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FACULDADE DO FUTURO

ISABELLE MARIA MOTTA DE PAIVA VIEIRA


LUCI ANA APARECIDA ROMEIRO
MYRIANE CRISTINA VELOSO MIRANDA GALDINO
SABRINA MACHADO DE ANDRADE
THAÍS SOUSA DE PAULA

CICLO ESTRAL DAS COELHAS

Manhuaçu - MG
2021
FACULDADE DO FUTURO

ISABELLE MARIA MOTTA DE PAIVA VIEIRA


LUCI ANA APARECIDA ROMEIRO
MYRIANE CRISTINA VELOSO MIRANDO GALDINO
SABRINA MACHADO DE ANDRADE
THAÍS SOUSA DE PAULA

CICLO ESTRAL DAS COELHAS

Trabalho apresentado ao professor Miguel


Alejandro Silva Rua, como requisito parcial na
disciplina de Fisiopatologia e Biotecnologias da
Reprodução, do sétimo período do curso de
Medicina Veterinária, da Faculdade do Futuro.

Manhuaçu
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................4
2 REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................5
2.1 OS PARÂMETROS REPRODUTIVOS DAS FÊMEAS...................................5
2.2 FASES DO CICLO ESTRAL...........................................................................6
2.3 TIPOS DE MONTA........................................................................................7
3 CONCLUSÃO...................................................................................................8
REFERENCIAS...................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

As apresentações de cio podem ser observadas a partir de características


comportamentais e fisiológicas, as fêmeas atingem sua maturidade, por volta de
4 meses de idade, já os machos a partir dos 5 meses de idade, ambos os sexos
atingindo maturidade sexual precocemente (MOURA, 2007). O ciclo ovariano
desta espécie tem duração de 16 dias podendo ser fecundado somente durante
12 dias (dois primeiro dias os dois últimos não são férteis). A ovulação ocorre
aproximadamente, 10 horas após a cópula (MOURA, 2007).
As manifestações baseiam-se com a apresentação da vulva vermelha e
intumescida, há secreção, aumento frequência respiratória, aumento da
temperatura retal, as orelhas ficam mais quentes e pode ocorrer diminuição do
apetite consequentemente queda do escore corporal. O ideal do acasalamento
é que este seja feito em épocas próximas ao cio da fêmea ou no cio. Caso não
se queira esperar pode ser feita a monta forçada já que a ovulação da coelha é
induzida por estímulos sexuais (COUTO, 2002).
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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 OS PARÂMETROS REPRODUTIVOS DAS FÊMEAS

Quando se trata de desenvolvimento corporal das fêmeas, esse está


diretamente relacionado com a maturidade sexual, podendo ser considerado um
indicador confiável na hora de se fazer o primeiro acasalamento. De acordo com
Barbado (2006) as raças de menor porte atingem a idade fértil a partir dos quatro
meses, ao contrário das fêmeas de raças de maior porte que são férteis por volta
dos sete meses de idade. Depois do parto e após uma pseudogestação a fêmea
apresenta elevados níveis de fertilidade e entrará no cio mais facilmente. Quando
da realização da cobrição, é pertinente que o tratador assista e certifique-se, isso
pode ser feito através da observação do comportamento do macho que cai de
lado ou para trás, emitindo sonorização ainda preso a fêmea.

A constatação também pode ser feita por meio de um exame da vulva,


onde é observado a presença do líquido seminal. Segundo Couto (2002) a
gestação da coelha dura em média 30 dias, com variação de dois dias pra mais
ou pra menos. Para assegurar a prenhez, o tratador deve realizar o método de
palpação abdominal que consiste em palpar delicadamente o ventre da coelha
pressionando-se levemente de trás para a frente, com o dedo polegar de um lado
e os dedos médio e indicador do outro. Silva et al. (2015) concluíram que a
palpação pode ser feita de forma eficaz a partir do 14º dia e pode ser indicado
como método de diagnóstico de gestação para coelhas.

Quando o diagnóstico de prenhez é positivo, os ninhos devem ser


colocados três dias que antecedem o parto contendo uma cama de material
vegetal ou artificial, desde que seja macio e absorvente; feno e capim seco
podem ser utilizados para essa finalidade. A coelha retira pelos da região
abdominal para deixar o ninho mais confortável e reter mais calor para os filhotes
que não conseguem termorregular de maneira eficiente, além de deixar as tetas
aparentes facilitando a amamentação. Normalmente os partos duram de 15 a 30
minutos podendo se estender por até 6 horas (FERREIRA et al. 2012).
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2.2 FASES DO CICLO ESTRAL

PRO-ESTRO – Durante o pro-estro inicia-se a maturação de um ou mais


folículos pela ação do hormônio FSH e uma pequena quantidade de LH. O
hormônio FSH é liberado pela hipófise ao cessar a função endócrina
determinada pela progesterona do corpo lúteo do ciclo precedente. Pela ação do
FSH hipofisário, o folículo primário começa a sua evolução segregando por sua
vez foliculina, que em doses débeis estimula a secreção da FSH_LH por indução
hipotâmica e me doses elevadas inibe a sua liberação. No final do pro-éstro,
ocorre um crescimento das glândulas uterinas e um aumento do diâmetro do
útero, devido, principalmente, a um maior acúmulo de líquidos na mucosa.

ESTRO – O estro ou cio, é mais frequente nas coelhas do que nas demais
espécies e tem aparecimento do 1º cio aos 4 meses. A duração do cio nas
coelhas é de 2 a 3 dias, geralmente corresponde do 7° ao 10° dia do ciclo estral.
Ocorre diferenças na intensidade de coloração da vulva, estando esta
avermelhada e intumescida, também há a presença de secreção vaginal,
aumento da frequência respiratória, falta de apetite e aumento da temperatura
das orelhas e da região retal, inquietação, agitação constante da cauda,
receptividade ao macho, esfregam a vulva na gaiola e ficam deitadas com o
quarto posterior e a cauda levantados. (ZAPATERO,1997).
A ovulação é induzida, necessita de estímulos externos e ocorre
aproximadamente em um intervalo 10 a 12 h após o coito. O estro é a fase de
maturação e deiscência folicular. A produção de estrógenos pelo folículo maduro
determina o fenômeno do cio, estes estrógenos, atuam no hipotálamo, inibem a
secreção de FSH, favorecendo a produção de LH, dando lugar à ovulação.
O hormônio LTH aparece devido a ação dos estrógenos, favorecendo a
formação e atividade do corpo amarelo. A ovulação na coelha não é do tipo
espontânea, com exceção do cio após o parto, que a coelha ovula de 10 a 12
horas após o parto, na fêmea púbere, os folículos ováricos crescem e
amadurecem, mas a rotura do folículo de Graaf e a expulsão do óvulo ocorre
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apenas pelo fluxo da copula e durante as seguintes 8-12 horas, implantando-se


um corpo lúteo de gestação com uma taxa alta de progesterona, inibindo novas
maturações foliculares. Na ausência da copula, o corpo amarelo persiste um
certo tempo (metaestro) regressando ulteriormente (diestro) perdendo a sua
sensibilidade á LTH, determinando uma diminuição e consequentemente a
interrupção na produção de progesterona, pelo qual se produz de novo a FSH,
dando início a um novo ciclo (ZAPATERO,1977).

2.3 OS TIPOS DE MONTA

MONTA NATURAL – Deve-se colocar o reprodutor mediante a


temperatura ideal para cobrir as fêmeas duas vezes ao dia, onde uma monta é
no período da tarde e a outra no período da manhã, nunca ultrapassar 3 dias
com o animal nessa condição, pois pode ocorrer a sobrecarga do macho e
deficiência reprodutiva, o ideal é que sejam 6 montas na semana com uma
semana de descanso até o retorno da atividade reprodutiva (FERREIRA; W, N.
et al, 2012).

MONTA FORÇADA – Na monta forçada deve-se colocar a coelha com a


cabeça direcionada para a pessoa e com uma das mãos segurar a pele do dorso
juntamente com as orelhas, puxando-a de forma que levante a cauda. Ao realizar
essa técnica deve-se tomar cuidado com o reprodutor, pois o mesmo comumente
ao ejacular morde a região cervical (nuca) da fêmea e correndo o risco de ser
mordido já que uma das mãos na contenção esta próximo ao local da mordida
do coelho (COUTO, 2002).

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL – Com a técnica de Inseminação Artificial há


relevância no número de fêmeas que emprenham no mesmo dia, tornando
desnecessária a aquisição no plantel de um número excessivo de machos
sabendo-se que um ejaculado é capaz de inseminar 10 fêmeas (FERREIRA; W,
N. et al, 2012).
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3 CONCLUSÃO

Em vista dos fatos apresentados pode-se concluir que a coelha tem um


ciclo estral atípico, que não se define regularmente em suas fases. Em seu Estro,
ou cio, a ovulação não ocorre de maneira espontânea, é induzida, ou seja, a
coelha sempre tem óvulos maduros e ovula devido a estímulos sexuais externos.
Seu estro é mais frequente do que em diversas outras espécies, sendo possível
ser percebido através do comportamento e análise de sua fisionomia como a
coloração da vulva, além de ser muito influenciado por aspectos relacionados
com o manejo reprodutivo.
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REFERÊNCIAS

MOURA; B, B. “PRODUÇÃO DE COELHOS” – Editora EMATER-RIO. Apoio:


Secretaria de Agricultura e Pecuária. SEROPÉDICA – RJ, BRASIL, 2007.

COUTO; S, E, R. “CRIAÇÃO E MANEJO DE COELHOS”. Available from SciELO


Books . Editora FIOCRUZ. RIO DE JANEIRO – RJ, BRASIL, 2002.

FERREIRA; W, N. MACHADO; L, C. JARUCHE; Y, G. CARVALHO; G, G.


OLIVEIRA; C, E, A. SOUZA; J, D, S. CARISSIMO; A, P, G. “MANUAL PRÁTICO
DE CUNICULTURA”. Editor: Luiz Carlos Machado. BAMBUÍ - MG, BRASIL,
2012.

ZAPATERO, J. M. M., COELHOS – ALOJAMENTO E MANEJO – 2ª Edição.


Biblioteca Agricola Litexa. Lisboa, Portugal. 1977.

BARBADO, J.L. Cría de Conejos: Su empresa de cunicultura. Santiago del


Estero 338 - Lanús Oeste - Buenos Aires: Albatros, 2006.

Silva, K.G., Ertal, E., Polo, G., Tasqueti, U. I. (2015). Eficácia da palpação
abdominal como método de diagnóstico de gestação em coelhas. Revista
Acadêmica Ciência. Animal, 13, 105-109. Acesso em 4 novembro de 2016.

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