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Desafios para a parentalidade no Brasil

O livro “Quem é você, Alasca?” do célebre escritor John Green, retrata a


personagem Alasca Young com diversos problemas e traumas causados pela
má relação desenvolvida com o seu pai, que não se manteve presente após a
morte de sua mãe, tratando-a de maneira hostil e colocando a mesma em um
colégio interno. De maneira análoga, a população brasileira apresenta uma
grande escala de desafios em relação a parentalidade, onde a falta de
responsabilidade nos cuidados dessas crianças, deveria ser considerada antes
de serem gerados danos irreversíveis, sejam eles psicológicos ou físicos, como
ocorreu com essa geração.
Em primeira análise, há uma taxa de discriminação imensa em cima de
mães solteiras no país, onde ocorre uma exclusão dentro do mercado de
trabalho para aquelas que não possuem uma licença compartilhada, causando
uma falta de renda para o suporte que necessitam. Além disso, a lei de pensão
alimentícia, extremamente necessária para esse convívio, muitas vezes não é
cumprida por conta desse abandono parental, causando uma vida e um
ambiente precário aos filhos de ambos. Nesse contexto, um papel que deveria
ser empenhado em dois, termina sendo impossível de ser empenhado por um,
em tais condições.
Em segunda análise, o desenvolvimento de transtornos pela falta ou
presença de uma figura paterna tóxica é recorrente. Um exemplo de abuso
psicológico é chamado de alienação parental, em casos de divórcio, onde um
dos pais recorre a influenciar o ódio da criança a seu outro genitor. Como dito
por Platão, “Não deverão gerar filhos quem não quer dar-se ao trabalho de cria-
los.” Assim, a construção de uma mentalidade abalada poderia ter sido evitada,
sem a destruição do futuro e de seu crescimento.
Certamente, as dificuldades com a parentalidade dentro do Brasil são
advindas de diversas razões, causando um caos absurdo na vida dessas
crianças e em seu desenvolvimento, por conta de diversas razões fora de seu
controle. Para essa problemática ser mitigada, deve ser instalado um órgão
supervisor e de eficiência, pelo Ministério dos Direitos Humanos, para haver o
conhecimento total do governo e haver as devidas medidas a serem tomadas
por essas infrações, como a burla da pensão obrigatória, aumentando o
suporte financeiro quando necessário para o outro responsável, e diminuindo,
finalmente, o número de pais ausentes.

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