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A formação dos contratos Re consistia na situação de se exigir a tradição da coisa para que o
contrato se constituísse. Nesse âmbito incluíam-se contratos como o pignus, comodatum,
mutuum e depositum.
por qualquer meio. São por esse motivo excepcionais todas as disposições que exigem, sob
pena de nulidade, a adopção de uma forma especial para a declaração negocial (artigo 220), o
que tem como consequência a proibição da sua aplicação analógica (artigo 11).
A exigência, em certos casos, de uma forma especial para a validade da declaração negocial
leva a que se deva distinguir entre contratos formais e não formais.
São formais os contratos em que a declaração negocial só pode ser exteriorizada por uma
determinada forma prevista na lei, designadamente um documento autêntico (a escritura
pública) ou particular, podendo este último ser autenticado ou não.
São não formais aqueles contratos em que a declaração negocial pode ser exteriorizada por
qualquer meio, incluindo a oralidade.
A categoria dos contratos formais tem vindo a ser apresentada como contraria a evolução
jurídica, em virtude da tendência para o consensualíssimo, o que tem justificado medidas
legislativas de desformalização dos negócios, permitindo a adopção de forma menos solene,
como resulta
do Decreto Lei 116 barra 2008, de 4 de julho, que alterou a redação das disposições do Código
Civil acima referidas. No entanto, tem-se assistido concomitantemente a um retorno ao
formalismo contratual, designadamente no âmbito dos negócios jurídicos de consumo, o que
pode de certa forma questionar essa tendência evolutiva.