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FACULDADE SANTÍSSIMO SACRAMENTO

CURSO DE ENFERMAGEM

ADLA FERNANDA ALVES BARROS


ISABELLY DOS ANJOS SANTANA
JULIA SALES SOARES
MARIA EDUARDA OLIVEIRA CARDOZO

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E SISTEMA REPRODUTOR


MASCULINO

ALAGOINHAS

2022
ADLA FERNANDA ALVES BARROS
ISABELLY DOS ANJOS SANTANA
JULIA SALES SOARES
MARIA EDUARDA OLIVEIRA CARDOZO

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

Trabalho apresentado ao curso de Enfermagem da


Faculdade Santíssimo Sacramento como parte dos
requisitos para conclusão da disciplina Fisiologia
Humana.

Orientador: Silvio Lima

ALAGOINHAS

2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4

2. OVÁRIOS ............................................................................................................................ 4

2.1. OVOGÊNESE .............................................................................................................. 5

2.2. SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTIO ...................................................................... 6

3. TUBAS UTERINAS ............................................................................................................ 6

3.1. ENDOMETRIOSE ........................................................................................................ 7

3.2. LAQUEADURA ............................................................................................................ 7

4. ÚTERO ................................................................................................................................ 7

4.1. COLO DO ÚTERO ....................................................................................................... 8

5. VAGINA............................................................................................................................... 9

5.1. FUNÇÕES DA VAGINA............................................................................................... 9

6. VULVA .............................................................................................................................. 10

6.1. ANATÔMIA DA VULVA ............................................................................................. 10

6.2. CÂNCER VULVAR .................................................................................................... 11

7. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ........................................................................ 11

8. ESTRUTURA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO .......................................... 12

8.1. ESCROTO ................................................................................................................. 12

8.2. TESTÍCULOS............................................................................................................. 12

8.3. EPIDÍDIMO ................................................................................................................ 13

8.4. DUCTO DEFERENTE ............................................................................................... 13

8.5. VESÍCULAS SEMINAIS ............................................................................................ 14

8.6. DUCTOS EJACULÁTORIOS .................................................................................... 14

8.7. GLÂNDULAS BULBO-URETRAIS ............................................................................ 14

8.8. URETRA .................................................................................................................... 14

8.9. PRÓSTATA ................................................................................................................ 15

8.10. PÊNIS ..................................................................................................................... 15

9. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 16

10. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS ............................................................................... 17


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1. INTRODUÇÃO

O aparelho reprodutor feminino consiste em dois ovários, duas tubas uterinas, o


útero, a vagina e a genitália externa. Suas funções são produzir gametas femininos
(ovócitos) e manter um ovócito fertilizado durante seu desenvolvimento completo
através da fase embrionária e fetal até o nascimento. O aparelho reprodutor feminino
ainda produz hormônios sexuais que controlam órgãos do aparelho reprodutor e têm
influência sobre outros órgãos do corpo. A partir da menarca, que é quando ocorre à
primeira menstruação, o sistema reprodutor sofre modificações cíclicas em sua
estrutura e atividade funcional controladas por mecanismos neuro-humorais. A
menopausa é um período variável durante o qual as modificações cíclicas ficam
irregulares e acabam cessando. No período de pós-menopausa há uma lenta
involução do sistema reprodutor. Embora as glândulas mamárias não pertençam ao
aparelho reprodutor, elas também serão estudadas, porque sofrem mudanças
diretamente conectadas com o estado funcional do sistema reprodutor.

2. OVÁRIOS

Os ovários estão localizados na região pélvica, sendo encontrado um de cada


lado, sustentados por ligamentos, e comunica-se com o útero através das tubas
uterinas. Normalmente apresentam cerca de 3 cm de comprimento, 1,5 cm de
largura e 1 cm de espessura e o formato de amêndoas. O ovário apresenta uma
região mais interna, denominada medular, constituída por tecido conjuntivo; em
seguida, apresenta uma camada, na qual estão presentes os folículos (oócito
envolto por células auxiliares que atuam em sua nutrição e proteção), denominada
região cortical; já a sua superfície é revestida por tecido epitelial pavimentoso ou
cúbico simples, denominado epitélio germinativo, o qual fica sobre uma camada de
tecido conjuntivo denso, chamada de túnica albugínea. Os ovários são órgãos
presentes no sistema reprodutor feminino e responsável tanto pela produção quanto
pelo armazenamento dos gametas por meio de um processo denominado
ovulogênese. Além disso, os ovários atuam como glândulas endócrinas, sendo
responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos, estrogênios e
progestinas. Os ovários são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais
femininos, são eles:
5

 Estrogênios: entre esses hormônios, o mais importante é o estradiol. Os


estrogênios são responsáveis pelo desenvolvimento das características
sexuais secundárias, atuando também na fase folicular do ciclo menstrual.
 Progestinas: entre esses hormônios, o mais importante é a progesterona.
Esses hormônios são responsáveis pela preparação do útero para a gravidez,
estimulando o crescimento do endométrio, e das mamas, para a lactação. Ele
atua na fase lútea do ciclo menstrual.

2.1. OVOGÊNESE

O processo de formação do gameta feminino, ovócito secundário ou oócito


secundário, é denominado de ovogênese ou ovulogênese e inicia-se ainda
no período embrionário. Embora se inicie ainda nessa fase, o gameta só completará
o seu desenvolvimento anos depois, a partir do momento em que a mulher chegar à
puberdade.
Os ovócitos primários ficam localizados em milhares de estruturas
denominadas de folículos, sendo que na puberdade esse número reduz-se a cerca
de 400. A partir da puberdade, a cada mês um desses folículos amadurece, o
ovócito primário completa a meiose I e inicia-se a segunda divisão meiótica, parando
na metáfase.
Nessa última fase, o folículo tem seu volume aumentado e apresenta-se como
uma cavidade cheia de um líquido rico em substâncias como proteínas e hormônios.
Esse folículo acaba rompendo-se e expulsando o agora denominado ovócito
secundário para a tuba uterina, num processo denominado ovulação. Esse processo
ocorre durante toda a idade fértil da mulher, a qual se encerra na menopausa.
Nas tubas uterinas, esse ovócito secundário pode ser fecundado por
um espermatozóide e, posteriormente, o zigoto formado fixa-se no útero. Se isso
ocorrer, o tecido de cicatrização formado no local de rompimento do folículo,
denominado corpo lúteo, passa a produzir progesterona, o qual ajuda na
manutenção da gravidez. Se não houver a fecundação e implementação do zigoto
no útero, o corpo lúteo degenera-se.
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2.2. SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTIO

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma doença endócrina que afeta de


5% a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Embora não haja uma causa
específica, geralmente ela ocorre devido à hipófise estimular uma produção
excessiva de hormônios masculinos pelo organismo. É observado também que
muitas mulheres que desenvolvem essa síndrome apresentam resistência à insulina.
Dentre os sintomas da SOP, podemos citar:
 Ciclo menstrual irregular
 Dificuldade para engravidar
 Acne, ganho de peso
 Crescimento de pelos no rosto, seios e abdome
Os ovários apresentam-se com volume aumentado, e múltiplos cistos podem ser
observados na periferia do córtex. O diagnóstico é realizado por meio de exames
clínicos, laboratoriais e de imagem, como a ultrassom. O tratamento pode ser
realizado com a utilização de hormônios e até mesmo procedimento
cirúrgico. Hábitos de vida saudáveis, como a prática de atividades físicas, são
grandes aliados do tratamento.

3. TUBAS UTERINAS

As tubas uterinas são dois tubos, de aproximadamente 10 cm cada, que


conectam o útero aos ovários. São compostas por três camadas, tecido mucoso,
muscular e seroso — assim como o útero. Anatomicamente, as trompas se dividem
em 4 partes:
 intramural (parte uterina);
 istmo, porção medial do órgão, com menor calibre;
 ampola, parte mais dilatada, onde ocorre a fertilização do óvulo;
 infundíbulo, extremidade distal, mais próxima aos ovários.
A função das tubas uterinas é captar o óvulo e conduzi-lo para o local da
fecundação. É no interior de uma das tubas que o embrião se forma. Assim, no
momento da ovulação, as fímbrias se movimentam, capturam o óvulo que é liberado
pelo ovário e o levam para a região da ampola as fímbrias são franjas localizadas no
infundíbulo, que se abrem próximo ao ovário.
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3.1. ENDOMETRIOSE

A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina e pode


afetar várias funções do sistema reprodutor, incluindo a permeabilidade tubária. Isso
ocorre porque, nessa doença, existem implantes de endométrio (tecido que recobre
a parede uterina) fora do útero. Esse tecido ectópico provoca uma inflamação nos
órgãos lesionados, o que pode resultar em formação de cicatrizes e distorção
anatômica das tubas uterinas.

3.2. LAQUEADURA
A laqueadura é uma cirurgia eletiva de contracepção definitiva que envolve a
obstrução das tubas uterinas. Para isso, as trompas são cortadas, amarradas ou
bloqueadas com grampos, anéis cirúrgicos ou outros métodos. Dessa formaos
gametas masculinos e femininos não conseguem se unir para gerar um embrião.

Apesar de ser uma escolha consciente, algumas mulheres mudam de planos


após anos de laqueadura e decidem ter mais filhos. A cirurgia de recanalização
tubária nem sempre tem bons resultados e a restauração da fertilidade também
depende de outros fatores, como idade da paciente e situação da reserva ovariana.

4. ÚTERO

O útero é um dos órgãos mais importantes do aparelho reprodutor feminino,


composto também pelas tubas uterinas, ovários, vagina e vulva. Tem forma de pera
e é constituído por espessa camada de musculatura lisa. Sua extremidade superior
chama-se fundo; a inferior, o colo, se projeta no interior da vagina, canal de ligação
do aparelho ginecológico com o exterior. As tubas uterinas são duas estruturas que
se localizam uma de cada lado do útero e conduzem os óvulos produzidos nos
ovários até esse órgão. A cavidade interna do útero é revestida por uma mucosa, o
endométrio, que sofre as alterações mensais do ciclo menstrual e onde o óvulo
fertilizado se implanta. Quando não ocorre a fecundação, o endométrio descama e é
eliminado através da menstruação.
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Localizado entre a bexiga urinária e o reto, o útero pode variar de tamanho e forma,
de acordo com a idade, número de filhos e a estimulação hormonal. Em uma mulher
adulta, seu volume normal tem em média de 50 cc a 90cc.
A parede do útero é bastante desenvolvida, sendo observadas três camadas. São
elas:
 Camada externa: localizada mais externamente ao útero e é constituída de
tecido epitelial.

 Miométrio: é a mediana e destaca-se por ser uma camada muscular bastante


espessa de tecido muscular liso. Nessa camada, observa-se feixes de fibras
musculares lisas que estão separados por tecido conjuntivo. Essa camada do
útero pode ser ainda dividida em outras três camadas, as quais estão
entrelaçadas e, portanto, são muito mal delimitadas. A camada localizada no
meio dessas camadas caracteriza-se por apresentar uma grande quantidade
de vasos sanguíneos, os quais são fundamentais para a irrigação do órgão.

 Endométrio: reveste o interior da cavidade uterina, a qual se caracteriza por


possuir um formato triangular. O endométrio pode ser dividido em duas
camadas: a camada basal e a camada funcional. O nome dessas duas
camadas já sugere suas principais características, sendo a primeira mais
profunda e próxima ao miométrio e a segunda a que sofre mudanças durante
os ciclos menstruais. É essa última parte que é perdida durante o processo de
menstruação. Vale destacar que, após a menstruação, o endométrio começa
a reconstruir-se por meio de divisão de novas células.

4.1. COLO DO ÚTERO

O colo do útero é uma importante parte do útero e, como frisado anteriormente,


caracteriza-se por ser a parte mais baixa desse órgão. Essa região, diferentemente
do restante do órgão, apresenta uma menor quantidade de tecido muscular liso,
sendo formada, principalmente, por tecido conjuntivo.
Essa parte do útero é muito importante para o processo de fecundação, uma vez
que as secreções cervicais são importantes para garantir a penetração do esperma
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no útero. No período de ovulação, as secreções tendem a ser mais fluidas, o que


facilita do deslocamento do espermatozóide.

5. VAGINA

A vagina é um dos órgãos internos do sistema reprodutor feminino. Caracteriza-


se por ser um canal tubular que possui entre 10 e 15 cm de comprimento. A vagina
localiza-se entre a bexiga e o reto e se destaca por sua capacidade de dilatação.
Normalmente, suas paredes permanecem unidas, formando um tubo colapsado,
sendo necessária a utilização de um aparelho para afastá-las durante um exame
clínico. A parede da vagina é formada por três camadas: mucosa, muscular e
adventícia. O epitélio da mucosa é estratificado pavimentoso e possui células que
podem apresentar uma pequena quantidade de queratina. Esse epitélio é capaz de
produzir e acumular uma quantidade considerável de glicogênio sob o estímulo de
estrogênio.
Esse glicogênio é liberado no lúmen da vagina quando as células do epitélio
descamam, sendo também utilizado por bactérias para a produção de ácido lático. O
ácido lático é responsável por tornar o pH vaginal ácido, uma característica que
protege a região da ação de micro-organismos que podem causar doenças. A
camada muscular da vagina apresenta fibras musculares lisas. A camada externa à
camada muscular é chamada de adventícia e é formada por tecido conjuntivo denso,
sendo rica em fibras elásticas. É essa a última camada que une a vagina aos tecidos
vizinhos. A entrada da vagina é normalmente fechada parcialmente pelo hímen. Em
algumas situações, no entanto, o hímen fecha completamente a entrada, sendo
chamado de hímen imperfurado. O hímen consiste em uma membrana de tecido
conjuntivo que geralmente é rompida durante a primeira relação sexual, mas ela
pode ocorrer sem que o hímen se rompa. Devido a isso, a presença do hímen não
garante necessariamente que a mulher é virgem.

5.1. FUNÇÕES DA VAGINA

 A vagina funciona como órgão feminino da cópula, sendo esse o local


onde o homem libera o sêmen no momento da relação sexual.
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 A vagina atua como canal de parto, sendo o local por onde o bebê passa
durante o nascimento em um parto normal.
 A vagina é o local de escoamento de secreções uterinas e do sangue
menstrual.

6. VULVA

A vulva corresponde à genitália externa do sistema reprodutor feminino. Inclui o


conjunto de órgãos genitais femininos externos e visíveis: o monte de vênus, os
grandes e os pequenos lábios, o vestíbulo (no qual estão localizados o meato
uretral, intróito vaginal, hímen, glândulas parauretrais ou vestibulares menores ou de
Skene e glândulas vestibulares maiores ou de Bartholin) e o clitóris. A vulva também
pode ser chamada de pudendo feminino, e, em condições normais, protege a
vagina, assim como protege o meato uretral da entrada de materiais estranhos.
Também tem função de orientar o fluxo de urina. Esta região possui muitas
terminações nervosas sensoriais táteis, como corpúsculos de Meissner e Pacini que
contribuem para a fisiologia do estímulo sexual.
6.1. ANATÔMIA DA VULVA

Várias estruturas compõem a vulva:

 O monte do púbis é um coxim de tecido adiposo recoberto de pelos situado


sobre a sínfise púbica. O tecido adiposo aumenta durante a puberdade, assim
como o aparecimento de pelos ocorre nesse mesmo período.
 Os grandes lábios são constituídos de pregas arredondadas de tecido
adiposas proeminentes que proporcionam proteção indireta para o clitóris e
para os óstios da uretra e da vagina. Seguem em sentido inferoposterior do
monte púbis em direção ao ânus. Esses grandes lábios situam-se na lateral
da rima do pudendo, uma depressão central onde localiza-se os pequenos
lábios e o vestíbulo da vagina. As faces internas dos lábios são lisas, rosadas
e sem pelos.
 Os pequenos lábios são pregas menos espessas de coloração vermelha
rosada, sem pelos e sem tecido adiposo. Estas estruturas circundam
imediatamente e fecham o vestíbulo da vagina, onde se localizam o óstio da
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uretra e da vagina. Por isso, considera-se que uma de suas funções consiste
na proteção desses orifícios. Sua extensão anterior constitui o prepúcio do
clitóris; e o clitóris.
 O clitóris é um órgão erétil localizado no ponto de encontro dos lábios
menores do pudendo anteriormente. Consiste em uma raiz e um pequeno
corpo cilíndrico, formados por dois ramos, dois corpos cavernosos e a glande
do clitóris. Possui a mesma origem embrionária do pênis e atua como órgão
de excitação sexual.
 O vestíbulo é uma fossa de formato navicular entre os pequenos lábios. A
abertura vaginal fica na sua parte posterior, e é denominada intróito, que nas
mulheres virgens é ocluída pelo hímen. O meato uretral desemboca no
vestíbulo postero inferiormente ao clitóris, entre essa estrutura e a vagina.
Ladeando a região imediatamente atrás do meato uretral ficam os orifícios
das glândulas parauretrais. As aberturas das glândulas de Bartholin estão
localizadas posteriormente, de cada lado do orifício vaginal, mas não
costumam ser visíveis, uma vez que se localizam em região mais profunda.

6.2. CÂNCER VULVAR

Não é uma doença comum, representando 3 a 5% das neoplasias


ginecológicas malignas. O sintoma mais comum é o prurido, mas em casos
avançados da doença podem aparecer dor, corrimento e sangramento. Podem estar
presentes lesões unifocais, variando de um pequeno nódulo, placa ou úlcera até
extensas formas ulcerativas, exofíticas e infiltrativas. Acomete principalmente os
grandes lábios, mas podem estar presentes em outras regiões da vulva.

7. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

A reprodução humana consiste em eventos biológicos essenciais para a


preservação da espécie, envolvendo mecanismos fisiológicos complexos em
estruturas formadoras dos sistemas reprodutor masculino e feminino. A
compreensão desses mecanismos é extremamente importante e envolve o
conhecimento anatômico e funcional desses sistemas, associado às suas alterações
durante o desenvolvimento, maturação e envelhecimento. A manutenção da espécie
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humana - bem assim das demais - dá-se em decorrência do fenômeno da


reprodução. No ser humano, esta reprodução é do tipo sexuada, ou seja, ocorre a
fecundação (união) dos gametas masculino e feminino, para daí haver a geração do
zigoto. Como homem e mulher possuem órgãos genitais notoriamente distintos, far-
se-á, no presente texto, uma abordagem sobre as seguintes estruturas do sistema
reprodutor masculino: escroto; gônadas (ou testículos); vias espermáticas
(epidídimo, ducto diferente, ducto ejaculatório e uretra); pênis; e glândulas anexas
(vesículas seminais; próstata; glândulas bulbo-uretrais)

8. ESTRUTURA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

As estruturas formadoras do sistema reprodutor masculino são:


 Os testículos, um sistema de ductos (que incluem o ducto deferente, o ducto
ejaculatório e a uretra),
 As glândulas sexuais acessórias (vesículas seminais, próstata e glândula
bulbouretral) e
 Diversas estruturas de suporte, que incluem o escroto e o pênis

8.1. ESCROTO

O escroto é o saco de pele grossa que cerca e protege os testículos. O escroto


também atua como um sistema de controle da temperatura dos testículos, porque
estes necessitam de uma temperatura levemente inferior à do corpo para favorecer
o desenvolvimento normal dos espermatozoides. O músculo cremaster da parede do
escroto relaxa de forma a permitir que os testículos se afastem do corpo para se
resfriar ou, então, contrai para que se aproximem mais do corpo para obter mais
calor ou proteção.

8.2. TESTÍCULOS

Os testículos são um par de órgãos genitais internos de formato ovulado


encontrados no escroto, ou bolsa escrotal. Sua função é produzir espermatozóides e
o hormônio testosterona. Os testículos compreendem uma rede intrincada de
túbulos e células secretoras dispersas. Os primeiros são os túbulos seminíferos e a
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rede testicular, e os últimos são as células de Leydig e de Sertoli. Cada um deles


desempenha um papel vital na espermatogênese. Os espermatozóides saem dos
testículos através do epidídimo e sua continuação, o ducto deferente (canal
deferente). O ducto deferente deixa o escroto pelo funículo espermático.
Os testículos e os epidídimos são irrigados pelas artérias testiculares. A
drenagem venosa é realizada pelo plexo pampiniforme e pelas veias testiculares.
Eles são inervados pelo plexo testicular autonômico.

8.3. EPIDÍDIMO

O epidídimo está localizado na superfície posterior do testículo. É constituído por


uma série de ductos e a sua principal função é o armazenamento e a maturação dos
espermatozóides. O epidídimo é dividido em três partes: a cabeça, que está
conectada aos ductos eferentes dos testículos, o corpo e a cauda. A cauda do
epidídimo continua distalmente como o ducto deferente.

8.4. DUCTO DEFERENTE

O ducto deferente tem 45 cm de comprimento. Ele começa com um trajeto mais


contorcido, mas se torna mais retilíneo à medida que ascende posteriormente
ao testículo e medialmente ao epidídimo. Quando alcança o aspecto superior do
testículo, o ducto deferente continua superiormente, no aspecto posterior do cordão
espermático. Então, ele cruza o canal inguinal, antes de emergir do cordão
espermático no anel inguinal profundo. Em seguida, ele se curva em torno da artéria
epigástrica inferior e se dirige anteriormente à artéria ilíaca externa. Depois, cruza
os vasos ilíacos externos em uma direção oblíqua e ligeiramente posterior. A
principal função dos ductos deferentes é o transporte dos espermatozóides desde o
epidídimo aos ductos ejaculatórios. Durante a ejaculação, o sistema nervoso
simpático inerva as camadas musculares dos ductos deferentes e leva-os a produzir
contrações peristálticas que auxiliam na propulsão dos espermatozóides.
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8.5. VESÍCULAS SEMINAIS

O sêmen, também chamado de esperma, é formado por uma mistura de


substâncias produzidas pelo sistema reprodutor masculino. Elas são produzidas
pelas vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais e se misturam com os
espermatozóides para formar um líquido esbranquiçado e viscoso. A sua função é
fundamental: transportar, proteger e nutrir os gametas para a fecundação.
O esperma leva os espermatozóides até o corpo da mulher, logo, a presença de
alguma alteração seminal pode comprometer a fertilidade conjugal e dificultar a

gravidez. Cerca de 80% do volume ejaculado é produzido nas vesículas seminais.

8.6. DUCTOS EJACULÁTORIOS

No momento da ejaculação, os espermatozóides seguem do epidídimo para o


ducto deferente. Esse ducto encontra o ducto da vesícula seminal e passa a ser
chamado de ducto ejaculatório, o qual se abre na uretra.

8.7. GLÂNDULAS BULBO-URETRAIS

No corpo masculino observa-se a presença de duas glândulas bulbouretrais. Elas


são responsáveis por secretar um muco claro que neutraliza a uretra, retirando
resíduos de urina que possam ali estar presentes.

8.8. URETRA
A uretra masculina é um canal comum para a micção e ejaculação e se estende
da bexiga até o óstio externo da uretra, seguindo um caminho de cerca de 20 cm.

A uretra prostática, como o nome indica, atravessa a próstata. Ela possui um


comprimento de cerca de 3 cm e é nela que os ductos que transportam a secreção
produzida pela próstata desembocam.

Quando a próstata aumenta de tamanho, como no caso da hiperplasia prostática


benigna, pode ocorrer a compressão da uretra, o que leva a problemas como
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redução do fluxo urinário, vontade de urinar frequentemente e sensação de que a


bexiga não foi totalmente esvaziada. Nessa estrutura também é possível observar
duas saliências, denominadas colículos seminais, que são os locais onde os ductos
ejaculatórios desembocam.

8.9. PRÓSTATA

Tem aproximadamente 4 cm de diâmetro e se localiza abaixo da bexiga


urinária. Esse fluido que também compõe o sêmen. Essa secreção contém enzimas
anticoaguladoras e nutrientes para o espermatozóide.

8.10. PÊNIS
O pênis é o órgão copulador masculino. Ele possui tecidos esponjosos ricos em
vasos sanguíneos: os corpos cavernosos do pênis e o corpo esponjoso do pênis. Os
corpos cavernosos do pênis são formados por tecido erétil que se enchem de
sangue durante a excitação sexual, fazendo com que ocorra a ereção do pênis,
tornando possível o ato sexual.Na extremidade do pênis encontramos a glande, que
é protegida pelo prepúcio, que deve ser sempre higienizado para eliminar as
secreções de células epiteliais que se acumulam e causam mau cheiro. Há casos
em que a glande não consegue ser exposta por causa do estreitamento do prepúcio.
Quando isso acontece, dizemos que o indivíduo está com fimose. Nesses casos, o
prepúcio deve ser removido cirurgicamente por meio da circuncisão.

Quando o homem atinge o clímax sexual, o esperma é expulso do corpo através


da uretra em um processo chamado de ejaculação. Em cada ejaculação o homem
expulsa cerca de 3mL a 4mL de esperma, que contém de 300 a 500 milhões de
espermatozóides.
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9. CONCLUSÃO

Compreender a anatomia dos órgãos que compõem o siste-ma reprodutor


masculino é imprescindível para o maior aprofundamento nesta área da anatomia,
bem assim servir de base para o entendimento de como se dá a participação de
cada um desses órgãos na função de reprodução. O entendimento da anatomia do
aparelho reprodutor feminino serve de importante base para a compreensão de qual
a função de cada um desses órgãos no processo da reprodução da espécie
humana. Quando se estuda a anatomia do aparelho reprodutor da mulher, é
importante a abordagem das seguintes estruturas: 1. Ovários, que são as estruturas
responsáveis pela produção dos óvulos; 2. Tubas uterinas - responsáveis pela
captação dos óvulos e condução dos mesmos em direção ao útero; 3. Útero - órgão
responsável pelo recebimento do óvulo fecundado e crescimento do feto; e 4.
Vagina - responsável por receber o pênis durante o ato sexual, e conduzir os
espermatozóides em direção ao útero, além de fazer parte do canal do parto e servir
como meio para que o produto da menstruação seja expelido para o meio exterior.
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10. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS

 ARAGÃO, José Aderval; GUERRA, Danilo Ribeiro. Aparelho Reprodutor


Feminino. Escola de Medicina e Saúde Pública Bahiana, 2018.
 FERNANDES, JOYCE. Jaleko+artmed. Anatomia da Vulva e Vagina. [S.l.].
Joyce Fernandes, 2021. Disponível em: https://blog.jaleko.com.br/anatomia-
da-vulva-e-vagina/. Acesso em: 3 dez. 2022.
 LAY-ANG, Giorgia. "Sistema Genital Feminino"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-reprodutor-feminino.htm.
Acesso em 04 de dezembro de 2022.
 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Ovários"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ovarios.htm. Acesso em 04 de
dezembro de 2022.
 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Mundo da Educação. Sistema
reprodutor feminino. [S.l.]. Vanessa Sardinha dos Santos, 2021. Disponível
em: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/aparelho-reprodutor-
feminino.htm. Acesso em: 4 dez. 2022
 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Uretra"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/uretra.htm. Acesso em 06 de dezembro
de 2022.
 SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sistema reprodutor"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-reprodutor.htm.
Acesso em 06 de dezembro de 2022.

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