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QUESTÕES

1 - Conceitue o "cotejo analítico" no recurso especial e aponte como deve ser realizado.

Resposta: Conforme a súmula 284 do STF, é inadmissível o recurso


extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata
compreensão da controvérsia. Ou seja, a execução do cotejo analítico é a evidência,
por escrito, nas razões do recurso especial, da comparação efetiva entre os casos
julgados pelos acórdãos dos quais o recorrente faz uso para comprovar a
divergência jurisprudencial, que desse modo, observamos a comparação entre o
acórdão recorrido (contra o qual se interpõe o recurso especial) e o acórdão
paradigma, que nada mais é do que o acórdão do outro tribunal.

2 - Considere que o acórdão que julgou uma apelação contenha fundamentações de


natureza constitucional e infraconstitucional capazes, por si só, de fundamentar a
decisão. Após detalhada análise do acórdão, o advogado do apelante decide interpor
somente recurso extraordinário, por entender haver maior possibilidade em êxito no
recurso, dada a supremacia da Constituição. O recurso deverá ser admitido?

Resposta: Neste caso não, tendo em vista que na Súmula 283 é inadmissível
o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um
fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles.

Também, como podemos observar que no art. 102, III, da Constituição


Federal, compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar, em recurso
extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão
recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a
inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de
governo local contestado em face desta Constituição; e d) julgar válida lei local
contestada em face de lei federal.

3 - Considere que João teve penhorado um veículo que tinha adquirido recentemente e
Antônio, em um processo que apenas este figura como executado. Em razão do exposto,
João ajuíza embargos de terceiro, ao passo que Daniel, exequente no processo originário
contra Antônio, pretende tornar ineficaz a alienação do veículo a João, alegando fraude
à execução. Esta alegação de Daniel deverá ser acolhida? Fundamente.

Resposta: Conforme o artigo 792, §4° do Código de Processo Civil, a


alienação ou a oneração do bem de bem é considerada fraude à execução, poderá
ser oposto embargos de terceiro. Ou seja, a fraude à execução que se reveste de
presunção legal, possui requisitos objetivos e independe de conluio entre as partes
envolvidas no negócio ou mesmo da boa-fé dos adquirentes, tendo em vista que, é
suficiente a existência de demanda em curso, capaz de reduzir o devedor à
inadimplência.
4 - Considere que Rafael ingressa com uma ação monitória contra Joaquina, alegando
que esta firmara um contrato de prestação de serviços com aquele, comprometendo-se
ao pagamento do valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais), sem assinatura de
testemunhas, contudo. Joaquina é citada para pagar e, no prazo legal, apresenta
embargos à ação monitória sem apresentar quaisquer bens como garantia. Em razão
disso, Rafael pleitei ao juízo a penhora online de ativos financeiros de Joaquina. Diante
dessa situação, responda fundamentadamente:

1. Os embargos apresentados por Joaquina merecem ser admitidos?

Resposta: Sim, tendo em vista que a ação monitória pode ser proposta pelo
credor, tendo em vista que deverá ter base de prova escrita sem eficácia de titulo
executivo, para exigir do devedor capaz o respectivo cumprimento da obrigação,
conforme o art. 700 do CPC.

2. O pleito de Rafael para a penhora online deverá ser acolhido?

Resposta: Sim, tendo em vista a obediência do tramite processual, ou seja,


conforme descrito no artigo 829, §1º, do CPC diz que tão logo verificado o não
pagamento no prazo assinalado, será cumprida a ordem de penhora e a avaliação a
serem cumpridas pelo oficial de justiça.

E de forma conseguinte, a penhora eletrônica de ativos financeiros do


executado, ou simplesmente deverá existir, como em qualquer outra penhora, no
qual são dois atos processuais distintos: primeiro, a apreensão dos ativos
financeiros e, segundo o seu depósito.

5 - É possível reconvenção nas ações possessórias? Caso contrário, como deverá ser
feita a defesa da posse pelo réu na ação possessória?

Resposta: Sim, pois na ação possessória permite o Pedido Contraposto,


sendo perfeitamente possível ao réu formular pretensão própria a ser apreciada no
mesmo processo, devendo se atentar, todavia, à natureza da ação a qual foi
convocado para integrar.

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