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INSTITUTO DENIZARD TÉCNICO

DISCIPLINA: ENFERMAGEM EM OBSTETRÍCIA E SAÚDE DA


MULHER
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Conteúdo Programático:
1. Introdução a Enfermagem Obstétrica e Saúde da Mulher –
importância da disciplina, definições, breve histórico.
2. Anatomia e fisiologia do sistema reprodutor feminino.
3. Infância; Puberdade; Idade adulta; Menopausa.
4. Métodos contraceptivos e de detecção da gravidez (invasivos e não
invasivos).
5. Diagnósticos da gravidez: sinais de certeza.
6. Principais intercorrências obstétricas – DHEG, DPP, HIV,
Abortamento, Gravidez ectópica etc.
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
Conteúdo Programático:
7. Noções de anatomia e fisiologia dos órgãos de reprodução: fecundação,
nidação, desenvolvimento do ovo e seus anexos, gravidez gemelar.
8. Sinais e sintomas presuntivos da gravidez; Sinais de probabilidade; Sinais
positivos de gravidez; alterações fisiológicas e psicológicas, exames
laboratoriais, exames médicos e data provável do parto.
9. Calendário de consultas; Procedimentos; Cálculo da idade gestacional (IG);
Altura uterina; Cálculo da data provável do parto; Avaliação do estado
nutricional.
10. Assistência integral e humanizada de enfermagem à saúde da mulher: pré-
natal (normal e alto risco), parto, puerpério, complicações obstétricas, afecções
ginecológicas, ações preventivas e imunização.
11. Assistência de Enfermagem nos partos normal/pélvico, cesáreo/operatório;
assistência imediata ao RN.
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
IMPORTÂNCIA DA DISCPLINA
Uma das áreas de especialização da Enfermagem, a Obstetrícia é a
especialidade na qual o profissional presta assistência integral à mulher
tanto na gestação quanto na evolução do trabalho de parto.
Os profissionais de enfermagem são importantes mediadores para a oferta
de cuidados de saúde a gestantes, parturientes, puérperas, recém-nascidos
e familiares. São eles que auxiliam a promover e preservar a normalidade
do processo de nascimento, atendendo às necessidades da mulher.
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
IMPORTÂNCIA DA DISCPLINA
As áreas de atuação da enfermagem obstétrica não se resumem
somente ao momento do parto e nascimento. Há também atuação
nos direitos sexuais e reprodutivos, pré concepção, gestação, pré
parto, parto e puerpério, cuidados e manejo do recém-nascido e do
abortamento.
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
A Obstetrícia é o ramo da medicina que estuda a reprodução na
mulher. Investiga a gestação, o parto e o puerpério nos seus aspectos
fisiológicos e patológicos. O obstetra é o médico especialista que
cuida do desenvolvimento do feto, além de prestar assistência à
mulher nos períodos da gravidez e pós-parto (puerpério).
ENFERMAGEM OBSTÉTRICA
No entanto, existem outros profissionais habilitados no
cuidado ao ciclo gravídico puerperal do parto normal:
Enfermeiros Obstetras e Obstetra/ Obstetriz. O termo
"obstetrícia" vem da palavra latina "obstetrix", que é derivada do
verbo "obstare". Para alguns, seria relativo à "mulher assistindo
à parturiente" ou "mulher que presta auxílio".
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA OBSTETRÍCIA
Obstetrícia ou Obstetriz são palavras derivadas do latim, que
tem o significado de parteira, onde OB = antes e STO = assistir.
Obstetrícia – ramo da medicina (inclui):
• A gravidez;
• O parto;
• Puerpério.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA OBSTETRÍCIA
Em obstetrícia deve-se trilhar os caminhos em equipe,
pois tanto médicos obstetras quanto enfermeiras
obstétricas e obstetrizes são necessários.
O cuidado deve ser sempre compartilhado, para que seja
cuidado. Do contrário, ele se torna somente um
procedimento.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA OBSTETRÍCIA
BREVE HISTÓRICO
• O termo obstetrícia tem origem latina e
significa, basicamente, pessoa que
acompanha a mulher em trabalho de parto.
O início da profissão remonta aos
primórdios da civilização, quando o trabalho
de parto deixou de ser uma atividade
solitária da mulher e passou a necessitar da
parteira e da intervenção de um médico
(papel masculino) na extração de fetos,
principalmente naquelas com parto
obstruído.
BREVE HISTÓRICO
• A história da ginecologia remonta ao
século XIX. A descoberta da assepsia,
da antissepsia e da anestesia foram
revolucionárias para a medicina em
geral, mas tiveram maior influência no
surgimento da especialidade. Até então,
a ginecologia, ou seja, o conhecimento
sobre o aparelho reprodutivo e as
doenças femininas, confundia-se com a
obstetrícia.
BREVE HISTÓRICO
• Outros marcos mundial foram a invenção do
exame de Papanicolau, na década de 1940,
pelo médico Geórgios Papanicolau (1883-
1962); e o nascimento do primeiro bebê de
proveta, a inglesa Louise Brown, em 1978.
• O surgimento da “figura do homem” na
obstetrícia após a invenção do fórceps
obstétrico pelo médico Peter Chamberlain na
assistência ao parto, antes vista com maus
olhos (final do século XVI).
BREVE HISTÓRICO
• Parteiras eram mulheres eleitas pela comunidade, vistas como
competentes no auxílio as gestas durante o trabalho de parto,
conhecidas também como “assistentes de parto” na qual muitas
adquiriam experiências na prática na realização de assistência as
parturientes ou como aluna de outras parteiras.
• Doula A palavra Doula vem do grego e significa “mulher que
serve”. Uma doula é uma assistente de parto, sem
necessariamente formação em ciências da saúde, que acompanha
a gestante durante o período da gestação até os primeiros meses
após o parto, com foco no bem-estar de pessoas gestantes.
BREVE HISTÓRICO
• Enfermagem Obstétrica é a denominação mais atual. Que
funda a formação de enfermeiros, com a qualificação de
especialistas nessa área.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA
REPRODUTOR FEMININO
Os órgãos sexuais femininos consistem tanto na genitália
interna quanto na externa. Juntas elas compõem o sistema
reprodutor feminino, desempenhando atividades sexuais e
reprodutivas.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA
REPRODUTOR FEMININO
Os órgãos genitais externos, conhecidos em conjunto
como vulva, são sustentados pelo períneo feminino. Estes
são o monte pubiano, os grandes e os pequenos lábios, o
clitóris, o vestíbulo, bulbo vestibular e as glândulas
vestibulares. A vagina, o útero, os ovários e as tubas
uterinas compõem os órgãos genitais internos.
ANATOMIA ORGÃOS GENITAIS INTERNOS
O aparelho reprodutor feminino é constituído dos seguintes órgãos: ovários, tubas
uterinas (trompas de Falópio), útero, vagina, vulva e mamas.
OVÁRIOS
Os ovários são duas pequenas glândulas (aproximadamente 3
cm de comprimento, por 2 cm de largura e 1 cm de espessura), em
forma de amêndoas. Localizados no abdome, à direita e à esquerda
do útero, exercem duas funções. A primeira consiste na produção
dos hormônios estrógeno e progesterona, que regem o
desenvolvimento e o funcionamento dos demais órgãos genitais e
que são responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres
femininos secundários. A segunda função é a produção de óvulos.
TUBAS UTERINAS
As Tubas Uterinas (Trompas de Falópio), são os canais que
ligam cada ovário ao útero e através dos quais o óvulo caminha
até lá. Têm, em média, cerca de 12 centímetros de
comprimento; o diâmetro varia em suas diversas regiões.
ÚTERO
O útero é o órgão da gestação e do parto. Tem o formato de uma
pêra, entortada em sua parte mais fina. Essa porção mais delgada
é o colo do útero; a parte mais volumosa é o corpo. Colo e corpo
são separados por uma cintura, o istmo. As dimensões do útero
variam com a idade e as condições fisiológicas da mulher.
VAGINA
• A vagina é órgão de copulação da mulher, é um canal
muscular que se estende até o útero. Possibilita a eliminação
do sangue menstrual para o exterior e forma parte do canal do
parto. A constituição músculo-elástica das paredes lhe confere
grande elasticidade e alguma contratilidade.
• As dimensões vaginais variam conforme a raça, estatura e
compleição física. Tem, em média, de 7 a 10 cm de
comprimento e 2,5 cm de diâmetro.
ANATOMIA ORGÃOS GENITAIS EXTERNOS
Períneo, grandes lábios, pequenos lábios, uretra vagina,
monte de vênus, ânus, clitóris.
PERÍNEO
• Agrupamento de músculos, visivelmente externamente, entre
abertura da vagina e ânus;
• Separa a genitália externa e interna;
• Serve de sustentação aos órgãos genitais internos.
LÁBIOS INTERNOS
• São duas pregas finas constituídas de mucosa que se localizam no interior
dos grandes lábios. São bastante enervadas e vascularizadas, por isso são
áreas bastante sensíveis que aumentam de volume quando a mulher está
sexualmente excitada. Delimitam a região do vestíbulo, onde se situam as
aberturas da vagina e da uretra. Têm grande quantidade de glândulas
sudoríparas e sebáceas, mas não possuem pelos.
• Na parte superior, formam o prepúcio do clitóris; na inferior, sob o introito
vaginal (extremidade inferior da vagina), formam a fúrcula ou comissura
posterior.
LÁBIOS EXTERNOS
• Os grandes lábios são dobras formadas por tecido adiposo e
conjuntivo, cobertas por pele e pelos. Estendem-se do púbis
até o períneo e ajudam a proteger a abertura da vagina e da
uretra contra agentes infecciosos, como fungos e bactérias.
Em sua parte interna, há glândulas sebáceas e sudoríparas.
CLITÓRIS
• Constituído de tecido erétil, o clitóris se localiza na parte superior da
vulva, próximo à uretra e perto da junção dos pequenos lábios. As
partes visíveis do clitóris são relativamente pequenas, semelhantes a
um grão de feijão, e correspondem ao prepúcio e à glande, área
extremamente sensível. No entanto, o restante do órgão se estende
no interior do corpo. Possui inúmeras terminações nervosas e, por
isso, tem função importante no prazer sexual feminino.
CLITÓRIS
PÚBIS OU MONTE DE VÊNUS
• O púbis é uma proeminência constituída por tecido adiposo e
recoberta de pelos que começam a surgir na adolescência. Serve
como proteção do osso púbico.
MEATO URETRAL OU URETRA
• É o orifício por onde sai a urina. Localiza-se entre a
entrada da vagina e o clitóris e não faz parte dos
órgãos genitais femininos, sendo descrito apenas por
sua localização anatômica.
Pavilhão da tuba

Ovário

Tuba uterina

Útero Coluna vertebral

Colo do útero
Bexiga
Vagina
Intestino
Orifício urinário Ânus

Orifício genital

Lábios
INFÂNCIA; PUBERDADE; IDADE ADULTA; MENOPAUSA.
INFÂNCIA; PUBERDADE; IDADE ADULTA; MENOPAUSA.
PUBERDADE
A puberdade é um período de transformações para o ser humano.
Meninos e meninas sofrem alterações tanto no corpo quanto nas
emoções e no modo de enxergar o mundo, o que caracteriza a
passagem para a vida adulta.
• Puberdade feminina
Estimulados pela hipófise (glândula localizada no cérebro), os
ovários passam a produzir os hormônios progesterona, que
prepara o corpo para uma possível gravidez, e estrógeno, que
induz a manifestação das características sexuais secundárias.
PUBERDADE PRECOCE
A puberdade é um período de transformações para o ser humano.
Meninos e meninas sofrem alterações tanto no corpo quanto nas
emoções e no modo de enxergar o mundo, o que caracteriza a
passagem para a vida adulta.
• Puberdade masculina
Nos meninos, a puberdade começa quando os testículos, sob estímulo de
um hormônio produzido pela hipófise, passam a produzir o hormônio
testosterona, que leva ao desenvolvimento das características sexuais
secundárias.
PUBERDADE
QUANDO COMEÇA A PUBERDADE E QUÃO RÁPIDO
SUAS MUDANÇAS OCORREM, SÃO
INFLUENCIADOS POR MUITOS OUTROS FATORES,
TAIS COMO:
• Nutrição e saúde em geral: atualmente, a puberdade começa cerca de três anos
antes do que há um século. As razões provavelmente incluem melhorias na nutrição
e saúde em geral.
• Peso: A puberdade tende a começar mais cedo nas meninas que estão um pouco
acima do peso e tende a começar mais tarde em meninas que estão muito abaixo
do peso e subnutridas.
• Genética: A puberdade ocorre mais cedo nas meninas cujas mães amadureceram
cedo.
• Grupo étnico: A puberdade tende a começar mais cedo em negros e hispânicos do
que em asiáticos e brancos não hispânicos.
DESENVOLVIMENTO POR IDADE
• A primeira mudança da puberdade geralmente inicia-se com
crescimento de seios (desenvolvimento das mamas). Pouco depois,
pelos pubianos e das axilas começam a crescer.
• O intervalo entre o desenvolvimento da
mama até a primeira menstruação
(menarca) é, geralmente, de cerca de 2 a 3
anos. Meninas, em média, têm sua primeira
menstruação quando têm quase 13 anos,
mas há uma grande variação (normalmente
entre as idades de 10 e 16 anos), devido a
muitos fatores. De início, os ciclos
menstruais são geralmente irregulares e
podem levar até cinco anos para se
tornarem regulares.
• Também durante a puberdade, o formato do
corpo das meninas muda, e o porcentual de
gordura corporal aumenta e se acumula nos
quadris e coxas.
O QUE É MENARCA?
• A menarca é o conceito utilizado que se refere à
primeira menstruação, o que dá início ao ciclo/
período menstrual da menina. É o acontecimento
marco do final da puberdade da mulher, quando ela
possui um amadurecimento sexual para torná-la
capaz de reproduzir (fértil). Isto é, quando o corpo
feminino libera um tecido, que sai do útero, por não
precisar mais. A cada mês, o útero tem sua camada
interna engrossada para receber um óvulo
fertilizado (o concepto). Quando este não é
fertilizado, esse tecido se descola do órgão e é
liberado como sangue pela vagina.
CICLO MENSTRUAL
• O ciclo menstrual normal dura, em média, 28 dias,
tendo início no primeiro dia de menstruação e
terminando quando a menstruação do mês seguinte se
inicia. Cada ciclo é dividido em 3 fases:
1 – Fase Folicular;
2 - Fase Ovulatória;
3 – Fase Lútea.
1. FASE FOLICULAR
• Esta é a primeira fase do ciclo, que se inicia no primeiro dia da
menstruação e, dura entre 5 a 12 dias. Nesta fase o cérebro aumenta
a produção do hormônio folículo-estimulante (FSH), que leva os
ovários a amadurecer seus óvulos.
• Com esse amadurecimento, o ovário começa também a liberar
maiores quantidades de estrogênio, que é outro hormônio,
responsável por tornar o revestimento do útero pronto para uma
possível gravidez.
2. FASE OVULATÓRIA
• Nesta fase, os níveis de estrogênio continuam aumentando e levam o
corpo a produzir o hormônio luteinizante (LH), que é responsável por
selecionar o óvulo mais maduro e fazê-lo sair do ovário, que é quando
ocorre a ovulação, geralmente, por volta do dia 14 do ciclo.
• Depois de liberado, o óvulo viaja pelas trompas até chegar ao útero.
Normalmente, o óvulo sobrevive por 24 horas fora do ovário e, por isso,
se entrar em contato com espermatozoides, pode ser fecundado. Uma
vez que os espermatozoides podem durar até 5 dias dentro do corpo da
mulher, é possível que se, a mulher tiver tido relações até 5 dias antes
da ovulação, possa engravidar.
3. FASE LÚTEA
• Esta fase acontece, em média, nos últimos 12 dias do ciclo e, durante
esses dias, o folículo, deixado pelo óvulo dentro do ovário, começa a
produzir progesterona em maior quantidade, para continuar preparando
o revestimento do útero para o caso de uma possível gravidez. Além
disso, também existe um aumento na produção de estrogênio e, por
isso, algumas mulheres podem apresentar sensibilidade nos seios,
mudanças de humor e até inchaço.
• Quando a fecundação não acontece, o folículo vai encolhendo dentro
do ovário e, por isso, os níveis de estrogênio e progesterona vai
diminuindo até que o revestimento do útero seja eliminado, dando início
à menstruação e ao próximo ciclo menstrual.
MENOPAUSA
• A menopausa é a data que marca a última menstruação - ela
ocorre, em média, entre 48 e 51 anos de idade, devido à
interrupção da produção dos hormônios femininos pelos ovários.
CLIMATÉRIO
• O climatério é o período de transição em que a mulher
passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa.
Dessa forma, a menopausa é um fato que ocorre durante
o climatério. No climatério há uma diminuição das funções
ovarianas, fazendo com que os ciclos menstruais se
tornem irregulares, até cessarem por completo.
MENOPAUSA PRECOCE
• Nos casos em que os sintomas aparecem antes dos
40 anos de idade. A causa é, na maioria das vezes,
desconhecida, mas pode ser de origem genética,
autoimune, infecciosa ou iatrogênica (após
radioterapia, quimioterapia, cirurgia).
PRÉ-MENOPAUSA
• A pré-menopausa corresponde ao período no qual o corpo
da mulher se prepara para não ser mais fértil,
caracterizando-se pela redução da produção de hormônios.
É a fase do climatério, que começa próximo aos 40 anos de
idade, quando a mulher ainda menstrua e dura, em média,
de 6 a 8 anos. A pré-menopausa é assintomática e, quando
os sintomas começam, inicia-se a fase da perimenopausa.
PÓS-MENOPAUSA
• Já a pós-menopausa tem início 1 ano após a última
menstruação e dura até o final da vida. Durante o período inicial
(que dura até cinco anos), mas mais frequentemente na fase
tardia, podem ocorrer a osteoporose e o maior risco de doenças
cardiovasculares. Na pós-menopausa como um todo, é bastante
comum ocorrer a atrofia vaginal, que causa secura no órgão e
dores durante as relações sexuais.
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
• A duração média da gravidez é de 280
dias, contados a partir do primeiro dia
da data da última menstruação (DUM),
e não a partir da concepção. Com
essa data, fazemos o cálculo da data
provável do parto (DPP), que é o dia
em que a gravidez completa 40
semanas.
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO
FECUNDAÇÃO
A fecundação humana é o momento
de encontro do espermatozoide com
o óvulo. Em seguida o gameta
feminino estará pronto para ser
fertilizado pelo masculino e inicia-se
o processo de formação do embrião.
A fertilização e a implantação do
embrião na parede do útero, que dá
início à gravidez, constituem a
concepção.
* Fecundação: ação ou efeito de gerar (ou ser
gerado) um ser vivo, em consequência da fusão do
espermatozoide com o óvulo; fecundação, geração.
O PASSO-A-PASSO DA FECUNDAÇÃO
• O processo de fertilização envolve diversos aspectos até que
seja formado o zigoto. Na relação sexual, os espermatozoides
são lançados dentro do corpo da mulher e começam uma
verdadeira maratona até chegarem ao óvulo.
FECUNDAÇÃO
• Os espermatozoides são atraídos por substâncias químicas liberadas
pelo óvulo e nadam em busca dele.
• Além disso, substâncias do sêmen estimulam as contrações da
musculatura do útero, que juntamente com os movimentos dos
flagelos, levam os espermatozoides até a tuba uterina.
• Milhares de espermatozoides morrem no caminho, uma vez
que o ambiente vaginal é ácido e há células de defesa prontas
para eliminar os "invasores".
• No entanto, outros milhares de "sobreviventes" continuam
juntos a lutar contra as barreiras para entrarem no óvulo.
• Ao encostar nas camadas mais externas do óvulo, acontece
uma reação no acrossomo dos espermatozoides liberando
enzimas digestivas que ajudam a dispersar as células
foliculares.
• Quando o primeiro espermatozoide atingir a membrana
vitelínica, mais interna, impedirá a entrada de outros.
O processo de fertilização do óvulo.
• A partir da formação do zigoto começa um processo de
divisões celulares que originará muitas células.
• Essas segmentações ou clivagens do zigoto marcam o início
do desenvolvimento embrionário.
• Quando chega a um estágio chamado blastocisto, o embrião
poderá se implantar na parede uterina.
• A primeira clivagem ocorrer cerca de 24 horas após a
fertilização, portanto no 2º dia após as relações sexuais e o
blastocisto é formado entre o 4º e o 7ºdia.
NIDAÇÃO E INÍCIO DA GRAVIDEZ
• Se houver implantação ou nidação do blastocisto na parede do endométrio
uterino, iniciará a gravidez, caso contrário ele será eliminado junto com a
menstruação. A nidação ocorre por volta de 1 semana após fecundação.
NIDAÇÃO E INÍCIO DA GRAVIDEZ
• Se houver implantação ou nidação do blastocisto na parede do endométrio
uterino, iniciará a gravidez, caso contrário ele será eliminado junto com a
menstruação. A nidação ocorre por volta de 1 semana após fecundação.
NIDAÇÃO E INÍCIO DA GRAVIDEZ
• Se houver implantação ou nidação do blastocisto na parede do endométrio
uterino, iniciará a gravidez, caso contrário ele será eliminado junto com a
menstruação. A nidação ocorre por volta de 1 semana após fecundação.
NIDAÇÃO E INÍCIO DA GRAVIDEZ
• Se houver implantação ou nidação do blastocisto na parede do endométrio
uterino, iniciará a gravidez, caso contrário ele será eliminado junto com a
menstruação. A nidação ocorre por volta de 1 semana após fecundação.
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
ANEXOS EMBRIONÁRIOS
GRAVIDEZ GEMELAR
A gravidez gemelar acontece quando o ovário libera mais de um óvulo
e cada um deles é fecundado por um espermatozoide (gêmeos não
idênticos ou bivitelinos) ou então quando apenas um óvulo é
fecundado por um espermatozoide e se divide, originando dois
embriões (gêmeos idênticos ou univitelinos).
GRAVIDEZ GEMELAR
Tipos de gestação gemelar
• Dicoriônica e diamniótica: nesse caso, são duas placentas e duas
bolsas amnióticas. A chance de os bebês serem idênticos é em
torno de 10%. Essa é a gravidez gemelar mais comum.
• Monocoriônica e diamniótica: aqui, os bebês dividem a mesma
placenta, porém, têm bolsas amnióticas separadas. Os bebês
são sempre idênticos.
• Monocoriônica e monoamniótica: é quando os bebês dividem a
mesma placenta e a mesma bolsa amniótica. Os bebês também
são sempre idênticos. Essa é a gravidez gemelar menos comum.
GRAVIDEZ GEMELAR
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS:

Reversíveis:
1. Coito interrompido – não eficiente.
2. Tabelinha: sem relações sexuais no período de ovulação.
não eficiente.
3. Medida da temperatura basal: na ovulação a temperatura
se eleva – não eficiente.
4. Análise do muco vaginal: no período fértil o muco vaginal
se torna mais viscoso e abundante – não eficiente.
5. Camisinha( preservativos) - De fácil acesso e quando
usado corretamente previne-se também de ISTs.
5. Diafragma vaginal: colocado dentro da vagina antes da relação e
retirado depois, impede a passagem dos espermatozoides.
6. Dispositivo intra-uterino (DIU): Colocado pelo médico dentro do
útero, apresenta um filamento de cobre atuando como espermicida e
impedindo a nidação.
7. Anticoncepcionais hormonais: hormônios em doses adequa- das impedem a
ovulação (ex.: pílula anticoncepcional). Taxas de estrógeno/progesterona
bloqueando o FSH e LH, impedindo o desenvolvimento dos folículos ovariano
e a ovulação.

* Vantagens: regulariza o ciclo menstrual e diminui as cólicas menstruais.


Irreversíveis:
1. Laqueadura tubária:
procedimento cirúrgico nas
tubas uterinas impedindo a
passagem do óvulo e sem
fecundação.
2. Vasectomia: seccionamento
cirúrgico do canal deferente,
impedindo a passagem e
eliminação dos
espermatozóides.
Pílula do dia seguinte:

Contraceptivo de emergência tomado


após uma relação sexual
desprotegida, pode impedir a ovulação
e a nidação. Primeiro comprimido
até 72h da relação sexual e o
segundo 12h após o primeiro.
Não tem 100% de eficácia e pode
provocar alguns efeitos colaterais
como vômitos e náuseas. Só deve
ser vendido com receituário médico.
GRAVIDEZ
• Gravidez é o período de cerca de nove meses de gestação nos
seres humanos, contado a partir da fecundação e implantação de
um óvulo no útero até ao nascimento. Durante a gravidez, o
organismo materno passa por diversas alterações fisiológicas que
sustentam o bebé em crescimento e preparam o parto.
FECUNDAÇÃO
• A fecundação pode dar-se através de relações sexuais ou ser
medicamente assistida. Após a fecundação, o óvulo fecundado
desloca-se ao longo de uma das trompas de Falópio e implanta-se na
parede do útero, onde forma o embrião e a placenta que o alimentará.
O desenvolvimento do embrião tem início com a divisão do óvulo em
múltiplas células e é nesta fase que se começam a formar a maior
parte dos órgãos, muitos deles funcionais. A partir das oito semanas
de idade gestacional, o embrião passa a ser designado feto e
apresenta já a forma humana que se desenvolverá continuamente até
ao nascimento.
SINAIS GRAVIDICOS
• Os primeiros sinais que indicam uma possível gravidez são a ausência de
menstruação, sensibilidade nas mamas, náuseas, vómitos e
aumento da frequência urinária. Uma gravidez pode ser confirmada com
um teste de gravidez disponível em farmácias ou através da sorologia βHCG.
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
• O diagnóstico de gravidez pode ser feito pelo médico ou pelo
enfermeiro da unidade básica. O Ministério da Saúde preconiza o
diagnóstico considerando a avaliação do ciclo menstrual, data da
última menstruação e atividade sexual ativa.
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
• Para as mulheres que se encaixam nesses critérios e que estão com
atraso menstrual deve ser solicitado o teste imunológico de gravidez
(TIG). Se o resultado vier positivo, significa que a mulher está grávida
e, portanto, deve iniciar com o pré-natal. Mas se o resultado do
exame vier negativo é necessário repetir o exame anterior após 15
dias.
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
• O diagnóstico laboratorial – o teste imunológico de gravidez (TIG) –
baseia-se no encontro na urina ou no sangue do hormônio
gonadotrófico coriônico. O exame de sangue pode confirmar a
gravidez até 10 dias após a fecundação, permitindo o diagnóstico
precoce da gestação.
SINAIS PRESUNTIVOS
Os sinais presuntivos são em grande parte
subjetivos e observados pela própria mulher e
podem ser experimentados em períodos
variados, são eles:
• Amenorréia;
• Êmese gravídica;
Obs: Pelo menos 50% das mulheres grávidas
sentem náusea e vômito precocemente na
gravidez e isso se deve a reação sistêmica,
com o aumentado do hormônio estrogênio.
• Sialorréia (produção excessiva de
saliva);
• Polaciúria (aumento da frequência
urinária),
• Aumento do volume e
hipersensibilidade nas mamas;
• Surgimento da Rede de Haller
(aumento da circulação venosa das
mamas);
• Hiperpigmentação da aréola e de
mamilos;
• Espessamento do tecido da aréola
salientando os tubérculos de
Montegomery.
SINAIS DE PROBABILIDADE
• Os sinais de probabilidade da gravidez são indicadores mais confiáveis
que os sinais presuntivos e que na maioria das vezes são confirmados
na presença de dois ou mais sinais, ocorrendo concomitantemente
aumento do diagnóstico. São eles:
• Aumento do abdome a partir do 3° mês de gravidez;
• Alteração do tamanho, consistência e forma do útero por volta da 6a
semana;
• Sinal de Goodell positivo (amolecimento do colo do útero que acontece
no período de 6 a 8 semanas de gestação que é detectado através do
toque vaginal.
SINAIS DE PROBABILIDADE

• Palpação do contorno fetal realizada pela manobra de Leopold.


• Sinal de Chadwick que se caracteriza através do aspecto violáceo das
mucosas do colo, vulvar e vaginal, resultante de grande aumento da
vascularidade.
• O teste de gravidez - TIG (urina) e o ßHCG (sangue): positivos
indicam probabilidade de acordo com a titulação apresentada.
Dito isso, agora vejamos os sinais de certeza ou positivos da
gravidez. São eles, três sinais clínicos:
• Ausculta e contagem dos batimentos cardíacos fetais (BCF) pode ser
confirmada na 10ª e 12ª semana de idade gestacional por meio de
Doopler;
• Percepção de movimentos fetais ativos que podem ser sentidos em
geral na 16ª a 20ª semana de idade gestacional;
• Visualização do contorno esquelético fetal realizado pelo ultrassom e
que pode ser confirmado na 8ª semana de idade gestacional.
INICIO DO PRÉ NATAL
• A primeira consulta de pré-
natal é muito importante. Nela
podemos estabelecer os
parâmetros de todo o
acompanhamento
gestacional, como peso,
pressão arterial, frequência
cardíaca. Este é o momento
ideal para rastrear fatores que
possam colocar a mulher e
seu bebê em risco.
Dessa forma, para um cuidado de enfermagem de qualidade. Você precisa
conhecer as características bio-psico-sócio-culturais dessa clientela:

• IDADE: menor que 15 e maior que 35 anos • ESCOLARIDADE: baixa (menos de 5 anos).
• OCUPAÇÃO: esforço físico, carga horária, • CONDIÇÕES AMBIENTAIS: desfavorável.
rotatividade de horário, exposição a agentes • ALTURA: menor que 1,45 m.
físicos, químicos e biológicos, estresse.
• PESO: menor que 45 kg e maior que 75 kg.
• SITUAÇÃO CONJUGAL: instável.
• DEPENDÊNCIA DE DROGAS: lícitas ou ilícitas.
• RENDA FAMILIAR: baixa.
• CONDIÇÕES PSICOLÓGICA: alteradas.
considere esta como uma etapa muito importante do seu plano de cuidados. Nesse
sentido, cabe reforçar ainda algumas orientações gerais para todo o período gestacional.

Sempre que você realizar um grupo educativo não deixe de falar


sobre:
• Importância do pré-natal.
• Utilização de óleo hidratante no corpo (não aplicar nos mamilos).
• Banho de aspersão diário.
• Evitar trabalhos pesados, viagens longas e cansativas.
• Usar roupas folgadas, peças íntimas de algodão e sapato baixo.
• Contra indicar fumo e bebida alcoólica.
• Manter atividade sexual, desde que não haja contra-indicação.
PRINCIPAIS QUEIXAS DA GRÁVIDA
• Desmaios e fraquezas;
• Náuseas e vômitos;
• Sialorréia;
• Pirose;
• Constipação e flatulência;
• Sensibilidade nas mamas;
• Estrias;
• Polaciúria ou Incontinência urinária.
FECUNDAÇÃO
• Após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, é formado o zigoto, que passará por
sucessivas etapas de divisões mitóticas e diferenciação celular, até se formar um indivíduo
propriamente dito. Esses eventos são denominados embriogênese, ou desenvolvimento
embrionário, e suas etapas são: segmentação, gastrulação e organogênese.
SEGMENTAÇÃO
• Nesta, ocorrem diversas divisões denominadas clivagens, dando origem a blastômeros. Tais
eventos podem ocorrer em todo o zigoto, ou não, sendo este fato, e também a velocidade de
divisão, influenciados pela quantidade de vitelo: quanto maior a sua concentração, menor a
velocidade das clivagens.

• Geralmente, durante as divisões, há a formação de um maciço celular com algumas dezenas


de células, denominado mórula. Progressivamente, o número de células aumenta, e há o
surgimento de uma cavidade interna denominada blastocele, esta sendo preenchida de líquido
sintetizado por algumas de suas células. Nessa fase da segmentação, o embrião é chamado de
blástula.
GASTRULAÇÃO
• Neste estágio, onde o embrião já está na terceira semana, o blastocisto se
transforma em gástrula, a este processo de transformação chamamos “gastrulação”.
Durante toda esta fase forma-se um disco embrionário trilaminar. Esse disco é
responsável pelas 3 camadas germinativas da gástrula que se diferenciarão nos
tecidos e órgãos do embrião: ectoderma, mesoderma e endoderma.
ORGANOGÊNESE
• Com o início da organização do sistema nervoso fica caracterizado o quarto estágio
embrionário, denominado nêurula. Ao longo do dorso do embrião dos cordados, a
ectoderme forma um sulco, que se aprofunda, e cujos bordos superiores se soldam,
originando um tubo ou canal neural. ela só existe na fase embrionária, sendo depois
substituída pela coluna vertebral.
FASE FETAL
• Apenas 10 dias após a fertilização, o embrião está formado e em desenvolvimento. É
após a 12º semana de gestação que é considerado um feto. As áreas que se
transformarão no cérebro e na medula espinhal começam a se desenvolver assim como
o coração e os principais vasos sanguíneos, em torno do 16º ou 17º dia, e já no 20º dia o
coração começa a bombear líquido através dos vasos sanguíneos e as primeiras
hemácias e glóbulos vermelhos aparecem no dia seguinte.
DESENVOLVIMENTO DO FETO - 1 A 12
SEMANAS
• No primeiro trimestre de gravidez, período que corresponde as semanas de 1 a 13 de
gestação, o feto passa de poucos milímetros para 8 centímetros, pesando cerca de 30g.
Neste período apesar de já poder ser facilmente visualizado num exame de ultrassom,
seu corpo ainda não está muito bem formado, embora já seja possível perceber o
formato da cabeça, tronco e membros.
DESENVOLVIMENTO DO FETO - 13 A 24
SEMANAS
• No segundo trimestre de gravidez, entre as 13 e 24 semanas de gestação, o feto desenvolve-se
mais e passa a medir cerca de 25 cm de comprimento, pesando cerca de 550 gramas. Nesta
fase do desenvolvimento fetal, ele já apresenta cílios e digitais que marcarão sua identidade,
ele está cada vez mais semelhante a um bebê recém nascido, mas se nascer dentro deste
período possui pequenas chances de sobreviver, embora a medicina tenha evoluído muito
neste aspecto.
DESENVOLVIMENTO DO FETO - 24 A 38
SEMANAS
• No terceiro trimestre de gravidez, entre as 24 e 38 semanas de gestação, o feto já cresceu e se
desenvolveu o suficiente. Nesta fase ele pode atingir até 4 kg ou mais embora seja cada vez
mais frequente o nascimento de bebês com pouco menos de 3 kg, o que se deve também ao
estresse e da vida super ativa da mãe. Durante todo o desenvolvimento do bebê e ele esteve
muito bem adaptado ao corpo da mulher e ao findar o terceiro trimestre, é chegado o tempo
de nascer.
Embrião humano com 5 semanas.
Embrião humano com 10 semanas
16 semanas
Feto humano com 20 semanas.
Feto humano com 32 semanas.
ANEXOS EMBRIONÁRIO E
PLACENTA
• A placenta e as membranas protegem o embrião e o feto, e proporcionam os mecanismos
necessários para a sua nutrição;
• Os anexos embrionários são: saco vitelino, córion, âmnio e alantóide que se desenvolvem
a partir do zigoto
ÂMNIO
• MEMBRANA QUE REVESTE A CAVIDADE AMNIOTICA, CHEIA DE LIQUIDO, QUE ENVOLVE O
EMBRIÃO E O FETO;

Funções:
• Evitar o ressecamento do embrião;
• Proteger de choques mecânicos, e aderência;
• Permitindo desenvolvimento.
SACO VITELINO
• Segunda e terceira semanas;
• Enquanto cresce o celoma extra-embrionário, o saco vitelino degenera-se e forma o saco
vitelino secundário menor e coberto pelo endoderma.

• Durante a 4 semana parte do saco vitelino é absorvido e o resto do saco vitelino que fica no
cordão umbilical, fica comprimido e endurece na 12 semana.
CÓRION OU PLACENTA
• A placenta é um órgão constituído tanto de tecidos materno quanto fetais (córion) que
possuem a função de transportar nutrientes e oxigênio da circulação da mãe para o feto. Sendo
assim, este anexo proporciona ao indivíduo em desenvolvimento a garantia de suas
necessidades básicas, como: nutrição, respiração e eliminação de suas excretas.
Como é constituído o cordão umbilical?
Composto de duas artérias e uma veia envoltas em um material gelatinoso — a geleia de Wharton — o cordão umbilical comunica o
sistema circulatório do bebê, através do umbigo, aos vasos da placenta, estando inserido, normalmente, bem no centro dessa estrutura .
ANORMALIDADES ENVOLVENDO O CORDÃO
UMBILICAL PODEM OCORRER. DENTRE
ESTAS ESTÃO:
• Cordão nucal, situação na qual o cordão umbilical fica enrolado ao
redor do pescoço do feto;
• Artéria umbilical única;
• Prolapso do cordão umbilical;
CÉLULAS TRONCO DO CORDÃO
UMBILICAL
• As células-tronco são capazes de diferenciar-se em outros tipos celulares. As células-tronco
presentes no sangue do cordão umbilical são hematopoéticas, isto é, capazes de
diferenciar-se em células sanguíneas. Assim sendo, o sangue do cordão é utilizado para o
transplante de medula óssea, sendo indicado no tratamento de leucemia, por exemplo.
1º DE
V I DA
ATI
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. O QUE É OBSTETRÍCIA? 10. CITE 5 SINAIS GRAVÍDICOS.
2. CITE 3 CONQUISTAS QUE AS MULHERES 11. QUAIS CARACTERÍSTICAS BIO-PSICO-SÓCIO-CULTURAIS
TIVEREM AO LONGO DO TEMPO? DEVEMOS OBSERVAR QUANDO A GESTANTE INICIA O PRÉ-
NATAL?
3. CITE 5 PROGRAMAS DO GOVERNO QUE 12. CITE 5 PRINCIPAIS QUEIXAS QUE A GRÁVIDA PODE
FAVORECEM A MULHER. EXPLIQUE 1 DELES. APRESENTAR DURANTE A GRAVIDEZ.
4. CITE 5 CARACTERÍSTICAS DA PUBERDADE 13. EXPLIQUE O ESTÁGIO DE GASTRULAÇÃO NA
PRECOCE NAS MENINAS. FECUNDAÇÃO.
5. QUAIS SÃO AS 3 FASES DO CICLO MENSTRUAL? 14. QUANDO SE INICIA A FASE FETAL E QUAIS
TRANSFORMAÇÕES COM O FETO ACONTECEM NESSE
6. O QUE É PERIMENOPAUSA? PERÍODO?
7. O QUE É NIDAÇÃO E QUANDO OCORRE? 15. QUAIS ESTRUTURAS FAZEM PARTE DOS ANEXOS
EMBRIONÁRIOS?
8. CITE 3 MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
REVERSÍVEIS. 16. O QUE É ÂMNIO?
17. CITE 4 ANORMALIDADES QUE PODEM OCORRER
9. O QUE É GRAVIDEZ? ENVOLVENDO O CORDÃO UMBILICAL.
CÁLCULOS GESTACIONAIS

• DPP: DATA PROVAVEL DO PARTO


• DUM: DATA DA ULTIMA MENSTRUAÇÃO
• IG: IDADE GESTACIONAL
DPP: DATA PROVÁVEL DO PARTO
• Para realizarmos o calculo da idade gestacional devemos tomar como
referência a data da última menstruação (DUM) que é o primeiro dia de
sangramento da última menstruação.
Para realizar o cálculo devemos considerar 3 situações:
1 – A DUM é conhecida;

2 – A DUM é desconhecida, mas o período do mês que ela ocorreu é conhecida;

3 – A DUM é desconhecida e a mulher não tem noção em que período do mês


ela ocorreu.
• Para o cálculo, podemos utilizar dois instrumentos: o gestograma e a Regra de Naegele.

• GESTOGRAMA – coloque a seta sobre o dia e o mês correspondentes ao primeiro dia e mês da última
menstruação e observe a seta na data (dia e mês) indicada como data provável do parto.

• REGRA DE NAGELE – Vamos somar 7 dias na DUM e subtrair 3 meses. Se a DUM ocorreu entre janeiro a março
em vez de subtrair iremos somar 9 meses. Veja os exemplos:

• Exemplo 1:

• Data da última menstruação (DUM): 13/09/04

• Dada provável do parto (DPP): (13 + 7 = 20/9 – 3 = 6) 20/06/05

• Exemplo 2:

• Data da última menstruação: 10/02/04

• Dada provável do parto: (10 + 7 = 17/2 + 9 = 11) 17/11/04


IG: IDADE GESTACIONAL
• USA-SE A DUM E SOMA-SE OS DIAS RESTANTE DO MÊS, DEPOIS SOMA-SE OS DIAS DOS MESES
SEGUINTES ATE O DIA DA CONSULTA, NO CASO HOJE.
• EXEMPLO:
• DUM: 14/04/2018 133/7= 19, A PACIENTE APRESENTA 19 SEMANAS DE
GESTAÇÃO
• ABRIL: 16
• MAIO: 31
• JUNHO: 30
• JULHO: 31
• AGOSTO: 25
• RESULTADO DA SOMA: 133
IMC
Classificação IMC PESO
• PESO/ALTURA²
• EXEMPLO: Magreza < 18.5 < 47.4 Kg

• PESO: 75 KG Normal 18.5 a 24.9 47.4 a 63.7 Kg

• ALTURA: 160 CM Sobrepeso 24.9 a 30 63.7 a 76.8 Kg

Obesidade > 30 > 76.8 Kg


HISTÓRIA DA PACIENTE
MEREDITH GREY, 31, ANOS , DN:28/03/1987, BRANCA, CASADA, MÉDICA, RESIDE NA LADEIRA
DO SOBE E DESCE, NUMERO 100, PONTA NEGRA- MANAUS/AM, CEP: 69042-040, EM CASO DE
EMERGENCIA AVISAR: CRISTIAN YANG (AMIGA).
ALTURA: 1,65 PESO: 70 Kg, DATA DA ULTIMA MENSTRUACÃO: 15/10/2022, GRAVIDEZ ÚNICA,
SEM RISCO, GRAVIDEZ FOI PLANEJADA, AINDA NÃO REALIZOU NENHUM EXAME, NUNCA
TEVE SIFILIS NEM MALARIA, NÃO ESTA TOMANO NENHUMA MEDICAÇÃO NA GRAVIDEZ, NÃO
É DIABETICA NEM HIPERTENSA, PRIMEIRA GRAVIDEZ, UM ABORTO, NÃO É CARDIOPATA, NÃO
FUMA, BEBE SOCIALMENTE, NA GESTAÇÃO ATUAL NÃO APRESENTA NENHUMA PATOLOGIA,
QUEIXA-SE DE ENJOOU MATINAL, SONOLENCIA E FOME EXAGERADA, NÃO APRESENTA
EDEMAS, PRESSÃO ARTERIAL: 120/80 mmHg, ALTURA UTERINA: 15 cm, APRESENTAÇÃO
FETAL: CEFALICA, BCF: 161 bpm, REALIZOU VISITA A MATERNIDADE, DESEJA COLOCAR O DIU
APÓS O NASCIMENTO
Vamos calcular o IMC, a DPP e IG? Quais orientações dar a esta paciente?
2º DE
V I DA
ATI
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. Realize o cálculo da DPP a partir da DUM abaixo e a IG considerando o dia
29/11/2022, como a data da última consulta do pré-natal:
a) DUM: 03/03/2022
b) DUM: 25/04/2022
c) DUM: 16/05/2022
d) DUM: 05/06/2022
e) DUM: 08/07/2022
f) DUM: 12/08/2022
g) DUM: 28/09/2022
h) DUM: 13/10/2022
CARACTERÍSTICAS DA
CLÍNICA OBSTÉTRICA
UNIDADE DE INTERNAÇÃO
OBSTÉTRICA
• É o conjunto de elementos destinados ao
atendimento diagnóstico e tratamento de
gestante e parturientes que necessitam de
assistência médica e de enfermagem.
• Características físicas com os mesmos
elementos que compõem a unidade de
internação geral acrescentando centro
cirúrgico, berçario anexo ou em área
próxima;
• Para cada leito de obstetrícia deve existir
um para recém-nascido.

135
UNIDADE DE BERÇÁRIO

• Unidade destinada a alojar


recém nascidos;
• Alojamento conjunto;
• Para se justificar a unidade de
berçário em um hospital, é
necessário que o número de
berços de recém-nascidos seja
superior a 12.

136
ELEMENTOS QUE COMPÕEM A
UNIDADE DE BERÇÁRIO
• Posto de enfermagem;
• Área de trabalho e higienização;
• Área para prescrição médica;
• Sala de serviços;
• Berçário de observação;
• Berçário patológicos;
• Berçário de sadios;
• Berçário de prematuros;
• Berçário de isolamento;
• Outros ambientes para apoio
137
UNIDADE DE PEDIATRIA
Conceito: É o ramo da medicina que se especializa na saúde e nas doenças
das crianças, desde o seu nascimento até a adolescência (16 anos).
• Posto de Enfermagem;
• Sala de Serviço;
• Sala para Exames e Curativos;
• Copa;
• Sala de Utilidades;
• Rouparia;
• Depósito;
• Sanitários para pessoal - ambos os
sexos;
• Sala de Refeitório;
• Recreação;
• 50 Leitos Até 150 Leitos.

138
ADMITINDO A PARTURIENTE
• ACOLHER A PARTURIENTE E SUA FAMILIA;
• ENCAMINHA-LÁ AO PRÉ PARTO;
• COLHER OS EXAMES LABORATORIAIS;
• MONITORAR A EVOLUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO, FORNECENDO
EXPLICAÇÕES E ORIENTAÇÕES.
TIPOS DE
PARTOS
TIPOS DE PARTO
Basicamente, existem dois tipos:
• Parto vaginal/normal;
• Parto cirúrgico/cesariana.
Todos os demais que você já ouviu falar são variações ou
modalidades do parto vaginal.
TIPOS DE PARTO
TIPOS DE PARTO
Segundo a Idade Gestacional:
• Aborto – perda de uma gravidez no início, em geral antes da 20ª
semana de gravidez. Pode ser espontâneo ou induzido (RICCI,
2008).
• Parto pré-termo - parto ocorrido entre a 20ª e a 37ª semanas de
gravidez
• Parto a Termo - parto ocorrido entre a 37 semanas completas e 42
semanas incompletas de gravidez.
• Parto Pós-Termo (Pós maduro) - parto ocorrido com 42 semanas
completas ou mais.
SEGUNDO A SUA EVOLUÇÃO E RESOLUÇÃO. VIA
BAIXA:
• Espontâneo ou natural: parto que evolui espontaneamente, sem qualquer
intervenção
• Induzido: provocado por medicamentos ou manobras
• Dirigido: parto com a participação ativa do(a) obstetra (amniotomia,
tocoanalgésicos, ocitócitos, episiotomia) em seu desenrolar.
• Normal ou eutócico: parto que transcorre fisiologicamente.
• Distócico: parto patológico, que é perturbado por condições anômalas.
• A fórcipe: parto onde um instrumento de preensão e tração é utilizado para a
extração da cabeça fetal
FÓRCIPE
VIA ALTA:
• Cesárea - extração do feto por via abdominal após incisão no útero.
• Cesárea segmentar - a abertura no útero é feita ao nível do segmento inferior,
abaixo do peritôneo.
• Cesárea corporal - incisão vertical na parede uterina até o fundo uterino.
Reservada para os casos mais graves e raros, pois pode favorecer a rotura
uterina (nas próximas gestações).
CLASSIFICAÇÃO DA GESTANTE
SEGUNDO O N º DE GESTAÇÕES

• Primigesta, primípara (Primigrávida) descreve a mulher que se encontra grávida pela


primeira vez;
• Secundigesta: descreve a gestante na segunda gestação;
• Tercigesta: mulher que se encontra grávida pela 3ª vez;
• Quartigesta: mulher que se encontra grávida pela 4ª vez; E assim por diante...
• Nuliparidade: É considerada nulípara a mulher que nunca teve filhos, incluindo
aquelas que chegaram a engravidar, mas passaram por perdas gestacionais,
especialmente durante o primeiro trimestre da gravidez.
• Multípara: é a mulher que já teve mais de um filho ou a mulher que pode parir mais
de um bebê por vez.
SEGUNDO O N º DE PARTOS
• Nulípara: Mulher que jamais deu à luz;
• Primípara: Mulher que deu à luz apenas uma vez a feto (com 20
semanas ou mais) vivo ou morto.
• Paucípara: Mulher que pariu poucas vezes (até 3 vezes);
• Multípara: Mulher que deu à luz 4 ou mais vezes.
SITUAÇÃO FETAL RELAÇÃO ENTRE O MAIOR EIXO FETAL
COM O MAIOR EIXO MATERNO (COLUNA VERTEBRAL).
Pode ser: Longitudinal (eixos coincidentes), Oblíqua e Transversa (eixos
perpendiculares).
• Apresentação É a parte fetal que ocupa a área do estreito superior da bacia e
nela se insinuará.
• Só é definitiva nos últimos meses.
• Na situação longitudinal a apresentação pode ser cefálica ou pélvica. A
apresentação cefálica pode ser: fletida, defletida de 1º, 2º e 3º grau.
SITUAÇÃO FETAL RELAÇÃO ENTRE O MAIOR EIXO FETAL
COM O MAIOR EIXO MATERNO (COLUNA VERTEBRAL).
SITUAÇÃO FETAL
Denomina-se situação a relação entre os grandes eixos longitudinais
fetal e uterino. Quando ambos se coincidem, a situação será
longitudinal, quando perpendiculares, a situação é transversa e, se
cruzados, a situação será oblíqua ou inclinada.
A primeira ocorre em 99,5% das vezes, e a última representa fase de
transição da situação fetal, que no momento do parto se
estabilizará em longitudinal ou transversa.
A APRESENTAÇÃO PÉLVICA PODE
SER:
• Incompleta, Modo de nádega (pélvica simples) A
• Completa (pelvipodálica) B
• Incompleta, variedade de pés ou joelhos (pélvica com procidência de pés ou
joelhos) C
• Na situação transversal (o maior eixo da cavidade uterina é perpendicular ao maior
eixo fetal) - 0,5% dos casos - a apresentação será córmica.
• Posição é a relação do dorso fetal com o lado esquerdo ou direito materno.
• Ex.: a posição será Esquerda, quando o dorso fetal se acha voltado para o lado
esquerdo da mãe.
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO
Entendendo a diferença entre parto e trabalho de parto:
• A princípio, é importante compreender que parto e trabalho de parto
(TDP), embora sejam fenômenos intrínsecos, não são sinônimos.
• O parto consiste em um processo global no qual o feto, a placenta e
as membranas fetais são expulsos do trato reprodutor materno.
• Já o trabalho de parto refere-se às subsequentes contrações uterinas,
que dilatam o colo uterino, de modo a facilitar a saída do feto e da
placenta do útero. Pensando no potencial comprometimento do fluxo
uteroplacentário decorrente dessas contrações, é essencial que elas
aconteçam em pulsos, a fim de permitir a sobrevivência fetal.
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO
Fases ou estágios do trabalho de parto:
• Define-se o início do trabalho de parto a partir da entrada da paciente
ao centro obstétrico, com dilatação cervical entre 3 e 4cm, contrações
significantes e membranas fetais íntegras.
• O processo, conforme já dito, caracteriza-se por contrações uterinas
sequenciais, que tendem a modificar a configuração plástica do colo
do útero e a descida da apresentação fetal. Clinicamente, divide-se o
parto propriamente dito em quatro fases ou estágios principais:
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO
Fases ou estágios do trabalho de parto:
1. Dilatação ou apagamento do colo do útero;
2. Expulsão ou parto do feto;
3. Dequitação, delivramento, decedura ou secundamento;
4. Período de Greenberg.
PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO
PRIMEIRO PERÍODO DO PARTO -
PERÍODO DE DILATAÇÃO
• Um parto humano típico começa com o início da primeira fase do parto: contrações do
útero, inicialmente com frequência de 2 a 3 em cada 10 minutos e com duração
aproximada de 40 segundos. Ocasionalmente, o parto é precedido da ruptura do saco
amniótico, também chamado de "ruptura das águas". As contrações aceleram até que
ocorram com frequência de 5 a cada 10 minutos e duração clínica de 70 segundos, quando
se aproxima a expulsão do feto. Na expulsão, somam-se as contrações uterinas aos
esforços expulsivos voluntários da mãe.
• O trabalho de parto pode se iniciar com o colo uterino fechado, abrindo com a força das
contrações, ou com dilatação de 2 a 3 centímetros nas primíparas (mulheres no primeiro
parto), e de 3 a 4 centímetros nas multíparas (mulheres do segundo parto em diante).
Cada contração dilata o colo uterino até que ele atinja 10 centímetros de diâmetro.
• A duração do trabalho de parto varia imensamente, mas, em média, dura cerca de 12
horas para mulheres parindo pela primeira vez (primíparas), ou em torno de 8 horas em
mulheres que já pariram anteriormente (multíparas).
SEGUNDA FASE DO PARTO - PERÍODO
EXPULSIVO
• A segunda fase do parto inicia com o cérvix completamente dilatado (10 centímetros) e
termina com a expulsão fetal. Uma nova força começa a atuar: a contração da
musculatura do diafragma e da parede abdominal, que, associados às contrações,
comprimem o útero de cima para baixo e da frente para trás e, assim, o bebê é
expelido.
• O bebé usualmente nasce de cabeça, na chamada "apresentação cefálica". Em alguns
casos, ocorre a apresentação dos pés ou nádegas primeiro (apresentação pélvica). Com
pessoal devidamente treinado, mesmo bebés nessa apresentação ("breech") podem
nascer através da vagina.
• 95% nascem com apresentação cefálica
• 4% nascem com apresentação pélvica
• 1% nascem com apresentação transversa
TERCEIRA FASE - TERCEIRO PERÍODO,
SECUNDAMENTO OU DEQUITADURA
• A terceira fase do parto compreende ao desprendimento, descida e expulsão
da placenta e membranas. Ocorre entre 5 a 30 minutos após o término do
período expulsivo. Ocorre pelas contrações uterinas que diminuem o volume
do útero e, consequentemente, aumentam a espessura da parede muscular:
com esta redução, a placenta se descola, pois não possui elasticidade.
QUARTA FASE - PERÍODO DE
• O período de Greenberg de GREENBERG
imediato corresponde à primeira hora depois da saída da
placenta. É de fundamental importância nos processos hemostáticos (impedir o
sangramento excessivo). Durante esse período, há a possibilidade maior de ocorrerem
grandes hemorragias. Os mecanismos que coíbem a hemorragia pós-parto são:
• Miotamponamento: inicia-se imediatamente depois da saída da placenta e consiste na
contração potente da musculatura uterina, tamponando a saída dos vasos sanguíneos que
irrigavam a placenta. Se este mecanismo não ocorrer de forma adequada, há a chamada
"hipotonia uterina", que pode resultar em sangramentos excessivos e colocar a vida da
mulher em risco.
• Trombotamponamento: depende da formação de pequenos coágulos (trombos) que
obliteram vasos uteroplacentários.
• Após a primeira hora, o útero apresenta-se em condições normais, firmemente contraído,
completando, assim, o mecanismo de hemóstase.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO
PRÉ-PARTO
• Informar a rotina do serviço hospitalar a gestante e seus familiares;
• Acolher e acompanhar a gestante até a sala de pré parto;
• Verificar os sinais vitais;
• Realizar o registro da gestante referente ao motivo da internação: perda de
liquido, dor, contrações, etc.
• Realizar exames de rotina: VDRL, HIV. Se não foram realizados no pré natal.
• Promover um ambiente calmo e seguro para a parturiente e seu
acompanhante;
• Estimular a deambulação;
• Promover técnicas de relaxamento (banho quente, exercícios respiratórios);
• Realizar massagem ou orientar o acompanhante como realiza-las;
• Buscar técnicas para o alivio da dor;
• Manter diálogos durante os procedimentos;
MONITORAR
• Sinais vitais;
• Perda de liquido vaginal (urina, sangue ou liquido amniótico);
• Intensidade da queixa de dor;
• Administração de medicamentos (conforme prescrição
medica);
• Acompanhar a gestante a sala de parto;
• Ficar ao lado da gestante - nunca deixa-la sozinha;
• Manter a sala aquecida entre 23° a 26°;
• Orientar a gestante quanto o período expulsivo;
PROCEDIMENTO PÓS PARTO
• PROPORCIONAR O CONTATO PELE
A PELE DO RN COM A MÃE;
• INCENTIVAR O ALEITAMENTO
MATERNO;
• PARABENIZAR A MAE PELO PARTO;
• ANOTAR AS OBSERVAÇÕES E
PROCEDIMENTOS REALIZADOS;
• ANOTAR O HORARIO DO
NASCIMENTO;
• OBSERVAR PERDA SANGUINEA DA
MÃE (lóquios).
• MANTER A PUERPERA AQUECIDA;
VANTAGENS DO PARTO NORMAL
• A recuperação é rápida;
• Não há dor pós-parto;
• A rápida recuperação deixa a mãe mais tranquila, o que favorece a lactação;
• A alta é mais rápida, o que possibilita à mãe retomar seus afazeres
prontamente;
• A cada parto normal, o trabalho de parto é mais fácil do que no anterior;
• Se a mulher vir a sofrer de mioma (patologia comum do útero), na eventual
necessidade de uma operação, esta será mais fácil;
• O relaxamento da musculatura pélvica não altera em nada o desempenho
sexual;
• A mulher participa ativamente do nascimento do filho.
• E é menor a chance de dor pélvica crônica.
DESVANTAGENS DO PARTO NORMAL
• Possíveis danos ao períneo, uretra e ânus;
• Incontinência urinária e fecal;
• Dor no períneo, em casos de episiotomia e laceração.
A maior parte dos danos ocorridos durante o parto normal é causado pela má
condução do mesmo, especialmente quando são utilizadas manobras e
intervenções desnecessárias, muitas das quais condenadas pela Organização
Mundial de Saúde - como episiotomia ("corte"), manobra de Kristeller (quando o
médico ou enfermeiro pressiona a barriga para forçar a expulsão do bebê) e uso
corriqueiro de ocitocina (hormônio que acelera as contrações). Um parto natural,
realizado sem intervenções e preferencialmente em posição que ajude a saída do
bebê, dificilmente causará qualquer tipo de consequência negativa.
4º DE
V I DA
ATI
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. O QUE É UNIDADE DE INTERNAÇÃO OBSTÉTRICA?
2. QUAIS ELEMENTOS QUE COMPOEM A UNIDADE DE BERÇARIO?
3. ATÉ QUANTOS LEITOS PODE TER A UNIDADE DE PEDIATRIA?
4. CITE 3 TIPOS DE GESTAÇÃO E INFORME SEU PERÍODO CORRESPONDENTE.
5. CITE OS 4 TIPOS DE PARTO E INFORME SEU PERÍODO CORRESPONDENTE.
6. O QUE É UM PARTO DISTÓCICO?
7. QUAIS TIPOS DE CESÁRIAS EXISTEM?
8. O QUE É UMA MULHER PRIMIGESTA?
9. O QUE É UMA MULHER PAUCÍPARA?
10. CITE 4 APRESENTAÇÕES ANORMAIS NA SITUAÇÃO FETAL?
11. O QUE OCORRE NO PERÍODO DE DILATAÇÃO?
12. CITE 3 ASSISTÊNCIAS DE ENFERMAGEM NO PERÍODO PRÉ-PARTO.
13. O QUE DEVEMOS MONITORAR NO PERÍODO DE PÓS-PARTO?
14. CITE OS PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM NO PÓS-PARTO.
15. CITE 5 VANTAGENS DO PARTO NORMAL.
COMPLICAÇÕES NA
GRAVIDEZ E PARTO
O QUE É ABORTO ESPONTÂNEO?
• O aborto espontâneo é a perda de uma gravidez antes da 20 ª
semana. A maioria dos abortos espontâneos ocorre porque o feto
não está se desenvolvendo normalmente. As causas de abortamento
muitas vezes são difíceis de determinar.
• O aborto espontâneo é a complicação mais comum da gravidez
precoce. A frequência diminui com o aumento da idade gestacional.
De 8 a 20% das gestações clinicamente reconhecidas com menos
de 20 semanas de gestação sofrerão aborto, sendo 80% destes nas
primeiras 12 semanas de gestação. Há ainda a perda do bebê sem
que a mãe perceba, que totalizam entre 13 e 26% de todas as
gestações – no entanto, esse número pode ser ainda maior, uma vez
que muitas mães podem sofrer um aborto espontâneo antes de
perceberem que estão grávidas.
CAUSAS:
GENES OU CROMOSSOMOS
• A maioria
ANORMAIS
dos abortos espontâneos ocorre porque o feto não está se
desenvolvendo normalmente. Problemas com genes ou cromossomas do bebê
são erros que ocorrem por acaso conforme o embrião se divide e cresce –
dificilmente são problemas herdados dos pais.

Exemplos de anormalidades incluem:


• Não há formação de embriões
• Óbito embrionário: o embrião está presente, mas parou de se desenvolver
• Gravidez molar: ocorre quando um conjunto extra de cromossomos paternos
ou maternos em um ovo fertilizado. Este erro transforma o que poderia se
tornar normalmente a placenta em uma massa crescente de cistos. Esta é uma
causa rara de perda da gravidez.
CONDIÇÕES DE SAÚDE MATERNA
Em alguns casos, o estado de saúde da mãe pode levar ao aborto. Os
exemplos incluem:

• Diabetes não controlada


• Infecções
• Problemas hormonais
• Problemas no útero ou colo do útero
• Doenças da tireoide
• Trombofilias.
O QUE NÃO CAUSA ABORTO
Atividades de rotina como estas não provocam um aborto espontâneo:

• Exercícios
• Relações sexuais
• Sustos
• Quedas da própria altura
• Trabalho, desde que não haja exposição a
produtos químicos ou radiação prejudiciais.
FATORES DE RISCO
• Mulheres com mais de 35 anos de idade têm um maior risco de
aborto do que as mulheres mais jovens. Aos 35 anos, você tem um
risco cerca de 20% maior. Aos 40 anos, o risco é de cerca de 40%
maior, podendo chegar aos 80% aos 45 anos.
• Abortos anteriores
Pessoas que tiveram dois ou mais abortos espontâneos consecutivos estão em maior risco de aborto
espontâneo.
• Condições crônicas
Pessoas que têm uma condição crônica, como diabetes não controlada e trombofilias, têm um maior
risco de aborto espontâneo.
• Problemas uterinos ou cervicais
Certas anomalias uterinas ou dos tecidos do colo do útero podem aumentar o risco de aborto.
• Vícios
Vícios como fumar, ingerir álcool ou usar drogas ilícitas aumentam o risco de aborto. Pessoas que
fumam durante a gravidez têm um risco maior de aborto espontâneo do que os não-fumantes. Uso
abusivo de álcool e uso de drogas ilícitas também aumentam o risco de aborto.
• Peso
Estar abaixo do peso ou com excesso de peso aumenta o risco de aborto espontâneo.
• Testes pré-natais invasivos
Alguns testes genéticos pré-natais invasivos, como a biópsia de vilo corial e amniocentese, podem
causar um pequeno risco de aborto.
SINTOMAS DE ABORTO
ESPONTÂNEO
• Sangramento vaginal, com ou sem
cólicas, que pode ocorrer muito cedo
em sua gravidez, antes de você saber
que está grávida, ou mais tarde, depois
de ter conhecimento da gravidez
• Leve a intensa dor lombar, dor
abdominal ou cólicas, que podem ser
constantes ou intermitentes
• Um coágulo de sangue ou um jato de
líquido claro ou rosa que passa pela
vagina
• Diminuição de sinais de gravidez, como
a perda da sensibilidade da mama ou
náuseas.
EXAMES
• Exame pélvico, para verificar se o colo do útero
começou a dilatar
• Ultrassonografia pélvica, para verificar o
batimento cardíaco fetal e determinar se o
embrião está se desenvolvendo normalmente
• Exames de sangue: se você já sofreu o aborto
espontâneo, medições do hormônio da gravidez,
beta HCG, podem ser úteis para determinar se
você expeliu completamente o tecido
placentário
• Testes de tecidos: se você expeliu tecido, ele
pode ser enviado para o laboratório a fim de
confirmar se um aborto espontâneo ocorreu - e
que seus sintomas não estão relacionados a uma
outra causa de sangramento na gravidez.
CONDUTA EXPECTANTE
• Se não tem sinais de infecção, pode optar por deixar que o progresso do
aborto seja natural. Geralmente isso acontece em duas semanas após
determinar que o embrião tenha morrido, mas pode levar de três a
quatro semanas em alguns casos. Esse pode ser um momento
emocionalmente difícil. Se expulsão a não acontece por si só, será
necessário tratamento médico ou cirúrgico.
TRATAMENTO MÉDICO
• Se após um diagnóstico certo da perda de gravidez você preferir acelerar o
processo, pode ser receitada uma medicação que ajuda seu corpo a
expulsar o tecido da placenta. Embora você possa tomar a medicação por
via oral, o médico pode recomendar a inserção da medicação por via vaginal
para aumentar a sua eficácia e minimizar os efeitos colaterais, como
náuseas e diarreia. Para a maioria das mulheres esse tratamento funciona
em 24 horas.
TRATAMENTO CIRÚRGICO
• Uma opção é um pequeno procedimento cirúrgico chamado dilatação e
curetagem. Durante este procedimento, o médico dilata o colo do útero e
remove o tecido de dentro do seu útero. As complicações são raras, mas
podem incluir os danos para o tecido conjuntivo do colo do útero ou da
parede uterina. O tratamento cirúrgico é necessário se você tiver um aborto
acompanhado por sangramento ou sinais de uma infecção.
• Há também a aspiração manual intrauterina (AMIU), onde é introduzida uma
cânula pelo colo uterino que chega até a cavidade uterina e o material é
aspirado por meio de sucção. Não é necessário dilatar o colo do útero.
RECUPERAÇÃO FÍSICA
• A recuperação física do aborto na maioria dos casos será de apenas algumas
horas ou dias. Ligue para o seu médico se você experimentar sangramento
intenso, febre ou dor abdominal. A menstruação irá retornar dentro de
quatro a seis semanas.

• Você pode começar a usar qualquer tipo de contracepção imediatamente


após um aborto espontâneo. No entanto, o ideal é evitar ter relações sexuais
ou colocar qualquer coisa em sua vagina - como um absorvente interno –
nas primeiras duas semanas depois de um aborto espontâneo.
APOIO PSICOLÓGICO
• A cura emocional pode levar muito mais tempo do que a cura física.
O aborto espontâneo pode ser uma perda de cortar o coração que
os outros ao redor que podem não entender completamente. essas
emoções podem variar de raiva e culpa ao desespero. Todo apoio a
essa mulher é bem vindo, caso esse luto demore demais é
necessário procura de ajuda psicológica.
HIPERTENSÃO NA GRAVIDEZ
• A hipertensão é o problema de saúde mais comum nas grávidas,
estando presente em cerca de 10 a 15% das gestantes. Uma grávida
pode ter hipertensão seja porque já era hipertensa antes de
engravidar ou porque desenvolveu hipertensão arterial durante a
sua gestação.
• Quando o quadro de hipertensão surge somente após a 20ª
semana de gestação em uma mulher que não era
previamente hipertensa, nós classificamo-la como
hipertensão gestacional. Uma vez que ela surja, a
hipertensão gestacional costumam permanecer pelo resto
da gravidez, mas tende a desaparecer dentro das 12
primeiras semanas após o parto.
TIPOS DE HIPERTENSÃO NA
GRAVIDEZ
• 1- Hipertensão crônica preexistente – indivíduos com valores da pressão
arterial frequentemente acima de 140/90 mmHg são considerados
hipertensos. Na gravidez, é considerada hipertensão preexistente toda
hipertensão que já existia antes da mulher ficar grávida. Como era esperado,
mulheres que são hipertensas antes da gravidez, continuarão sendo
hipertensas durante toda a gestação.

• A hipertensão também é considerada preexistente se ela for identificada


antes da 20ª semana de gestação. Quando a mulher descobre que está
hipertensa antes da 20ª semana é porque ela já era hipertensa antes da
gravidez e simplesmente não sabia.
PRÉ-ECLÂMPSIA
• 2 – Pré-eclâmpsia – é o surgimento de hipertensão após a 20ª semana de gravidez associado à
perda de proteínas na urina, situação que é chamada de proteinúria. Uma hipertensão que
surge após a 20ª semana de gestação e está associada a problema renais, do fígado, do
sistema nervoso central ou queda no número de plaquetas também pode ser pré-eclâmpsia.

• 3- Pré-eclâmpsia superposta à hipertensão crônica – é a pré-eclâmpsia que ocorre em


mulheres previamente hipertensas.
• 4- Hipertensão gestacional – é considerado hipertensão gestacional aquela
hipertensão que surge somente depois da 20ª semana de gestação e que
não apresenta perdas de proteínas na urina, nem qualquer outra
manifestação sugestiva de pré-eclâmpsia.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS AUMENTAM O
RISCO DO DESENVOLVIMENTO DA HIPERTENSÃO
DURANTE A GRAVIDEZ. SÃO ELAS:
• Primeira gravidez.
• Gestantes com sobrepeso
• Gestantes de etnia negra.
• Gestantes com mais de 35 anos.
• História familiar ou pessoal de pré-eclâmpsia.
• Gravidez gemelar.
• Gravidez durante a adolescência.
• A hipertensão gestacional é um problema bem menos grave que a pré-eclâmpsia, mas
ainda assim ela pode trazer malefícios à grávida e ao bebê. Gestantes hipertensas
apresentam maior risco de alterações no fluxo de sangue na placenta, restrição do
crescimento fetal, descolamento prematuro da placenta e parto prematuro.

• As complicações são mais comuns nas mulheres que apresentam hipertensão


gestacional grave, caracterizada por níveis de pressão arterial persistentemente acima
de 160/110 mmHg.
RISCO DE PRÉ-ECLÂMPSIA
• Entre as gestantes que inicialmente se apresentam com critérios para
hipertensão gestacional, cerca de 1/3 acaba por evoluir para ter critérios de
pré-eclâmpsia, que é uma forma de hipertensão muito mais grave. Portanto,
toda gestante com hipertensão gestacional deve ser cuidadosamente
observada durante a gravidez, com pesquisas frequentes de proteinúria
através do exame de urina.

• Não sabemos ainda se a hipertensão gestacional e a pré-eclâmpsia são duas


doenças distintas ou apenas espectros clínicos diferentes de uma mesma
doença.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
NO MOMENTO DA APRESENTAÇÃO DE
HIPERTENSÃO GESTACIONAL PREDIZEM
UM AUMENTO DO RISCO DE PROGRESSÃO
PARA A da
• Aparecimento PRÉ-ECLÂMPSIA.
hipertensão
SÃO ELAS:
antes da 34ª semana de
gestação.
• Hipertensão arterial grave.
• Alterações no fluxo da artéria
uterina detectáveis através do
ultrassom com doppler.
• Níveis de ácido úrico elevados.
TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO NA
GRAVIDEZ
• Muitos dos medicamentos utilizados habitualmente no tratamento da
hipertensão são contraindicados na gravidez, o que torna o controle da
pressão arterial na gestação uma tarefa mais complicada. Além disso, a
margem de segurança é menor, já que uma redução além do desejada da
pressão arterial pode provocar grave redução do fluxo sanguíneo para a
placenta, trazendo malefícios para o feto. Portanto, exceto nos casos graves,
os obstetras costumam optar por não tratar com remédios a hipertensão
arterial durante a gravidez.
a) pressão arterial menor que 160/110 mmHg – hipertensão gestacional não-grave
• A maioria das mulheres com hipertensão gestacional que apresenta níveis de pressão arterial abaixo de
160/110 mmHg pode ser acompanhada com consultas semanais ou bissemanais para medir a pressão
arterial e a excreção de proteínas na urina. A gestante também deve ser orientada a aferir sua pressão
arterial diariamente em casa.

b) pressão arterial maior que 160/110 mmHg – hipertensão gestacional grave


• As mulheres que desenvolvem hipertensão gestacional grave têm taxas de complicações semelhantes às da
pré-eclâmpsia, e, portanto, devem ser tratadas de forma semelhante.
• A hipertensão gestacional grave precisa ser tratada com medicamentos anti-hipertensivos e o parto
costuma ser realizado entre 34 e 36 semanas de gravidez.
• As drogas mais utilizadas para o controle da pressão arterial são a Metildopa, Hidralazina, Nifedipina e
Labetalol.
GRAVIDEZ ECTÓPICA
• Gravidez ectópica é um problema que surge quando o óvulo fecundado
implanta-se de forma equivocada em outras estruturas que não o útero.
• A forma mais comum de gravidez ectópica é a gravidez tubária, que ocorre
dentro das trompas de Falópio.
O QUE É GRAVIDEZ ECTÓPICA
O processo normal de formação de uma gestação consiste nos seguintes passos:
• Ovulação → migração do óvulo para uma das tubas uterinas (trompas de
Falópio) → encontro do óvulo com um espermatozoide → fecundação do óvulo
→ migração do ovo (óvulo fecundado) pela tuba uterina em direção ao útero →
implantação do ovo na parede do útero.
• A gravidez ectópica surge quando algo de errado ocorre nos 2 últimos passos.
Em 98% dos casos, o ovo não percorre todo o caminho e acaba se alojando
precocemente na parede de uma das trompas. Nos 2% restantes, a
implantação do ovo ocorre em outras estruturas, como ovário, colo do útero ou
cavidade abdominal.
• A gravidez ectópica é uma gestação sem futuro. O ovo além de não conseguir se
desenvolver normalmente fora do útero, também pode causar grave lesão das
estruturas que o rodeiam. Se não for tratada há elevado risco de morte. Até o
princípio do século XX, a mortalidade situava-se acima de 50%. Felizmente, com as
atuais técnicas de diagnóstico e tratamento, a taxa de mortalidade da gravidez
ectópica caiu para menos de 0,05%.

• Gestações fora do útero correspondem a cerca de 1 a 2% de todas as gravidezes. O


diagnóstico costuma ser feito ao redor da 8 semana de gravidez.
FATORES DE RISCO PARA GRAVIDEZ
ECTÓPICA
1. Fatores que elevam muito o risco:

• Inflamação ou infecção ativa da trompa de Falópio (salpingite).


• Lesão estruturais da trompa de Falópio por inflamações prévias.
• Cirurgia prévia das trompas.
• Falhas da ligadura de trompa.
• Episódio de gravidez ectópica prévia.
• Uso de DIU (o DIU raramente falha, mas quando isso ocorre, o risco
de gravidez tubária é elevadíssimo)
2. FATORES QUE ELEVAM MODERADAMENTE O
RISCO:
• Tabagismo.
• Engravidar com tratamento para
infertilidade.
• Infecção ginecológica prévia por clamídia ou
gonorreia.
• Já ter tido um quadro de doença inflamatória
pélvica (DIP).
• História de múltiplos parceiros sexuais sem
proteção.
SINTOMAS DA GRAVIDEZ ECTÓPICA
Na maioria dos casos, porém, as mulheres não apresentam sinais ou sintomas
inicialmente e nem sequer desconfiam que estejam grávidas quando os primeiros
sinais da gravidez ectópica surgem ao redor da 6ª a 8ª semanas de gestação.

É muito comum a paciente com gravidez ectópica procurar atendimento médico


com a seguinte tríade de sintomas:

• Dor abdominal.
• Atraso menstrual.
• Sangramento vaginal.

Nem sempre esses três sintomas estão presentes ao mesmo tempo, mas eles são
os mais comuns de uma gestação ectópica.
TRATAMENTO DA GRAVIDEZ
1. Tratamento medicamentosoECTÓPICA
• Se a gravidez ectópica for diagnosticada precocemente, é possível administrar
drogas que impeçam o desenvolvimento do embrião, fazendo com que o
mesmo involua. A droga habitualmente usada é o metotrexato por via
intramuscular em dose única. Atualmente, cerca de 1/3 das gestações
ectópicas são tratadas com metotrexato.
• Após a injeção, o obstetra acompanha a gestante com dosagens seriadas do
beta hCG. O objetivo é que os valores comecem a cair e cheguem a zero. Se
após a primeira injeção não houver resposta, uma segunda dose de
metotrexato pode ser administrada.
2. Tratamento cirúrgico
• Historicamente o tratamento da gravidez ectópica sempre foi feito com
cirurgia para remoção do embrião mal implantado. Atualmente, a cirurgia
ainda é o tratamento de escolha para cerca de 60% dos casos.
• Na maioria as situações, a cirurgia é feita por via laparoscópica. O objetivo é
remover o embrião e reparar a área danificada da trompa.
• Nos casos emergenciais, com volumoso sangramento ou ruptura da trompa,
a cirurgia aberta tradicional é a forma mais indicada. Nem sempre é possível
reparar a trompa, e a mesma pode ter que ser removida para controle da
situação. Mesmo com a retirada da trompa, a mulher pode engravidar
posteriormente, caso a trompa do outro lado esteja saudável.
HIPERÊMESE GRAVÍDICA
• hiperêmese gravídica é o excesso de náuseas e vômitos durante a gestação,
impedindo a gestante de comer adequadamente e atrapalhando a rotina.
Tanto a êmese quanto a hiperêmese gravídica são mais comuns no primeiro
trimestre de gestação, mas dependendo da gravidade podem durar até 20
semanas. Até um 1,5% da população pode sofrer com a doença.
CAUSAS
• Tanto a êmese quanto a hiperêmese são causadas pelo hormônio HCG, que
é produzido pela placenta durante a gestação, causando os vômitos. Por
conta disso, é comum mulheres com altos níveis desse hormônio serem mais
suscetíveis à hiperêmese, assim como grávidas de gêmeos, pois a placenta é
maior e portanto produz mais hormônios. Ela também é comumente
relacionada com mulheres que sofrem de algum distúrbio psicológico, como
depressão ou gravidez indesejada, mas não existem estudos que comprovem
essa relação.
SINTOMAS DE HIPERÊMESE
GRAVÍDICA
• A grávida vomita tudo o que come, apresenta ganho de peso abaixo dos
sete quilos ou emagrecimento, boca seca e tem uma constante sensação
de fraqueza e mal-estar. A gestante também não percebe melhora no
quadro nem mesmo com uso de medicamentos regulares para enjoo.
TRATAMENTO DE HIPERÊMESE
GRAVÍDICA
• Pelo fato de a gestante não conseguir se alimentar por via oral sem vomitar, a
recomendação é interná-la para que receba soro na veia e faça um jejum
absoluto com acompanhamento médico. A medicação administrada por via
venosa é a mesma usada para combater as náuseas da quimioterapia. Algumas
complicações possíveis são desequilíbrio hidroeletrolítico e desidratação para a
gestante, que podem acarretar em baixo peso e nascimento de bebê
prematuro.
POLIIDRÂMNIO
• Usando uma estimativa volumétrica quantitativa de mensuração, quando
é superior a 2.000 mililítros (ou seja, dois litros)
• No exame ultrassonográfico, quando se faz o cálculo do Índice de Liquido
Amniótico (ILA).
• Dependendo da intensidade do quadro de poliidrâmnio, a gestante pode
apresentar grande volume abdominal e desconforto progressivo,
aumento de peso materno, dificuldade respiratória (dispneia), edema nas
pernas, varizes e hemorroidas.
CAUSAS
• Muitas vezes não se identifica uma causa determinante, às vezes é um aumento
transitório e detectado como um achado numa ultrassonografia de rotina. Este
quadro regride espontaneamente sem representar qualquer risco para mãe e feto.
• De um modo geral, as causas mais comuns estão associadas a problemas fetais,
como por exemplo:
• Anomalias congênitas de natureza variada (digestivas, cardíacas, hematológicas)
• Tumores.
Outras vezes as causas são problemas maternos, como:
• Diabetes gestacional, pois o excesso de açúcar aumenta o peso do feto, que o faz
ingerir mais líquido aminiótico e produzir mais urina, o que induz o poliidrâminio
• Patologias placentárias.
TRATAMENTO DE POLIIDRÂMNIO
• A drenagem do líquido aminiótico excessivo (também chamada de
amniocentese esvaziadora) A amniocentese consiste na introdução de uma
agulha bem fina e comprida no abdômen, com o objetivo de alcançar o
interior da cavidade uterina. A introdução da agulha é guiada por um
ultrassom para que o médico consiga identificar um local dentro do útero que
esteja longe do feto e da placenta, mas rico em líquido amniótico. Ao chegar
dentro do âmnio, cerca de 15 a 20 ml de líquido são aspirados com uma
seringa acoplada à agulha.
COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS
• Além dos aspectos associados à gravidade das alterações fetais, o
aumento exagerado do volume uterino predispõe ao desencadeamento
do trabalho de parto prematuro, a rotura precoce da bolsa das águas -
que pode promover o "prolapso de cordão" - e ao descolamento
prematuro da placenta.
OLIGODRÂMNIO
• é um volume deficiente de líquido amniótico; ele está associada a
complicações maternas e fetais. O diagnóstico é por medição
ultrassonográfica do volume de líquido amniótico. O tratamento envolve
monitoramento atento e avaliações ultrassonográficas seriadas.
AS CAUSAS MAIS COMUNS DE OLIGOIDRAMNIO
INCLUEM:
• Insuficiência útero-placentária (p. ex., devido à pré-eclampsia,
hipertensão crônica, descolamento prematuro de placenta, doença
trombótica ou outro transtorno materno)
• Gestação pós-termo
• Malformações fetais, particularmente aquelas que diminuem a
produção de urina
• Restrição do crescimento fetal
• Morte fetal
• Anomalias cromossômicas fetais (p. ex., aneuploidia)
• Ruptura prematura das membranas
• Idiopática
COMPLICAÇÕES DE OLIGOIDRÂMNIO
INCLUEM:
• Morte fetal
• Restrição do crescimento fetal
• Contraturas dos membros (se o oligoidrâmnio começar cedo na gestação)
• Maturação pulmonar atrasada (se o oligoidrâmnio começar cedo na gestação)
• Incapacidade do feto de tolerar o trabalho de parto, levando à necessidade de
cesariana
• O risco de complicações depende de quanto amniótico está presente e qual é a
causa.
TRATAMENTO
• A ultrassonografia deve ser feita pelo menos uma vez a cada 4 semanas (a
cada 2 semanas se há restrição do crescimento) para monitorar o
crescimento fetal. O ILA deve ser medida pelo menos 1 vez/semana. A
maioria dos especialistas recomenda o monitoramento fetal com
cardiotocografia ou perfil biofísico pelo menos 1 vez/semana e parto a
termo. Mas essa abordagem não mostrou prevenir a morte fetal. Além
disso, o momento ideal para o parto é controverso e pode variar de acordo
com as características da paciente.
PLACENTA PRÉVIA
• A placenta pode se aderir à qualquer parte do útero. Na maioria das
gestações, a placenta localiza-se na parte posterior alta, que é uma região
oposta ao colo do útero, que é por onde o feto deverá sair em caso de parto
normal.
• Dizemos que a gestante tem placenta prévia quando a placenta apresenta
uma inserção baixa, obstruindo a saída do colo do útero de forma total ou
parcial.
TIPOS DE PLACENTA PRÉVIA
Os tipos de placenta prévia são divididos de acordo com o grau de obstrução à
saída do útero. Historicamente, a placenta prévia É dividida em 4 categorias:
• Placenta baixa → A placenta apresenta inserção baixa, mas não chega a
encobrir a saída do útero
• Placenta prévia marginal → A borda da placenta chega a encostar na
abertura do colo do útero, mas não chega a obstruí-lo.
• Placenta prévia parcial → A placenta cobre parcialmente a saída do útero.
• Placenta prévia total → A placenta cobre totalmente a saída do útero.
FATORES DE RISCO
Não sabemos exatamente o porquê de algumas mulheres desenvolverem placenta prévia.
Sabemos, porém, que alguns fatores facilitam a sua ocorrência. Estes são chamados fatores de
risco; os principais são:

• Parto cesariano prévio.


• Já ter tido múltiplas gestações anteriores.
• Gravidez de gêmeos.
• Episódio de placenta prévia em uma gravidez anterior.
• Idade materna acima de 35 anos.
• Gravidez obtida através de tratamento para infertilidade.
• Histórico de aborto prévio.
• Histórico de cirurgia uterina prévia.
• Tabagismo.
• Uso de cocaína por parte da mãe.
TRATAMENTO DA PLACENTA
PRÉVIA
O tratamento da placenta prévia depende de alguns fatores, sendo os mais importantes:
• Se a paciente tem sangramentos abundantes ou com grande frequência.
• A idade gestacional.
• O tipo de placenta prévia.
Gestantes assintomáticas ou com sangramento discreto
• Nestes casos, indica-se repouso e abstenção sexual. O parto é geralmente induzido na
37ª semana.
Gestantes com sangramento vaginal moderado a grande
• Nestes casos, a gestante deve ser internada e tratada com transfusões sanguíneas. Se
a gravidez já tiver 36 semanas, uma cesariana costuma ser realizada.
• Caso a gravidez tenha menos de 35 semanas, o tratamento inicial costuma ser
conservador, havendo interrupção da gravidez por cesariana apenas se o sangramento
não parar ou se o bebê começar a apresentar sinais de sofrimento.
CUIDADOS COM O RN APÓS O
PARTO
• Assim que nasce, o bebê tem como primeiro desafio se acostumar ao ambiente fora do útero. Em outras
palavras, terá de respirar e controlar a temperatura do corpo por conta própria. Além de se acostumar
com a intensidade da luz, dos sons e dos cheiros. Logo após o nascimento, a primeira atenção é
tomada quanto ao estabelecimento da respiração; o recém-nascido normal respira e chora logo após o
parto.
ASPIRAÇÃO DAS MUCOSIDADES
Com gaze esterilizada, completa-se a limpeza do rosto da criança e, se houver secreções,
a boca e as narinas serão cuidadosamente aspiradas com sonda de borracha mole para
evitar traumatismo das mucosas. O recém-nascido será colocado com a cabeça mais
baixa que o corpo, a fim de facilitar o escoamento das secreções.
TESTE DE APGAR: 1º EXAME DO RECÉM-
NASCIDO
• Em 1952, Virginia Apgar, médica anestesista norte-americana, propôs novo método de
avaliação clínica do recém-nascido com 1 min de vida. O índice de Apgar comporta
cinco variáveis : frequência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade
reflexa e cor, cada uma recebendo nota 0, 1 e 2.
• Na avaliação de cinco sinais vitais do recém-nascido no primeiro minuto para determinar
o grau de tolerância do bebé ao parto;
• No quinto minuto para avaliar o grau de adaptação do bebé à vida extra uterina e no
décimo minuto após o nascimento.
• A cada um dos sinais é atribuída uma pontuação de 0 a 2 de acordo com a condição
observada.
•Aparência
•Pulso
•Gestos
•Atividade
•Respiração
TABELA DO APGAR
PORQUE É REALIZADO O TESTE DE
APGAR?
• Porque é um método simples que permite determinar se o recém-nascido
precisa de ajuda para respirar ou se está com algum problema no coração.
CLASSIFICAÇÃO E RESULTADOS DO
TESTE DE APGAR
Resultados normais:

• Quanto maior a pontuação do exame, melhor estará o recém-nascido.


• Quanto mais próximo de 10 (dez) for a pontuação, melhor será a vitalidade do bebé e
melhor será a sua adaptação à vida extra-uterina. A pontuação de sete, oito ou nove é
normal e é sinal de que o recém-nascido está em perfeitas condições de saúde.
• Uma pontuação de dez, especialmente ao primeiro minuto, é muito incomum, já que
quase todos os recém-nascidos perdem um ponto devido às mãos e pés azuis,
característica usual após o nascimento
RESULTADOS ANORMAIS
• Um índice inferior a 7 (sete) é um sinal de que o recém-nascido precisa de atenção
médica. Quanto menor a pontuação, mais ajuda precisa para se ajustar à vida extra
uterina. Uma pontuação inferior pode ter como causa:
• Um parto com complicações;
• Uma cesariana (provocada por complicações no parto ou por observação de sinais de
sofrimento do bebé);
• Presença de fluido nas vias respiratórias do recém-nascido;
• Um recém-nascido com um índice de Apgar baixo necessita de auxílio para respirar de
modo a que o ritmo cardíaco regularize para valores considerados normais.
CONSEQUÊNCIAS PARA A VIDA
FUTURA DO BEBÉ DOS RESULTADOS
DO TESTE DE APGAR
• Por norma, uma pontuação baixa no primeiro minuto evolui para uma pontuação normal
aos cinco minutos.

• É importante lembrar que o índice de Apgar é usado mais como um parâmetro e não como
uma definição de prognóstico, ou seja, se o bebé tiver um Apgar baixo, não significa
necessariamente que terá problemas futuros. E vice-versa.

• Uma pontuação baixa não significa que o bebé vá ter problemas de saúde após o
nascimento ou no futuro.
LIGADURA DO CORDÃO
• A oclusão do cordão umbilical com uma pinça, a fim de impedir a perda de sangue. O
cordão umbilical é composto por três vasos (duas artérias e uma veia), além de um tecido
gelatinoso de preenchimento. Sua função durante a gravidez é conduzir os nutrientes e o
oxigênio para o feto, bem como eliminar excretas, produzidos pelo metabolismo fetal.
TERMORREGULAÇÃO
• Após o estabelecimento da respiração, a regulação de calor é mais crítica para a
sobrevivência do recém-nascido. Embora a capacidade dos recém-nascidos de produzir
calor seja adequada.
• A grande área de superfície do recém-nascido facilita a perda de calor para o ambiente,
embora ela seja parcialmente compensada pela posição usual de flexão do recém-nascido,
que reduz a quantidade de área de superfície exposta ao ambiente. O RN deve ser
enrolado em lençol aquecido e colocado em contato pele a pele com a mãe.
PROFILAXIA DA OFTALMIA
GONOCÓCICA.
• No Brasil, desde 1977, é obrigatória a aplicação de uma solução de nitrato de prata a 1%
em cada um dos olhos do recém-nascido no prazo de uma hora após o nascimento. A
prática é realizada para a prevenção da conjuntivite gonocócica, causada pela bactéria
gonococo, que pode ser transmitida pela mãe durante o nascimento, por contato vaginal.
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
• Peso: Balança adequada, protegida com fralda. Comprimento: Utilização da Mesa
antropométrica.
IDENTIFICAÇÃO
As pulseiras de identificação do binômio mãe-filho devem ser preenchidas no momento do
parto e colocadas imediatamente após o parto, tanto na mãe, como no seu bebê. Elas devem
conter os mesmos dados, sendo estes o nome da mãe, data e horário de nascimento, e ainda
o sexo do bebê. Vale lembrar que ambas as pulseiras contém uma gravação numérica
inviolável. Além disso, elas somente poderão ser retiradas após a sua saída do hospital.
ADMINISTRAÇÃO DE VITAMINA K
• Logo após o parto, administra-se vitamina K, 1 mg em dose única por via intramuscular
para evitar doença hemorrágica do recém-nascido, também denominada
sangramento por deficiência de vitamina K (SDVK)
HIGIENE
• O Banho é realizado aproximadamente 6 horas ou mais após o nascimento. Tenta-se não
retirar o material gorduroso esbranquiçado (verniz caseoso) que recobre a maior parte da
pele do recém-nascido, pois ele ajuda a protegê-lo contra a infecção.
CURATIVO DO COTO UMBILICAL
• Higiene do Coto Umbilical é em geral, uma solução antisséptica ( álcool a 70%) aplicada no
cordão umbilical recém-seccionado, para ajudar a evitar a infecção e o tétano neonatal. O
clipe plástico do cordão umbilical é removido 24 horas após o nascimento.
PRIMEIROS DIAS DO RN
• A primeira evacuação consiste no mecônio (substância negro-esverdeada e viscosa), que é
conteúdo do intestino formado durante a gestação por secreções digestivas do fígado,
pâncreas e intestino fetal, líquido amniótico deglutido e células intestinais Todo recém-
nascido deve eliminar o mecônio nas primeiras 24 horas após o nascimento. Após 2 a 3 dias
do nascimento surgem as chamadas "fezes de transição".
INTRODUÇÃO A PEDIATRIA
• Enfermagem Pediátrica: É um campo de estudo e de prática da enfermagem dirigida à assistência à
criança até a adolescência. Ou, ainda, é um campo da enfermagem que se dedica ao cuidado do ser
humano em crescimento e desenvolvimento, desde o nascimento até a adolescência.
• Pediatria: É o campo da Medicina que se dedica à assistência ao ser humano em crescimento e
desenvolvimento, desde a fecundação até a adolescência.
• Neonatologia: é o ramo da Pediatria que atende o recém-nascido, desde a data do nascimento até
completar 28 dias;
• Puericultura: também denominada de Pediatria Preventiva, é o ramo da Pediatria que cuida da
manutenção da saúde da criança e do acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento.
• Hebiatria: é o ramo da Pediatria que atende as necessidades de saúde do adolescente.
PUERICULTURA
• O termo puericultura, oriundo do latim (puer, pueris=criança), foi criado no ano de 1762 pelo suíço
Jacques Ballexserd e refere-se à ciência médica responsável pelo estudo dos cuidados com o
desenvolvimento infantil.

• O Programa de Puericultura objetiva acompanhar o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo, sua


cobertura vacinal, estimular a prática do aleitamento materno, orientar a implantação da alimentação
complementar e prevenir as desordens que mais afetam as crianças durante os primeiros dezoito meses
de vida.
Incentivar a
Amamentação
Incentivar a
Doação
• Período neonatal: 0 a 28 dias; • Lactente: 29 dias a 2 anos
5º DE
V I DA
ATI
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. O QUE É ABORTO ESPONTÂNEO?
2. CITE 6 EXEMPLOS EM QUE O ESTADO DA MÃE PODE LEVAR AO ABORTO.
3. QUAIS OS SINTOMAS DE ABORTO ESPONTÂNEO?
4. QUAIS OS EXAMES SOLICITADOS EM SUSPEITA DE ABORTO?
5. QUAIS OS TIPOS DE HIPERTENSÃO EXISTEM? EXPLIQUE A HIPERTENÇÃO GESTACIONAL.
6. CITE 5 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS QUE AUMENTAM O RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA HIPERTENSÃO
DURANTE A GRAVIDEZ.
7. QUAIS VALORES DE P.A SÃO CONSIDERADAS GRAVES NA GESTANTE?
8. O QUE É GRAVIDEZ ECTÓPICA?
9. QUAIS FATORES ELEVAM MUITO O RISCO DE GRAVIDEZ ECTÓPICA?
10. QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA GRAVIDEZ ECTÓPICA?
11. O QUE É HIPEREMESE GRAVÍDICA?
12. CITE 3 CAUSAS DE POLIIDRÂMNIO.
13. QUAIS COMPLICAÇÕES DE OLIGOIDRÂMINIO?
14. O QUE É PLACENTA PRÉVIA E COMO ELA É DIVIDIDA?
15. QUAIS CUIDADOS DE ENFERMAGEM DEVEMOS TER COM O RN?
16. QUAL A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DA VITAMINA K NO RN?
17. REALIZE UMA ORIENTAÇÃO PARA A PEGA CORRETA NA AMAMENTAÇÃO.
ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM NO
PUERPÉRIO
IMEDIATO
(1º AO 10º DIA)

PROF: RACHEL ANSGLEY


ESP. U.T.I, DERMATOLOGIA E DOCÊNCIA
PUERPÉRIO
Puerpério, também chamado
resguardo ou quarentena, é
a fase pós-parto em que a
mulher experimenta
modificações físicas e
psíquicas. Este é o período
de tempo que decorre desde
a dequitadura até que os
órgãos reprodutores da mãe
retornem ao seu estado pré-
gravídico. Nesta fase, a
mulher é chamada de
puérpera.
Após o Nascimento, a puérpera é levada ao Alojamento Conjunto
(ALCON) após ter seus SSVV avaliados e anotados.
CONTROLE MATERNO PELA
ENFERMAGEM
Verificação DIÁRIA do estado físico geral da puérpera quanto a:

Sinais Vitais: Pulso, PA, estado das mucosas, hidratação..

• Ligeiro aumento da temperatura axilar (36,8° - 37,9°) e calafrios nas


primeiras 24h sem necessariamente ser um processo infeccioso. Mas
exige atenção.
OBSERVAR E ANOTAR ELIMINAÇÕES
FISIOLOGICAS – URINA E FEZES
• Hemorroidas podem estar agravadas devido ao esforço causando
desconforto e impedindo o bom esvaziamento intestinal;
• Em cesárias soma-se o Íleo paralítico pela manipulação da cavidade
abdominal;
• Podem ocorrer traumas na uretra ocasionando desconforto na micção
e retenção urinária.
MEMBROS INFERIORES
Pesquisar sinais de trombose venosa profunda: relato de dores em
MMII e edema súbito. Identificar aparecimento de sinais flogísticos.
DEAMBULAÇÃO
• Estimular a deambulação o mais precoce possível, e / ou exercícios
passivos ou ativos.

Objetivo: Evitar o tromboembolismo. Após o parto ocorre aumento das


plaquetas e fibrinogênio, razão para se preocupar com imobilização
prolongada no leito.
HIGIENE
• Após iniciada a deambulação e estando bem, deve-se estimular o
banho de aspersão;

• Não há necessidade de substâncias antissépticas na região perineal;

• Em cesarianas, proteger o curativo no primeiro dia;

• Episiorrafia, lavar após eliminações.


GENITÁ
LIA
• Inspecionar região perineal
com atenção especial aos
lóquios (cor, cheiro e fluxo);

• Cheiro é característico.
Lóquios fétidos pode ser
quadro infeccioso.
Achado de edemas,
equimoses e
hematomas implica
na necessidade de
aplicação de frio no
local, com bolsa de
gelo nas primeiras
24h.
ABDOMEN
• Identificação de Vísceras aumentadas
e/ou dolorosas;
• Verificar ferida cirúrgica se Cesária;
• Verificar involução uterina (após o
parto, na altura da cicatriz umbilical;
regride aprox. 1cm ao dia)
ESTADO DAS MAMAS
• Observar e anotar: consistência, temperatura, conformação dos
mamilos, sinais de apojadura);
• Recomendar o uso do sutiã para maior conforto;
• O colostro já está presente no momento do parto. A descida do leite
ocorre entre o 1º e o 3º dia pós parto. O bebê deve ser colocado ao
peito logo após o nascimento para que haja liberação de ocitocina e
prolactina, com consequente produção e liberação do leite;
• Identificar deformidades no mamilo ou fissuras: ocasionadas pela
pega inadequada, favorecem o ingurgitamento e prejudicam o
aleitamento. Mastites e abcessos necessitam atenção especial.
• Evitar aleitamento cruzado Diante de puérpera HIV positivo:
– Orientar a mãe sobre o risco de infecção;
– Evitar aleitamento;
– Inibir a produção láctea;
– Oferecer leite artificial ao bebê.
ALTA HOSPITALAR
• Nas que estão bem, a alta pode ser concedida após 24h e cesárias
após 48h;
• Não deve ser dado alta sem conhecimento da classificação sanguínea
da mãe;
• Mães com Fator RH negativo, não sensibilizadas e com RN rh positivo
e Coombs negativo, utiliza-se a imunoglobulina anti-D, nas primeiras
72h.
ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM
PARA A ALTA HOSPITALAR
• Importância da hipertermia;
• Característica dos lóquios;
• Estado da Episiorrafia e/ outras suturas;
• Afecções das mamas;
• Nutrição e higiene;
• Atividade física;
• Importância da consulta de revisão puerperal;
• Certificar-se que o cartão da gestante tenha sido preenchido.
REVISÃO PUERPERAL
• Precoce: Agendado em torno do 7º ao 10º dias de puerpério, na
unidade de saúde mais próxima, incluindo a criança e o companheiro;
• Tardia: até 42 dias.
SUPORTE DOMICILIAR
• Influência de crenças e tabus:
– Na alimentação da puérpera
– Na higiene da mãe e do bebê
– No uso de chupeta
• Influência das avós:
– Na amamentação (repasse de experiências)
• Auxílio diante de intercorrências

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