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UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA

BIOMEDICINA

CAMILA TORTOLA RODRIGUES PIRES


ORLANDO LEANDRO SATURNO DE MELO
RAFAELA MORAES LEAL

O IMPACTO DA DIABETES GESTACIONAL E SUAS COMPLICAÕES

Presidente Prudente - SP
2022
RESUMO

O impacto da diabetes gestacional e suas complicações


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Palavras-chave: Diabetes gestacional; Diabetes Mellitus; Complicações.


REVISÃO DE LITERATURA

“A diabetes é uma das doenças metabólicas mais comuns, com um aumento da sua
prevalência na população adulta a nível mundial nas últimas décadas, com graves
consequências e elevados custos humanos, sociais e econômicos.” (DA ROCHA
FERNANDEZ J, 2016;117:48-54).
É uma condição patológica caracterizada por uma disfunção pancreática, branda ou
grave, em que este pode sofrer desde um simples funcionamento inadequado até a perda
total de sua capacidade de produção de insulina (ZAUPA; ZANONI, 2000). ”A prevalência de
diabetes mellitus (DM) tem aumentado. Aliás, mais de 382 milhões de pessoas em todo o
mundo têm diabetes, o que corresponde a 8,3% da população mundial.” (RIBEIRO, 2015)
“O diabetes gestacional é definido como qualquer grau de redução da tolerância à
glicose, cujo início ou detecção ocorre durante a gravidez. Sua prevalência é variável,
dependendo dos critérios diagnósticos empregados e da população estudada.” (WEINERT,
2011).
“Todavia, o DMG é um tipo de diabetes que surge durante a gravidez e pode ou não
desaparecer após o parto, ocorre por uma resistência à ação da insulina, sendo por causa
dos hormônios da gravidez.” (SILVA et al, 2017).
Segundo American diabetes association (2010), a explicação da fisiopatologia é dada
pelos hormônios contrarreguladores da insulina altos, por fatores ambientais ou genéticos e
pelo estresse fisiológicos dados pela gravidez. O lactogênico placentário é caracterizado
como o principal hormônio com relação a resistência a insulina durante a gestação, no
entanto, sabe- se que hoje os hormônios como prolactina, estrógeno, cortisol e progesterona
também estão envolvidos.
‘’No Brasil, a prevalência de DMG em mulheres com mais de 20 anos, atendidas em
serviços de pré-natal do Sistema Único de Saúde (SUS), é de 7,6%, sendo que 94,0% dos
casos apresentam apenas tolerância diminuída à glicose e 6,0% hiperglicemia
semelhantemente ao nível de diabetes fora da gravidez.” (PADILHA, 2010).
Segundo Ministério da Saúde (2021), 3 milhões de partos por ano no Brasil são
realizados, logo, concluiu- se que 400 mil gestantes apresentam glicemia alta no período
gestacional, precisando assim, de cuidados especiais diferente do tratamento às gestantes
de risco habitual. A assistência para essas mães durante o período da gestação necessita-
se ser multiprofissional já que o tempo de duração e a gravidade da doença, a necessidade
de medicação para controle da hiperglicemia e os riscos ao próprio feto estão juntamente
relacionadas.
“O diabetes gestacional, assim como as outras formas de diabetes, pode trazer
complicações, tanto a curto prazo quanto a longo prazo, tais como: retinopatia, nefropatia,
neuropatia periférica e alterações microvasculares e macrovasculares.” (KITZMILLER;
DAVIDSON, 2001).
Segundo Menicatti (2006), a diabetes afeta grande parte da estrutura ocular, sendo a
retina uma das mais afetadas, resultando na retinopatia diabética. A doença também pode
causar neuropatia diabética, ocorrendo uma diminuição durante a transmissão do impulso
nervoso, ocasionando muita dor nas pacientes. Em destaque, a neuropatia autonômica
sintomática apresenta efeitos em gestantes pelo fato de envolver o estômago, podendo
provocar vômitos.
“Estudos de follow-up de longo prazo, revistos, mostraram que a maioria das
mulheres com DG progride para diabetes após a gravidez, mas, apenas aproximadamente
10% o fazem logo após o parto; os poucos trabalhos realizados com vigilância superior a 10
anos mostraram um risco a longo prazo de 70%.” (MASSUCATTI,2011).
Segundo Barros (2021), ao olharmos o porte excessivo de glicose da mãe que
apresenta diabetes gestacional para o feto, existe um estimulo da produção de insulina fetal,
resultando em um crescimento descontrolado desse feto. Assim, o recém-nascido, filho da
paciente diabética, tem a tendência a acumular gordura no organismo, sendo indicado o
parto cesariano, evitando o sofrimento intraparto causado pela macrossomia.
“A macrossomia é considerada a principal preocupação devido aos níveis elevados
de glicose que o feto recebe da mãe, e a hipoglicemia pós-natal, em que a produção de
insulina produzida pelo feto encontra-se aumentada para poder compensar a quantidade de
glicose que lhe era imposta.” (MASSUCATTI, 2011).
Em relação a supervisão pré parto, WEINERT (2011) diz, mulheres com um bom
controle glicêmico e tratamento não farmacológico, nas ausências de outras indicações
obstétricas, podem ser avaliadas a cada duas semanas. Já pacientes com uso de insulina,
são avaliadas semanalmente. As ultrassonografias são necessárias para gestantes
diabéticas para se acompanhar, rastrear cromossomopatias e avaliar a morfologia fetal.
Além disso, todas as mulheres com diagnóstico de diabetes gestacional têm que receber
orientação em relação ao seu estilo de vida, a pratica de exercícios físicos, controle de peso
e o uso de dieta. Sendo avaliadas no puerpério para reclassificação da condição metabólica.
Massucantti, LA; Pereira, RA; Maioli, Tu. Prevalência de diabetes gestacional em unidades
de saúde básica. Revista de enfermagem e atenção a saúde. 2012, p. 72-3.
Ministerio da saúde. Cuidados obstétricos em diabetes mellitus gestacional no Brasil. Edição
1, 2021.
Barros, BS; Nepomuceno, BS; Santana LB et al. A importância do pré-natal na prevenção de
complicações materno- fetais do diabetes mellitus gestacional. 2021, v.27, p. 4.

Rocha Fernandez J, Ogurtsova K, Linnenkamp U, Guariguata L, Seuring T, Zhang P, Cavan


D, et al. Estimativas do IDF Diabetes Atlas de 2014 Global Health Gasts on
Diabetes. Prática Clínica de Pesquisa em Diabetes. 2016; 117:48-54. 

ZAUPA, C.; ZANONI, J. N. Diabetes mellitus: aspectos gerais e neuropatia diabética. Arq.
Ciênc. Saúde Unipar, v. 4, n.1, p. 19-25. 2000.

KITZMILLER, J. L.; DAVIDSON, M. B. Diabetes e gravidez. In:

SILVA, J. V.; SILVA, E. de A.; VASCONCELOS, M. H. C.; LIRA, M. C. P de S. Assistência e


acompanhamento de enfermagem a mulheres com diabetes gestacional. Nursing (São
Paulo), p. 1632-1635, 2017.

Weinert, Letícia Schwerz et al. Diabetes gestacional: um algoritmo de tratamento


multidisciplinar. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia [online]. 2011, v. 55,
n. 7.
Padilha, Patricia de Carvalho. Sena, Ana Beatriz et al Terapia nutricional no diabetes
gestacional. Rev. Nutr., Campinas, 23(1):95-105, jan./fev., 2010.

Menicatti, Mauricio. Fregonesi, Cristina Elena P.T. DIABETES GESTACIONAL: ASPECTOS


FISIOPATOLÓGICOS E TRATAMENTO. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 10, n. 2,
p. 105-111, mai./ago., 2006.

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