Você está na página 1de 21

Lei da Alienação Parental

12.318, de 26 de agosto de 2010.


14.713, de 30 de outubro de 2023.
Lei da Alienação Parental

 Conceito: Art. 2 o Considera-se ato de alienação parental a interferência na


formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por
um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob
a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause
prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.
 SAP (Síndrome da Alienação Parental; Morte inventada e Falsas memórias.
 Principal objetivo: Coibir o distanciamento entre o genitor alienado e as
crianças e adolescentes envolvidos nessa conduta
Lei da Alienação Parental

 A exclusão indevida do Pai ou Mãe do convívio com sua prole viola a Constituição Federal
brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
 Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente
e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
 Art. 3º. (ECA) A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por
lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade.
Alienação Parental
 A alienação parental é um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto
de sintomas pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, transforma a
consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com
o objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor,
denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa
condição. A alienação parental se caracteriza quando um dos genitores, os avós, ou
os que possuem a guarda da criança e do adolescente, manipulam o menor a romper
os laços afetivos com o outro genitor, criando sentimentos de temor, raiva e
ansiedade, em relação a este, prejudicando a convivência familiar. A alienação
parental consiste na interferência na formação psicológica da criança ou do
adolescente por um dos seus genitores (ou outros familiares) contra outro membro
da família, que também seja responsável pela criança. Sintomas da
Sintomas da Alienação Parental
 Os sintomas da alienação parental podem variar, mas geralmente envolvem
mudanças no comportamento e nas atitudes da criança em relação ao genitor
alienado. Alguns sinais comuns incluem:
 Desprezo ou rejeição injustificada: A criança expressa hostilidade ou aversão em
relação ao genitor alienado, muitas vezes sem razão aparente.
 Falsas alegações de abuso: A criança faz acusações infundadas de abuso físico,
emocional ou sexual pelo genitor alienado.
 Recusa em passar tempo com o genitor alienado: A criança evita visitas ou contato
com o genitor alienado, mesmo que anteriormente tivesse um relacionamento
próximo.
 Lealdade excessiva ao genitor alienador: A criança defende o genitor alienador de
forma incondicional, mesmo quando suas ações são prejudiciais.
Sintomas da Alienação Parental

 Dificuldade em expressar afeto pelo genitor alienado: A criança se sente


desconfortável ou incapaz de demonstrar carinho ou amor pelo genitor alienado.
 Ansiedade ou medo em relação ao genitor alienado: A criança pode sentir
ansiedade, medo ou tensão quando está com o genitor alienado.
 Dificuldade em manter relacionamentos saudáveis: A alienação parental pode
afetar a capacidade da criança de formar relacionamentos saudáveis no futuro.
 É importante observar esses sinais e procurar ajuda profissional se você suspeitar
de alienação parental. A intervenção precoce pode ajudar a mitigar os efeitos
negativos desse comportamento.
Diagnostico de Alienação Parental

 O diagnóstico da alienação parental geralmente envolve uma avaliação cuidadosa


por profissionais de saúde mental, assistentes sociais ou psicólogos. Aqui estão
algumas etapas comuns no processo de diagnóstico:
 Entrevista com os pais e a criança: O profissional conversa com ambos os pais
(ou responsáveis) e, se apropriado, com a criança. Eles procuram entender a
dinâmica familiar, histórico de relacionamento e quaisquer preocupações específicas.
 Observação do comportamento da criança: O profissional observa como a
criança interage com cada genitor. Isso pode ser feito em sessões individuais ou em
situações familiares.
 Avaliação psicológica: A criança pode ser submetida a testes psicológicos para
avaliar seu bem-estar emocional e identificar possíveis sinais de alienação
Diagnostico de Alienação Parental
 Análise de evidências: O profissional coleta informações, como mensagens de
texto, e-mails, registros de visitas e outros documentos que possam indicar
alienação parental.
 Avaliação do genitor alienador: O profissional também avalia o comportamento
do genitor acusado de alienação. Isso pode incluir entrevistas e avaliações
psicológicas.
 Consideração de outros fatores: O diagnóstico leva em conta outros fatores,
como histórico de conflitos entre os pais, motivações possíveis e o impacto na
criança.
 É importante lembrar que o diagnóstico de alienação parental não é simples e
requer uma abordagem cuidadosa e imparcial. Se você suspeita de alienação
parental, consulte um profissional qualificado para obter orientação específica.
Quais as Consequências
 As consequências da alienação parental podem ser profundas e afetar
significativamente o bem-estar emocional e psicológico da criança. Aqui estão
algumas das possíveis consequências:
 Dificuldades emocionais: A criança pode experimentar ansiedade, depressão,
raiva, confusão e sentimentos de abandono devido à separação do genitor
alienado.
 Problemas de relacionamento: A alienação parental pode prejudicar a
capacidade da criança de formar relacionamentos saudáveis no futuro. Ela pode
ter dificuldade em confiar nos outros e em expressar emoções.
 Baixa autoestima: A criança pode internalizar a rejeição do genitor alienado e
desenvolver uma imagem negativa de si mesma.
 Desenvolvimento de crenças distorcidas: A manipulação do genitor alienador
pode levar a crenças distorcidas sobre o genitor alienado, como acreditar que ele
é perigoso ou não se importa com a criança
Quais as Consequências

 Isolamento social: A criança pode se sentir isolada e excluída de atividades familiares e


sociais que envolvem o genitor alienado.
 Impacto na saúde mental a longo prazo: A alienação parental pode ter efeitos
duradouros na saúde mental da criança, afetando sua autoconfiança e habilidades de
enfrentamento.
 É importante reconhecer essas consequências e buscar intervenção adequada para
proteger o bem-estar da criança. Profissionais de saúde mental, terapeutas e mediadores
familiares podem ajudar a abordar essas questões e promover a reconciliação, quando
possível.
Como Cuidar

 Aconselhamento e terapia: Tanto a criança quanto os pais podem se beneficiar


de sessões de aconselhamento individual ou familiar. Isso ajuda a abordar
questões emocionais, melhorar a comunicação e promover a compreensão
mútua.
 Mediação familiar: Um mediador profissional pode ajudar os pais a encontrar
soluções para conflitos e trabalhar juntos para melhorar a relação com a criança.
 Ordens judiciais: Em casos graves, um tribunal pode emitir ordens específicas
para garantir que o genitor alienado tenha acesso à criança. Isso pode incluir
visitas supervisionadas ou outras medidas.
 Educação e conscientização: Informar os pais sobre os efeitos prejudiciais da
alienação parental e promover a conscientização sobre a importância de manter
relacionamentos saudáveis com ambos os genitores.
Como Cuidar

 Foco no bem-estar da criança: O objetivo principal deve ser o bem-estar


emocional e psicológico da criança. Os pais devem priorizar o interesse da
criança acima de suas próprias diferenças.
 Acompanhamento contínuo: O tratamento deve ser contínuo e adaptado às
necessidades específicas da família. Profissionais de saúde mental e assistentes
sociais podem fornecer suporte contínuo.
 Lembre-se de que cada caso é único, e o tratamento deve ser personalizado com
base nas circunstâncias individuais. Consultar profissionais qualificados é
fundamental para lidar com a alienação parental de maneira eficaz.
Lei 14.713/23
 Lei nº 14.713 de 30 de outubro de 2023 - Altera as Leis nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil),
para estabelecer o risco de violência doméstica ou familiar como causa impeditiva ao
exercício da guarda compartilhada, bem como para impor ao juiz o dever de indagar
previamente o Ministério Público e as partes sobre situações de violência doméstica
ou familiar.
 Entrou em vigor nesta terça-feira (31) a Lei 14.713/2023, que impede a concessão de
guarda compartilhada de crianças e adolescentes quando há risco de violência
doméstica. A norma modifica o Código Civil e o Código de Processo Civil – CPC
para impedir que o genitor agressor tenha direito à guarda compartilhada.
 Foi sancionada a lei 14.713/23, que proíbe a guarda compartilhada de crianças e
adolescentes quando houver risco de violência doméstica ou familiar. Com a mudança
na legislação, os riscos de violência doméstica, independentemente de sua prática,
impedirão a guarda compartilhada.
Lei 14.713/23

 A Lei 14.713/2023 representa um avanço significativo na proteção das vítimas


de violência doméstica, reconhecendo a necessidade de medidas mais efetivas.
Essa lei aborda de maneira mais abrangente a violência doméstica e traz atualizaç
ões importantes no combate a esse tipo de violência e, especialmente, nas questõe
s relacionadas à
guarda em casos desse tipo.
 Aqui estão os principais pontos da Lei 14.713/2023:
 Aplicação: A nova legislação aplica-se a todos os casos de violência doméstica,
englobando desde agressões físicas até violências psicológicas e sexuais. Sua
abrangência visa proporcionar uma resposta mais efetiva a diferentes formas de
violência, reconhecendo a complexidade dessas situações.
Tipos de Violência Doméstica

 Violência Física: Agressões que causam dano ao corpo da vítima.


 Violência Psicológica/Emocional: Ameaças, humilhações, manipulação
psicológica.
 Violência Sexual: Coerção sexual, estupro marital e outros abusos sexuais.
 Violência Patrimonial: Controle financeiro abusivo, destruição de bens.
 Violência Moral: Calúnias, difamações e exposição pública da vítima.
Guarda Unilateral em Caso de Violência
Doméstica

 A grande novidade trazida pela Lei 14.713/2023 é a determinação de


guarda unilateral para a vítima em casos de violência doméstica. Isso
significa que, ao avaliar a situação, os tribunais têm a prerrogativa de
conceder à mãe a guarda exclusiva dos filhos, visando protegê-los dos
efeitos nocivos da violência.
 Entender os mecanismos de proteção disponíveis, como as medidas protetivas
da
Lei Maria da Penha
, é essencial para que as vítimas possam buscar ajuda e construir um futuro liv
re da sombra da violência doméstica
.
Participantes do Grupo

Danielle Souza da Silva


Eduarda Cristina Mulinario Barboza
Estélida maria Guimarães
Lucas de Freitas Gondim
Stefanie Dallecrode de Lima
Estudantes de Direito
Faculdade Estácio Vila Velha
Palavra Chave: Alienação Parental, Lei 14.713/23

Você também pode gostar