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Faculdade de Ciências do Tocantins

Direito

Resenha do tema:
A Síndrome da Alienação Parental: complexidades despertadas no âmbito
familiar

Elaborado por:
Maria Eduarda Dos Santos Alves

Docente: Dr. Jorciley Da Silva Oliveira

Araguaína, 04 de Maio de 2023


Maria Eduarda Dos Santos Alves

BUOSI, Caroline, Vellasco. Síndrome da Alienação Parental – SAP. Curitiba: Fucamp, 2012
MOTTA, Maria Antonieta Pisano. Síndrome da Alienação Parental. Porto Alegre: Equilíbrio, 2009
CARVALHO, Dimas, Messias. Adoção e guarda. Belo Horizonte: Del Rey, 2010

A Síndrome da Alienação Parental: complexidades despertadas no âmbito familiar

A Síndrome da Alienação Parental está inserida atualmente como uma forma de lavagem
cerebral em uma criança ou adolescente, isso acontece horrendamente quando ocorre a
separação do cônjuge, ou até mesmo por um parente que seja responsável pelos cuidados
desse menor, tal como afirma a Psicologia, a ciência que estuda o pensamento e o
comportamento humano.
Um dos conflitos observados nessa quebra da separação tradicional de papéis do “pai” e
da “mãe” tem sido a interferência ou manipulação dos filhos para se aproximarem de um dos
genitores e repelirem o outro, situação essa que foi diagnosticada pelo psiquiatra Richard
Gardner, na década de 1980, como Síndrome da Alienação Parental. Isso de baseia por meio
de falas escrotas em relação ao ex-companheiro (a), para o filho (a), faz uma imagem ruim do
outro representando uma violência mental a essa criança, oferecendo um péssimo
relacionamento com aquele que deveria proteger e educar.
Para BUOSI (2012, p. 59), ela enfatiza que nem sempre o constrangimento psicológico
sofrido pela criança ou adolescente é causado pelo exercício de autoridade, poder e Alienação
parental: Entre o direito e a psicologia, (p.2) dominação, mas pode ser causado pelo
comportamento contrário do alienador, ao se demonstrar excessivamente fragilizado,
vitimizado e carente, o que acarreta a “parentalização” do filho: situação em que o filho
assume o papel de protetor e cuidador do genitor, quando deveria ser o genitor a exercer essa
função quanto ao filho. Em termos simples, ocorre uma inversão de papéis.
Outrossim, percebe-se que as atitudes daqueles que incidem na alienação deságuam em
uma patologia psicológica e porque não dizer psiquiátrica para os quais tal ação é infringida.
Para MOTTA (2009, p. 35), “trata-se de desordem psíquica conhecida há mais de 20 anos
pelos nortes americanos e canadenses, estudiosos das consequências dos conflitos parentais
pós-divórcio na saúde psíquica dos filhos envolvidos”. Para o autor, existe relação entre a
separação dos pais e a ocorrência de tal síndrome.
Por conseguinte, verifica-se que a síndrome não é a ação em si, mas a reunião de sintomas
resultando em algo que deve ser tratado como patologia. Transcorrendo sobre o tema em
comento CARVALHO (2010, p. 66), que trabalha o seguinte conceito: A implantação
paulatina e constante na memória do filho, pelo genitor que possui a guarda, de falsas
verdades acaba por causar na criança ou adolescente a sensação de que foi abandonado e não
é querido pelo outro, causando um transtorno psicológico que o leva a acreditar em tudo que
foi dito em desfavor do guardião descontínuo e passa a rejeitá-lo, dificultando as visitas e
tornando-o cada vez mais distante até aliená-lo, tornando-se órfão de pai vivo, o que é
extremamente prejudicial para ambos.
A constituição federal de 88, o documento mais importante do ordenamento jurídico,
prevê que a criança precisa estar sob os cuidados e proteção dos responsáveis, visa conceber a
aquele que está em formação e desenvolvimento, o seu direito que é inerente de ter um vida
partilhada de uma vida saudável e sem perturbação, pois não há desenvolvimento psicótico e
físico com uma vida cheia de altos e baixos, ainda mais sendo uma pessoa que está numa que
vulnerável se deixa facilmente manipular e ser levado a pensamentos distorcidos do seu pai
ou mãe.
Nesse viés, é importante ressaltar o que a Lei 12.318/10 visa sobre esse imbróglio, cujo se
dispõe sobre a alienação parental, nos seus Art. 1 e 2, que considera-se ato de alienação
parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou
induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob
a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao
estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.
Como também, no seu Art. 3, enfatiza que a prática de ato de alienação parental fere
direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica
a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral
contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade
parental ou decorrentes de tutela ou guarda.
Dessa forma, ao observar o tema, percebe-se que há uma serie de problemas que podem ser
levados em consideração quando se trata dos mecanismos que são despertados nessa criança
ou adolescente, por meio da alienação, causando assim, transtornos, angústias e medo no
vulnerável que está exposto a essa realidade de abismo, pois, tanto o pai como a mãe, têm
uma influência muito grande.
Pressuposto que, com tamanha influência de ambos, acaba que o alienado irá ter uma certa
imagem, com certeza negativa daquele que o deixa alienar, deixando-se levar no pensamento
de que o outro responsável tem más condutas, não querendo relacionamento, aproximação ou
conversa. Portanto, traria futuros traumas a esse menor, trazendo uma péssima formação na
pessoa, que viesse a ser adulta, com problemas afetivos e familiares.
Referências:
ALIENAÇÃO PARENTAL. LEI Nº 12.318. Planalto, 2010. Disponível em: ALIENAÇÃO
%20PARENTAL.%20LEI%20Nº%2012.318.%20Planalto,%202010.%20Disponível%20em:http:/
legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2012.318-2010?
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