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Classificação das Ações quanto ao fim e quanto à forma.

Ações declarativas

Com base no critério do fim, o isto é, tendo em vista a natureza da tutela jurisdicional que se
requer ao tribunal, dito de outra maneira, o objeto concreto que o autor da ação pretende ver
realizado, o código de processo civil no seu artigo 4 começa a por distinguir as ações cíveis em
declarativas e executivas.

Nas ações declarativas, em primeira instância, o tribunal intervém para dissipar situações de
eventuais dúvidas sobre a titularidade ou não de determinado direito e também da sua
eventual violação, podendo, a montante dessa sua função inicial, emitir comandos de
cumprimento obrigatório para contraparte ou fazer produzir directamente efeitos jurídicos na
esfera jurídica da contraparte, como melhor veremos a seguir.

O tribunal cumpre com essa sua função mediante a declaração da solução jurídica cabível ao
problema social submetido à sua apreciação jurisdicional.

direito permitido a um processo judicial intervém intervém para o julgamento de uma


situação ou de uma eventual possibilidade de questionamentos. nessa sua função inicial emitir
o comando de cumprimento obrigatório para contratar ou fazer corretamente o exercício
direito na sua esfera jurídica da declaração prevista com seguir a seguir o tribunal da cumprir
com essa função jurídica na sua esfera jurídica correspondente.solução cabível ao problema
social à sua apreciação jurídicional.

Diante da factualidade subjacente à relação material controvertida, o tribunal qualifica


juridicamente do problema elegendo a norma Jurídica em cuja previsão os factos se
subsumem, interpreta-a e termina o silogismo judiciário declarando a solução do conflito de
interesse com base nos critérios de solução contidos na norma eleita, tarefa esta constitui o
denominador comum de todas as espécies de gênero de ação declarativa.

Em função do que se pode ou não ser feito pelo tribunal a montante da já referida tarefa de
declarar a solução concreta do litígio com base no direito aplicável, as ações declarativas
subdividem-se ou classificam-se em ações declarativas de simples apreciação, ações
declarativas de Condenação e ações declarativas constitutivas, número 2 do artigo 4.

Nas ações declarativas de simples apreciação, o tribunal nada mais além de declarar a
existência ou não de um direito ou de um fato, daí o resultado do prefixo simples. Se se ao
tribunal a declaração da existência de um direito, tratar-se-á de uma ação de apreciação
simples positiva, e se requer a declaração de inexistência de uma ação de simples apreciação
negativa.
Para ilustrar, tenhamos em atenção a seguinte hipótese: dois cidadãos adquiriram parcelas de
terreno contíguas, de 60 metros quadrados, na zona do Kifica, bairro Benfica, sendo que o
possuidor do terreno que confronta com estrada de acesso iniciou a construção do seu imóvel
cujas paredes, de acordo com projecto arquitectónico, se projectarão para um espaço que,
dadas as características dos dois terrenos, está destinado a servir de acesso (servidão de
passagem) para terreno do segundo cidadão, cuja a obra ainda não iniciou.

Porque, quando confrontado pelo segundo cidadão, o dono da obra demonstrou ter
entendimento diferente a sobre a questão da servidão de passagem, como que se antecipado
ao potencial problema, o segundo cidadão recorreu ao tribunal para que esclarecesse que a
zona em causa constitui uma servidão de passagem, o que fez medinate a introdução em
juizo de uma ação de simples apreciação, no caso, simples apreciação positiva.

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