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ALIENAÇÃO

PARENTAL

O termo "alienação parental" surgiu na


década de 1980, sendo cunhado pelo
psiquiatra infantil Richard Gardner. Ele usou
esse termo para descrever uma situação em
que um dos pais tenta manipular a criança
para que ela rejeite ou chore sentimentos
negativos em relação ao outro pai,
geralmente durante um processo de divórcio
ou separação.

Contextualização Histórica
A lei 12.318/10 surgiu diante de um
cenário que exigiu a intervenção
estatal ante a necessidade de
garantir à criança e ao adolescente a
convivência pacífica e harmoniosa, de
forma equilibrada, com ambos
genitores.

Hoje, pais, avós, tios entre outras


pessoas que tenham convivência
próxima com o menor podem
praticar atos de alienação,
induzindo-o a rejeitar ou mesmo a
repudiar o parente alienado.
Legislação
A Lei nº 12.318/2010 busca proteger a criança
ou o adolescente contra a alienação
parental, promovendo a preservação dos
familiares e o bem-estar emocional da
criança como prioridade. Além disso, a lei
ressalta a importância de se considerar o
princípio do melhor interesse da criança na
resolução de casos de alienação parental

A Lei da Alienação Parental estabelece


algumas ações que podem ser consideradas
como alienação parental

Art. 2o Considera-se ato de alienação


parental a interferência na formação
psicológica da criança ou do adolescente
promovida ou induzida por um dos
genitores, pelos avós ou pelos que tenham
a criança ou adolescente sob a sua
autoridade, guarda ou vigilância para que
repudie genitor ou que cause prejuízo ao
estabelecimento ou à manutenção de
vínculos com este.
Parágrafo único. São formas
exemplificativas de alienação parental,
além dos atos assim declarados pelo juiz ou
constatados por perícia, praticados
diretamente ou com auxílio de terceiros:
I - realizar campanha de desqualificação da
conduta do genitor no exercício da
paternidade ou maternidade;
II - dificultar o exercício da autoridade
parental;
III - dificultar contato de criança ou
adolescente com genitor;
IV - dificultar o exercício do direito
regulamentado de convivência familiar;
V - omitir deliberadamente a genitor
informações pessoais relevantes sobre a
criança ou adolescente, inclusive escolares,
médicas e alterações de endereço;
V - omitir deliberadamente a genitor
informações pessoais relevantes sobre a
criança ou adolescente, inclusive
escolares, médicas e alterações de
endereço;
VI - apresentar falsa denúncia contra
genitor, contra familiares deste ou contra
avós, para obstar ou dificultar a
convivência deles com a criança ou
adolescente;
VII - mudar o domicílio para local
distante, sem justificativa, visando a
dificultar a convivência da criança ou
adolescente com o outro genitor, com
familiares deste ou com avós

Caso a prática de alienação parental


seja comprovada, o juiz poderá adotar
diversas medidas para proteger a
criança e restabelecer a convivência
familiar. Isso pode incluir desde
obediência e acompanhamento
psicológico, a alteração da guarda e
até mesmo a aplicação de multas,

No dia 18 de maio de 2022, a lei


12.318/10, foi parcialmente alterada
pela lei 14.340. Tivemos mudanças do
que se trata sobre Suspensão da
Autoridade Parental, Peritos,
Prioridade de dpoimento entre outros.
DIFERENÇAS ENTRE:

SÍNDROME DA ALIENAÇÃO
PARENTAL (PAS)
DESORDEM QUE SURGE PRINCIPALMENTE NO
CONTEXTO DE DISPUTAS DE CUSTÓDIA DA
CRIANÇA. SUA MANIFESTAÇÃO PRINCIPAL É A
CAMPANHA DA CRIANÇA DE DENEGRIR UM DOS
PAIS, NUMA CAMPANHA QUE NÃO TEM
JUSTIFICATIVA. QUANDO O VERDADEIRO ABUSO
E/OU NEGLIGÊNCIA ESTÃO PRESENTES, A
ANIMOSIDADE DA CRIANÇA É JUSTIFICADA E,
PORTANTO, A EXPLICAÇÃO DA SÍNDROME DE
ALIENAÇÃO PARENTAL PARA A HOSTILIDADE DA
CRIANÇA NÃO É APLICÁVEL.

ALIENAÇÃO PARENTAL
UM DISTÚRBIO NO QUAL AS CRIANÇAS SOFREM
UMA AVERSÃO IRRACIONAL A UM GENITOR, COM
QUEM ELES ANTERIORMENTE DESFRUTAVAM DE
RELAÇÕES NORMAIS OU COM QUEM NORMALMENTE
DESENVOLVIAM AFEIÇÕES.

Caso
Joanna Marcenal
DESAFIOS

Subjetividade na definição e
comprovação.

Risco de falsas acusações.

Necessidade de conscientização
e capacitação dos profissionais
envolvidos.

Danos emocionais às crianças


É fundamental abordar e
tratar a alienação parental
de maneira adequada e
buscar soluções que
priorizem o bem-estar das
crianças envolvidas.

Keny Mary Lopes Ferreira


Larissa Cordeiro Neves

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