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FANORTE - INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CACOAL

Pós-Graduação em Enfermagem em UTI Adulto e Pediátrica

ELAINE DE FREITAS

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO NEFROINTENSIVISMO E DESEQUILÍBRIO


HIDROELETROLÍTICO E ÁCIDO BÁSICO NA UTI ADULTO E PEDIÁTRICA

Professor Orientador: Eldya Flávia Ramos

Cacoal - RO
2023
1. Introdução
Dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva, existem diversas áreas de atuação, e
dentre elas está a nefrologia, a qual constitui um importante campo de atuação da
enfermagem, considerando que muitos pacientes apresentam problemas renais como
resultado de suas condições de saúde críticas e necessitam de cuidados especializados para
prevenir ou tratar complicações renais.
A abordagem nefrológica do doente grave nas UTIs é chamada de “Nefrointensivismo”
e envolve uma equipe multidisciplinar formada por nefrologistas, intensivistas e profissionais
de enfermagem especializados em UTI. (BOLETIM DA NEFRO. Hospital Sírio-Libanês, 2011).
Os enfermeiros desempenham um papel importante no nefrointensivismo,
monitorando continuamente os pacientes quanto à função renal.
O tratamento da disfunção renal aguda em terapia intensiva envolve medidas gerais
de suporte, como controle de líquidos e eletrólitos e suporte hemodinâmico, bem como
terapias específicas, como terapia renal substitutiva e diálise contínua.
Este trabalho tem como objetivo destacar a importância do papel do enfermeiro no
cuidado ao paciente com disfunção renal aguda em terapia intensiva, abordando suas
principais responsabilidades e ações na assistência ao paciente.

2. Controle de Líquidos e Eletrólitos


O controle adequado de líquidos e eletrólitos é essencial para o cuidado de pacientes
no nefrointensivismo, pois muitas vezes esses pacientes apresentam condições clínicas
críticas que afetam o equilíbrio hidroeletrolítico. Desse modo, o monitoramento e ajuste
cuidadosos dos níveis de líquidos e eletrólitos são fundamentais para prevenir complicações
e promover a recuperação do paciente.
Algumas das principais intervenções envolvidas no controle de líquidos e eletrólitos no
nefrointensivismo incluem:
 Monitorização cuidadosa da ingestão e excreção de líquidos, com ajustes frequentes
da terapia de infusão e diurese, se necessário;
 Monitoramento regular dos níveis de eletrólitos (sódio, potássio, magnésio, cálcio,
entre outros), com ajustes de reposição de acordo com os resultados dos exames
laboratoriais;
 Administração de soluções hipertônicas ou hipotônicas, conforme a necessidade do
paciente, para ajudar a corrigir o desequilíbrio hidroeletrolítico;
 Uso de diuréticos, se indicado, para ajudar a controlar o excesso de fluidos;
 Prevenção de complicações relacionadas ao desequilíbrio hidroeletrolítico, como
arritmias cardíacas, alterações do estado mental, convulsões, entre outras.

3. Desequilibrio Hidroeletrolítico
O desequilíbrio hidroeletrolítico é uma condição em que há uma alteração nos níveis
de eletrólitos e líquidos do corpo, podendo ser decorrente de diversas causas, como doenças
renais, uso excessivo de diuréticos, vômitos, diarreias, entre outras.
Os eletrólitos são substâncias que se dissolvem em água e se dissociam em íons, e que
são importantes para diversas funções do organismo, incluindo a manutenção do equilíbrio
hídrico. Os principais eletrólitos presentes no corpo são sódio, potássio, cálcio, magnésio,
cloreto, bicarbonato e fosfato.
O desequilíbrio hidroeletrolítico pode se apresentar de diversas formas, dependendo
do eletrólito afetado e da intensidade da alteração. Entre as principais alterações
hidroeletrolíticas estão: Hipernatremia: aumento dos níveis de sódio no sangue;
Hiponatremia: diminuição dos níveis de sódio no sangue; Hipercalemia: aumento dos níveis
de potássio no sangue; Hipocalemia: diminuição dos níveis de potássio no sangue;
Hipocalcemia: diminuição dos níveis de cálcio no sangue; Hipermagnesemia: aumento dos
níveis de magnésio no sangue; Hipomagnesemia: diminuição dos níveis de magnésio no
sangue.
Os sintomas do desequilíbrio hidroeletrolítico podem variar de acordo com o eletrólito
afetado e a intensidade da alteração. Alguns dos sintomas mais comuns incluem fadiga,
fraqueza, confusão, tontura, náusea, vômitos, diarreia, alterações cardíacas e respiratórias,
entre outros.
O tratamento do desequilíbrio hidroeletrolítico depende da causa e da gravidade da
alteração. Em alguns casos, é necessário o uso de medicações específicas, como diuréticos,
reposição de eletrólitos ou ajuste de medicamentos que possam estar contribuindo para o
desequilíbrio. Em casos mais graves, pode ser necessário o suporte hospitalar, como a
internação em UTI e monitoramento frequente.
3.1. Assistência de Enfermagem o Paciente com Distúrbio Hidroeletrolítico na UTI
A assistência de enfermagem ao paciente com distúrbio hidroeletrolítico na UTI
envolve algumas ações específicas para garantir a segurança do paciente e a eficácia do
tratamento. Algumas dessas ações incluem:
 Avaliação clínica: a enfermagem deve realizar uma avaliação clínica completa do
paciente, com foco nos sinais e sintomas do distúrbio hidroeletrolítico, bem como no
histórico médico e medicamentoso do paciente. Essa avaliação ajuda a identificar a
causa do distúrbio e a definir a melhor abordagem terapêutica.
 Monitorização contínua: o paciente com distúrbio hidroeletrolítico deve ser
monitorizado continuamente, com atenção especial para sinais de descompensação,
como alterações na frequência cardíaca, na pressão arterial e na respiração. A
monitorização também inclui a avaliação constante dos níveis de eletrólitos no sangue,
por meio de exames laboratoriais.
 Hidratação: a hidratação adequada é fundamental para o tratamento do distúrbio
hidroeletrolítico. A enfermagem deve garantir que o paciente receba a quantidade
adequada de líquidos, conforme prescrição médica, e monitorar a diurese do paciente.
 Reposição de eletrólitos: em alguns casos, pode ser necessária a reposição de
eletrólitos, como sódio, potássio e magnésio, por meio de soluções intravenosas. A
enfermagem deve garantir que a reposição seja feita de acordo com a prescrição
médica e monitorar os níveis de eletrólitos após a reposição.
 Ajuste de medicamentos: alguns medicamentos podem contribuir para o distúrbio
hidroeletrolítico, e a enfermagem deve estar atenta a isso, informando o médico
responsável para que seja feito o ajuste necessário na medicação.

4. Balanço Hídrico
O balanço hídrico é a mensuração e registro total de líquidos administrados/ingeridos
e eliminados pelo paciente em um período de 24 horas, devendo ser realizado com cuidado e
precisão para garantir a acurácia dos resultados.
É importante esse acompanhamento, visto que um volume de líquidos alterado pode
ocasionar a desregulação dos níveis de eletrólitos, comprometendo a saúde do paciente.
Dessa forma, as ações de enfermagem devem ser sistematizadas com o objetivo de
restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico do paciente e proporcionar a sua recuperação
Para isso, é necessário que o profissional de enfermagem tenha conhecimento sobre
as técnicas para executar essa mensuração com precisão. A seguir, são descritos os passos
para a realização de um balanço hídrico:
1. Determinar o período de tempo: o balanço hídrico deve ser feito em um período de 24
horas, iniciando em um horário definido, geralmente às 7h ou 8h da manhã.
2. Registrar todas as entradas de líquidos: anotar todas as fontes de ingestão de líquidos,
incluindo água, sucos, soro fisiológico, soros medicamentosos, alimentação via oral, e
medicamentos que contém líquidos.
3. Anotar todas as saídas de líquidos: anotar todas as fontes de eliminação de líquidos,
incluindo urina, fezes, vômitos, drenagens, sudorese e outras perdas.
4. Registrar as perdas insensíveis: as perdas insensíveis incluem a perda de água através da
pele e da respiração, e são calculadas com base no peso do paciente, na temperatura
ambiente e na umidade relativa do ar. Para pacientes acamados, geralmente são acrescidos
500 ml por dia a mais no balanço hídrico para as perdas insensíveis.
5. Somar as entradas e saídas: somar todas as entradas e saídas de líquidos, incluindo as
perdas insensíveis, para determinar o total de líquidos que entrou e saiu do corpo do paciente.
6. Verificar o saldo hídrico: subtrair o total de líquidos eliminados do total de líquidos ingeridos
para determinar o saldo hídrico do paciente.
7. Avaliar e documentar: avaliar o balanço hídrico e documente no prontuário do paciente,
fazendo as observações necessárias sobre a condição do paciente e a necessidade de ajustes
na ingestão ou eliminação de líquidos.

5. Desequilíbrio Acido Básico


O desequilíbrio ácido-base é uma condição em que há uma alteração na concentração
dos íons hidrogênio (H+) e bicarbonato (HCO3-) no sangue, o que pode levar a uma mudança
no pH sanguíneo. O pH normal do sangue é de 7,35 a 7,45, e qualquer desvio desses valores
pode indicar um desequilíbrio ácido-base.
Existem quatro tipos de desequilíbrio ácido-base: acidose metabólica, alcalose
metabólica, acidose respiratória e alcalose respiratória. Cada tipo é caracterizado por um
desvio específico nos valores de pH, H+ e HCO3-.
A acidose metabólica ocorre quando há excesso de ácido ou perda de bicarbonato no
sangue. Já a alcalose metabólica ocorre quando há excesso de bicarbonato no sangue. A
acidose respiratória ocorre quando há um acúmulo de dióxido de carbono (CO2) no sangue,
devido a uma falha na eliminação desse gás pelos pulmões. E a alcalose respiratória ocorre
quando há uma redução excessiva de CO2 no sangue, geralmente causada por
hiperventilação.
O desequilíbrio ácido-base pode ser causado por várias condições, incluindo
insuficiência renal, insuficiência cardíaca, diabetes mellitus, doenças pulmonares, uso de
medicamentos, entre outras.
O rim desempenha um papel fundamental na regulação do equilíbrio ácido-base,
através da excreção de íons hidrogênio e bicarbonato. Na doença renal crônica, a capacidade
do rim de excretar íons hidrogênio e bicarbonato pode estar comprometida, o que pode levar
a um desequilíbrio ácido-base.
Além disso, pacientes em estado crítico na UTI podem apresentar outros fatores que
contribuem para o desenvolvimento de desequilíbrio ácido-base, como hipovolemia,
insuficiência cardíaca, insuficiência respiratória, uso de medicamentos como diuréticos e
bicarbonato, entre outros. O monitoramento e o tratamento do desequilíbrio ácido-base são
importantes na UTI para evitar complicações, como disfunção de múltiplos órgãos e morte.

5.1. Assistência de Enfermagem ao Paciente com Desequilíbrio Acido Básico na Uti


A enfermagem tem um papel importante na avaliação, monitorização e tratamento do
desequilíbrio ácido-base do paciente na UTI. Alguns pontos importantes a serem
considerados incluem:
 Avaliação inicial: a enfermagem deve realizar uma avaliação inicial do paciente,
incluindo a história médica, os sintomas atuais, os exames laboratoriais e os sinais
vitais. Essa avaliação pode ajudar a identificar a causa subjacente do desequilíbrio
ácido-base e direcionar o tratamento adequado.
 Monitorização contínua: a enfermagem deve monitorar continuamente os níveis de
pH, bicarbonato, dióxido de carbono e eletrólitos, por meio de exames laboratoriais
e avaliações clínicas frequentes. Essa monitorização permite identificar
precocemente desequilíbrios ácido-base e outras complicações.
 Identificação da causa subjacente: o desequilíbrio ácido-base pode ser causado por
várias condições, incluindo insuficiência renal, insuficiência cardíaca, diabetes
mellitus, doenças pulmonares, uso de medicamentos, entre outras. A enfermagem
deve trabalhar em conjunto com a equipe médica para identificar a causa subjacente
e direcionar o tratamento adequado.
 Tratamento do desequilíbrio ácido-base: o tratamento do desequilíbrio ácido-base
depende da causa subjacente e pode incluir correção da hipoxemia, controle da
hiperglicemia, diálise, administração de bicarbonato, entre outras medidas
terapêuticas. A enfermagem deve garantir que o tratamento seja feito de acordo com
a prescrição médica e monitorar os efeitos do tratamento.
 Prevenção de complicações: o desequilíbrio ácido-base pode levar a complicações
graves, como arritmias cardíacas, convulsões e coma. A enfermagem deve estar
atenta a essas complicações e tomar medidas preventivas para evitá-las.

6. Suporte Hemodinâmico
O suporte hemodinâmico é uma parte importante da assistência aos pacientes com
disfunção renal, especialmente em casos de insuficiência renal aguda (IRA) ou lesão renal
aguda (LRA). O objetivo do suporte hemodinâmico é manter um fluxo sanguíneo renal
adequado e prevenir a progressão da lesão renal, permitindo a recuperação da função renal.
Existem várias abordagens para o suporte hemodinâmico em pacientes renais, que
variam de acordo com a causa e gravidade da disfunção renal. Algumas das medidas comuns
incluem:
 Monitorização hemodinâmica: É importante monitorar a pressão arterial, a frequência
cardíaca, o débito cardíaco e outros parâmetros hemodinâmicos para avaliar a
necessidade de intervenções e ajustar as terapias.
 Reposição volêmica: A reposição volêmica é uma das medidas mais importantes para
o suporte hemodinâmico em pacientes com IRA/LRA. A administração de fluidos
intravenosos ajuda a manter o volume intravascular e a pressão arterial, melhorando
o fluxo sanguíneo renal.
 Inotrópicos e vasopressores: Em casos de hipotensão ou choque, pode ser necessário
o uso de medicamentos inotrópicos (que aumentam a contratilidade cardíaca) e
vasopressores (que aumentam a resistência vascular) para manter a perfusão renal
adequada.
 Controle da sobrecarga hídrica: A sobrecarga hídrica pode agravar a disfunção renal,
portanto, é importante monitorar o balanço hídrico e evitar o excesso de fluidos.
 Diálise: Em casos graves de IRA/LRA, a diálise pode ser necessária para remover os
produtos do metabolismo e controlar o equilíbrio hidroeletrolítico. A diálise pode ser
indicada tanto para pacientes com IRA/LRA aguda quanto crônica.
O suporte hemodinâmico ao paciente renal deve ser individualizado e monitorizado de
perto, com base nas necessidades e condições clínicas de cada paciente. A avaliação e
intervenção precoces podem ser cruciais para prevenir a progressão da disfunção renal e
permitir a recuperação da função renal.

7. Lesão Renal Aguda (LRA)


Lesão Renal Aguda (LRA), que é um comprometimento do funcionamento dos rins e
incide em 25% a 30% dos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
(BOLETIM DA NEFRO. Hospital Sírio-Libanês, 2011).
A LRA pode ser dividida em três estágios, conforme a severidade da lesão renal:
Estágio 1: Neste estágio, há um aumento no nível de creatinina sanguínea de 1,5 a 1,9
vezes em relação à linha de base ou um aumento no valor do débito urinário para menos de
0,5 ml/kg/hora por seis a 12 horas.
Estágio 2: Neste estágio, há um aumento no nível de creatinina sanguínea de 2 a 2,9
vezes em relação à linha de base ou uma diminuição no débito urinário para menos de 0,5
ml/kg/hora por mais de 12 horas.
Estágio 3: Neste estágio, há um aumento no nível de creatinina sanguínea de três ou
mais vezes em relação à linha de base ou uma diminuição no débito urinário para menos de
0,3 ml/kg/hora por mais de 24 horas ou anúria por mais de 12 horas.
Quanto mais grave o doente, maior a chance de desenvolver insuficiência renal aguda
e cerca de 5% a 8% dos pacientes internados em UTIs acabam necessitando de dialise.
(BOLETIM DA NEFRO. Hospital Sírio-Libanês, 2011).
A Hemodiálise (HD) é a terapia renal substitutiva (TRS) comumente utilizada nas UTI’s
para tratamento de pacientes com LRA. Trata-se de um processo de filtração, depuração e
remoção de líquido do sangue. Durante a hemodiálise, o sangue é retirado do corpo do
paciente através de um acesso vascular (cateter venoso ou fístula arteriovenosa), e passa por
uma máquina de diálise, que remove as substâncias indesejadas e excesso de líquido,
devolvendo o sangue filtrado ao corpo do paciente.
A hemodiálise é um procedimento importante para pacientes com insuficiência renal,
pois ajuda a manter o equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-base do corpo, além de prevenir
complicações associadas à insuficiência renal, como acúmulo de toxinas e líquidos no corpo.
Também pode ser utilizada como tratamento temporário para pacientes que aguardam um
transplante renal.

7.1. Assistência de Enfermagem ao Paciente Dialítico


A assistência de enfermagem ao paciente dialítico é fundamental para garantir o
sucesso do tratamento e melhorar a qualidade de vida do paciente. Abaixo estão alguns
aspectos importantes da assistência de enfermagem ao paciente dialítico:
 Monitoramento constante: O paciente dialítico requer monitoramento constante para
avaliar a resposta ao tratamento, identificar complicações e alterações no estado de
saúde do paciente. Os sinais vitais devem ser monitorados regularmente, assim como
os níveis de eletrólitos no sangue e o peso do paciente.
 Acesso vascular: O acesso vascular é um dos aspectos mais importantes da assistência
de enfermagem em pacientes dialíticos. Os enfermeiros devem garantir que o acesso
vascular esteja funcionando corretamente e avaliar regularmente a permeabilidade do
acesso, bem como prevenir infecções.
 Cuidados com a pele: Pacientes em hemodiálise podem desenvolver problemas de
pele, como coceira, secura e irritação. A enfermagem deve monitorar a pele do
paciente e garantir que os cuidados apropriados sejam tomados para prevenir e tratar
esses problemas.
 Administração de medicamentos: Pacientes em diálise podem precisar de medicação
para tratar condições subjacentes. Os enfermeiros devem garantir que as medicações
sejam administradas de acordo com a prescrição médica e monitorar a resposta do
paciente.
 Gerenciamento de fluidos e eletrólitos: Pacientes em diálise têm necessidades
especiais de fluidos e eletrólitos. A equipe de enfermagem deve monitorar
cuidadosamente o equilíbrio hidroeletrolítico do paciente e ajustar o tratamento de
acordo com as necessidades do paciente.
Os pacientes em hemodiálise são geralmente submetidos a várias sessões de
tratamento por semana e, portanto, é importante que a equipe de enfermagem estabeleça
um relacionamento próximo com o paciente, fornecendo suporte e educação sobre o
tratamento, incluindo os cuidados com o acesso vascular e a dieta adequada.
A assistência de enfermagem é crucial para o sucesso do tratamento de diálise. É
importante que a equipe de enfermagem esteja atualizada sobre as últimas práticas e
tecnologias relacionadas à diálise para garantir um cuidado de qualidade e melhores
resultados para os pacientes.

8. Considerações Finais
Em conclusão, o nefrointensivismo é uma área de especialidade que se concentra no
cuidado intensivo de pacientes com disfunção renal aguda ou crônica. Este campo é crucial
para o tratamento adequado e a recuperação desses pacientes, pois a disfunção renal pode
ser uma complicação comum e grave em pacientes gravemente enfermos. O papel do
nefrointensivista envolve a avaliação cuidadosa da função renal, monitorização rigorosa e
intervenção oportuna para prevenir ou tratar a disfunção renal.
Os profissionais de saúde envolvidos no nefrointensivismo são altamente treinados e
especializados, incluindo nefrologistas, intensivistas, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos em
diálise e outros membros da equipe de cuidados intensivos. Trabalhar em equipe é essencial
para proporcionar o melhor tratamento possível para os pacientes com disfunção renal.
Avanços recentes em tecnologia e pesquisa estão melhorando a compreensão e o
tratamento da disfunção renal em pacientes criticamente enfermos. A utilização de terapias
de substituição renal, como a hemodiálise pode ajudar a prevenir ou tratar a disfunção renal
em pacientes gravemente enfermos.
Em resumo, o nefrointensivismo é uma área de especialidade importante e em
constante evolução que é vital para o cuidado de pacientes com disfunção renal em unidades
de terapia intensiva. A intervenção precoce, a monitorização cuidadosa e a colaboração
interdisciplinar são fundamentais para proporcionar o melhor cuidado possível para esses
pacientes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOLETIM DA NEFRO. Hospital Sírio-Libanês. Nefrointensivismo. Disponível em


http://m.mmintensivecare.webnode.pt/news/nefrointensivismo. Acesso em: 09 de maio de
2023.

Dantas RC, Batista, et al. Diretrizes Brasileiras de Insuficiência Renal Aguda (2019). Revista
Brasileira de Terapia Intensiva, 2020.

Ponce, D., Balbi, A., & Durão, M. (2013). Balanço hídrico na UTI. Revista Brasileira de Terapia
Intensiva, 25(3), 227-237.

Andrade, B. R. P. de, Barros, F. de M., Lúcio, H. F. Â. de, Campos, J. F., & Silva, R. C. da. (2019).
Experience of nurses in the management of continuous hemodialysis and its influences on
patient safety. Texto & Contexto - Enfermagem, 28.

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