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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1. Introdução

O presente trabalho da cadeira de (nome da cadeira), tem como tema "Criança na idade escolar -
negligência e abuso sexual (identificação, avaliação e manejo) de outras situações particulares:
negligência, maus-tratos, violência doméstica e abuso sexual.

De salientar que, o abuso sexual de crianças é um dos tipos de maus-tratos mais freqüentes,
apresentando implicações médicas, legais e psicossociais.

Devido a esses fatores, as crianças vitimizadas encontram-se em situação de risco. Portanto, faz-se
necessária uma capacitação dos profissionais que trabalham com essas crianças e com suas famílias, de
modo que se possa obter a versão real dos casos, bem como conduzir uma intervenção adequada.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Negligência

A negligência é a falha em prestar ou atender às necessidades básicas físicas, emocionais,


educacionais e médicas de uma criança. Os pais ou cuidadores podem deixar a criança sob o cuidado
de pessoas reconhecidas como praticantes de abuso ou podem deixar a criança sozinha, sem
vigilância.

IDENTIFICAÇÃO

Uma criança negligenciada pode ser identificada por profissionais de saúde durante a avaliação de um
problema não relacionado, como uma lesão, uma doença ou um problema comportamental. Médicos
podem notar que uma criança não está se desenvolvendo física ou emocionalmente de maneira
normal ou que faltou a muitas vacinações ou consultas. Os professores e assistentes sociais
frequentemente são os primeiros a reconhecer a negligência. Os professores podem perceber a
negligência devido às faltas frequentes e inexplicadas à escola.

Tipos de negligência

 Negligência física, os pais ou cuidadores não fornecem adequadamente alimentação,


vestuário, abrigo, supervisão e proteção contra possíveis danos.
 Na negligência emocional, os pais ou cuidadores não dão afeto, amor ou outros tipos de apoio
emocional. As crianças podem ser ignoradas ou rejeitadas ou impedidas de interagir com
outras crianças ou adultos.
 No caso de negligência médica, os pais ou cuidadores não fornecem os cuidados médicos
adequados para a criança, como o tratamento necessário para lesões ou distúrbios de saúde
física ou mental.
 No caso de negligência educacional, os pais ou cuidadores não matriculam a criança na escola
nem garantem que a criança esteja frequentando uma escola em um contexto tradicional,
como uma escola pública ou particular ou receba educação em casa.

Métodos de prevenção da negligência

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) estruturou um programa de prevenção da


negligência que visa o tratamento, principalmente em países subdesenvolvidos, preocupado em
diferenciar negligência de pobreza (Pasian, Faleiros, Bazon, & Lacharité, 2013).

 Promover estratégias educativas para serem postas em prática pelos pais e pela escola, junto
das crianças, se possível, interagindo em conjunto para que se promova maior e mais eficaz
conhecimento entre as diferentes abordagens (Pasian, Faleiros, Bazon, & Lacharité, 2013).

Maus-tratos

 IDENTIFICAÇÃO
Quando a criança demonstra ter receio de contato físico ou se retrai e mantém a cabeça baixa a
qualquer mudança do tom de voz, é sinal de que ela pode estar sendo maltratada, apanhando dos
amiguinhos ou até dos educadores. Então, é preciso ficar de olho, conversar com os responsáveis pela
criança durante o dia.

 MANEJO

O enfermeiro quando cumpre com sua responsabilidade, que é o de identificar e tam- bém notificar os
casos de suspeitas de maus-tratos ao Conselho Tutelar deve conhecer os seus direitos e deveres para
enfrentar a situação adequadamente, agindo com postura ética, passando confiança.

Violência doméstica

 IDENTIFICAÇÃO

De acordo com a psicóloga Angélica, alguns sinais são simples de perceber, tais como:

i. Se era falante, a criança para de falar;


ii. Se era quieta, se retrai mais ainda;
iii. Deixa de comer ou passa a comer muito e compulsivamente;
iv. Negligencia a higiene e não quer mais brincar;

 MANEJO

O pessoal da saude Deve estar atenta aos sinais de alerta de violência (explicação inconsistente de
traumatismo ou atraso na busca de atendimento médico, queixas como dor abdominal crônica,
cefaleia, fadiga e falta de adesão ao tratamento) e realizar uma abordagem clínica centrado na pessoa
de forma empática ética e sigilosa.

Abuso sexual

Qualquer ato com uma criança visando a gratificação sexual de um adulto ou de outra criança
significativamente mais velha (em termos cronológicos ou de desenvolvimento) e mais poderosa é
considerado abuso sexual (consulte Pedofilia).

Abuso sexual inclui


 Penetração da vagina, ânus ou boca da criança;
 Tocar a criança com uma intenção sexual, mas sem penetração (molestamento);
 Forçar uma criança a participar de um ato sexual com outra pessoa;
 Usar uma criança para criar pornografia.

Sintomas de abuso sexual

 Mudanças no comportamento são sinais comuns de abuso sexual.


 Essas alterações podem ocorrer bruscamente e de forma extrema.
 As crianças podem se tornar agressivas, retraídas ou desenvolver fobias ou distúrbios do sono.
 Crianças abusadas sexualmente pelo pai ou pela mãe ou outro parente podem ter
sentimentos de conflito. Elas podem se sentir emocionalmente próximas ao agressor, ainda
que se sintam traídas.

Os tipos de abuso sexual podem ser do tipo intrafamiliar ou extrafamiliar.

No que diz respeito à violência sexual intrafamiliar praticada contra criança e adolescente Rangel
(2009, p.25) tem a seguinte definição: “Relações com conotação sexual entre pais e filhos, crianças ou
adolescentes, no interior da família, sejam os laços que os unem consanguíneos, afins ou civis”.

Enquanto o abuso sexual extrafamiliar é aquele que é cometido por alguém que não pertence à
família da vítima, mas na maioria dos casos é alguém conhecido que geralmente acaba conquistando
a confiança da família e da vítima.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

3.1. Conclusão

Chegado a este ponto pode-se concluir que:

 A negligência diz respeito à ausência de responsabilidade por parte dos pais em prestar os
cuidados necessários aos filhos, traduzindo-se em consequências graves do foro da educação,
da saúde, da emoção, e até físicas.
 O abuso sexual de crianças faz parte da realidade de todos os países. Dessa forma, os
profissionais da saúde devem essar conscientes da necessidade de uma capacitação adequada,
de modo que seja possível conduzir intervenções corretas nos casos de abuso sexual, seja esse
extra ou intrafamiliar;
4. Referências Bibliográficas

Pereira, R. R. (1993). Em busca da infância perdida.

Cavalcante, L.S. (2014). A Negligência como Fator de Risco Para o Abuso Sexual

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