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Qual é a importância de considerar a destituição do poder familiar como o

último recurso na atuação junto às famílias de crianças e adolescentes?

A destituição familiar, ou seja, o afastamento de uma criança ou adolescente de


sua família de origem, deve ser sempre considerada como a última alternativa
na intervenção junto às famílias. Isso se dá por diversas razões fundamentais:
Preservação dos laços familiares: A família representa o alicerce primordial para
o desenvolvimento saudável de uma criança ou adolescente. Manter os vínculos
familiares sempre que viável é essencial para sua estabilidade emocional e
desenvolvimento psíquico.
Direito à convivência familiar: Todas as crianças e adolescentes possuem o
direito básico de residir em um ambiente familiar que os proteja e lhes forneça
apoio. Remover uma criança de sua família contradiz esse direito, devendo
ocorrer somente em circunstâncias estritamente necessárias para sua
segurança e bem-estar.
Impacto emocional: A separação de uma criança ou adolescente de sua família
pode acarretar traumas emocionais relevantes. A ruptura dos laços familiares
pode desencadear sentimentos de desamparo, exclusão e perda, os quais
podem prejudicar adversamente seu desenvolvimento futuro.
Alternativas possíveis: Antes de cogitar a remoção familiar, é essencial
investigar e implementar outras medidas e apoios que possam contribuir para
fortalecer a família e solucionar os problemas que colocam a criança em
situação de risco. Isso pode envolver serviços de suporte psicossocial,
programas de intervenção familiar, orientação aos pais e auxílio financeiro.
Repercussões a longo prazo: A remoção familiar pode acarretar consequências
negativas duradouras para a criança, incluindo dificuldades de adaptação,
problemas comportamentais, desafios acadêmicos e relacionamentos
interpessoais instáveis.
Em suma, a remoção familiar deve ser encarada como uma medida extrema e
somente adotada quando todas as outras opções foram esgotadas e a
segurança e o bem-estar da criança ou adolescente estão gravemente
ameaçados dentro de sua família de origem.

Em que situações você acredita que a grave violação de direitos pelos


responsáveis justificaria a destituição do poder familiar?

A revogação do poder familiar é uma medida extrema e deve ser considerada


somente em situações extraordinárias em que ocorre uma séria transgressão
dos direitos da criança ou adolescente por parte dos responsáveis legais.
Existem algumas circunstâncias em que essa medida pode ser justificada:
Violência física ou sexual: Quando existem provas de violência física ou sexual
cometida pelos responsáveis contra a criança ou adolescente, a revogação do
poder familiar pode ser necessária para proteger o bem-estar e a segurança da
vítima.
Desamparo extremo: Casos de desamparo extremo, nos quais os responsáveis
não proporcionam cuidados básicos adequados, como alimentação, moradia,
educação e supervisão, podem justificar a revogação do poder familiar para
garantir que a criança tenha acesso a um ambiente seguro e acolhedor.
Exposição a ambientes nocivos: Se a criança ou adolescente estiver sendo
exposto a ambientes prejudiciais, como residências com presença constante de
violência, uso de substâncias ilícitas ou atividades criminosas, a revogação do
poder familiar pode ser necessária para garantir sua proteção.
Grave negligência afetiva: Situações em que os responsáveis falham
continuamente em oferecer suporte emocional adequado, afeto e apoio
psicológico à criança, levando-a a sofrer danos emocionais graves, podem
justificar a intervenção para garantir seu desenvolvimento saudável.
Incapacidade dos responsáveis de prover cuidados adequados: Em casos em
que os responsáveis enfrentam problemas graves de saúde mental,
dependência química ou outras circunstâncias que os impeçam de oferecer
cuidados adequados à criança, a revogação do poder familiar pode ser
considerada para garantir o bem-estar da criança.
Em todas essas situações, a revogação do poder familiar deve ser
cuidadosamente avaliada e considerada como último recurso, priorizando
sempre o interesse superior da criança ou adolescente. É fundamental que haja
uma investigação completa e imparcial, envolvendo profissionais qualificados,
para determinar se a medida é realmente necessária e justificada. Além disso,
devem ser oferecidos apoios e serviços apropriados para a criança e sua família,
visando minimizar o impacto emocional e facilitar a transição para uma nova
situação de cuidado, caso a revogação seja inevitável.
Quais são os possíveis impactos da destituição do poder familiar nas crianças e
adolescentes envolvidos?

Quando tiram a criança ou adolescente da família, isso pode machucar


bastante. A separação dos pais ou quem cuida pode deixá-los muito tristes e
perdidos. Isso pode fazer com que se sintam sozinhos e com medo do que vai
acontecer. Além disso, pode atrapalhar o jeito de pensar, fazer amigos e
aprender na escola.
Sem os pais ou quem cuida por perto, eles podem acabar se envolvendo em
coisas perigosas, como usar drogas ou fazer coisas erradas. A falta deles para
orientar e cuidar pode deixá-los vulneráveis a influências negativas do
ambiente.
E, sabe, quando são afastados de suas famílias e colocados em outro lugar,
podem se sentir perdidos e sem saber quem são de verdade. Pode ser difícil se
adaptar a um lugar novo e manter contato com suas raízes, como sua cultura e
tradições.
Resumindo, quando tiram eles da família, pode afetar bastante sua saúde
emocional, mental e social. Por isso, é importante que recebam ajuda e suporte
para lidar com esses problemas.

Como a atuação preventiva e o apoio às famílias podem contribuir para evitar


a necessidade de destituição do poder familiar?

Ajudar as famílias é muito importante para que as crianças e adolescentes não


sejam tirados de suas casas. Isso significa dar apoio e ajuda para as famílias que
estão passando por momentos difíceis. Aqui estão algumas maneiras de ajudar:
Ensinar os pais: Ensinar os pais a serem bons pais é muito importante. Isso inclui
ajudá-los a entender como cuidar bem de seus filhos, resolver brigas, falar de
maneira boa e lidar com o estresse.
Dar coisas importantes: É importante que as famílias tenham o que precisam,
como dinheiro, casa, médico e escola. Isso pode ajudar a evitar problemas
sérios.
Ajudar cedo: Se algo estiver errado em uma família, é importante ajudar logo no
início. Isso pode evitar que os problemas fiquem piores e que as crianças sejam
tiradas de suas casas.
Dar apoio emocional: Quando uma família está passando por um momento
difícil, é importante ajudá-los a se sentirem melhor emocionalmente. Isso pode
incluir conversar com alguém que possa ajudar e dar suporte quando eles
precisarem.
Ensinar e dar oportunidades: Ensinar os pais a fazer coisas melhores pode
ajudá-los a conseguir um bom emprego e serem melhores pais. Isso pode ajudar
a garantir que seus filhos tenham um lugar seguro e feliz para crescer.
Resumindo, ajudar as famílias antes que as coisas fiquem muito ruins é muito
importante. Isso pode ajudar as crianças a ficarem em casa com suas famílias e
evitar problemas sérios.

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