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A avaliação de crianças que podem ter sofrido abuso físico consiste em um desafio
especial aos médicos. Estes profissionais, além de estabelecer o diagnóstico e o
tratamento, devem tentar propiciar um cuidado especial às crianças que são vítimas
do abuso físico, através da emissão de um relatório minucioso sobre os sinais e
sintomas da criança, ao órgão estadual responsável pela proteção da criança.
O estudo
Para tentar esclarecer a função do profissional que assiste a criança, o Dr. Pressel
realizou uma revisão dos fatores relevantes no diagnóstico e na conduta a ser
tomada pelo médico, quando em situação de suspeita de maus tratos à criança.
Alguns fatores de risco do abuso físico das crianças, compreendem: crianças com
problemas médicos complexos; crianças com desenvolvimento atrasado; crianças
ditas “difíceis” de conviver e crianças hiperativas. Determinados “sinais
vermelhos” na história colhida pelo médico devem ser relevados no momento de
estabelecer o diagnóstico do mau trato da criança.
Durante o exame físico, a pele deve ser bem examinada, pois, trata-se do órgão
mais atingido nos maus tratos e também, mais fácil de ser examinado. A
disposição dos ferimentos sobre a pele, muitas vezes, auxilia na diferenciação de
trauma acidental e não- acidental.
Resultados
Nesse estudo, ênfase foi dada à avaliação de uma criança com suspeita de ter
sofrido maus tratos, a qual deve ser cuidadosa, para que não haja diagnóstico
equivocado de abuso físico e esse fato não cause verdadeira destruição de uma
família.
Segundo o estudo realizado pelo Dr.David Pressel, a avaliação de uma criança com
suspeita de sofrer maus tratos, consiste em um problema comum e sério para todos
os pediatras. Uma história inconsistente, com a avaliação médica e os
determinados testes padrões (laboratoriais e radiológicos) de achados físicos, deve
alertar o médico quanto à possibilidade de abuso da criança. Além de exercer a
função de diagnosticar e de tratar o paciente, o médico possui também a
responsabilidade de alertar o serviço de proteção da criança e, dessa forma,
protege-la.
Abuso infantil
Violência sexual
Segundo Azevedo & Guerra (2007), configura-se a violência sexual doméstica como
todo ato ou jogo sexual, relação hetero ou homossexual, entre um ou mais adultos e
uma criança ou adolescente, tendo por finalidade estimular sexualmente esta criança
ou adolescente, ou utilizá-la para obter uma estimulação sexual sobre sua pessoa ou
de outra pessoa. Ressalte-se que em ocorrências desse tipo, a criança é sempre vítima
e não poderá ser transformada em ré. A intenção do processo de Violência Sexual é
sempre o prazer (direto ou indireto) do adulto, sendo que o mecanismo que
possibilita a participação da criança é a coerção exercida pelo adulto, coerção esta
que tem raízes no padrão adultocêntrico de relações adulto-criança vigente em nossa
sociedade... a Violência Sexual Doméstica é uma forma de erosão da infância.
Negligência
Segundo Azevedo & Guerra (2007, a negligência consiste uma omissão em termos
de prover as necessidades físicas e emocionais e uma criança ou adolescente.
Configura-se quando os pais (ou responsáveis) falham em termos de alimentar, de
vestir adequadamente seus filhos, de prover educação e supervisão adequadas, e
quando tal falha não é o resultado das condições de vida além do seu controle. A
Negligência pode se apresentar como moderada ou severa. Nas residências em que
os pais negligenciam severamente os filhos, observa-se, de modo geral, que os
alimentos nunca são providenciados, não há rotinas na habitação e para as crianças,
não há roupas limpas, o ambiente físico é muito sujo com lixo espalhado por todos
os lados, as crianças são muitas vezes deixadas sós por diversos dias. A literatura
registra entre esses pais, um consumo elevado de drogas, de álcool, uma presença
significativa de desordens severas de personalidade. Recentemente, o termo vem
sendo ampliado para incorporar a chamada supervisão perigosa. [Cf. Azevedo, Maria
Amélia e Guerra, Viviane N. de Azevedo (1998:184 e ss). Infância e violência fatal
em família. São Paulo: Iglu]
Violência Doméstica Fatal
Segundo Azevedo & Guerra (2007, a violência fatal é aquela praticada em família
contra filhos ou filhas, crianças e/ou adolescentes, cuja conseqüência acaba sendo a
morte destes. Tem sido denominada, impropriamente, de infanticídio (quando a
vítima é um bebê em suas primeiras horas de vida), assassinato Infantil (homicídio
de crianças no lar ou fora dele), ou filicídio (morte dos filhos praticada por pais
consangüíneos ou por afinidade). A impropriedade desses termos decorre do fato de
serem:
parciais, não cobrindo todo o espectro de vítimas e/ou agressores; genéricos,
misturando, por vezes, sob uma mesma rubrica, mortes ocorridas dentro e fora da
família, ou ainda, conceituações médicas com outras de caráter legal; camuflar dores
da violência subjacente às ações ou omissões fatais praticadas em família
Super-proteção
REGULAMENTA A FICHA DE
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
DE MAUS-TRATOS/ABUSO
SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES E ESTABELECE
SEU FLUXO E AVALIAÇÃO
R E S O L V E:
Art. 2° - Regulamentar que a notificação de que trata o Artigo 1° deverá ser feita
mediante a utilização da Ficha de Notificação Compulsória de Casos Suspeitos ou
Confirmados de Maus-Tratos/Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes,
constante do Anexo desta Resolução, observadas as instruções e cautelas nele
indicadas para seu preenchimento.
IV - DADOS DO ATENDIMENTO (Incluir observações da anamnese e exame físico que sugiram maus
tratos)___________________________________________________________________________________
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INSTRUTIVO
I -CARACTERIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA
Os maus tratos são atos de ação (físicos, psicológicas e sexuais) ou de omissão (negligência)
praticados contra a criança / adolescente sendo capaz de causar danos físicos, sexuais e/ou
emocionais. Estes maus tratos podem ocorrer isolados, embora freqüentemente estejam associados.
Descrever o tipo de maus tratos, segundo a Classificação Internacional de Doenças, 10 0 revisão,
CID10, com os seguintes códigos:
T 74.0 Negligência e Abandono
II -ASPECTOS LEGAIS
III -– OBSERVAÇOES:
. Para cada criança ou adolescente atendido deverá ser preenchido uma Ficha.
. Recomendamos manter contato telefônico com o Conselho Tutelar antes do encaminhamento da Ficha.
INSTRUTIVO
I -CARACTERIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA
Os maus tratos são atos de ação (físicos, psicológicas e sexuais) ou de omissão (negligência)
praticados contra a criança / adolescente sendo capaz de causar danos físicos, sexuais e/ou
emocionais. Estes maus tratos podem ocorrer isolados, embora freqüentemente estejam associados.
Descrever o tipo de maus tratos, segundo a Classificação Internacional de Doenças, 10 0 revisão,
CID10, com os seguintes códigos:
T 74.0 Negligência e Abandono
II -ASPECTOS LEGAIS
III -– OBSERVAÇOES:
. Para cada criança ou adolescente atendido deverá ser preenchido uma Ficha.
. Recomendamos manter contato telefônico com o Conselho Tutelar antes do
encaminhamento da Ficha.