O documento discute a natureza jurídica da ação, que é declaratória e constitutiva pois pede prova junto à previdência social e obrigação de fazer perícia. O juiz de primeiro grau rejeitou a prescrição por entender ser apenas declaratória, mas o documento explica ser também constitutiva. A prescrição bienal se aplica pois houve lesão quando foi emitido o documento histórico laboral.
O documento discute a natureza jurídica da ação, que é declaratória e constitutiva pois pede prova junto à previdência social e obrigação de fazer perícia. O juiz de primeiro grau rejeitou a prescrição por entender ser apenas declaratória, mas o documento explica ser também constitutiva. A prescrição bienal se aplica pois houve lesão quando foi emitido o documento histórico laboral.
O documento discute a natureza jurídica da ação, que é declaratória e constitutiva pois pede prova junto à previdência social e obrigação de fazer perícia. O juiz de primeiro grau rejeitou a prescrição por entender ser apenas declaratória, mas o documento explica ser também constitutiva. A prescrição bienal se aplica pois houve lesão quando foi emitido o documento histórico laboral.
obrigação de fazer. A ação tem natureza declaratória para fins de
prova junto à Previdência Social(fls. XX), e constitutiva, estando isto claro na petição inicial de fls. XX/XX.
O I. Magistrado de primeiro Grau rejeitou a prescrição
extintiva por entender que o pedido autoral possui natureza jurídica meramente declaratória, por entender que não há pedido de natureza constitutiva.
Para uma melhor compreensão da questão posta em juízo,
necessário faz-se primeiramente algumas considerações.
A moderna classificação das ações, que leva em conta a
natureza do pronunciamento judicial pleiteado classifica as ações como declaratórias, constitutivas e condenatórias.
Por sua vez, as ações declaratórias têm por objetivo
conseguir uma certeza jurídica, certificar a existência de um direito. Servem, tão somente, para declarar se o seu direito existe ou para excluir o direito alegado pelo adversário. Não se colima à realização de um direito.
As ações constitutivas, positivas ou negativas, têm
cabimento, quando se procura obter não uma prestação do réu, mas a criação de um estado jurídico, ou a modificação ou a extinção de um estado jurídico anterior. São meios de exercício daqueles direitos insuscetíveis de violação (direitos potestativos). Não pressupõem a existência de lesão a um direito, como ocorrem nas condenatórias; não se exige uma prestação do réu, apenas se pleiteia a formação, extinção ou modificação de um estado jurídico; não são meios para restaurar um direito lesado, mas meio pelo qual se exercitam duas classes dos direitos potestativos; não tem por objetivo a satisfação de uma pretensão. As sentenças constitutivas não carecem de execução, pois o conteúdo destas ações se esgota com o provimento judicial que determina a criação, extinção ou modificação do estado jurídico.
As ações condenatórias são aquelas em que o autor
pretende obter do réu uma determinada prestação (positiva ou negativa), pois correlativo ao conceito de condenação temos a prestação. Estas ações são meios de proteção daqueles direitos suscetíveis de violação (direitos a uma prestação).
Ressalte-se se que toda a sentença condenatória ou
constitutiva tem um certo conteúdo declaratório, pois, deve a sentença conter, necessariamente, a declaração da existência da relação jurídica sobre a qual versa.
Na presente demanda, verifica-se a cumulação de ação
declaratória de XX, cumulada com ação constitutiva, haja vista pedido de perícia e obrigação de fazer, qual seja, proceder à XX.
Como visto acima, a ação declaratória é imprescritível.
Porém, somente a ação declaratória pura detém esta qualidade, sujeitando-se ao prazo prescricional quando também houver pretensão condenatória, hipótese dos autos.
Observe-se, ainda, que o termo inicial da prescrição se dá no
nascimento da ação (actio nata), determinado, tal nascimento, pela violação de um direito. A lesão ou violação de um direito é o fato gerador da ação. No caso, tem-se que o marco inicial da prescrição ocorreu com o ato de emissão do documento histórico laboral.
Assim, tem-se por aplicável na hipótese a prescrição
bienal extintiva, prevista no art. 7º, inciso XXIX, da CRFB.
Destarte, reformo a r. Sentença para pronunciar a
prescrição extintiva do direito pleiteado pelo autor, extinguindo o feito com julgamento do mérito, nos termos do art. 487, inciso II, do CPC/2015.