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do Espetro do Autismo
8- Envolvimento neurológico
Algum envolvimento é
Podem apresentar sinais neurológicos leves, que são
comparável, menos em
observados como desajeitamento motor. Mais de metade não
termos do gatinhar e dos
gatinha ou gatinha tarde. Alguns têm ausências, crises ou
descontrolos episódicos.
descontrolos episódicos.
Impor limites importantes como os que se encontram relacionados com questões de segurança e
desvalorizar coisas que não são tão importantes. Considerar: vale a pena entrar em conflito? As
expetativas devem, sempre que possível, ser reduzidas ao mínimo e o confronto deve ser evitado.
Cada dia é diferente para as crianças com PDA. Quando a ansiedade é elevada, as exigências
devem ser poucas. Quando a criança está mais relaxada os pedidos/solicitações podem ser
aumentados.
Compreender que o comportamento que apresentam resulta do seu esforço para controlar o
ambiente e, portanto, reduzir os níveis de ansiedade. As crianças não escolhem deliberadamente
não cumprir o que é solicitado.
Oferecer escolhas limitadas para dar às crianças uma sensação de controlo e autonomia. Dizer
“queres tomar banho de imersão ou de chuveiro?” comunica a necessidade de tomar banho, mas
oferece uma escolha, o que ajuda a reduzir a ansiedade.
Crianças com PDA também têm muitos pontos fortes, como por exemplo serem criativas,
afetuosas e focadas em temas do seu interesse. Estas caraterísticas poderão ser usadas para captar
o seu interesse, disfarçar pedidos/solicitações e reduzir os níveis de ansiedade.
Tentar fazê-las sentir-se úteis: “seria muito útil se tu pudesses…”. Fingir que não se sabe ou pedir
às crianças para mostrar como se faz uma determinada tarefa.
Utilizar instruções do tipo “quando…então” (ex. quando fizeres o trabalho de casa, então podes ir
jogar à bola).
Ter um espaço seguro e/ou várias áreas onde as crianças possam ficar sozinhas e acalmar-se.
Usar os interesses das crianças, como personagens e brinquedos, pode ajudar a despersonalizar
pedidos/solicitações. Os mesmos podem ser utilizados na “terceira pessoa”, evitando que seja o
adulto a pedir diretamente às crianças para fazerem algo (ex. imitar a voz da personagem para
fazer o pedido). Servir-se da importância que os bonecos têm para as crianças: “ele diz que estas
são as regras”, “ele gostava que tentasses resolver isto”. Fazer as crianças encarar o papel de
professor e ensinar o adulto ou o boneco.
Usar o humor como distração, dizer piadas ou exagerar nas expressões faciais.
Uma abordagem mais pessoal e baseada no relacionamento tem sido vista como eficaz. O
progresso das crianças depende do desenvolvimento de uma relação de confiança. Como as
crianças são socialmente manipuladoras, é importante que o adulto conheça muito bem a sua
personalidade e saiba quando deve reduzir a pressão imposta, fazendo ajustes conforme
necessário. É importante ser-se flexível, imaginativo e capaz de captar o interesse das crianças. O
que funciona num dia pode não funcionar noutro e voltar a funcionar mais tarde, o que implica
que o adulto faça uso de diversas estratégias.
O adulto precisa de manter a calma e gerir as suas próprias emoções perante um comportamento
desafiador e perturbador. As crianças têm uma grande capacidade de ler estas reações e podem
ficar satisfeitas ao ver a reação que os seus comportamentos causam nos outros.
Pode ser útil trabalhar ao lado ou mesmo um pouco atrás das crianças, em vez de “olhos nos
olhos”.
A novidade é frequentemente eficaz porque cria nas crianças uma sensação de mistério.
Os símbolos, mensagens escritas, figuras de desenhos animados, etc, usados na PEA, podem
também ser uteis para crianças com PDA, mas muitas vezes por razões diferentes, na medida em
que podem ser usados para despersonalizar pedidos/solicitações.
Utilizar uma linguagem simples. A linguagem mais complexa pode ser encarada como mais
negociadora e também pode intrigar a criança.