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CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO

Contexto social
Há diversos fatores relacionados a crianças e adolescentes que estão
em situação de risco, isso está caracterizado conforme a gravidade da situação
e realidade em que a criança e/ou adolescente.
Segundo o autor Melo (2017) no Brasil se constitui como situação de
risco a violência, miséria e exclusão social, por razão de aumento significativo
no número de crianças e adolescentes que possuem seus direitos violados
quando são expostos a diversas situações, como situação de rua, de abandono
e de maus tratos.
Podem ser caracterizadas como situações de risco as situações que
propiciam uma vida sem direitos a integridade física, social e psicológica, como
não ter acesso à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência comunitária. Essas
condições de vida podem estar ligadas a desigualdades sociais, como a
pobreza, a exclusão social e até mesmo da falta de vínculos afetivos na família.

As situações de risco pode ser as seguintes:

O abandono e negligência se caracteriza na falta de assistência de


pais ou responsáveis quanto à segurança, educação, saúde e formação moral,
não apenas falta de recursos materiais, como também a falta de condições
psicológicas. A negligencia também está relacionado ao papel de omissão dos
responsáveis nos cuidados da criança ou adolescente.
O abuso psicológico e maus-tratos na família e nas instituições, diz
respeito a fazer ou exigir algo da criança e/ou adolescente, de forma que cause
danos sérios a sua autoestima ou a sua estrutura emocional que está em
formação. Esse abuso, trata-se de uma relação desigual de poder entre adultos
dotados de autoridade e crianças e adolescentes dominados. Pode ser
exercida através de determinadas atitudes, tais como: agressões verbais, de
chantagens, regras excessivas, ameaças (algumas vezes até de morte),
humilhações, desvalorização, desqualificação, rejeição e isolamento.
Outra situação de risco é a exploração e abuso sexual, se caracteriza
em vender ou expor à venda fotográfica da criança e/ou adolescente, expor ou
vender o vídeo ou outro tipo de exposição que contenha cena de sexo explícito.
O abuso sexual pode ou não envolver o contato físico, envolve desde o abuso
verbal ao físico.
O trabalho abusivo e explorador, está relacionado a qualquer tipo de
trabalho em que crianças e adolescentes estão sujeitos a danos prejudiciais ao
desenvolvimento físico, emocional e intelectual, isto envolve a trabalhos
realizado em tempo integral, sem que se tenha idade para desenvolver o
trabalho; trabalhos que conduza a situações de estresse físico, social ou
psicológico ou que seja prejudicial ao pleno desenvolvimento psicossocial;
trabalhos realizados nas ruas em condições de risco; trabalho que atrapalhe o
desempenho escolar, ou que seja no mesmo horário de frequência à escola;
trabalhos que possa comprometer a dignidade e a autoestima, principalmente
quando está relacionado ao trabalho forçado ou que evolva exploração sexual.
É extremamente proibido que menores de catorze anos trabalho, com a
exceção de ser na condição de aprendiz.
Tráfico de crianças e adolescentes; quando ocorre a retirada da
criança e/ou adolescente com ou sem o consentimento dos pais/responsáveis,
com o objetivo de promover o trabalho ilegal ou outras formas de abuso para
fins de exploração ou lucratividade. Promover, auxiliar ou estar ciente do envio
de criança ou adolescente para o exterior.
Uso e tráfico de drogas; há muitos casos em que a crianças e/ou
adolescentes são envolvidas com o tráfico de drogas no próprio ambiente
familiar. Outro fator que pode envolver os menores são os traficantes que
aproveita da situação em que os menores não podem ser presos pela lei e as
usam como mulas para o transportar drogas, e em troca eles ganham certos
tipos de benéficos como o status, moedas, roupas, acessórios, coisas que
muitas vezes a família não tem condições de comprar.

Papel do psicólogo jurídico com crianças em situações de risco

Os profissionais da psicologia podem contribuir como mediador dos


direitos da criança na prevenção de situações de risco em que diversas
crianças podem vivenciar, para que ocorra essa mediação ele precisa ter
conhecimento do assunto a ser competido a ele. Importante que este
profissional atue de forma direta analisando todos os contextos, sempre
levando em consideração a subjetividade da criança/adolescentes envolvidos.
O profissional da psicologia auxilia na prevenção e auxilio com os danos
psicológicos deixados pela convivência em situações de risco, que são
situações que podem comprometer o desenvolvimento da criança e do
adolescente, comprometimento físico, social e psicológico. O psicólogo
fornecer apoio psicológico a criança/adolescente, auxilia no desenvolvimento
de medidas socioeducativas, para que possam aprender novos repertórios
comportamentais e comportamentos assertivos e assim ser reinserido na
sociedade.

Referências bibliográficas

MELO, Laiz Alves Guimarães. Avaliação psicológica em crianças e


adolescentes em situação de risco. Revista Especialize On-line IPOG -
Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017 Julho/2017. Disponível em:
<https://www.ipog.edu.br/download-arquivo-site.sp?arquivo=laiz-alves-
guimaraes-melo-4131200.pdf.> acesso dia 20 de maio.

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