, tden ti.
s-. 1c
· I· 1
:l
- a< es dos pr6 prio s pais - cess 1dar t es·
tcs :,s m:inifl's t:,çõ t'S de ansie<ladt . . . .. · 11 l'<'l?s-,
pro<'('dimC'ntos dol oro sos e ant es
' per a nte' c1o nad as com as açõ es d·, necessi .
da 1
e apó s in- .
nec css ulad es ligada..:; à estr ut , a equ ipa de( es , ,rl'\a.
1('lYl'HÇÕC'S cirú rgic as. Nos com por - saur ie ('
ct<1s cd anç as apó s a ciru rgia , par Ucu
tam ent os org ani.zac ion .
ais (An dra de et ura e· recu
larm e n- N a pnr . . a 1-, 2015)-- rso"
tC' em i<lade pré -C'scolar, são freq uen .
neu a cate gor ia iden t·" ·
tes o d e- a nec ess ida de ' l11c:aram .
li ri um pós -an esté sko , as per . . de esta r J·un to d .
tur baç ões do part1c1par nos cuid ado s· habituaa· cn ança, "S4> ct
son o E' da alim enta çã.o , a enu res .. , d
e not urn a, rmt rr seg ura nça à criança e de is, e trall! P
a ans ied ade de sep ara ção e a agr a acom s-
ess ivid ade nos mo rne nt os dif , .
par a com a aut 01i dad e, que pod em 1ce1s. Est e COf\iuntoPanh d
ar
oco rre r cess1'da d es, ligadas ao desempenho
em até 60% das cria nça s sub me tida
s a ciru r- . . do (' ílP-
pape
gia com ane stes ia ger al (Yuki &
Daa bou l,
par ent al, coe xist ia com a necessidade dP\
2011). Est as alte raç ões , bem com c?n hec er ? seu p~p el no hospital e
o a dor e a de neg(}
ans ied ade no pós -op era tóri o, par c1ar os CUidados a cria nça com os
ece m est ar profissio-
ass oci ada s, ent re out ros , a pre sen nai s. A nec ess ida de de man ter o con
ça de an- trolo da
sied ade pré -op era tóri a no mo me nto situ açã o e a nec ess ida de de seguranç
da ind u- a eram
ção ane stés ica, a his tóri a ant erio sati sfei tas pel a sua pre sen ça junto da
r de ciru r- criança.
gia e a car act erís tica s de per son A nec ess ida de de se ada ptar em
alid ade das ao ambiente
cria nça s (Da hm ani , Del ivet , & hos pita lar e a um nov o ritmo de vida
Hilly, 2014; diário.
Yuki & Daa bou l, 2011; Zav ras et bem com o de ger irem os seus sent
al., 2015). imentos.
A sep ara ção da cria nça dos pai for am igu alm ent e refe rido s em dive
s à por ta do rsos es-
tud os. Qu ant o às nec essi dad es relac
blo co ope rató rio, freq uen tem ent ionadas
e aco mp a- com a equ ipa de saú de, destacaram-
nha da do cho ro des esp era do da se as de
cria nça pe- info rma ção , de com pre ens ão dessa
ran te a con ste rna ção dos pai s, info~
e o per íod o ção e de obt er apo io emocional, mas
da ind uçã o ane stés ica , em par ticu também
lar, con s- fina nce iro e esp iritu al em alguns caso
titu em mo me nto s de gra nde ans s. bem
ied ade par a . de
as cria nça s e fam ília s.
com o a nec ess ida de confiar na equipa .e de
ter gar ant ia da qua lida de dos cuidados
Str ess e ans ied ade per ant e pro ced ime . Final·
me nte as nec ess ida des liga • , trUturª e
n- das ª es ~-i-
tos dol oro sos de ntr o ou for a ' . . 1 'arn a nece~
do hos pita l rec urs os org aniz acio nais me UI . . ali-
são rea çõe s pre vis íve is, ass oci . - a
per iên cia s ant erio res e ao me
ada s a ex- dad e de tere m con diço es para higiene.
do da dor . me nta ção e son o, com confmto. ,
Con tud o, de um a for ma ger al, par pü-5SÍ\·fl
a as cria n- O rec onh eci men to de que . e ,, p,U<i
ças , tod as as situ açõ es nov as, pel agi r sob re os fato res que cont·tali r1bue1 -
a sua im- zação rl,1.'
pre vis ibil ida de, pod em ser cau os efe itos neg ativ os · da hosP 1
sad ora s de to Europeu ·1
ans ied ade . O não sab er o que cria nça s leva ram o Parla.m en
esp e rar e a . 1 \'l!
ant eci paç ão de que alg o m e nos
agr adá vel 986 os dire itos a contencri,ui· P'
apr ova r, em 1 ' . dos direitos dasd e111
pos sa oco rre r pod e m lev ar as cri num a Ca1 ta Eur ope ia . . os mai s
anç as a ter tar e, ·ll'
urn a pos tur a d efe nsiva, não col abo . 1· das Dois an : ria5 a.5!l
rati va ou Ças hos pita 1za ·, da por va . ·to;
me sm o hos lil. aprova
Lei de n, Hol and ~, e de pro teção dos d1re1
Tam bém os pai s das c ria n ças hos crw11º
pita li- cia çõe s eur ope ias ·tal a carta da_
zad as apr ese nta m n ece ssid ade s hos pt , crH1.l'ç~
esp ecí fi cas , d as cria nça s no de Apo · a ·
I titu to io - 5 0111·
nem sem pre sati sfe itas (Me lo, Ho spü al'i zad a ns [ ,._1 çoe
2011; Rei s, ão d35 i~a ctotarl8
2007). Um a rev isão inte gra tiva da ( IAC ) 1998]. A c~nvend~ Crianças, a
lite ratu -
'
ra, inc idin do sob re 17 est udo s e
exc luin do a das sob re os Direitos

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>
Cuidados Atraumáticos e Dor em Pediatria Capitulo

º"'
nsf) cons:1gr;1 , l'lll I'('
·
ros, O din•il O ;) fos, n •v1 •lo11 o q111• <•SfC's co nsideram mais im-
11 l j ;, ' ' lodo o ~t•r
<' , <' cnfrnrlt 'll00 como tTl~lll(:i port:1111.<• 110s s<•rvi ços de• sa(1de: ('star acom-
~nu<l . cios Oaos 18 ;mos. p:mhad o r><'los pais/fam ili ares ('18,fií}fJ), ter
111 1
1111 :11 ~.,;.:ir rle srr détd::i partk11l:1r :1lern;iio :'t. sido t~x plicado o 1.ratamc nf.0/c.sta r prepara do
AP<'· · ' .--J · ,,.J •
s
. . Jiz•i,ão, outros. ep1sou1os uC' cuidado . (4,1, 1rYr,), sab<_•r o nomf! do médico/enferm eiro
ospll,1 •
11 · , ...1r fora rlo hospital, como a vac111ação,
d (HJ,G%), ser capa:t. de perceber o que o médi-
.Jc,,11111 .
u •· ·rr igualme nte éuneaça ores ,para as co está a dizer ( 4H, l %), poder fazer pergun-
OClll ~ ·-..:
pc: .1, Mesmo os contact ·
os cfr., saude qu e tas (44,6%), ser ouvido (47,3%), não te r medo
1•111,, ~-
ri_· · wolvcm procedunento s dolorosos, (48,7%), não ter dor (60, 1%) (KHkeJJy, 2011).
n:W e:s consultas de vigilância de saúde
· desencade1am ·
Também as es tratégfas relatada s por
conJO, exames rad'10 1,ogicos, crian ças dos quatro aos seis anos para en-
ou .o~, vezes reaçoes - negat·1vas, d e agressa-o, frentar os medos relacion ados com o hos-
- d .
111111t~
, falta de cooper açao, que poL em. m- pital incluem a presenç a dos país ou outros
.
rerusa.. com os cmdados a rece er ( erw1ck, b membr os da família, a ajuda do pessoal hos-
.,, •
te1 ,en1
pitalar, imagens positivas e humor, brincar e
io16). o brinquedo preferid o (Salmela, Salante ra,
Ruotsalainen, & Aronen, 2010).
CUIDADOS ATRAUMÁTICOS ~ Com base nas evidênc ias sobre ~ neces-
sidades e desejos das criança s e paIS, pode-
o Conselho da Europa , reforça ndo os
mos conside rar que os cuidado s a.traumáti-
documentos anterio rmente referidos, ado-
cos nos cuidado s às criança s, jovens e suas
em 2011, diretrizes sobre os cuidado s
ta. . ·
(Gu i'd ezines familias, express os nos direitos e recome ~-
de saúde amigos das cnança s
dações anterio rmente referido s, incluem seIS
011
Child Friendl y Healthcare), ratificadas
dimensões principais:
por 47 países, nesse ~e~mo ano, na, Confe-
rência Europeia dos Ministros da Saude, em • Evitar a hospita lização e reduzir a sua
Lisboa. Essas diretrizes, destina das a todas duração;
as atividades em saúde, reconh ecem que as • Inform ar e prepara r as criança s e os
intervenções e sistema s têm potenci al para pais;
causar dano ou efeitos adverso s e que as • Encora jar a presen ça e particip ação
crianças, pela sua imaturi dade e pelas suas dos pais nos cuidado s;
limitações na linguagem e capacid ade de co- • Propor cionar a manute nção dos hábi-
municação, estão em maior risco. tos de vida;
Os direitos consag rados nos docum en- • Adequar o ambien te aos gostos e ne-
tos anteriormente enuncia dos traduze m po- cessida des das criança s e famílias;
líticas orientadas para cuidado s pediátr icos • Interag ir adequa dan1en te com a crian-
atraumáticos. Mas a implem entação de uma ça e com os pais;
filosofia ele cuidados a.traumáticos na prática • Minimizar o stress, o descon forto e a
r:quer legislação, soluçõe s organizativas ao dor. 1
nive! do sistema de saúde, opções logístic as
~.ª5 mstituições na utilização do espaço fí-
sico, PrPparação dos profissi onais para sa- EVITAR A HOSPITALIZAÇÃO E REDUZIR
berem l'd 1 . . .
ar com a cnança e os pais e uma A SUA DURAÇÃO
cultura de re"duçao - '
U do stress e da dor.
da E m est udo levado a cabo pelo Consel ho O esforço para evitar a hospita lização e
.
uroJ)a sob,·e as perspetivas . reduzir a sua duração , movido igualm ente
e expene n-
A

e:'
ias de cri .
por razões de ordem económ ica, tem leva-
os servi anças : Jovens de 22 países sobre
Ços de saude, envolvendo 2257 sujei- do a desenv olver alterna tivas assiste nciais.

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Enfermagem em Saúde da Criança e do Jovem

dr l11lt•r ·11:1.111t•11to dt• a c·na11ça sr r inform ,·i(1,l. • •,


1)(' '
En tre elas . a Unirlarlr n• cc br r a infom 'r . i,v ·,1o '' lll<•ni rlt,v" ,,,.
rv iço s rle 11rg{•nda-i, 1

Cu rta Du raç ão , nos sr A cap acidade c·o,.,. r,n 1•1. ,


, •va da , . .
s itu aç õe s ag ud as qu e . nança <1,....,
na qual sã o tratarias as de termm ar a utiliza ,·§. o J
< e c·s1ralf. ·
se r rrs olvida s em 24 "''
pre vis ive lm en te poclrm •
ma llvar,. Até aos dois ou t rcs , .. s¼d '! .ínr,ir
e rnam en to na enfr•r- - (tno
· e 1<lat1,.
a 48 ho ras evita.nd o o int .
as cn an çac; nao têm cap c:,r1adr de
a .-
a, em qu e as crian ça s COrnvr~
ma ria ; o Ho sp ita l de Di ende r o que se vai passa ' PPIo Que . r
r
no hospitaJ du ran te a lílfri
realizam o tra tam en to - d
maça o eve. ser dirigida
exc:1 .· . eni
us, vam 'I:n iu}\
ca sa pa ra do rm ir; a . A pa rti r dessa idade as n
o dia ma s reg res sam a pais. ecessíd il(Je,.;r1,.
cílio, em qu e o trata- - '
ho sp ita liz aç ão no do mi .
mf orm aça o po de m var iar mu 1·to
de ·
sa, so b su pe rvi são de CT!arw;.
me nto se efe tua em ca farrua·
• a
de fam füa par
ser viç os de cir urg ia pa ra cn an ça , ~ e~
tm1a eq uip a de saú de ; os tro Co lJJr
pr oc e dimenta pa ra o ou · mo t.aJ •
e o do en te reg res sa a . '. P~
de am bu lat óri o, em qu sat isf az er as necessidad
es de info
ad mi ssã o, ap ós um a an ças e pais é ess nciaJ a1. e J rr>
ca sa no me sm o dia da
~
dividuais da s cri b '
.,
int erv en çã o cirúrgica. li ar o que Ja sa em_e perguntar O que
dese;
ho je é ten de n-
Assim , a ho sp ita liz aç ão saber, pa ra qu- e a dinfon
nação dada ~a suf,. se·
sit ua çõ es em que o
cia lm en te res erv ad a a .
cie nte, ma s na o re undan
te ou excessiva
r efe tua do em ca sa, ção Prep .
tra tam en to nã o po de se O Modelo de In fon na arat,>-
a cri aç ão de eq uip as . H & von Baeye r, 2rxr
est an do em ex pa ns ão na
. rJ aa nis te, ay es,
os e pa lia tiv os que
1.:
de cu ida do s co nti nu ad é que a info rma.
pro põ e-s e ex pli ca r co mo
s no domicílio, qu er iví~uos que vão Sf:r
ass eg ure m os cu ida do çã o é u_tilizada pe los ind
cu rta ho sp ita liz aç ão cedimen to: fatorr,;
na seq uê nc ia de um a su bm eti do s a um pro
doença, qu er na s si- peramento e idade.
po r ep isó dio ag ud o de individuais , corno tem
ou ag rav am en to de ncia ou aprendiz.a.
tua çõ es de ag ud iza çã o co nju ga do s co m experiê
na s cri an ça s depen- uma represem;i.
do en ça cró nic a, qu er ge m an ter ior, produzem
dic a, quer, ainda, em ento (que pode não
de nte s de tec no log ia mé çã o me nta l do procedini
ita nd o em tod os est es e) e resultam numa
sit ua çõ es terminais, ev co rre sp on de r à realidad
tal. e irá ocorrer que
ca so s o rec urs o ao hospi ex pe cta tiv a so br e o qu
la inform ação prélia.
po de se r modifica da pe
CRIANÇAS os me canism os de
INFORMAR E PREPARAR AS Dm·ante o pro ce dim en to,
dos dependem des-
en fre ntan1ento mobiliza
E OS PAIS lmen te modifi cada
sa ex pe cta tiva, eventua
ap rop ria da so bre expe riência real . dai
A falta de inf orm açã o po r co mp ara çã o co m a
dim en tos mé dicos, a ess , a intensidad eda
o tra tam en to, os pro ce res ult an do o nível de str
s da hosp ita liz aç ão que o procedim ento
cir urgia e ou tro s asp eto do r e a fac ilid ad e com
e a inc ert ez a da s o, a refe1ida rew
au me nta m a an sie da de é realizado. Po r ou tro lad
e, Pikuls ka, & Weg- an1ente constrnída
crian ça s e dos pa is (Litk se ntaçã o me nta l, previ
alm en te a ad esã o e sso s neuronais qur
ne r, 2012). Dificultam igu po de rá mo lda r os pro ce
s e pa is no pro ce sso riência sensorial W
pa rti cip aç ão de crian ça irã o da r ori ge m à expe
co loc ar a crian ça em orrnaçào preparai(}
de tratan1ento e po de m se nte . Assim sen do , a inf
de é um fat or de qua- ajudar na constnrção
risco . A lite rac ia em saú ria se ria es se ncial pa ra
do s cuida dos (Abra- stada à realidade t'
lid ad e e de seg ura nç a de urna ex pe cta tiva aju
). estratégias de enfren·
ms , KJa ss, & Dreyer, 2009 pe rm iti r a ati va çã o da s
têm procm·ado res- O ·icon·
Divers os est ud os en to ad eq ua da s pa ra fazer face a '
qu est õe s ac erc a da tam
po sta pa ra as seguin tes tec irn en to am ea çador.
qual o co nte údo da incluir infoniia·
pre pa raç ão da s crian ça s: O seu co nte údo deverá . - do que
mé tod os mais efi ca-
infom1a çã o? Quais os çã o so br e o pro ce dim en
to (descrr çao
e an tec ed ên cia deve
zes? Quando e com qu

©Lidei - Edições Técnicas, Lda .

: 4 +. i@'"P L;
iatria
Cuidados Atraumáticos e Dor em Ped Capítulo

ial (dl' scr i- ileg ia-


id st'r feit o)< ' i11Jor111ação SC'11sor Est and o os pais num a pos içã o priv
criança s,
c;.:io das s<'11sações que pod erã o ser
<'XPC'rien- da pa ra res ponder às que stõ es das
dos est udo s e sen do ele s a prin cip al fon
te de inf onn açã o
r ir1da s ). Em bor a os res ult ados inf orm ados
sdam con trad itór ios qua nto ü
util izaç ão (Go rdo n e t ai. , 2011), devem ser
a lhe s res -
dr1 palavra "do r" ou ao seu evi
tam ent o, há pre coc em ente e cap aci tad os par
aly, 201 3).
edd ênc icts cla ras de que o com
por tam ent o pon der de for ma ade qua da (He
da cria nça O em pod erame nto dos pai s
par a sat is faz er
dos pais tem influên cia no stre ss trib ui par a
dur ante os pro ced ime nto s
dol oro sos . Em as inte rro gaç ões dos filhos con
ied ade (Ja ani ste
pai s e as red uzi r a sua pró pri a ans
pa1ticula.r, a exp res são fac ial dos
con sol ar a et al., 200 7).
tentativas par a tran qui liza r ou iatr ia
ocu pe, ou A Aca dem ia Am eric ana de Ped
criança diz end o-lh e que não se pre hec ime nto s
ans ied ade (AA P), rec onh ece ndo que os con
que está tud o bem , aum ent a a sua ' sob re saú de são fun dam ent ais
par a ass egu -
o red uz a
ao passo que dis trai r a sua ate nçã rar a ado ção de com por tam ent os
sau dáv eis
Mc Gra th, &
ansiedade (McMurtry, Ch am ber s, e que os nív eis de lite rac ia pod em ser var iá-
pai s par a,
Asp , 2010). É útil, poi s, pre par ar os vei s ent re os div ers os cui dad ore
s da cria nça
a cria nça
durante o pro ced ime nto , dis traí rem e por vez es mu ito bai xos , ela bor
ou um con-
sol and o-a
em vez de a ten tare m sos seg ar, con jun to de rec om end açõ es e fer ram ent as par a
ou utilizando pal avr as de con for to. pro mo ver a lite rac ia em saú de
de tod os os
o da
Diferentes mé tod os de pre par açã cui dad ore s da cria nça (pa is, avó
s, edu cad o-
e par a a
criança e pai s par a a hos pita liza ção res, pro fess ores), a fim de ass egu rar a con ti-
a os pro -
anestes ia e ciru rgi a, bem com o par nui dad e dos cui dad os (Ab ram s
et ai. , 2 009).
par ado s,
cedimentos inv asiv os, têm sid o com
ben efíc ios .
procurand o dem ons tra r os seu s IPAÇÃO
het os info r- ENCORAJAR A PRESENÇA E PARTIC
Neles se inc lue m a ent reg a de fol
a visu ali- DOS PAIS NOS CUIDADOS
mativos , a visi ta pré via ao ser viç o,
erio per ató -
zação de víd eos s obre o circ uito p O dire ito ao aco mp anh am ent
o fam ilia r
cria nça s em
rio, a consul ta de websü es. Nas da cria nça dur ant e o inte rna me
nto hos pita -
del açã o ou
idade esc ola r e pré-es col ar, a mo lar est á con sag rad o na lei por tug
ues a des de
do à cria n-
brin cadeira terapê uti ca, p erm itin 198 1 (Le i n.º 21/ 8 1 de 19 de ago
sto ), ten do
m ate riai s,
ça o con tact o e a ma nip ulação de sid o, des de então, o aco mp anh
am ent o alar -
ingas, tem
r·_rJllio máscarac;; ope rató rias ou ser gad o dos 14 par a os 18 ano s, e
do per íod o
& Lee , 200 7).
sidr; mu ito ut iliz ada (Li , Lop ez, diu rno par a o pe ríod o not mn o.
Tan 1bé m as
e o des e-
Prn<>m , a varied ade dos mé tod os condiç ões ma teri ais par a os pai s
per ma nec e-
era lização
nhrJ rl fJs ('Stu dos difi c ulta m a gen - d rem no hos pita l se enc ont ran 1
def inid as na
l . e um
d<Js: resu · Jl a d os, l)em com o a •e e1ç ao • lei, des ignadan1en te a pos sib ilid ade
de tom a-
J11c•l<Jd rJ r1<' pre par açao que seJ a s upe no r aos
-
Est a legisla -
.
, · o, & Lim · a, 201 7) . rem as refe içõ es gra tuit an1 ente.
Jr•s1an1 Ps· ('-',) J'J va , Aus l reg es1l o o pai s 0
tod os de info rma - ção veio leg itim ar e est end er a tod
.. - (J c·rmteú do e os mé hos pita is
<,a<J a J' com o a ante- que já e ra um a realida de em alg uns
. '. inguage m utiliza da ' bem e ser viç os de ped iatr ia des de o
final da dé-
e(•rJ ,.n .·1. a info rma ção. ,
rl r• < ª <·om que é forn eci da cad a de 70, inclus ive e m uni dad es de cui d _
Vr •111
liv• . ·
sc• r d
a (•quado s às c·apaci dad es
cog rn-
dos inte nsiv os, o nde . um dos pai s pod ia ª_
p er
a.<; da .
('f'J
d ll Ça , . Lend o em C'onta as
. s uas ex- . d
)J( • .·•
1) (. /l( ·j . . . 111a nec cr JLm to a cn a nça dur ant e tod o di a
as ant Pno res (Ja ani s te e t a i. , 200 7). . . as' nl-aes que'
<,ua
nor
,
ser a sf'nc1o a VIs1ta not urn a pe rmi tida
-, ' me
111 <J J ll éJ J. .
uen a a cria nra ant .
. ,,.r, J, s /H•q
a a111, .
, ma s a info r- am am ent avam, e a pre sen ça dur e a noi te
111a, -~ < <'nc·ia da info rma.cão '
s d
res erv ada a s itua çõe e ext rem a gra vid ade
•ªº <·1r1 . e una do aco 11te c·im ento de
•· v<~ ser -· . di _
'' ViLau-
ª ( id em ). o u fmal de vid a. Alg uns hos pita i s spo em de

©Lidei - Edições Técnicas, Lda.


J _

Enfermagem en1 Saú de da Criança e do Jove m

· lh" l\1'1' -
é1 \ OJ;ll , · \WO\ ffios
' p:1r:1 os pai s 011 0111 ros
~
111:ulurn s, os pais quc, n,,-.- .
mnd ns de apt) in r ns qHt' s:'\o dl' lun gl'
t' n:10 dl' de l'S(' olhl 'r l'nt n• <' ,,l 1.l'I a~ºPor1uni
ti',m mei l'S par:\ st' rn :,n1 t'n'r n fora de (I
emm . ( EgbC'rls, 1k ,Jong ll o íl an
81,,1 r
I (,
º"
nao a.
M:1:-:- . p:ir:1 qne os \Kli s pos sam pl'rt\ :w l 7) . ' < ' •"c•n
J)l'(' S(' l\tn
l:ll\C'C'f'l' "
~. ,.n, & 1,()1' ,·~
junt O ctos filho s, foi l\C'C<'ssári o que
:,~s ki s ~H- O pa pel dos pa is durant , Y,
hm·a is :wo mpa nhas sC'm esta ('Vo _ .
h1ç ao . llo,1<' , t;ao e a sua part ic ipaç ão nose a. hosp · .
:, ki ck pro h',~ o cta mat C'm idad <' . · 11.ah1,a,
l' d:1 pa1 N - vind o a exp and ir-se have nd • C'. U1da 1
nictack· ('Sta h<'k ce a ctm·::, ç:'lo l' as <os l.(>ll1
con di çõe s '
ho.i e , e de aco rdo com o nos I'
C'rn qu 0 os pais pod<'m falta r ao trab alho uma filoso~ia< ias rlf,
par a dad os cen trad os na família urna
assi sté'n óa aos filhos, ind usiv<' dur ante ,t <.le Clii.
h0S pitah zaçã o.
a mu ua d e que profi ss1o . ,
nais e paisexpe ctauv-
tr b 1
. 'f d .
em par cen a. o avia, nem sempre a alhfl1t,
No caso dos ado lesc ente s, é acei táve
l exp ecta tiva s coin cide m (Card oso, 201o;~<;;i.
que seja o pró prio a dec idir sob re o aco
mpa -
nha nte pref erid o, que em algu ns cas os
pod e
ser o(a) narn orad o(a) , em sub stitu ição PROPORCIONAR A MANUTENÇÃO
dos
pais . DOS HÁBITOS DE VIDA
}\ssi rn, a m eno s que vá con tra os inte
-
ress es ou o des ejo das cria nça s, esta A hos pita liza ção inte rrompe a vida qur-
s são tidi ana da cria nça e da família. A recolha
im·a riav elrn ente aco mpa nha das por ,i,
um ou dad os no mom ento da admissão permi
amb os os pais , com mai or freq uên cia t
a mãe , iden tific ar os háb itos da criança, e o ennJ:-
pod end o obs erva r-se esp orad icam ente
a vim ento dos pais nos cuidados, sobretud1,
pres enç a de avó s ou outr os.
A pres enç a dos pais tem vind o a ser alar par a as cria nça s mai s pequenas , penni
- tr
gad a tam bém a loca is trad icio nalm ente apr oxi mar os cuid ado s hosp italares dos
ved a- cw-
dos aos mes mos , com o o bloc o ope rató dad os fam iliar es (Pin to & Figueiredo. 199~
rio. Por exe mpl o, os háb itos de sono, de banhe
Na déc ada de 90, teve iníc io a disc ussã
oe o o mod o de alim enta ção , os hábitos de elim:-
estu do sob re os ben efíc ios de auto riza
r apr e- naç ão, não hav end o con traindicação c~~:
sen ça dos pais nas sala s de indu ção J.
ane sté- dev em ser man tido s, tant o quan to po55
sica e de reco bro , perm itin do que a cria iw .
nça Há mui to que se reco nhe ce que O mod~
usu fruí sse da sua pre sen ça reco nfo rtan ..
te até lo de org aniz açã o dos cuidado s num seli1
ado mw cer e logo ao des pert ar da ane \
stes ia. d e ped iatr ia é um fato r essenci.·a1 para W
Os resu ltad os na dim inui ção da ans de rül:l
ieda de sibi lita r a c ont mm. ºd a d dos hábi tos
da<::. cria nça s e dos pais são aind a con e - da ,1,.,
trov er- da cria nça e ass egu rarª c ontinuaç ao ' .
~os (Bailey, Bird , McG rath , & Cho mey F rnandt'>
, 201 5; traj etór ia de des env o 1vm · 1ento ( e
Erha zP, Dow ling , & Dev ane, 201 6; Ozd
oga n
<~t aJ ., 2017 ). Tod avia, num hos pita 198 8). tarnb é1n nect'~
·, \·
l em que a Cria n ças e jove ns tem
A

pr<-'b<' nça dos paic; dur ante a indu ção ane italiza,,ll'
c:a (: usual, qua ndo que stio nad os, 95% dos
stés i- dad e d e se ocu par d UI· ante a hoSP , sica ou 1
·e:1
pais . , do ouvindo n1u
man ifes tara m o dPsejo dP eslar pres ente brin can do, Jog an_ . ' des lúdi cas- . ·vW(
s e lt'
88% dac; criança<; rt->fe rira m que a pre sen liza ndo out ras at1V1da ante r " au 1• 1;
ça dos A pos sibi' lida
. d
de e- .O\' - es prololloó;\l1rr '
pais tinh a ajud ado (Kruger & Ros en,
201 6). esc olar dur ante h O spit ahza ço
, de acor
·•dos e11
Tam bém a pre sen ça dm, pais dur ante , . d . trav es es·
a pod e ser faci lita a a . ou 111
real izaç ão de pro ced ime nto s dol oro sos escolares coh~
sido ana lisada. Mes mo em s itua çõe s
te m o hos pita l e as en tidaedes es
ueno espaÇ O pari íl,'>.
difí ceis mo atra vés d e um p q professores,de
de obs erva r, com o na real izaç ão d , 1 corn
e um a d entr o do hos p1ta '. . l da escolafl·da ·
pun ção lom bar ou no trat ame nto d
e que i- c rian ças na fase inic ia

Ú,, ©Lidei - Edições Técnicas, Lda.


Cuidados Atraumáticos e Dor em Pediatria Capítulo

A'i sala..., de C'Spcra C' as enferma rias dos


ADEQUAR o AMBIENTE . . hosp ita is têm , id ealm ente, espaços lúdicos
. . . las• cri:ui•" ·us lwsp1t.a hzad:is equipad os para a, judar a passar o Lempo aos
0 ~. dll'l'IIO!-i (
fl"llll qtll , •·is ,
cri.niças nüo devl' lll se r mais pequeno s, mas também aos jovens.
cons: ig ' _ ,v iros dl' adultos , mas co m
A ex.istência de locais e equipamentos para
u-at,H.. i'I.· ·Scn:Ul<;,IS
l' lll SC'
. .. . (.l·i" s u·,' idacl<'. Isso penn1te .
.
o uvir mús ica, utilizar jogos e ver vídeos está
out1,1s . . físico e o a111bic nlf' social se-
, o csp,1<;0 . . . . . e ntre a<, medida<; que tomam mais agradá-
qut . (los e <\He h::\ja prnf1ss1omus co m ve is os período s de lazer, mas também per-
• \ l '\O C'(lll,I ' ' . . .
J8l • ..- , 'JJecHica para lid ar com c n anças,
for n1:1<;,10 e-; . mitem a distraçã o durante procedim entos
. ., ,s('
Jº' l 1\' inílu<'
suas ramíhas. desagra dáveis ou doloros os.
1
.\ncia cio ambient .
e f"1s1.co so b re
, . ,
. o
Os quartos devem preve r um espaço
, t ·:u· é conheci da e ha mwnero s exem- equipad o para os familiar es, junto de cada
be1n-t s <
pios cte estrutur as hospital ares
em ,·árias paites do mundo, o~de e evidente
P: d', .
ia~ncas, cama, possibil itando a perman ência durante
o período noturno , se necessário, com con-
a preocup ação com a adeq~~ç ao dos ~spaços clições mínima s de conforto .
aos aostos e wliverso simbolic o de cnanças e Também as salas de espera, os espaços
o - -
jow ns (Snlith, 2014). Mas nao ~ao apenas o~ comuns para refeiçõe s, lazer e dormir de-
locais em que se encontr atn cnanças e fanu- vem contem plar as necessi dades dos acom-
lias as zonas sociais dos hospitai s e centros parthan tes das criança s e jovens e dos seus
de ~aúde, aqueles que diferem das instalaç ões visitant es.
para adultos. Também a constru ção e _organi-
zação das áreas reservad as aos serVIços de
apoio obedece m a orientaç ões próprias , para INTERAGIR ADEQUADAMENTE
darem resposta às necessid ades de naturez a COM A CRIANÇA E COM OS PAIS
clínica, de conforto e de seguran ça específi-
cas das crianças , jovens e suas famílias . O modo de interação é determi nante na
A arquitetu ra dos hospitai s pediátri cos experiê ncia de contact o com os profissio-
e a configuração dos serviços de pediatri a e nais de saúde. No estudo (Kilkelly, 20 11),
dos espaços onde são acolhida s crianças nos anterior mente referido , sobre as perspeti -
cuidados de saúde primári os (CSP) ( como vas de criança s e jovens sobre os serviços
salas de espera, salas de vacinaç ão e trata- de saúde, compre ender o que lhes é dito foi
mento, salas de consulta s, salas de exames conside rado muito importa nte por 49,1% dos
rv.diológ icos e outros) tendem a privilegiar inquirid os, sendo referido que os profissio-
a luz natural, os espaços abertos, o uso de nais muitas vezes falatn muito depress a e
cyres suaves e médias (não o branco) , a de- usan1 palavra s difíceis. Outros aspetos con-
cpração com arte e desenho s ligados a histó- siderad os muito importa ntes foram ser ou-
·:as e heróis infantis. Alguns trabalho s têm vido (47,3%), poder fazer pergunt as (44,6%)
vest igado a perspetiva de criança s e jo~ens e saber o nome do méclico ou enferme iro
(19,6% dos inquirid os, embora para 16,7%
bre este assun to e revelam , como sena de
ff;pe rar, que ac;; preferên cias dos jovens e as esse aspeto não fosse de todo importa nte)
1ªs
' c-ri anças mais pequena s são bem diferen- (Kilkelly, 2011 ).
Alguma s estratégias específicas que os
Ü's (N orton-Westwood , 201 2) . O alargam en-
ffi da idade pediátri ca para os 18 anos obriga,
profissi onais podem utilizar para comuni car
com criança s e jove ns incluem : colocar-se -
pois, a repensa r os espaços onde predom i-
ao nível ctos olhos da criança; estar atento
avam objetos, brinque dos e equipam entos
ao que capta o seu interess e (por exe~~lo ,
l ü r c>xemplo mesas e cadeira s cainas sa-
livro, jogo, persona gem) para poder utilizar
it ários) apro~1iados para crian~as. ' esses element os na convers a; respond er

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Enfermagem em Saúde da Criança e do Jovem

partilhrmrlo pl'11same11los e pn•ferê-ncias


<'0lllO fornw rle eslé11Jel('<'f'r 1tllla inte ração A DOR EM PEDIATRIA
s i,m~t.tica (por C'XPlllplo. "C'u também não gos- A dor é um mecan isni ·.
o ele 1 e~
. 1 ,
to'"). st'lll cont urlo ciC'sviar o foco da conversa e ia a nossa sobrevivêneia . - a e11a
e e0 ''~('n
para s i p,·óµrio ; cvit m· comentá.rios banais que requ er aprendizagem (An ' rno la! .- ·
Trata-se de um fenórnen ª~ &e. ,~
ra1g, IOrJí•
pociC'lll embaraçar a c1ia11ça (por exemplo, o niultidi · iJ
"C'st.-1s muito cresci do" ou "que lindo cabelo co m componentes fisioló .
g1cos se
rnensionai
.
. t· ' ' nsoriais
rniyo"): usar um to m de voz normal , a.justan- cogrn 1vos, afetivos, com 0 rtanienta·
. . . P 13 e l'S-
do o voca bulário o suficiente para ser com- pmtuais. A dor é definida 1
pe a Asso ·
·
1ntemac10nal para O Estudo d <:iaçàli
preendido, sem infantilizar a criança; mante r
.~ . a Dor co
m11a atitude calma, sem pressa, em vez de uma expenenc1a sensorial e em . tnri
, . oc1ona1 d
uma postl.u-a enérgica, sobretudo se a criança grad ave , associada a uma lesão tec1dua1
1 . esa.
. reai
está hesitante; associar a informação a ati- ou potencia1, ou descrita em tenn
,ridades do dia a dia, em vez de utilizar con- lesão (Merskey & Bogduk 1994) e os de tal
' , nas cnan-
ceitos abstratos (por exemplo, "a mãe volta ças, resultab"
_
de urna complexa interação entr,
, .
depois do almoço" em vez de "a mãe volta mat uraçao 101og1ca, experiência anteriord,
mais tarde"); não tirar conclusões precipita- lesões de maior ou menor gravidade, e apren-
das nem desvalorizar os motivos de preocu- dizagem de comportamen tos socialmem,
pação ( ainda que não concordemo s com os aprendidos (von Baeyer & Spagrud. 200:J
mesmos, é n ecessário perrrútir a sua expres- Muito do que se conhece sobre a foíllló
são); praticar uma escuta ativa e manter o con- como se desenvolvem os circuitos neun;.
tacto \risual ( é importante não estar ocupado a nais responsáveis pelo processamento d~
fazer outras coisas em simultâneo, sobretudo estímulos dolorosos, também designado1
se um adolescente está a tentar comunicar); nóxicos ou nociceptivos , e sobre as coll5€-
não perrrútir que os pais falem desfavoravel - quências da dor no sistema nervoso cenrrà
mente sobre a criança na s ua presença ( é um resulta do estudo de animais em laboratóril
mau exemplo, embaraça a criança e mina a (Fernandes, 2009). Sabe-se que os beb~.
oen:
confiança no profissional) (Boggs, 2016). m esmo quando nascem prematuros, reaº_.
st
Nos adolescentes , a entre \rista motiva- a estímulos dolorosos com manife ªç~
cíonal tem sido indi cada como uma técni ca comportam entais que podem incluir :~~:-
d e comunicaçã o particularme nte adequada sões faciais de desagrado, choro e ativi ª r
· · da
para moclificar hábitos d e saúd e e aumen- motora como o reflexo de retna · .- 0 l
' de oestaça ·
tar a adesão ao tratamento em s ituações de A partir das 24 semanas º . a<lti
. . ente eqlllP
doença crónica (BeJJ & Condren , 2016). feto está n eurob10Iogicam . , às ct,
·iféncos ate ' 1
d esde os nociceptores per ·u·cais, p,ir:
• · 111 · trac01 ' u
n exões talamocortic ais e praespinJ!;
MINIMIZAR O STRESS, O DESCONFORTO ºnhal e .SLIs1ater et '·1] ·
0 processame nto espi
2005 º:~
E A DOR da dor (Hall & Anand, ;.0 cessos e11
2006). Em contrapartid a, os p te estão aill'. '
Sentir-se seguro e confortáve l deve fazer 1 descenden a ~~
ge nos de contro O , dinünuta' 1;1
parte do processo te rapêutico, pelo que o damente, e tar co11
imaturos, nomea . ·a' aun1en é111·
medo, o desconforto e a dor d evem ser reco- _ ·fin que li <: ~ 0 rec
duçao de e ndoI as, . ssa razao, 5, , diCº~
nh ecidos, avali ados e geridos c om inte rve n- · nal Por e dos h·pera 1o
idade gestacw · .d 1 deí~111
ç ões apropriad as à idad e . Tal re quer qu e os - cons1 era nca
-nascidos sao ·osos dese ,,d8d~·
profissionais d e saúd e sej am clinicamente e , Jos do 10 1 rolº"º ··
isto é, os est1mu o tora mais~ aS ,,1,11=
cu llura lm e nle compe lentes e qu e o a mbi e n -
te d e c uidados sej a amigável (Ki lkelly, 2011 ),
n e les uma respoS t m
. da com a
ª de cnanÇ
quando compara
como já foi anteriormen te sali enta do.

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em Pediatria
Cuidados Atraum áticos e Dor C.1plrul o

os pn• n,a - :Í :;of rid o


. . e ;1dt1lfos:. (' os n~c(~m -11:1., wid l ' fllll "pl11110 vnc ·írwl c·cm1p lc• fo fN
.J oíf<> dc•l;i,<; no prí -
1·clh,1:-.
. 111 :111do ai Hl~ <'lll a 1< ,:id ,
t• g,•sf :1do11111 d,, c·1·n ·11 d1· 111 lnoc·11l;rçcic•s,
l d(• llH• íro a110 d, , vi<I :,.
trados ro m l'<'l 'l'lll -11:1.• wid o.'i
11 11 ~1:-,,
1011 1p: pedíAtr íca, a
tc•J1 110,
·1,)t '('S( 'llfa lll , . p<i ra O lll(' S lllO ('S I f11111lo 1J11r:u11,, ;i liospila lízaçào
rcn 1111. . . m11íto elevada, sC'ja
. 'l)f i\-O. 11111a :1t1nrlarl1• CC
'l'('bral 111a.is in- pr{ 'val,'\11da da dor aguda( ,
nnc1,( tra um atis mo , se.i a
º'.1,
t l~c•manrl<'s, d<•vida fl pr6 pria dcJf'nç a c1u
tc•nst (l•)t zg('~~ld . 20 l ~: ...Jo~u~s os ín vac;ivo s, de
~ ('.:lniphrll-k o. 2011. .Slatc,
et ai. , 2010). relacionada <'<Jm pro<'e dim f'nt
ticu lar, sej a, ain da,
per íod o neo - <JU<' a ciru rgi a(, 11m cac;o par
' As cx,_)('riê ncias dt• do r 110 a5 ins titu ída5.
•nf"o no rm al do res ultado de aJguma5 terapê utic
nat-.1I alteram o desenvolvim< lite rat ura que in-
sua arq uit e- Numa revisão sist em áti ca da
sistema nervos o cen tr~ I qu er na re 2002 e 2005
q,wr no seu fun cw nam ent o (Br
um me l- cltúu oito est udo s realiza dos ent
...,.. ano s hospitaJj-
1111.-
4). As dif ere n- com crianças dos zer o aos 18
tr ct al.. 2012; Vinall et al. , 201 tagem de crian-
ma tur am ent e e zadas, apurou-se que a per cen
ças rntre beb és nas cid os pre me nto em que
sib ilid ade ças que rep ort ara m do r no mo
ren110, no que diz res pei to à sen for me os estu-
110
ím ulo s dolo- foram ent rev ista das variou, con
r compOitarn ent o fac e aos est a do r mo der ada
e à adv ers i- dos, ent re 16, 7% e 500/4, sen do
rosos. e ao com po rta me nto fac ou int ens a em 300/4 das me sm
as. A percenta-
da de e sih1ações des con hec
ida s, são visíveis ter do r ao lon go
e têm sid o gem de crianças que ref eri u
a partir dos 18 me ses de ida de do int ern am ent o foi ma is ele
vada, che gan do
esc ola r e na
demonstrad as tam bém na ida de a 73% num dos est udo s, sen
do sem elh ant e a
u, 2014).
adolescência (Ra nge r & Gr una per cen tag em má xim a de cri
anç as que apr e-
Em qualquer idade, a do r não tra tad a po de a (31,8%) (Fer-
tem po. Ap ós sen tou dor mo der ada ou int ens
ter efeitos que se pro lon gam no nandes, Pais, & Campos, 2012).
uad o da do r
uma cirurgia, o tra tam ent o ina deq Assim, a do r cau sad a pel a
cir urg ia, po r
ões e atr asa
awnenta o número de com pli caç pro ced im ent os dia gnó stic os
e ter apê uti cos
ao apa rec i-
a recuperação, est and o ass oci ada e na seq uên cia do tra tam ent
o, se não for
gic a, ent ida de
mento da dor cró nic a pós -ci nír dev ida me nte tra tad a, po de
ser con sid era da
e jov ens est á
cuja preval ência em cri anç as cor no um eve nto adv ers o da
hos pit ali zaç ão,
wa rd, & Llossi,
estimada em 20% (Williams, Ho na me did a em que é iat rog
éni ca (Ch orn ey,
201 í ). Em ad ultos que sob rev
ive ram ao can-
cia, foi enc ont ra- McGr ath , & Finley, 2010).
cro na infância ou adoles cên as po dem ,
Além da do r agu da, as cri anç
da uma prevalênc ia de stress
pós -tra um áti co nica, isto é, do r
eK eys er Ganz, corno os adu lto s, ter do r cró
qur rariou entre 16% e 29% (D que oco rre em epi sód ios
rep eti do s ou de
0· Ro urke,
Rál . G(Jthel l; Yaniv & Bu chv al 201 for ma con tín ua, com urn a du
raç ão sup eri or
&
lfoliJi<•. Schwartz, Kazak, 200
7). '
a trê s me ses, exp eri enc iad
a corno com po -
uên cia de
A dor pode oco rre r na seq nen te de urn a do enç a com
dia gnó stic o defi-
lrau rnatisrn · os, aco mp anh and o urn a do enç a cri anç as apa ren -
d,, fonw , e ou ser pro - nid o ou exp eri enc iad a po r
a continu a ou rec orr ent ' olo gia org âni ca
l r)(·ada stic os ou tem ent e sau dáv eis , sem eti
fJ()r fJroce dim ent os dia gnó o, o tra tam ent o
l<'ra r {. · ser fun cio nal ' sem identifica da. No pri me iro cas
i Ulic· os. Pod e ain da ' nte , ma s qua n-
' i- far ma col ógi co é pre dom ina
etio log ia ide nti fic áve l [Organ
(jU(' /1· ·,
%a('c1, a.Ja uma 2012). do a do r oco rre sem evidên
cia de les ão do s
' ; Mu ncJia / de Saúde (OMS),d . , . , tec ido s ou na aus ênc ia de
eti olo gia cla ra,
dor aguda . t e,, a d or e rn1 c10 s u-
. , 1s ·o ica com ple xa" e
bitJJ d, .
e de du raç ão ela é des ign ada "do r c rón
Prev'i· } etio logia identificá vel o tra tam ent o req uer um a
abo rda gem int e-
f
uen te na inf ânc ia. Me sm o as
S!Vp / ,~
ttia n . ' req com po nen te de
ça., saud ave , · gral, mu ltim oda l, com for te
1s são reg ula rm ente s ltje i- cas - fís ica s e
tas
a Pro ced · s interv enç ões não far ma col ógi
imento s que env olvem agu lha - ass oci ada s ou
e Provoc
s, um a cri anç a cog nit ivo -co mp ort am ent ais
am dor. Aos 10 ano

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Enferm agem em Saú d e da Crianç a e do Jovem

11;"'10 :1 fn111wcos. levado :i c:1ho por 11111a eq11i - nacio na is (DGS , 2012a, 2012b , 2012 ) .
p:i 11 u 11tipro llssi o 11:1l co11st itufd:1 por 111é dico , tc rvc nções analg ésicas para preve '~ 'as 111.
cnf<'n nci1·0 (' p sicôlo go. pdo meno s, com rc- eleve m ser seleci onada s consoantr;:r a ~or
c m~o a m1t1"o s ('SJwc i:1list.a s. Sílo t'xcrn plos de proce dimen to e a intens idade d dO tipo
.
:-1 fi bromi algia. a c-t'fr1k i:1 (' él dor abdom
inal perad a. A ssnn, a condu ta analgé si e or es.
. . - d
n'<'Ot1 '<'t11 <' ( OMS. 2012). a d mm1s traçao e uma vacin a será ca dif
'
face ,
a
A dor c rô n ic:1 :1fcta ncgat.i vamC'nte todas ,, .
d a neces sana para contr olar a dor d erente
a~ <'sf0r.:ls da vida di ári a: at.ividade física, es- os cuida dos a uma queim adura t urante
cola. padrã o de sono , intera ções famili ares ,, . ' a1 coni
sera difere nte a analg esia realiza da a _n
e po<l€' levar a stress , ansied ade, depre ssão, uma arnigd alecto rnia ou após uma c· Pos
insónia~fadiga , altera ções do humo r, irritab i- abdom inal ou ortop édica. trurgia
lidade e comp ortam entos de enfre ntame nto Tarnb,érn a dor persis tente, que acom.
negat ivos, prese ntes na crian ça mas tam- panh a inurn eras doenç as, como a drepan
b ém nos famili ares próxi mos (Roth -Isigk eit, citose , a infeç ão por VIH/SIDA ou o cancro.
2005) . Apen as uma parte das crianç as e ado- reque r um tratam ento incisi vo (DGS, 2012Oa:.
lescen tes com dor cróni ca desen volve m in- OMS, 2012) .
capac idade , supon do-se que, para além do A preve nção e alívio da dor assentam na
tipo de dor, existe m fatore s ligado s às carac - utiliz ação comb inada de interv ençõe s a sele-
terísti cas pesso ais e dos pais, e ao funcio na- ciona r conso ante a origem e intensidade da
mento famili ar, que mede iam esta relaçã o dor, a idade e a situaç ão clínic a da criança
(Lewa ndow ski et al., 2010). Além dos fato- A dor inten sa reque r quase sempr e a utiJi.
res ambie ntais, famil iares e psico lógico s, a zação de fánna cos, sejam analgésicos não
interação com os profis siona is de saúde tem opioi des ou opioi des, anesté sicos locais ou
uma enorm e influê ncia na perce ção e nas adjuv antes , admin istrad os por vias diversa5-
exper iência s de dor cróni ca das crian ças A estes, podem ser assoc iadas intervençre
(Dell'Api, Renn ick, & Rosm us, 2007). cogni tivo-c ompo rtame ntais (por exemplo.
Tendo em conta a elevada frequ ência inform ação, distra ção) e físicas (por exenr
com que a dor ocorr e assoc ia da aos cuida- plo, calor e frio) que podem, em algum~
d os de saúde , os efeito s nefas tos descr itos situaç ões, ser utiliza das como intervençao
e, ainda , o sofrim ento que a dor provo ca princi pal. Nos recém -nasci dos são frequen te-
nas crian ças e nos adult os que as rodei am, m ente utiliz adas interv ençõe s senson.ais . (püf
.
inclui ndo p ais e profis s ionais, as recom enda- exem plo, sacar ose, conta cto pe1e ª Pele)(Liln.i
ções nacio nais e intern acion ais vão no senti- realiz ação de proce dimen tos dolorosos
11

do de que a dor deve se r contr olada desde os & Goda mbe, 2017).
prime iros conta ctos d a crianç a c om os servi- sa ser
ª
Fund amen tal para que dor posaliaçãt1
ços de saúd e, o que suced e, geralm ente, ao
tratad a adequ adam ente e, a • suavital av
se u11·
na<:>cimento [AAP, Comm ittee on fetus and O
sistem á tica, como se do 5. _sinal dor deve111
newb om and Sectio n on an esthe siolog y and tasse (DGS 2003) . Ao avalia r ª _ ' . 0 ndr
. , , . difllensoes.
pain medic in e, 201 6; Direç ão-Ge ral da Saúd e ser cons ide radas vanas , . (intensidade).
( DGSJ, 2012a , 201 2b, 2012c ].
dói (local izaçã o), quant o dot nsitiva.5, afelJ·
O prime iro p asso pa ra o ad equad o con- como dói ( carac te rísticas ~~ (ternporalid~-
t_rolo da dor é a s ua preve nção , intervind o de vas cogni tivas) , quand o dot as atividade5
fo n na antec ipa tó ria quand o se prevê que a '
de) e qual o impac to so bre - d dor adaP,1·1·,
dor ve~ha ª ocorr e r de vida à realiz ação de l ar çaO a
Exist em escal ~ de av i:ituaç ões . 35 l
proce dime ~tos invasi vos como a vacin ação c1ín1c·.dor
o~ a colhe ita de sangu e, o u no caso d e urna
das a diver sas idade s e
_ , • aliação 03 ,.;•
para a av . as ! ·
c1rurgia De ac ·d O orien taçoe s tecrnc as A n1 aiort 3 0
· OI com as recom endaç ões nas crian ças (DGS , ZOlO).

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E1,h.'tm.igcin em Saúde da Criança e do Jov em

. a ,.,<11,,·11·()S h'v: 1dn a ('al io por nacion ais (DGS, 201 2a, 2012b,
n-,n .. , . . . u111 :1eq11i- 2012 ) .
, r t,erve nço- es ana1ges , ·
p;, mn lt ip ro tlss io11:1I c o11slil1
1ída por me<_ H'O , 1cas par a preven,cir, aas 1n·
i'nfC'rnwi1·0 t' psicólogo , pelo in<'_nos devem ser seleci ona das con soa
, com rc- nte ~or
cnr so a out ros C'spccia list as. de pro ced im ent o e a intens ida
a fihromialgia, a cef alei a e a dor
Sao exe m~ los
. de de ~ tipo
abd om ina l per ada . Assim , a con d uta ana lgésic a fores.,
r<'con'<"nl<' (OMS, 2012). a dmm .. t - d
1s raç ao
, e um a vac .ma ser á dif ace a
A dor cró nic a afe ta negativam da nec ess ana .
ent e tod as par a con trolar a dor derente
as esferas da vida diária: atividade os cui dad os a um a que im adu urante
física, es- ra tal
cola, pad rão de son o, int era çõe ser a, difere nte a analges1a . rea '
e pod e levar a stress, ansiedade,
s fam ili~ es lizada corn,o
dep_re~sa~, um a arru· gd a 1ect om ia · ou apó
s um a cinªPo
ins óni a, fadiga, alte raç ões do hum abd om ina l ou ort opé dic a. i .s
or, 1mtab1- rgia
1idade e com por tam ent os de enf Ta mb ém a do r per sis ten te, que
ren tam ent o
negativos, pre sen tes na cri anç .
pan ha inu me ras do enç as, com
a
~~
a m~ t~ - o a drepa
bém nos familiares pró xim os (Ro cito se, a inf eçã o po r V1H/SIDA
th-ls1gke1t, ou O can no.
2005). Apenas um a par te das cri anç cro
as e ado - req uer um tra tam ent o inc isiv o
lesc entes com dor cró nic a des env (DGS, 2012 '.
olv em in- OMS, 2012).
capacidade, supondo-se que, par a:
a alé m do A pre ven ção e alívio da dor asse
tipo de dor, existem fato res liga dos ntam na
às car ac- uti lização com bin ada de interve
terísticas pes soa is e dos pais, e ao nções a sele-
fun cio na- cio nar con soa nte a ori gem e inte
mento familiar, que me dei am est nsidade da
a rel açã o dor, a ida de e a situ açã o clinica
(Lewandowski et ai., 2010). Alé da criança
m dos fato- A do r int ens a req uer qua se sem
res ambie ntais, familiares e psi pre a utili-
col ógi cos , a zaç ão de fár ma cos , sej am ana
inte raç ão com os profissionais de lgésicos não
saú de tem opi oides ou opi oid es, ane sté sic
uma eno rme influên cia na per os locais ou
ceç ão e nas adj uva nte s, adm ini str ado s por
exp eriê ncias de dor cró nic a das vias diversas.
cri anç as A est es, po dem ser ass oci ada
(De ll'Api, Rennic k, & Rosm us, 200 s intervenções
7). cognitivo-com por tam ent ais (po
Tendo em con ta a ele vad a fre r exemplo,
quê nci a inf orm ação , dis tra ção) e físicas
com que a dor oco rre ass oci ada (po r exem-
aos cui da- plo , cal or e frio ) que pod em
dos de saú de, os efe itos ne fas tos , em algumas
des cri tos situaçõ es, ser utiliza das corno
e, ain da, o sofrim ent o que a intervenção
dor pro voc a pri nci pal . No s rec ém-nascidos
nas cria nça s e nos adu ltos que são frequente-
as rod e iam , me nte uti liza das intervenç ões sen
incluindo pais e profissionais, as soriais (por
rec om e nd a- exe mp lo, sac aro se, con tac to pel
çõe s nac ionais e inte rnacionai s e a pele) ~,a
vão no sen ti- rea liza ção de pro ced ime nto s dol
do de que a dor deve ser con tro lad orosos (Lun
a des de os & Go dam be, 2017).
pri me iro s con tac tos da cria nça
ços de saúde, o que suc ede, ger
com os servi- Fu nd am ent al par a que a dor pos 5er
alm ente, ao sa -
tra tad a ade qua dam ent e e, a s a avaliaçao
nas cim ento [AA P, Co mm itte e
on fe tus and º tra·
new bor n and Sec lion on an est hes sis tem átic a, com o se d O 5· º _s inal vital se
iolo gy and dor cteven1
tasse (DGS, 2003). Ao avaliar
pai n me dic ine, 2016; Direção-G
eral da Saú de • . ª _
dimensoes' .. onde
(DG S), 201 2a, 2012b, 201 2c]. ser conside rad as van as , . . tensidad
dó i (lo caliza ção ), qua nto dol cu:i e),
O prime iro pas so par a o ade qua
do con- , .
c om o do1 ( car act ens, t1c . .
sensitivas, . . afeti-
L_rolo da dor é a s ua pre ven ção , as oraJ1d,1·
interv ind o de
lor ma antecipat óri a qua ndo se
pre vê que a
vas cog nit iva s), qua nd dói (ternP
,
de) e qua l o im pac to so ~ d b
° e as at•,,;c
lv•
tade~-
.
dor ve~ha a oco rre r devida à
rea liz açã o de ' m dot· adt1P111·
pro cedime ntos inv asivos com o Ex iste esc ala s de av a1·iaç ao _a . c\(nic:1:>•'
a vac ina ção \
0
~ ª col hei ta de san gue
das a div ers as ida des e si·tu_~ •açoe:s
•tli,,,:io d,1(1\11
·
, ou no cas o de um a
ciru rgia . De aco rdo com as rec
om end açõ es
ori ent ações técnic ~/ ara ~ ~
nas cri anç as (DGS, _0lO).
1
ª;
1
:üori:1 <h1~ \'~

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Cuidados Atraumáticos e Dor
em Pediatria Capítulo

r é- u11idil11<•iisioll:il <1 11 <' rtà <J <"()n.'ic·gw •m fa


la r so hrC' a s 11a do r p<Jr
calas de av ali aç ão da do 0 11 co gn ití va , (,
me din do ap e na s a inte ns
idadC', t'll( Jtm llto ai~ razcic~ de· d(' fki ênc-ia fís ica
me dir a i11 u, 11s ida- C'Scal a ri<' he ter or-
gu ma s esc alas p 0rm ite 111 ne ce ssário n•c-orrer a um a
ali ar o utr as cf inH•ll- lar a inten sidarl f'
ÔC' e simuJtan<:'amente av rel ato, o qu 0 pí' nn ite ca lcu
io da po ntu aç ãn
sõ es. É o ca so da A dolr>sce
nt Pedinl'l"ic Pn in da do r atrav és do so ma tór
ob ser va do s e m
Too / va lid ad a em po rtu gu
ês e uro pe u (A PP T- a tri bu ída a vários c ri tér ios
, a ex pre ssã o fa-
inten sid ad e da do r ind ica do res co mo o ch oro
-PT), qu e pe rm ite me dir a rpo, a varia çã o da
as ca rac ter íst ica s cial, os movim en tos do co
e avali ar a loc alizaçã.o e ou tro s.
iti va s e tem po rai s frequ ên cia car día ca, en tre
sen sit iva s, afe tiv as, co gn Ap esa r da s inúme ra5 evi
dé nc ias ace r-
2015).
da do r (F ern an de s et al., tiva5 da do r nã o
mé tod os pri n- ca da s co nse qu ência s nega
Ex ist em atu alm en te trê s je ma is esb ati do s
r: o au tor rel ato , em tra tad a, e de est are m ho
cip ais de av ali aç ão da do os mi tos ac erc a da do r em
ge ral (Z ac ha rof f,
br e a su a dor; a he-
qu e a cri an ça no s fal a so Pu jol , & Corsini, 2010)
e da do r na s cri an ça s
do r é av ali ad a po r 09), a pre ve nç ão
ter oa va lia ção , em qu e a (SickKids Ho spi tal Sta ff, 20
e os mé tod os fisio- oc ed im en tos dia g-
ou tro s qu e nã o a cri an ça ; da do r ass oc iad a ao s pr
as res po sta s fisioló- cir urg ia, e o tra ta-
lógicos. Es tes ide nti fic am nó sti co s e ter ap êu tic os e à
çõ es da fre qu ên cia nic a, nã o sã o ain da
gic as de dor, co rno as va ria me nto da do r ag ud a e cró
de ox igé nio da he - áti ca e efi caz em
ca rdí ac a ou da sa tur aç ão rea liz ad os de for ma sis tem
a su da çã o palmar, pri nc ipa lm en te a
moglobina, o tón us vagal, tod a a pa rte , o qu e se de ve
sta s ine spe cíf ica s, en to, os va lor es e a
co ntu do , tra ta- se de res po fat ore s co mo o co nh ec im
us as qu e nã o a dor. (F ern an de s. 20 00) .
isto é, po de m ter ou tra s ca org an iza ção do s cu ida dos
as res po sta s qu e
É também po ssí ve l me dir
do há dor, atr av és
oc orr em no cé reb ro qu an
do ele tro en cefal og ram a
(EEG), da esp ec- CONCLUSÃO
pró xim o (NIRS), m c ria nç as e
tro sco pia de inf rav err ne lho Em tod os os co ntacto s co
a fun cio na l (f-MRI) ad os de sa úd e, se ja
da res so nâ nc ia ma gn é tic pa is no co nte xto do s c uid
iss ão de po sit rõe s do mi cil io ou ou tro ,
ou da tom ograf ia po r em no s CSP, no ho sp ita l, no
las su as ca rac ter ís- e de ve m ter urn a
(PET) . Es tes mé tod os, pe os pro fis sio na is de sa úd
ad os à ca be ceira do do co mo int era-
ticas, nã o pode m se r uti liz ate nç ão pa rti cu lar ao mo
liz ad os na inves ti- P erm iti r a es co lha,
doente, pelo qu e, se nd o uti ge m co m cri an ça s e pa is.
, po r en qu an to, uti - co nfe re po de r nu m
gação so bre a dor, nã o têm ofe rec en do alt ern ati va s,
lidade clí nic a no dia a dia. s e pa is es tão de s-
am bie nte em qu e cri an ça
r au tor rel ato, a co nh ec er o qu e
Na av aliaç ão , se ja ela po pro vid os do me sm o; da r
de ve m se r utili- es pe ra de les ; sa-
sej a po r he ter oa va lia çã o, po de m es pe rar e o qu e se
ra a ida de e co n- ns ion ar os as pe tos
zad as es ca las val ida da s pa lie nta r as for ça s e red im e
dição clí nic a e, po rqu e int
ere ssa so br etu do res iliê nc ia; ap oia r
nega tiv os au me nta nd o a
ali via da , de ve se r ce nd o e no rm ali -
sab er se a do r es tá a ser e mo cio na lnw nte recon he
a me sm a esc ala , sta s ma is co mu ns ,
utilizada rc>pe tid am en te za nd o os me dos e res po
mp ara çã o. no s c uid ad os pe d i-
Pa ra qu e ha ja te rm o de co são pri nc ípi os a res pe ita r
é, se a cri an ça
Sempn• qu e po ssí ve l, ist o átr ico s (L erw ick , 20 16 )
en tad a e de acor'- o do s se rv iço s
se encontr:1 co ns cie nte e ori O a mb ien te e a org an iza çã
~o co m o S<' u de sen vo lvi me
nto, de ve se r ob - on tro da s ne ce ssi -
de sa úd e de ve m ir ao e nc
las ma is uti Jiz ad as de ter mi na da s pe la
tido O autorr<'la to. As es ca da de s de cri an ça s e pa is,
:ªrnedj.~''. inten ~id ad e da do r de sta n ca
(D G es< alas de fac es
88 e a es ca la nu
f~ ~a
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Enferrnagem em Saúde da Criança e do Jovem

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