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Pierre Bourdieu foi um dos maiores pensadores das ciências humanas do século 20.

Filosófo
por formação desenvolveu importantes trabalham de etnologia no campo da antropologia, e
conceitos de profunda relevância no campo da sociologia, como habitus, Campo e capital
social. Sua obra é extensa e abrangente, com contribuição para diversas àreas do
conhecimento, especialmente na educação e cultura.

Pierre Felix Bourdieu nasceu em 1 de Agosto de 1930, em Béarn, no sudeste da França.


Bourdieu era proveniente de uma família humilde.

Este pensador passou a ler sistematicamente e preparar seminários sobre os autores de


sociologia clássica, Durkheim, Marx e Weber.

Sua observação e análise dos habitos culturais, especialmente dos franceses, conduzira-no à
conclusão de que os gostos e estilos de vida eram condicionados pela exeprência social de
cada grupo: Classe Operária, classe média e burguesa.

De sua ampla e imponente produção intelectual, são três os seus conceitos princípais: Campo,
habitus e capital.

Dentre os três conceitos apenas destacamos O CAMPO, que é onde habita o nosso interesse
prático. O campo, por sua vez, é o campo comum de concorrência entre os agentes sociais que
possuem interessses diferentes. Eles estão situados em lugares pré-fixados em função da
hierarquia e desigual distribuição dos recursos, que gera diferentes posições na estrutura
social. O conceito de campo refere-se a todos espaços onde se desenvolvem relações de
poder.

É aplicável a todos domínios da vida.

Político;

Económico;

Literário;

Jurídico;

Cientifico, etc.

No âmbito jurídico não é portador de uma linha de reflexão contínua e própria. O direito está
sempre nos seus questionamentos sociologico e a reflexão socio-jurídica.

Ainda assim como salienta Guibentif, sem perder de vista o carácter fragmentário do
pensamento acerca do direito é possível distinguir 5 grandes momentos de reflexão socio-
jurídico.

O primeiro decorre do seu trabalho acerca da codificação encontra-se patente em dois


trabalhos.

Primeiro: Equissed´une Theorie de la pratique;

Segundo: Le sens pratique.

O segundo momento corresponde à La force du droit, publicada em 1986.

O terceiro momento, nos anos 1990, o tema do direito também está presente em suas
reflexões acerca do estado, muito particularmente em Esprits d´Etat.
O quarto momento à propósito da razão escolástica.

O quinto momento, nos textos de intervenção política publicadas entre 1990 e 2000, o seu
entendimento de ação política contém elementos pertinentes para uma reflexão acerca do
direito.

Dentre os seus trabalhos consagrados destaca-se: A força do direito: Elemento para uma
sociologia do campo jurídico é um dos mais conhecidos. É através dele que Bourdieu se
constitui num autor de referÊncia para a sociologia do Direito.

O autor, na ótica da sociogia crítica, rompe com a ideia Kelseniana de direito totalmente livre
de peso social. O monopólio de dizer o direito assenta num processo complexo, envolvendo,
por um lado, competências técnicas e sociais dos agentes jurídicos e sua capacidade de
interpretar o corpus de textos que consagram visão legítima, justa, do mundo social e por
outro lado, o reconhecimento de que o direito embora legítima a ordem estabelecida e
construa o mundo social, é, ele próprio, resultado da sociedade.

O direito faz o mundo social, mas com a condição de se não esquecer que ele é feito por este.

A lógica do funcionamento jurídico revela-se, na lingua jurídica, através do efeito da


apriorização, consignando elementos directamente retirados da língua comum ao sistema,
produzindo numa retórica da impersonalidade e da neutralidade.

Tal tem como objectivo produzir dois efeitos maiores, o efeito da neutralização- obtido para
marcar a impersonalidade do enunciado normativo épara constituir o enunciador em sujeito
universal, imparcial e objectivo- é o efeito de universalização- obtido por meio de vários
processos convergentes com recurso sistemático ao indicativo para enunciar normas, o uso de
indefinidos e do presente do intemporal-ou do jurídico- próprios para exprimerem a
generalidade e a omnitemporalidade da regra do direito e o recurso a formulas lapidares e as
formas fixas, deixando pouco lugar às variações individuais.

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