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ESCOLA ESTADUAL TÉCNICA JOSÉ CAÑELLAS

FREDERICO WESTPHALEN-RS
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Enfermagem
Maternoinfantil I

Prof. Enf. Me.: RENNÃ DALL PUPPO

2023
Serviço Obstétrico
Serviços Obstétricos:
  O serviço obstétrico compõe a área mais feliz de uma instituição de saúde,
pois participa do nascimento, contudo também lida com a dor e desenvolve um
papel de extrema importância nesse aspecto.
Finalidade:
Os serviços obstétricos têm como finalidade primordial, a assistência
profissional aliada à atenção psicológica à parturiente e ao recém- nascido,
usando todos os meios disponíveis para facilitar o nascimento e oferecer
segurança a equipe médica ou a enfermeira obstetra que atenderá no momento.
Áreas:
 UBS (pré-natal) 
 Triagem (Porta, PS)  
 Centro Obstétrico 
 Parto: Normal e Cesária 
 Sala de Parto Normal
 Recuperação Anestésica (pós-parto)
 Puerpério (pós-parto imediato) 
 Berçário (berço aquecido e berçários descentralizados, alojamento)
 Semi-Intensiva (Unidade de Internação de patologia obstétrica) 
 Casa da Gestante

Pessoal e suas Atribuições


 Enfermeiro chefe dos Serviços Obstétricos;
 Enfermeiro encarregado do Pré-Parto e Centro obstétrico;
 Enfermeiro da neonatologia.  Enfermeiro da Unidade de internação e
puerpério;
 Técnicos e Auxiliares de Enfermagem de cada unidade de internação.
Normas Gerais do Serviço de Obstetrícia
 Vestiários, Sala de Conforto Médico e Enfermagem 
 Abastecimento do Centro Obstétrico e/ou sala de parto
 Encaminhamento de exames  Transfusão de sangue 
 Pedidos de conserto

Competência do Técnico de Enfermagem


 Receber e passar o plantão;
 Comunicar ao enfermeiro de plantão a admissão de nova paciente;
 Orientar o acompanhante sobre a importância do uso do avental e
identificá-lo com o nome no crachá;
 Comunicar as intercorrências ao enfermeiro de plantão;
 Efetuar a limpeza concorrente na unidade da paciente;
 Acompanhar a paciente durante a remoção para exames; 
 Verificar os sinais vitais, anotar em impresso próprio e notificar o
enfermeiro caso haja alterações; 
 Realizar punção venosa e identificá-la;
 Cumprir os regulamentos do Hospital e seguir o Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem.
 Colher exames solicitados e comunicar ao enfermeiro a não solicitação
dos exames de rotina (VDRL, HIV e tipagem sanguínea) na admissão;
 Administrar medicamentos conforme a prescrição e fazer a checagem
com a anotação correspondente;
 Atender a paciente em suas solicitações;  Registrar todos os
procedimentos executados; 
 Preparar materiais para a execução de atividades médicas e de
enfermagem;
 Participar das reuniões de equipe do setor; 
 Auxiliar na verificação e controle de materiais e medicamentos; 
 Checar os equipamentos e materiais de consumo das salas de parto normal
e notificar o enfermeiro do setor no caso de intercorrências; 
Anatomia e fisiologia do Sistema Reprodutor.
O sistema reprodutor engloba os órgãos que produzem, transportam
e armazenam as células germinativas, que são as responsáveis por dar origem
aos gametas.
   E são os gametas que, ao se unirem, formam um novo indivíduo, que será
abrigado em um órgão durante seu desenvolvimento. Esse órgão é chamado
útero.
O sistema reprodutor feminino é formado pelas gônadas (ovários) que
produzem os ovócitos, as tubas uterinas, que transportam os ovócitos do ovário
até o útero e os protege, o útero, aonde o embrião irá se desenvolver caso haja
fecundação, a vagina e a vulva.

ANATOMIA E FISIOLOGIA
 Composição Sistema Feminino:
Ovários;
Tubas uterinas;
Útero;
Vagina;
Vulva.
OVÁRIOS
 Produção de hormônios;
Constituído por 2 zonas:    
 Córtex
 Medula
Córtex: é possível observar os folículos em diferentes estágios de
desenvolvimento. 
Medula: ocupa a região central e fornece células intersticiais que formam a teca
dos folículos.
Tubas Uterinas

 Também chamadas de trompas de falópio;


 Une o ovário ao útero;
 Onde ocorre o fecundação.

Útero
 Dividido em três camadas: eremitério, miométrio e endométrio.
 Responsável pela fixação e desenvolvimento do feto.

Vagina/ Vulva
 Situada por baixo da bexiga;
 Tem forma de tubo;
 Possui um canal que se liga ao ovário, o colo do útero.
 A vulva formada por pregas cutâneo mucosas e clítoris.
Composição Sistema Masculino
Testículos;
Epidídimos;
Ducto deferente;
Vesículas seminais;
Próstata;
Pênis;
Escrotos.

Testículos
 Órgãos ovóides
 Localizados no exterior da cavidade abdominal
 Função reprodutora: Produzir espermatozóides
 Função endócrina: Produzir hormônios sexuais

Epidídimos
 Amadurecer espermatozóides.
 (completar a formação dos flagelos)
 Proteger e armazenar (15 dias)
Ducto deferente
 Conduzir os espermatozóides até as vesículas seminais.
 Cada um deles penetra no abdômen, atravessa a próstata e abre,
finalmente, na uretra)

Vesículas seminais
 Glândulas
 Produtoras de líquido seminal
 Rico em frutose e fibrinogênio
 Eliminado na ejaculação
Próstata
 Glândula abaixo da bexiga
 Canais excretores se abrem na uretra
 Produzir líquido prostático (alcalino)
 Eliminado na ejaculação

Pênis

 Ejacular o liquido seminal com o espermatozóide


 Formado por dois tecidos cilíndricos:
• corpos cavernosos
• corpo esponjoso
 Envolve e protege a uretra
Escrotos

 Bolsas que armazenam os testículos


 Mantém a temperatura dos testículos abaixo da corporal
FISIOLOGIA DA GRAVIDEZ
FERTILIZAÇÃO:
 Fusão do espermatozóide com a membrana plasmática do
ovócito e formação do zigoto.  
   

A IMPLANTAÇÃO

CURIOSIDADE:
Por que razão não existe mistura de urina com esperma?
Os músculos na entrada da bexiga contraem-se durante a ereção para que
nenhuma urina entre no esperma e nenhum esperma entre na bexiga.
Alterações na Gestação

Alterações fisiológicas da gravidez


•São alterações que ocorrem no organismo da mulher durante a
gestação e que desparecem após o parto.
•São inevitáveis, temporárias e que estão presentes em todas as
gestantes, em graus variáveis.

ADAPTAÇÕES E MODIFICAÇÕES MATERNAS


A Gestação prova a aptidão física do organismo materno.
Alterações evidente volume abdominal visível, estrias e alteração da
coluna pelo aumento do abdome. Alterações não visíveis aumento do
volume sanguíneo incremento de atividades de quase todos os
sistemas e aparelhos do organismo. Todas as alterações observadas no
organismo materno, durante a gestação se fundamentam em:
 Alterações hormonais;
 Alterações enzimáticas;
 Presença do feto;
 Do aumento do volume uterino;

Sistema Locomotor
São alteradas pela mudança do centro da gravidade para manter seu
equilíbrio, por isso desenvolve lordose e marcha anserina. Dentre as
alterações osteoarticulares existe mudança do centro de gravidade
materno, aumento da lordose lombar e ampliação da base de
sustentação decorrente do crescimento uterino e aumento de peso da
gestante.
POSTURAIS
Mudança de eixo: (desconforto lombar)
Andar como “pata”: (marcha anserina)

ÓSSEAS
Pelve;
Cóccix: (relaxamento das articulações).
Aparelho Cardiovascular
 O volume de sangue aumenta em média de 30%;
 Há um aumento da pressão venosa nos MMII pela compressão parcial
da veia cava, pelo aumento de volume do útero. A FC em repouso
aumenta 10 bpm;

 Pode ocorrer câimbras, edemas e varizes. Prevenção: colocar as pernas


para cima sempre que houver oportunidade. Algumas mulheres
precisam usar meias elásticas, que só deverão ser indicadas pelo
médico.

Aparelho Digestivo:
 Devido ao aumento da progesterona sobre a musculatura lisa propiciando
relaxamento, o peristaltismo fica diminuído e, a consequência deste relaxamento
ocasiona o retardo no esvaziamento gástrico e no trânsito intestinal, resultando
em: náuseas, vômitos, constipação, além da pirose;

 Há alteração do apetite, podendo ocorrer aversão, desejo e perversão.

Metabólicas e Nutricionais
 Até a 24ª - 26ª semana: maior estoque de gordura no tecido
adiposo (para suprir a pequena demanda fetal)

 A partir de 26ª semana: aumento da resistência à insulina.

Sistema Respiratório
 Ocorre um aumento da quantidade de ar movimentado em cada ciclo e um
aumento da frequência respiratória devido ao consumo de ar pelo feto;

 Cada ciclo e um aumento da frequência respiratória devido ao consumo de


ar pelo feto;

 Diminuição da expansão dos pulmões devido à elevação do diafragma em


função do útero aumentado, gerando fadiga e dispnéia;
Sistema Urinário

 Devido ao aumento do volume sanguíneo, os rins filtram maior


quantidade de sangue, resultando em maior volume de urina eliminada.

 Polaciúria – devido à ação da progesterona no relaxamento da


musculatura lisa, ocasionando a dilatação dos ureteres e no final da gravidez,
pelo aumento da pressão do útero sobre a bexiga. (se atentar a dor).

Sistema Tegumentar
 Depósito de gordura nas mamas, nádegas e abdome causando um
estiramento da pele, resultando em estrias;

 Hiperpigmentação na pele: linha nigra e cloasmas.

 Sudorese, espinhas e pêlos em excesso, devido à hiperatividade das


glândulas sudoríparas sebáceas e dos folículos pilosos.

Sistema Nervoso Central


 A gestante apresenta grande labilidade emocional frente às mudanças
físicas, hormonais e psicológicas que ocorrem com seu organismo e
irritabilidade.

 A insegurança e o medo de ser mãe acompanham a gestante até o final da


gestação.

 Atentar para depressão pós- parto.

Aparelho Genital

 Aumento do corpo uterino em 1kg no peso devido ao alongamento e


engrossamento das fibras musculares;

 A forma do útero passa de piriforme (pêra) para a forma ovóide.

 Amolecimento do colo (preparando-se para a dilatação no final da


gravidez);

 Mudança na coloração do colo, vagina, vulva e períneo devido ao


aumento do fluxo sanguíneo;
 A produção do muco Cervical torna-se abundante. Ele torna-se espesso,
opaco, viscoso, formando um tampão chamado de tampão mucoso, que obstrui o
canal cervical, protegendo a cavidade uterina.

Sistema Hormonal

 Alta produção de hormônios (mais de trinta hormônios);

 Manutenção do corpo lúteo até o 4º mês de gestação;

 Secreção de progesterona;

 Produção de hormônios: Placentários (hCG, hGh,relaxina, inibinasetc)


Sistema Imunológico
O sistema imunológico protege células, tecidos e órgãos percebidos como
próprios e ataca e destrói material antigênico estranho ou reconhecido como
“não próprio”.

IMUNOSSUPRESSÃO DA GESTANTE

Metade do embrião/feto provém do pai = corpo estranho (?)


 Queda imunológica tanto em número quanto em função de células.
Ex.: Células NK – matadoras naturais e Linfócitos T – células de
memória
 Maior vulnerabilidade à doenças
Ex.: H1N1; infecção urinária

Metabólicas
As alterações metabólicas são inúmeras, sendo as mais
Significativas a retenção hídrica, o ganho ponderal e as alterações do
metabolismo glicídico. O ganho ponderal adequado para uma grávida
depende do seu estado nutricional pré-gestacional.
 Grávidas com baixo peso (IMC < 18,5 Kg/m2) devem
ganhar de 12,5 a 18 kg;
 Aquelas eutróficas (IMC 18,5 a 24,9 Kg/m2), de 11 a16
kg;
 As com sobrepeso (IMC 24,9 a 29,9 Kg/m2), 7 a 11,5 kg
 As obesas (IMC > 30 Kg/m2) de 5 a 9 kg.

Mamas
 Tem sua sensibilidade aumentada;

 Aparecimento da rede venosa de Haller, devido a hipervascularização ,


resultando na dilatação venosa;

 Hiperpigmentaçãoe aumento das aréolas;


 Hipertrofia das glândulas sebáceas das aréolas – Tubérculos de
Montgomery;

 Ereção e aumento do tamanho dos mamilos, com possível presença de


colostro em torno de 7 a 8 semanas.

Alterações Ginecológicas
As alterações ginecológicas são marcantes e se iniciam logo no inicio da
gestação. As principais alterações podem ser resumidas a seguir:

1º Trimestre
 Amenorreia (ausência de menstruação);
 Sono e letargia (progesterona ação inibidora);
 Estrias Gestação (seios, barriga e coxas por superestiramento da pele);
 Náusea e vômitos;
 ↑ Frequências Urinárias;
 Obstipação;
 Linha nigra; (↑Melanina).

2º Trimestre
 Cãibras;
 Movimentos fetais;
 Mudança no centro de gravidade;
 Afastamentos dos pés;
 Sangramento nas gengivas;
 Cloasma gravídico.

3º Trimestre
 Ganho de peso;
 Dificuldade respiratória;
 Azia – pirose – queimação (melhora com dieta fracionada);
 Sialorréia; (excesso de saliva);
 Dor nas costas - Dor lombar;
 (Incentivo à prática de atividade física);
 Edema nas pernas;
 Mudança no caminhar;
 Contrações uterinas;
 Produção de secreção láctea.

Desenvolvimento Fetal
Para torna – se um embrião, você tem que
construir-se a partir de uma única célula.

 Respirar antes de possuir pulmões;


 Digerir antes de possuir intestinos;
 Construir ossos enquanto é uma massa;
 Formar variedades de neurônios antes de saber pensar; 
 O embrião é a própria metamorfose entre o ser unicelular (ovo ou zigoto)
e o ser complexo multicelular;
Cuja aparência permite o reconhecimento da sua espécie
(elo entre nossos ancestrais-GENÓTIPOS-
e o organismo individual-FENÓTIPO)
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Embrionário:
 Inicio: após fertilização 
 Termino: quando adquire características para ser reconhecido como ser
humano 
 (duração: 8 semanas) 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Fetal:
 Inicio: após a 9ª Semana de Gestação
 Termino: Nascimento
 (duração: Relativa) 

Semanas Gestacionais
 

     1ª SEMANA

O método de contagem da idade gestacional começa mesmo antes de ter


acontecido a concepção (fecundação). Dessa forma, a semana 1 começa com o
1º dia da sua última menstruação.

2ª SEMANA 

Nesse momento está acontecendo o preparo do berço do bebê, ou seja, o


útero estará sofrendo profundas modificações para receber o futuro embrião em
desenvolvimento.

3ª SEMANA 
No início dessa semana acontece a concepção. Os espermatozoides
encontram-se com o óvulo na trompa e o milagre da vida começa. É um
processo que leva cerca de 24 horas.

  4ª SEMANA

No final desta semana as células do zigoto se multiplicam enquanto ele


caminha pela trompa, dando origem a uma minúscula estrutura (cerca de 0,2 mm
de diâmetro – 5 vezes menor que a cabeça de um alfinete) denominada
blastocisto

5ª SEMANA

No início desta fase o embrião tem a forma de um “disco” e mede cerca


de 0,4 mm; no final da mesma ele tem a forma de uma “sola de sapato” (a região
da cabeça é mais larga e maior que a região da cauda) e mede em torno de 2,5
mm.

6ª SEMANA 
Os primeiros batimentos cardíacos do embrião já começaram. Ele mede
cerca de 2,5 mm de comprimento no início dessa semana e tem a forma de um
“S”. O embrião já apresenta o esboço da cabeça, coração e um tubo neural.
Embrião com 6 semanas evidenciando o broto dos membros e sua relação
com o saco amniótico
7ª SEMANA

  O bebê mede cerca de 6 mm de comprimento no início desta semana (é o


tamanho de um grão de arroz). A formação dos braços e pernas continua,
embora os dedos das mãos e dos pés ainda não tenham se formado.

8ª SEMANA

O embrião mede cerca de 12-13 mm de comprimento no início desta


semana. A face continua a mudar, aparecem as orelhas, os olhos e a ponta do
nariz.

14ª SEMANA
O feto mede cerca de 14 a 15 cm de comprimento e pesa em torno de 40 a
60 gramas. Começa a fazer movimentos respiratórios – inspiração e expiração.

Os olhos e ouvidos continuam a se desenvolver e a assumir suas posições


definitivas.

17ª SEMANA

Esse é um período de rápido crescimento, quando começa a deposição de


gordura sob a pele do bebê. O feto e a placenta possuem o mesmo tamanho
agora.

18ª SEMANA

O Bebê está perto das 260 gramas e tem feições humanas completas;
mede cerca de 19 cm de comprimento. As pontas dos dedos estão mais
recheadas, os olhos estão mirando para frente (antes eles estavam na parte lateral
da face).

20ª SEMANA

Os cabelos do couro cabeludo começam a se formar. A presença dos pelos


temporários, denominados de “lanugo”, aparecem na cabeça.

22ª SEMANA

O bebê está perto de meio quilo, ainda muito magrinho, porém muito
desenvolvido. Mede cerca de 26 cm da cabeça aos pés. Os cílios e as
sobrancelhas estão agora formados e o cérebro começa a crescer rápido.

25ª SEMANA

As estruturas da coluna – 33 anéis, 150 juntas e cerca de 1000 ligamentos


– começam a se formar. Os vasos sangüíneos dos pulmões estão em franco
desenvolvimento e as narinas se abrem. Os pulmões já são capazes de se adaptar
à vida extra-uterina.

 29ª SEMANA
A cabeça do feto começa a ficar proporcional ao resto do corpo. Ele pesa
cerca de 1300 gramas e mede em torno de 37 cm. O acúmulo de gordura sob a
pele continua.

31ª SEMANA

O crescimento começa a diminuir um pouco a velocidade e o cérebro


passa por mais um período de rápida expansão. O tamanho da cabeça aumenta à
medida que o cérebro em crescimento empurra o crânio externamente, criando
mais circunvoluções na superfície.

32ª SEMANA

O feto repousa sobre o útero – não mais flutua. Os olhos se abrem na fase
alerta e se fecham durante o sono. A cor dos olhos é geralmente azul, embora a
pigmentação permanente ainda não esteja totalmente desenvolvida.

33ª SEMANA 

Nessa fase o líquido amniótico atinge o seu nível máximo na gravidez.


Essa quantidade permanece constante até o final. O rápido crescimento do
cérebro aumentou o tamanho da cabeça cerca de 1 cm nessa semana.

34ª SEMANA

O bebê já responde como um recém-nascido, com seus olhos abrindo e


fechando durante o ato de dormir e acordar. Há franco o desenvolvimento da
imunidade para lutar contra as infecções.

35ª SEMANA 

A cabeça pode agora posicionar-se na pelve, antes do parto. As gengivas


apresentam os sulcos dentários. O sistema gastrointestinal é ainda muito imaturo
e permanecerá assim até 3 a 4 meses após o nascimento.

36ª SEMANA
Faltando cerca de 4 semanas para o final, o feto está quase pronto para
nascer. Ele pode adentrar o canal de parto a qualquer momento a partir de agora.
Nesta semana a gordura está preenchendo os ombros e joelhos bem como
formando dobras no pescoço.

37ª SEMANA

A partir de 37 semanas o bebe estará pronto para nascer. Ele pesa cerca de
3 quilos e mede em torno de 47 cm agora. O corpo está mais arredondado e
rechonchudo devido a novos depósitos de gordura.

38ª SEMANA

O bebê está ganhando cerca de 30 gramas por dia agora. Seus intestinos
estão acumulando grande quantidade de mecônio (as primeiras excretas do
bebê). A circunferência da cabeça e a do abdome têm agora o mesmo tamanho.

39ª SEMANA

A maior parte do lanugo já desapareceu e o bebê se prepara para nascer


em poucos dias. O crânio ainda não é totalmente sólido, apresentando-se mais
amolecido nas 5 fontanelas, que ainda estão separadas e podem ser apertadas
umas contra as outras.

40ª SEMANA

A última semana. O bebê pesa em torno de 3300 a 3700 gramas e mede


cerca de 50-51 cm.

CRESCIMENTO  FETAL
 Idade Materna :
Idade de maior capacidade biológica : 20 – 35 anos
< 18 anos : pré-eclâmpsia, prematuridade, asfixia, distorcia
( Verdadeira competição materno fetal de nutrientes )
> 35 anos : hipertensão, nefropatia,, malformações fetais
- Período reprodutivo iniciado na adolescência  grande risco de
RN subseqüente de baixo peso.

 Peso Materno:
Peso materno e seu aumento na gravidez relacionam-se com o peso
ao nascer.
Obesidade;
Desnutrição.

 Condições sócio-econômicas:
Classes sócio-econômicas mais baixas;
Hábitos alimentares, qualidade nutrição,
Baixa escolaridade RN de BAIXO
PESO
Pré-natal inadequado, fumo
  Renda familiar < 1 sal. Mínimo :

 História reprodutiva :
Risco de aborto prévio e baixo peso :OR (Oddsratio) : 1,34 a 1,71
Natimorto: Risco maior de RN baixo peso                     
RN anterior de baixo peso : 4 – 5 X risco de RN de baixo peso.

 Hábito de fumar
A diferença de peso entre os RN de mães fumantes X não fumantes : 420 g a
menos ( fumantes );
O risco para a baixo peso duplica, independente de classe
Aumento da prematuridade
Menor estatura / menor capacidade leitura ( 7 anos )
Modificação do crescimento pulmonar fetal 
    ( redução do no de alvéolos ) 
Causa : redução na capacidade de carrear O2 ( fumantes )
Efeito da nicotina : supressão resp.fetal.

Como o tempo de gravidez é


medido
O que é a placenta

A placenta é formada por algumas dessas células que se dividem


rapidamente. Ela é um órgão do feto que só é necessário durante o período da
gestação. É essencial para o crescimento e o desenvolvimento do bebê, e
também para a manutenção de uma gravidez saudável.
Ela é composta de um parênquima, do cordão umbilical e das membranas
(que circulam a cavidade do líquido amniótico). Uma placenta no nono mês tem
2 a 4 cm de espessura, cerca de 20 cm de diâmetro e pesa em torno de 14% do
peso do bebê.
Ela tem sua formação completa no primeiro trimestre e é eliminada após o
nascimento do bebê, conforme o útero se contrai e ela se desprende.

Cordão Umbilical
Cordão Umbilical
Ele normalmente possui 3 vasos sanguíneos (duas artérias e uma veia). É
responsável por fazer com que o sangue do bebê passe pela placenta, aonde é
oxigenado e recebem nutrientes, retornando em seguida para o bebê.
Não se conecta diretamente com a mãe. O cordão está ligado na placenta e
a placenta fica conectada ao útero materno. Portanto não existe ligação do
cordão na mãe, o que se conecta na mãe é a placenta.
Trabalho de Parto
O parto é um processo normal e natural, um período vulnerável para
a saúde da mulher, em que o ambiente e as atividades sanitárias exercem grande
influência.
O parto natural é um dos assuntos que mais preocupam as mulheres que
estão esperando um bebê ou planejando ter um. Geralmente, as questões mais
frequentes envolvem o tempo de duração, os procedimentos realizados, as
contrações, entre muitas outras.
Não é possível prever os detalhes exatos de como será um determinado
trabalho de parto, já que cada um é único. No entanto, existem algumas
informações importantes que podem ajudar a mãe a se preparar melhor para esse
momento tão especial.

Mitos/Verdades sobre o Parto??????


1) Todo parto normal é humanizado
2) Bebê com cordão umbilical enrolado no pescoço não pode nascer de parto
normal
3) Todo parto normal vem acompanhado de episiotomia
4) Parto normal deixa a vagina larga
5) Bebê grande e pesado não pode nascer de parto normal
6) Uma vez cesárea, sempre cesárea!
7) Falta de dilatação.
Pré Natal – preparação

Cenário atual no Brasil:


Altas taxas de cesáreas (40% público e 80% na saúde suplementar);
 Mortalidade materna alta (69 a  cada 100.000 nascimentos -1 a  cada 66
nascimentos);
 Taxa de prematuridade alta
(12,4%).

Prática Obstétrica Desejada

-A atenção deve estar baseada:


-Na informação
-No respeito
-Na participação das mulheres nas decisões

ATENÇÃO HUMANIZADA
Plano de Parto
Importância:

...origina-se no respeito ao Princípio Bioético de Autonomia, aumentando 


assim o controle das mulheres sobre o processo do Parto, contribuindo para 
produzir um efeito positivo sobre a satisfação, servindo como ferramenta 
importante na preparação para o parto, e diminuindo “os medos “ da mulher 
graças a informação e a comunicação proporcionadas, constituindo um  processo
de reflexão para mulheres.

1º Conceito:

“Um Plano de Parto e Nascimento é um documento escrito, de caráter


legal,  em que a mulher grávida, após receber informação sobre a gravidez e o 
processo de parto, e considerando seus valores e desejos pessoais, além das 
expectativas criadas sobre seu parto ao longo da gravidez, e atendendo  também
as suas necessidades particulares, devem combinar com a parteira  da Atenção
Primária a saúde e posteriormente com a parteira da Atenção  Hospitalar qual
alternativa, dentro da boa prática, prefere durante seu  parto, sob condições
normais.”

Acompanhante
Lei Nº 11.108, de 7 de abril de 2005.
 
Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria
ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1
(um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-
parto imediato.
Vantagens
 Protagonismo feminino;
 “Geração de pessoas com melhor qualidade de vida, menos depressão,
menor índice de criminalidade, com maior integração social e maior
identificação do papel integrador com a natureza;
 Liberação de hormônios importantes e fundamentais (serotonina,
endorfina), atuam como inibidores da ansiedade, depressão, estresse,
entre outras funções;
 Permite maior conectividade com o bebê.
Fases do Parto

Primeiro período: dilatação;


Segundo período: expulsão;
Terceiro período: dequitação;
Quarto período: 1ª hora após o parto.

1ª fase: Dilatação

O trabalho de parto começa quando as contrações da mãe se tornam


regulares, com intervalo de 5 minutos entre uma e outra e persistentes durante
pelo menos uma hora, podendo chegar a 18 horas.
No início da dilatação, esse processo ocorre de forma mais lenta,
demorando de seis a oito horas, em média, para chegar a quatro ou cinco
centímetros. 
Depois, no período mais ativo, o colo do útero dilata cerca de um
centímetro por hora até que ele atinja a dilatação total de 10 centímetros.  É
geralmente no final dessa fase que a bolsa se rompe, porém, em algumas
mulheres, a bolsa pode se romper antes mesmo do trabalho de parto começar.

 Fase Latente: 0 à 4 cm, 2 contrações em 10  minutos de


20 a 40 segundos de duração;

 Fase Ativa: 4-5 a 10 cm, 2 a 5 contrações de 30 a  50 segundos


de duração.

Medidas para melhorar esse período.
MASSAGEM :

 Acelera o trabalho de parto


 Diminuição da ansiedade
 Diminui o estresse  emocional
 Favorece o controle da dor
BANHO TERAPÊUTICO:
 Acelera o trabalho de parto
 Diminuição daansiedade
 Diminui o estresse emocional
 Modula a dor

AMBIENTE ACOLHEDOR:
 Diminuição da ansiedade einsegurança

 Diminui tensão e medo


 Favorece o controle da dor
 Diminui estresse emocional
APOIO EMOCIONAL CONTÍNUO:

 Redução da duração do TP;


 Diminuição da ansiedade;
 Favorece o controle da dor; 
 Previne distócia; 
 Índice de APGAR mais elevados; 
 Da a mulher a possibilidade de ser a protagonista do seu parto.

2ª fase: Expulsão

As contrações se tornam mais intensas e o canal do colo do útero já está


totalmente dilatado. Assim, o bebê começa a encaixar para nascer. Nesse
momento, surge uma vontade irresistível de fazer força e é importante fazer
força na mesma hora que as contrações vierem.
Quando a cabeça do bebê estiver próxima da vagina, a mãe sentirá um
ardor e o médico poderá pedir para que ela diminua a força. Dessa forma, o bebê
nasce mais lentamente e, assim, diminui o risco de lesões no períneo.

3ª fase: Dequitação
O bebê já nasceu, as contrações continuam, mas com bem menos
intensidade para que a placenta seja expelida. Esse momento dura de cinco a dez
minutos.
 Do nascimento do bebê até a expulsão da placenta 
 (Dequitação, delivramento ou  secundamento)
 Observar saída e integridade da placenta
 Observar perdas sanguíneas.
4ª fase: Greenberg
Essa última fase é definida como a primeira hora após a saída da placenta.
Trata-se de um momento de observação da mãe pela equipe médica com o
objetivo de evitar hemorragias. Depois desse período, o útero já está bem
contraído. 
Algumas mães podem se sentir nas “nuvens”, pois o organismo libera
ocitocina, conhecido como “o hormônio do amor” e responsável por influenciar
no vínculo entre a mãe e o bebê.

Após expulsão da placenta até estabilização (+/- 1 hora).

 Observar sangramento;
 Globo de Segurança de Pinard;
 Sinais Vitais;
 Incentivar Aleitamento materno;
 Clampeamento tardio do cordão.

Não separar o bebê de sua mãe

 
Hora dourada – contato pele a pele

Clampeamento tardio do Cordão Umbilical


Prós ?????

Contras ??????
Humanização no Cuidado
Humanizar é tornar humano
(Aurélio)
Humanização e cuidado são indissociáveis. Entende-se por humano a
natureza humana, bondosa, humanitária, que tem o mesmo sentido de
humanidade, no qual se incluiu benevolência, clemência, compaixão.
Humanizar é a prática do humano. Logo, como humanos o que realizamos
é humano, sendo, portanto, próprio ao ser humano visar o bem-estar da
humanidade, tanto individual como coletivamente, isso é o verdadeiro sentido de
humanizar.    
A desumanização acontece pelo comportamento, quando  a visão é
ofuscada pelo ter, assumindo uma postura – e esta é tornada em ação – contrária
a essa natureza (que é a do SER)

... E dessa forma vamos nos tornando desumanos (desnaturados e cruéis)


“No desequilíbrio entre ser e ter perde-se o cuidado”

O cuidado (instrumento de trabalho da Enfermagem) “se caracteriza como


uma relação de ajuda, cuja essência constitui-se em uma atitude humanizada” 
HUMANIZAÇÃO É:
Um processo vivencial que permeia toda a atividade do local e das
pessoas que ali trabalham, dando ao paciente o tratamento que merece como
pessoa humana, dentro das circunstâncias peculiares em que cada um se
encontra no momento de sua internação.

Só é possível humanizar... Partindo da


nossa própria humanização
Drª Maria Julia Paes da Silva

Como Podemos nos Humanizar:


 Ser Mais inteiro e integro;
 Ser autêntico (crer e praticar);
 Reconhecer e aprender com os erros;
 Mudar o que pode ser mudado;
 Autocuidado;
 Ser feliz;

Porque Humanizar?
É possível humanizar as pessoas?

AMBIENTE:
  Iluminação – luz natural
  Controle do ruído (45 – 55 decibéis)
  Ajuste de alarmes
  Temperatura (20 – 23ºC)
  Decoração – painel personalizado
  Privacidade durante os procedimentos
  Facilitar atividades que possam ser executadas durante a internação (música,
filmes, tv, leitura, atividade manual...)
  Desperdício x zelo
PACIENTE:
  Personalização (tratar pelo nome)
  Privacidade
  Tocar o paciente
  Valorizar necessidade de expressão e de 
    informação
  Valorizar pequenas atitudes, falas e desejos
  Controle da dor
  Apoio psicológico / espiritual

Fragmentos de entrevistas que demonstram o tratamento


ético que é dispensado aos pacientes sob a ótica dos mesmos:
     “quando me chamaram pelo meu nome, tive a certeza que sabiam o
que estavam fazendo, isso me deixou mais tranquila”

“fui recebida com bom dia, mas depois me deixaram sozinha em


uma sala e eu só ouvia conversas no corredor, senti medo, foi muito ruim,
eu estava angustiada e as moças ficaram discutindo preço de celular”
“o paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome.
Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do  agravo à saúde, ou ainda de
forma genérica ou quaisquer outras formas imprórias, desrespeitosas ou
preconceituosas”

“O paciente é levado até a sala de cirurgia de forma fria, sem se


estabelecer um diálogo ou mesmo uma relação de confiança profissional”.

FAMÍLIA:

Família
 Extensão do paciente
  Acesso ao paciente
  Satisfazer necessidades da família
Informação, conforto e segurança
Reuniões com equipe multidisciplinar
Boletim médico / enfermagem.

EQUIPE:
 Conversar com paciente sobre os procedimentos antes de sua realização;
 Falar a verdade;
 Nossas rotinas internas;
 Postura individual e profissional;

Choque de personalidades
 Trocar frustações ou limitações;
 Apoio Psicológico/ grupos de discussão;

Possíveis barreiras encontradas na relação


enfermagem – paciente

 Aparência desleixada;
 Falha em sua identificação com o paciente;
 Pronúncia errada ou troca do nome do paciente;
 Demonstração de desinteresse pela história pessoal do paciente e por suas
experiências de vida;
 Discussão de problemas pessoais, fofocas, com outros profissionais;
 Utilização de linguagem rude ou ofensiva;
 Desatenção às necessidades do paciente;
 Abandono do paciente em situações estressantes ou dolorosas;
 Falha em cumprir promessas feitas.
As propostas de humanização em saúde também envolvem repensar o
processo de formação dos profissionais ainda centrados, predominantemente, no
aprendizado técnico, racional e individualizado, com tentativas muitas vezes
isoladas de exercício da crítica, criatividade e sensibilidade.
Humanizar a relação com o doente realmente exige que o trabalhador
valorize a afetividade e a sensibilidade como elementos necessários ao cuidar.
Porém, compreendemos que tal relação não supõe um ato de caridade
exercido por profissionais abnegados e já portadores de qualidades humanas
essenciais, mas um encontro entre sujeitos, pessoas humanas, que podem
construir uma relação saudável, compartilhando saber, poder e experiência
vivida.
Como a humanização é a prática do humano, falar em praticar o humano é
evidenciar que o momento em que vivemos é de profunda desumanização, a
ponto de ter de tomar o substantivo “humanização” como verbo.
Cuidados de Enfermagem
ao RN

INTRODUÇÃO:
Classificação da infância em grupos etários:
 Período neonatal: 0 a 28 dias;
 Infância: de 29 dias a 12 anos
 Lactente: 29 dias a 2 anos
 Pré – escolar: 2 a 7 anos
 Escolar: 7 a 12 anos.
 Adolescência: de 12 anos a 20 anos.
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
DO  RN (RECÉM-NASCIDO)

Idade Gestacional:
 RN À TERMO OU NORMAL: é toda criança  nascida de uma gestação
entre 38 a 42  semanas de gestação. (280 dias/ Dando  margem de 15 dias
antes ou após o  parto).
 RN PREMATURO: é toda criança nascida  de uma gestação entre 28 a 37
semanas  de gestação.
 RN POSMATURO: é toda criança nascida  de uma gestação com mais de
42  semanas de gestação.
Peso Ao Nascer

 A.I.G (Adequado para a Idade  Gestacional): é todo RN que


nasce com  peso > 2,5 a 4 kg
 P.I.G (Pequeno para a Idade  Gestacional): é todo RN que nasce
com  peso igual ou inferior a 2,5 kg
 G.I.G (Grande para a Idade  Gestacional): é todo RN que nasce
com  peso igual ou superior a 4 kg

RN DE ALTO RISCO

É o produto de uma gestação de alto risco, onde as intercorrências


patológicas e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio mãe-filho,
determinando morbimortalidade perinatal, que pode perdurar até 28 dias pós-
parto.
CUIDADOS IMEDIATOS AO RN
A enfermagem monitora o horário exato  do nascimento, após a expulsão 
completa do bebê.

Pode ser realizada, utilizando-se anel  duplo de borracha ou clamp


comercial de  plástico.
Observar durante este procedimento a  presença normal de duas artérias
e uma  veia.
+ou- 3 min após nascimento;
Desprendimento placenta
Circulação Fetal;
  Clampear 2 a 3 cm do abdome;
  Cortar com tesoura ou bisturi estéril, 1 cm  do clamper, 2 cm do
abdomem;
  Realizar curativo alcool 70%.

Secagem e Aquecimento
 Aumento da perda de calor do RN
 Epiderme não queratinizada
 Mais água extracelular (mais evaporação)
 Maior quantidade de tecido subcutâneo;
 Menor capacidade de vasoconstrição cutânea.
 Deverá ser feita em campo estéril  previamente
aquecido.
 Posicionar em decúbito lateral em  Trendelemburg para facilitar
drenagem.
 Colocar o RN sob fonte de calor radiante  (berço aquecido em30 a 32
graus), seca-lo e remover os campos úmidos.
 Antes de sair da sala de parto ocorre uma  perda de temperatura corporal
da  criança de até 3º C, como consequência  da evaporação do líquido
amniótico que  a envolve, do ambiente mais frio da sala  e das manobras a
que é submetido o  recém-nascido nos primeiros minutos.

Desobstrução das VAS:


 Promover limpeza das VAS e a instalação imediata e posterior
manutenção da respiração.
 Impedir tamponamento dosespaços   bronco-alveolares.
 Impedir anóxia.
 Utilizar aspirador a vácuo, sondas de  borracha ou polietileno nº 6, 8 e 10.
 OBS: 1º se aspira a boca, depois o nariz

Vitamina K
  Administrar vitamina K1(Kanakion): IM Vasto Lateral da
coxa D.
 Manter RN em decúbito lateral ou ventral

Aspiração Gástrica
 No caso da criança ter deglutido sangue ou mecônio, a aspiração do
conteúdo gástrico tem importância na profilaxia da irritação da mucosa
gástrica, evitando a ocorrência dos vômitos nas primeiras horas de vida.
Através da aspiração gástrica pode-se  diagnosticar a atresia de
esôfago.
 Identificação do RN
Consta de 2 etapas:

 Colocação de pulseiras plásticas: pulseiras idênticas são


colocadas na mãe e no RN, deverá constar nome completo da mãe,
registro hospitalar e número da pulseira.
 Impressão plantar: por se tratar de um documento legal da maior
importância, deve ser realizado com cuidado, já que borrões de tinta
impedem a clara visualização das linhas plantares inutilizando a
identificação.

Cabe à Enfermagem:
 Identificar o RN com pulseira própria
 Registrar na ficha do RN sua impressão  plantar e digital do
polegar direito da  mãe. Preencher a Declaração de  Nascido
Vivo.
 Em partos múltiplos a ordem de  nascimento deverá ser
especificada nas  pulseiras através de números (1, 2, 3...)  após o
nome da mãe.
 Remover resíduos de sangue, mecônio  com água morna.
 Pesar, medir perímetro cefálico, torácico e abdominal.
 Administrar vitamina K1(Kanakion).
 Manter RN em decúbito lateral ou ventral.

Apresentação do RN a mãe
A criança desnuda deverá ser mostrada de frente, com exposição da
genitália, aproveitando-se o momento para conferir e comparar a identificação
com a materna. Neste momento de suma importância para a mãe é
interessante promover o contato pele a pele, com a finalidade de aumentar o
vínculo entre os dois.

Análise da placenta e coleta de exames


Realizada pelo enfermeiro (a), obstetra e ou neonatologista, com especial
atenção para áreas de deslocamento, calcificações, inserção do cordão umbilical
e vasos. Aproveita-se para colher da placenta, os exames necessários e de rotina.

Preenchimento das fichas


As fichas serão preenchidas com dados completos referentes ao pré-natal,
parto, condições de nascimento, assistência prestada e identificação, dados que
constam na declaração de nascidos vivos.
Cuidados Mediatos ao RN
São aqueles prestados na Unidade de Internação Pediátrica ou Alojamento
Conjunto.
 Orientar o testes: pezinho, olhinho, orelhinha e  coraçãozinho.

Higiene:
O banho é realizado aproximadamente 6 horas após o nascimento. Tenta-
se não retirar o material gorduroso esbranquiçado (vérnix caseoso) que recobre a
maior parte da pele do recém nascido, pois ele ajuda a protegê-lo contra a
infecção.

Curativo do Coto Umbilical:


Realizado com solução antisséptica (  álcool a 70%) aplicada no cordão 
umbilical para ajudar a evitar a infecção e  o tétano neonatal. Este processo
acelera  a secagem e reduz a possibilidade de  infecção do coto. O coto
umbilical cairá  por si mesmo, geralmente entre o 5º e o  12º dia.

Medidas Antropométricas
 Peso x Altura

 Frequência Respiratória

 Frequência Cardíaca

 Cianose, hiperemia, palidez, icterícia,  petéquias e edema.

 Manter aquecimento
ADAPTAÇAO DO RN

A primeira urina produzida por um recém-nascido é concentrada e,


frequentemente, contém substâncias químicas denominadas uratos, que podem
dar às fraldas uma coloração rosa, que não deve ser confundida com sangue.
Deve ocorrer nas primeiras 24h.
A primeira evacuação consiste no  mecônio (substância negro-
esverdeada e  viscosa), que é conteúdo do intestino  formado durante a gestação
por  secreções digestivas do fígado, pâncreas  e intestino fetal, líquido
amniótico  deglutido e células intestinais Todo  recém-nascido deve eliminar o
mecônio  nas primeiras 24 horas após o  nascimento.
Durante os primeiros dias de vida, o  recém-nascido normalmente perde 5 a 
10% de seu peso ao nascimento.

Este peso é rapidamente recuperado à  medida que ele começa a se


alimentar.

Exame Físico Do Recém-  Nascido


 POSTURA :Nas primeiras horas após o  nascimento, todo o RN mantém-se 
encurvado, com os MMSS/II fletidos.
 CABEÇA :apresenta a cabeça grande em  relação ao corpo, PC 32 a
35cm.
 PC +ou- 2cm > PT
 O crânio tem 6 ossos: 1 frontal, 1 occipital, 2 parietais e 2 temporais.

 FONTANELAS: São espaços cartilaginosos,  quadriláteros encontrados


na cabeça  através da palpação. 
Fontanela, na anatomia humana, é o  espaço macio e membranoso
que separa  os ossos do crânio dos recém-nascidos.

 Principal função das fontanelas: facilitar a passagem do feto no canal 


do parto; desenvolvimento da caixa craniana tanto na vida fetal como 
no pós-natal

 BREGMA OU BREGMÁTICA OU
ANTERIOR: Se fecha por volta dos 18
meses.

 LÂMBDA OU LAMBDÓIDE OU
POSTERIOR:Se fecha  por volta de 4 meses.

 CAVALGAMENTO: superposição dos ossos (Acavalgamento).


FACE:
 Todo RN pode apresentar a face edemaciada, com manchas, em
consequência do trabalho de parto, regredindo espontaneamente.

 Face assimétrica: O RN pode apresentar a face  desigual devido a uma


posição defeituosa na vida  fetal.
 FACE ASSIMÉTICA:O RN pode apresentar a face desigual devido a
uma posição defeituosa na vida fetal.
 MILLIUM FACIAL OU SEBÁCEO: são pequenos pontos  brancos
provocados pela obstrução dos poros;  localizados na região frontal e
nasal (1º mês).
 ESTRABISMO: Devido à imaturidade do sistema nervoso (nervo óptico
imaturo), o RN não consegue coordenar o globo ocular, podendo persistir
até o 6º mês.

PELE:
 Vérnix Caseoso:secreção normal da pele, rica em glicoproteínas,
colesterina, ferro e albumina, caracterizada por uma película lipoide, a
qual se atribuem propriedades imunitárias. Facilita a passagem do feto
na hora do parto, e é reabsorvida pela pele nas 48 horas após o parto.
 Eritroderma neonatal: variação na coloração da pele, que vai desde o
rosa ao vermelho intenso. Causa: eritrócitos periféricos.
 ICTERÍCIA FISIOLÓGICA: surge após 48 horas e tem como causa a
imaturidade das células hepáticas/ hemólise exagerada (eritroblastos 
imaturos). Terapêutica: Fototerapia.
 MANCHA MONGÓLICA: é uma mancha de forma irregular, de
coloração azulada, localizada na região lombo-sacra ou sacro-glútea
que desaparece por volta dos 10 anos. É mais comum na raça negra ou
descendentes.
 DESCAMAÇÃO FISIOLÓGICA: surge nos primeiros dias –
descamação em grandes retalhos, mais comuns no abdômen, mãos e pés.
 LANUGEM: são pêlos longos, finos e ralos, localizados na face, orelhas,
dorso, MMSS, MMII, desaparecendo por volta do 1º mês.

ORELHAS:
 Observar forma, tamanho, simetria, implantação e papilomas pré-
auriculares.
 A acuidade auditiva pode ser pesquisada através da emissão de um ruído
próximo ao ouvido e observar a resposta do reflexo cocleo-palpebral, que
é o piscar dos olhos.

NARIZ:
 Observar forma; permeabilidade  mediante a oclusão da boca e de cada 
narina separadamente e/ou à passagem  de uma sonda pelas narinas; e a
presença  de secreção serossanguinolenta.

BOCA:
 Observar a conformação do palato; a presença de fenda palatina; da
fissura labial (lábio leporino); o desvio da labial que pode estar associado
à paralisia facial por traumatismo de parto.
 Visualizar a úvula e avaliar tamanho da língua.
PESCOÇO:

  Curto e com mobilidade. Por volta dos 3 meses, há sustentação.

TÓRAX:

  O tórax do recém-nascido é cilíndrico.  Uma assimetria pode ser


determinada por malformações de coração, pulmões, coluna ou arcabouço
costal.

PULMÕES:
 A respiração é abdominal, quando for predominantemente  
torácica e com retração indica dificuldade respiratória.

 A frequência respiratória média é de 40  movimentos no RN de


termo e até 60, no  prematuro.

 Os movimentos serão contados durante  dois minutos e dividido o


total por dois.

CARDIOVASCULAR:

 A frequência cardíaca varia entre 120 a  160 batimentos por


minuto.

 A presença de sopros em recém-nascidos  é comum nos primeiros


dias e podem  desaparecer em alguns dias.

ABDOME:

 Inspeção (abdômen flácido)


 A distensão abdominal pode ser devida à  presença de líquido,
visceromegalia,  obstrução ou perfuração intestinal.

GENITÁLIA:
 Masculina: A fimose é fisiológica ao  nascimento.
 Feminina: pode haver secreção  esbranquiçada nos primeiros
dias.

EXAME NEUROLÓGICO:
 O exame neurológico compreende a  observação da atitude,
reatividade,  choro, tônus, movimentos e reflexos do  recém-
nascidos.

 EXAME NEUROLÓGICO:
 Babinsk

 Moro
Reflexo Plantar

 Reflexo Palmar




Succção
 Marcha automática
Terminologias científicas e Anotação de Enfermagem.

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