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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO - UNIBRA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM
DIREITO

EQUIPE:
Adriel Victor Gomes das Chagas
Carlos Henrique da Silva Souza
Iasmim Medeiros da Costa
Luiz Miguel Lima de Santana
Manassés de Albuquerque Quinzinho
Maria Clara dos Santos Silva
Silmara Maria da Silva
Samara Rachelle Araújo Silva
Vitoria Mikaelly de Santana dos Santos

DIREITO CIVIL NAS COMUNIDADES


RECIFE/2023
TURMA: 3AM

DIREITO CIVIL NAS COMUNIDADES


Projeto apresentado ao Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, como requisito
para obtenção da nota do Projeto Extensionista Interdisciplinar de Direito

Professor fomentador: Prof. Esp. Rafael Andrew

RECIFE/2023
RESUMO

O direito de acesso às informações públicas é uma das garantias previstas no artigo


5.º da Constituição Federal. Por meio do inciso XXXIII, é assegurado que “todos têm
direito a receber dos órgãos públicos informações do seu interesse particular, ou de
interesse coletivo, ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade”. Infelizmente, este artigo da CF/88 não vem sendo devidamente aplicado
na prática, pois muitas pessoas se veem em um cenário de carência de orientação
sobre o assunto. Sendo o tema “Casamento e União estável” um tema muito vigente
nas sociedades atuais, mas que, porém, não recebe a sua devida importância na
divulgação de informações, todo o grupo reuniu-se a fim de auxiliar o máximo de
grupos sociais possíveis, levando conhecimento e apoio para as pessoas mais
carentes. Levando conhecimento por meio de: visitas, realização de formulários com
pessoas do interior (município de Glória do Goitá), da capital (Recife) e de pessoas
de todo o Brasil, além disto, visando atingir grupos sociais que sofrem preconceito
com o assunto por parte da sociedade. O foco do seguinte trabalho apresentado é
atingir o máximo de pessoas possíveis, sendo elas de diferentes gêneros, idades ou
etnias, como, por exemplo: casais homoafetivos, pessoas de origem indígena,
pessoas de diferentes religiões, indivíduos residentes de áreas com baixos níveis de
escolaridade e jovens que possam se interessar pelo assunto, mas que, porém, não
recebem a devida orientação. Sendo realizas as visitas em cartórios, na residência de
casais que se disponibilizaram à entrevista, no projeto social “Mão Amiga”, localizada
no Jardim São Paulo (Recife). Após a realização e cumprimento de todas as metas
estabelecidas, será feito um levantamento de dados acerca da diferença de
distribuição de apoio entre diferentes regiões, a fim de, a partir disto chegar a uma
conclusão se a sociedade ainda se mantém neste cenário de carência de informações
ou se há uma mudança positiva nesta problemática.

Palavras-chaves: Casamento; União estável; Constituição; Documentação.


ABSTRACT

The right of access to public information is one of the guarantees provided for in article
5 of the Federal Constitution. By means of item XXXIII, it is ensured that “everyone
has the right to receive from public bodies information of their particular interest, or of
collective, or general interest, which will be provided within the term of the law, under
penalty of liability, except for those whose secrecy is essential to the security of
society”. Unfortunately, this CF/88 article has not been properly applied in practice, as
many people find themselves in a scenario of lack of guidance on the subject. As the
theme “Marriage and stable union” is a very current theme in today's societies, but
which, however, does not receive its due importance in the dissemination of
information, the whole group met in order to help as many social groups as possible,
taking knowledge and support to the most needy people. Bringing knowledge through:
visits, filling out forms with people from the interior (municipality of Glória do Goitá), the
capital (Recife) and people from all over Brazil, in addition to this, aiming to reach social
groups that suffer prejudice with the subject for part of society. The focus of the
following work presented is to reach as many people as possible, whether they are of
different genders, ages or ethnicities, such as, for example: homoaffective couples,
people of indigenous origin, people of different religions, individuals residing in areas
with low levels of schooling and young people who may be interested in the subject,
but who, however, do not receive proper guidance. Visits were carried out at notary
offices, at the residences of couples who made themselves available for the interview,
at the social project “Mão Amiga”, located in Jardim São Paulo (Recife). After the
achievement and fulfillment of all established goals, a data survey will be carried out
on the difference in the distribution of support between different regions, in order to,
from this, reach a conclusion if society still remains in this scenario of lack of support
information or if there is a positive change in this issue.

Keywords: Marriage; Stable union; Constitution; Documentation.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. DELINEAMENTO METODOLÓGICO
2.1 DIREITO CIVIL I
2.2 DIREITO PENAL I
2.3 DIREITO CONSTITUCIONAL II
2.4 DIREITO EMPRESARIAL I
2.5 HERMENEUTICA JURIDICA
3. RESULTADOS
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
6. ANEXOS
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1. INTRODUÇÃO

O casamento e a união estável são duas formas de constituir uma família


reconhecidas pela legislação brasileira. Ambas são caracterizadas pelo
relacionamento afetivo e de convivência entre duas pessoas, com a intenção de
construir uma vida em comum. Neste relatório, serão abordadas as óticas legais e
sociais envolvidas em cada uma dessas formas de relacionamento, bem como as
diferenças entre elas e seus impactos na vida das pessoas envolvidas.

Conforme estabelecido pelo art. 226 da Constituição Federal de 1988, a família


é a base da sociedade e conta com a proteção do Estado. Enquanto o casamento civil
tem celebração gratuita, o casamento religioso tem efeito civil, de acordo com a lei.
Diante dessa análise, é necessário refletir sobre o conhecimento que diferentes
camadas da sociedade possuem atualmente em relação aos termos e condições tanto
do casamento quanto da união estável. Será que essas informações são amplamente
conhecidas? As pessoas têm ciência de como realizar um casamento e quais
documentos são necessários para isso?

A partir desse questionamento, o grupo se reuniu para oferecer informações e


conhecimento para grupos mais amplos de pessoas, reconhecendo que atualmente
há carência na divulgação dessas informações. O tema do casamento e união estável
é cada vez mais relevante na sociedade contemporânea, uma vez que faz parte do
cotidiano das pessoas, porém, nem sempre recebe a devida atenção. Portanto, a
contribuição dos membros deste grupo concentra-se em levar conhecimento e auxílio
sobre esse assunto para o maior número possível de pessoas, preenchendo essa
lacuna e fornecendo recursos que permitam um melhor entendimento e orientação
sobre o casamento e a união estável.

2. DELINEAMENTO METODOLÓGICO

Após analisadas e debatidas todas as ideias e sugestões de cada integrante


por meio das reuniões em grupo, o passo-a-passo de todo o projeto foi traçado, são
eles:

Primeiro passo: a escolha de quais grupos sociais iriam ser foco do trabalho, sendo
eles: casais homoafetivos, centros de projetos sociais, o público jovem que ainda não
possuem orientação sobre o assunto, pessoas moradoras do interior do estado e
pessoas de diferentes etnias como, por exemplo, povos indígenas.
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Segundo passo: delimitar as funções que cada integrante do grupo ocuparia, de


modo que todas as atividades fossem preenchidas com a quantidade de membros
que fosse necessária para um bom desempenho.

Terceiro passo: realização de pesquisas de diferentes pontos que abordam o tema


para uma melhor oratória na parte prática do projeto.

Quarto passo: delimitar lugares que seriam de interesse para realização das visitas
e entrevistas físicas, entre eles são: cartórios, igrejas e centros de projetos sociais.
Sendo o foco, lugares em que possa haver carência de informações e de auxílio para
àquelas pessoas.

Quinto passo: adoção da ferramenta “Instagram”, método o qual seria benéfico para
o grupo, pois poderia tornar a divulgação mais prática e rápida, chegando assim com
mais facilidade em pessoas de diferentes idades, gêneros e regiões. Além do
Instagram, houve também a adoção de formulários, os quais seriam divulgados tanto
no interior quanto na capital, afim da coleta de dados e uma comparação entre
diferentes regiões.

Sexto passo: após a realização das visitas e formulários, fazer uma comparação entre
os diferentes públicos alcançados a partir do levantamento dos dados coletados.
Sétimo passo: por último, formular uma conclusão para o projeto, apresentando uma
tese plausível para aquele problema para apresentar em sala de aula os principais
fatores são indicativos que proporcionaram os dados coletados.

DIREITO CIVIL I - O tema "Casamento e União Estável" está diretamente relacionado


à matéria de Direito Civil I, pois ambos abordam institutos jurídicos que regulam as
relações afetivas e familiares. No âmbito do Direito Civil, o casamento e a união
estável são formas de constituição de família, estabelecendo direitos e deveres entre
os cônjuges ou companheiros. A disciplina do casamento e da união estável é tratada
pelo Código Civil, que estabelece as normas e os requisitos para a sua validade, assim
como os direitos e obrigações decorrentes dessas relações.
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DIREITO PENAL I - O tema "Casamento e União Estável" não possui uma relação
direta com a matéria de Direito Penal I, uma vez que o Direito Penal se concentra na
análise das infrações penais, suas consequências e o sistema de punição. No entanto,
é importante ressaltar que algumas situações relacionadas ao casamento e à união
estável podem ter reflexos indiretos no âmbito penal. Por exemplo, no caso de crimes
como bigamia, que consiste em contrair um segundo casamento válido enquanto já
se está casado, há uma conexão entre o instituto do casamento e a tipificação de um
crime penal. Além disso, em casos de violência doméstica ou familiar, em que
cônjuges ou companheiros estão envolvidos, o Direito Penal pode ser aplicado para a
proteção da vítima e a punição do agressor. Nesses casos, são analisados os crimes
de lesão corporal, ameaça, constrangimento ilegal, entre outros, que podem ocorrer
dentro do contexto das relações conjugais ou de união estável.

DIREITO CONSTITUCIONAL II -O tema "Casamento e União Estável" está


relacionado à matéria de Direito Constitucional II de diversas maneiras. O Direito
Constitucional trata das normas e princípios fundamentais que regem o Estado, a
organização dos poderes, os direitos e garantias individuais e coletivos. No contexto
do casamento e da união estável, destacam-se os seguintes pontos de conexão:
Igualdade e não discriminação, Direitos fundamentais e direitos da família, Proteção
à família, dentre outros. Em resumo, o tema do casamento e da união estável se
relaciona com a matéria de Direito Constitucional II ao abordar os princípios
constitucionais de igualdade, não discriminação, direitos fundamentais, proteção à
família e direitos patrimoniais e sucessórios. A Constituição Federal é a base
normativa que estabelece os direitos e garantias relacionados a esses institutos,
conferindo-lhes proteção e legitimidade.

DIREITO EMPRESARIAL I - O tema "Casamento e União Estável" não possui uma


relação direta com a matéria de Direito Empresarial I, uma vez que o Direito
Empresarial trata das normas que regulam as atividades empresariais, como
sociedades, contratos comerciais, propriedade intelectual, entre outros. No entanto, é
importante ressaltar que o casamento e a união estável podem ter implicações no
âmbito empresarial, especialmente quando os cônjuges ou companheiros decidem
empreender juntos ou quando há a necessidade de lidar com questões patrimoniais
relacionadas aos negócios. Em situações em que um casal decide abrir um negócio
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em conjunto, é possível aplicar normas do Direito Empresarial, como as relativas à


formação de sociedades, escolha do tipo societário mais adequado, elaboração de
contratos de sociedade, bem como, quaisquer aspectos relacionados à atividade
empresarial.

HERMENEUTICA JURIDICA - O tema "Casamento e União Estável" possui uma


relação com a matéria de Hermenêutica Jurídica, que é o estudo das técnicas e
métodos de interpretação do Direito. No contexto do casamento e da união estável, a
hermenêutica jurídica desempenha um papel importante na interpretação das normas
legais que regulam esses institutos, a fim de compreender o seu alcance e aplicação
corretos. A hermenêutica jurídica auxilia na interpretação dos dispositivos legais que
tratam do casamento e da união estável, considerando a sua finalidade, contexto
histórico, princípios constitucionais e valores sociais. A interpretação adequada
dessas normas é fundamental para garantir a segurança jurídica e a justiça na
aplicação do Direito de Família.

1° REUNIÂO DO GRUPO:

No dia 10-04-2023, em uma segunda-feira, com a presença de sete dos oito


integrantes. A líder Silmara Maria conduziu a reunião e foram discutidos pontos
importantes como as divisões das atividades, a paleta de cores das roupas para o
evento e as metodologias a serem utilizadas pelo grupo. Durante a reunião, foram
definidas as responsabilidades dos integrantes para o trabalho escrito, o slide e as
apresentações em campo e do Interdisciplinar. Além disso, o grupo decidiu fazer uma
caixa com doces para presentear os avaliadores e considerou a possibilidade de
visitar instituições para realizar palestras. A representante do grupo enfatizou a
importância de cumprir os prazos estabelecidos para a entrega do trabalho escrito e
do slide. Algumas sugestões de entrevistas foram apresentadas, incluindo com
amigos de Adriel Victor e o diácono da igreja de Carlos Henrique, ambas relacionadas
ao tema. Ao final da reunião, ficou decidido que haveria uma nova reunião com o
professor fomentador do grupo para esclarecer dúvidas e obter orientações adicionais.
Foi discutido também sobre a possibilidade de realizar ensaios para a apresentação
uma semana antes do Interdisciplinar. Em resumo, a primeira reunião do grupo foi
bastante produtiva e houve uma definição clara das responsabilidades de cada
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integrante para o trabalho a ser desenvolvido. O grupo também se mostrou


comprometido em cumprir os prazos estabelecidos e em utilizar metodologias
variadas para disseminar as informações relacionadas ao tema proposto. A realização
de ensaios para a apresentação antes do Interdisciplinar é uma medida importante
para garantir uma apresentação eficiente e bem-sucedida.

2° REUNIÂO DO GRUPO:

Realizada no dia 16-04-2023 de forma 'on-line' (Via sala de reuniões do Google Meet),
efetuada dessa maneira para que fosse possível gravar a reunião, com a finalidade
de ser um suporte para o relatório. A reunião contou com a participação de sete dos
oito integrantes, são eles: Silmara Maria, Maria Clara, Iasmim Medeiros, Luiz Miguel,
Adriel Victor, Manasses Albuquerque e Carlos Henrique; a oitava integrante não pôde
comparecer por motivos pessoais, de antemão notificados à representante do grupo.
Iniciou-se a partir das apresentações das pesquisas realizadas pelos integrantes da
reunião, exposições, pedido anteriormente na reunião um. O primeiro a mostrar sua
pesquisa foi Carlos Henrique, que compartilhou sobre o que é casamento e união
estável, além disso, as diferenças entre ambas as relações. A segunda pesquisa a ser
compartilhada foi a da líder Silmara Maria, que apresentou um artigo de uma decisão
do STJ, a qual aborda sobre a afirmação: "É incabível o reconhecimento de união
estável paralela, ainda que iniciada antes do casamento”. A terceira pesquisa
mostrada foi a de Luiz Miguel, que apresentou sobre os malefícios da união estável,
qual a melhor relação entre casamento e união estável, o valor de uma união estável
e como ficam os bens adquiridos durante esse tipo de união. O último integrante à
apresentar a pesquisa foi Manasses Albuquerque, o qual apresentou um relatório
sobre alienação parental e tópicos que ele sugeria para a apresentação da palestra
às comunidades. Durante a reunião foram apresentados, pela representante, por meio
de slides, diversos pontos que ainda estavam pendentes, como por exemplo, a
abordagem de um debate sobre o uso da metodologia do 'Instagram' para auxiliar na
divulgação de informações, o que deve conter e quais as regras da estrutura do
relatório, dos slides, a divisão de tarefas, levantamento de pontos acerca das
entrevistas quanto às datas e horários, apresentações em campo, como seria
articulado os formulários, por fim, foi realizado um debate sobre a entrevista à tabeliã
do cartório. Após finalizar todos os debates e sugestões de ideias entre os
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participantes, realizou-se um registro fotográfico da reunião (print) para usar de anexo


no relatório, desse modo, o segundo encontro do grupo foi encerrado.

3° REUNIÂO DO GRUPO:

ATA DE REUNIÃO
Data: 24 de abril de 2023
Horário: 8h30 às 10h00
Presentes:
- Adriel
- Carlos
- Iasmin
- Luiz
- Manassés
- Silmara
- Vitória
Ausente:
- Maria Clara

Assuntos abordados:
1. OFÍCIO (carta de intenção) ao Registro de Pessoas Naturais do 4º distrito Boa Vista,
Recife/PE
2. OFÍCIO (carta de intenção) à UFPE para entrevista de alunos indígenas da
instituição
3. Confirmações de data, horário e logística para a entrevista com um casal
homoafetivo casado moradores do Janga.
4. Palestra/apresentação de campo sobre o tema abordado. Sugestões de possíveis
locais:
a. Estudantes do primeiro período da Unibra;
b. Escolas municipais;
c. Associação de moradores em periferias;
d. Fixação de datas e horários.
5. Discussão sobre a pesquisa de campo e decisão sobre a adoção das modalidades
presencial e virtual.
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DECISÕES TOMADAS:

1. O aluno Manassés entregou o ofício no cartório, mas foi informado por escriturários
que o nome da tabeliã que constava no documento estava desatualizado. Portanto,
será necessária uma retificação do ofício junto à administração da Unibra, informando
o nome da atual tabeliã, que também é responsável por outros dois cartórios. A
resposta deverá ser enviada por e-mail, com prazo de 5 dias úteis.
2. O aluno Adriel ficou responsável por confirmar o horário da entrevista que será
realizada na quinta-feira, com o casal homoafetivo casado moradores do Janga.
3. Foi decidido que a pesquisa de campo será realizada nas modalidades presencial
e virtual.

Conclusão:
A reunião foi produtiva e os assuntos foram discutidos de forma clara e objetiva. As
decisões foram registradas e serão executadas pelos responsáveis designados. A
próxima reunião será agendada em breve para acompanhar o andamento das tarefas

RELATORIO DIA 29/04:

Segunda-feira (24/04), com ofício da carta de intenção em mãos, era necessário


apenas a assinatura do coordenador para podermos levar a carta até o local do nosso
interesse em prol da pesquisa de campo, ao menos era o que achamos, porém, no
momento em que fomos entregar a carta, não era da maneira que foi informado, a
recepção da coordenação informou-nos que são eles quem fazem a carta, e qualquer
outra, como, por exemplo, a que já tínhamos feito, seria inválido, pedimos auxílio ao
nosso fomentador sobre o pequeno incidente, aliás, ele estava na sala dos
professores que fica ao lado de onde estávamos, depois da chegada do mesmo, tudo
foi esclarecido e de fato era da maneira que administração nos informou ali no
momento, então com os novos requisitos para a obtenção da carta, agora
precisávamos do endereço e o nome do proprietário/responsável específico para os
fins do grupo, ao saímos da coordenação para reconhecer esses dados, procuramos
na internet alguns cartórios próximos à faculdade UNIBRA, já que de qualquer forma
todos sempre estão presentes, facilitando o acesso para o grupo, de qualquer forma
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o horário se encontrava às 12:00, essa hora a pessoa responsável pelo ofício não
estaria mais disponível para nos atender, tentamos novamente no dia seguinte, na
terça-feira (25/04), acampo chegarmos na área do campus 2, paramos para debater
sobre o cartório que escolhemos e descobrimos que, na verdade, era um cartório de
notas, mas precisávamos de um cartório de registro civil, ligamos para alguns, sem
sucesso, foi quando um dos integrantes compartilhou um link do site que oferecia os
dados necessários e a partir finalmente fomos até a coordenação, requisitamos o
ofício, ao esperarmos um bom tempo, tivemos um retorno, a entrega da carta de
intenção, no tempo da espera decidimos que um de nós iria até o estabelecimento na
frente dos outros para saber o dia mais próximo possível para uma visita, com chances
de acontecer no mesmo dia, logo após a entrega do ofício, esperamos por notícias do
integrante do grupo que ficou responsável por ir até o cartório e dar-nos retorno de
como ficou a nossa situação para realizar a visita, ao chegar no local e se informar,
ficamos sabendo que a tabeliã que procurávamos não estaria disponível por motivos
pessoais, com sorte, no mesmo local deram-nos o nome da tabeliã substituta, e foi
informado que o pedido deveria ser feito através do Gmail do estabelecimento, a parte
ruim é que precisaríamos de um novo ofício, pedir que a recepção fizesse outro, com
o nome da tabeliã atual, foi entregue o ofício antigo, com os dados do endereço, e um
papel à parte que continha o nome da tabeliã substituta, e novamente ficamos no
processo de espera, e quando nos chamaram para a entrega da nova carta, ela ainda
possuía o nome da tabeliã antiga, ou seja, era o mesmo ofício inválido, questionamos
o nome que deveria ter sido trocado, porém, não tinham conhecimento do paradeiro
do papel com o nome da tabeliã, e como ninguém tirou foto nem escreveu em outro
lugar, ao menos que fossemos novamente no cartório, aquele papel era a única
maneira de obter a carta, ficaram de procurar esse papel que já tinha sido entregue e
recolhido pela recepção, mas por causa da hora, que já ultrapassava às 12:00, nos
recomendaram que tentasse no dia seguinte, por motivos de morar longe e trabalho,
não foi possível esperar até o horário da tarde para receber a carta, o que nos atrasou
ainda mais, no dia seguinte, na quarta-feira, dia 26/04, fomos até a recepção da
coordenação e o ofício estava pronto, faltando apenas a assinatura do coordenador
do curso, e em menos de minutos, após dias tentativas, finalmente tivemos eficiência
e sucesso com a carta de intenção, no mesmo dia mandamos para o Gmail do cartório,
solicitando a visita, cientes que a resposta poderia ser recebida com até 5 dias úteis,
no momento da digitação deste relatório, dia 29/04, se passaram 3 dias e ainda não
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tivemos um retorno, esperasse que o retorno atenda a nossas expectativas, pois não
recebendo um retorno positivo e tentar procurar um novo cartório pode comprometer
as metas desejadas para este trabalho

ENCONTRO DE ACOMPANHAMENTO COM O PROFESSOR:

Segunda-feira, dezessete de abril de dois mil e vinte e três, primeira reunião de


acompanhamento, com a presença da representante do grupo Silmara Maria e do
integrante Luiz Miguel. De início, o orientador da turma citou as regras gerais, assim
como, seus horários e disponibilidade semanais e logo em seguida iniciou as reuniões
individuais com cada grupo. Nesta reunião, foram expostos ao fomentador Rafael
Andrew, todas as ideias que o grupo sugeriu para métodos de transmitir informações
às comunidades, são eles: 'Instagram', formulários e palestras. Além disso, ambos os
integrantes do grupo receberam orientações quanto ao desenvolvimento do trabalho
e sugestões, como por exemplo, no momento em que foi mencionado por Silmara
sobre ir ao cartório, o professor, sugeriu que fosse feita uma entrevista com o tabelião
ou tabeliã, para questionar sobre o contrato de namoro, pois é um tipo de contrato e
relação. Ademais, foi exposto ao fomentador que dois integrantes do grupo que não
estavam presentes nessa reunião, sugeriram entrevistas com o diácono da igreja e
casais com relações homoafetivas, ambas as entrevistas relacionadas à temática.
Não só foram mostradas as ideias do grupo, como também tirado dúvidas quanto à
roupa e a capa do relatório. Para finalizar a reunião de acompanhamento, o advogado
e professor Rafael, alertou sobre os prazos, bem como, acerca do desenvolvimento e
desempenho do grupo e assinou a ficha de acompanhamento.

1° ENTREVISTA:

No dia dezoito de abril, foi solicitada uma entrevista com Chaeny Arara, descendente
de tribo indígena da etnia Arara, domiciliada na cidade de Aripuanã, estado do Mato
Grosso. No entanto, a representante do grupo interdisciplinar decidiu não realizar a
entrevista, pois não possuía conhecimento suficiente sobre o tema em questão.
Segundo Chaeny Arara, a tribo dos Araras perdeu sua cultura e suas gerações já
estão misturadas com os brancos. Em virtude disso, foi possível realizar a entrevista
com Elson Napulco, tio de Chaeny Arara, no dia vinte de abril. A entrevista ocorreu de
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forma online, devido à longa distância e à inviabilidade de locomoção dos membros


do grupo até o local onde residem os indígenas. Por meio de aplicativo de mensagens,
foi enviado o pedido para que o entrevistado se apresentasse com nome e etnia e que
respondesse à seguinte indagação: como é o casamento e união estável de acordo
com a cultura indígena? O pedido foi atendido e a pergunta respondida por meio de
mensagens de áudio. De acordo com Elson Napulco, da etnia Parisi e da etnia
Manuque, mestiço de duas tribos, as informações que passa agora dos casamentos
antigos em sua tribo foram transmitidas de geração em geração. Ele afirma que, há
mais de 150 anos, ainda existiam rituais de casamento em sua tribo. Com a chegada
dos portugueses, espanhóis, franceses e outros colonizadores, o costume cultural foi
sendo perdido. Além disso, o entrevistado acrescentou que, quando nascia uma
criança do gênero feminino em uma família e outro recém-nascido do gênero
masculino em outra família, os respectivos pais dessas crianças já marcavam o
casamento delas, ainda recém-nascidas. Desse modo, já havia o compromisso desde
o nascimento e elas não podiam ter relacionamentos com outras pessoas. Passavam
sua infância e adolescência se preparando para o casamento. A mulher aprendia a
cuidar da casa e o homem a prover o alimento por meio de caça, plantações e
capinação. Da mesma forma, a mulher aprendia a cozinhar carnes e bejús (derivado
da mandioca) e ajudava nas plantações, bem como na colheita de frutos e raízes no
cerrado. Acompanhava a mãe em todas as tarefas e, ao chegar o dia do casamento
ou ritual, eles dormiam juntos dentro da oca na primeira noite, mas em redes
separadas. O rapaz dormia em uma rede acima da rede em que a menina dormia, e
a família também passava a noite com os dois envolvidos. Dessa forma, no dia
seguinte ao ritual, eles já obtinham o título de casados e podiam se relacionar de fato
como um casal. Formavam sua família independente de seus pais. Elson Napulco
relata ainda que, com a chegada do homem branco nas tribos, a cultura foi sendo
desvalorizada. Em decorrência disso, houve mortes indígenas devido ao contato com
patógenos trazidos pelos estrangeiros. As tribos foram misturando-se, dando origem
aos mestiços, e os costumes culturais foram se perdendo. Segundo o entrevistado,
atualmente os casamentos indígenas já não seguem a tradição histórica, mas sim os
costumes dos homens brancos, com registro em cartório e possibilidade de
casamento em igrejas, influenciados pela religião. Em conclusão, a entrevista com
Elson Napulco trouxe informações importantes sobre a cultura de casamento e união
estável na tradição indígena. Apesar das mudanças ocorridas ao longo dos anos, a
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tradição ainda é valorizada por algumas tribos, e é importante conhecer e preservar


esses costumes culturais para manter viva a rica diversidade cultural do país.

2° ENTREVISTA:

No dia 22 de abril, um dos integrantes do grupo realizou uma entrevista de forma


online por meio de um questionário com dez perguntas que foram respondidas pelo
entrevistado no dia 24 de abril. O entrevistado é o senhor Amaro Joaquim, diácono na
igreja evangélica assembleia de Deus, fundada em 24 de outubro de 1918. A
entrevista realizada de forma online por preferência do entrevistado para que pudesse
elaborar de uma forma melhor, também, por causa de sua disponibilidade de tempo.
De acordo com o entrevistado, ele casou-se com a esposa na igreja assembleia de
Deus em que hoje ele é diácono, situada em Boa Viagem na cidade de Recife-
Pernambuco, em um dos templos da mesma. A cerimônia foi realizada por um dos
representantes do pastor presidente Aílton José Alves que enviou um celebrante de
nome Fábio bélicio que coopera também como um Evangelista nessa mesma igreja
com a função semelhante a de um pastor. O casamento aconteceu de acordo com os
ditanos e normas da igreja, com a presença de três testemunhas, dos familiares,
amigos e celebrante, acompanhada de forma totalmente tradicional e dentro das datas
disponíveis na igreja. Amaro Joaquim relata que as exigências eram: o casal ser
membro da igreja; ambos batizados em águas, registrados como membros dessa
mesma igreja; seguir orientações, ao passar por aconselhamento para ter
conhecimento do que é e o que significa um casamento sob as orientações de
pastores, aconselhados, também, sobre a forma como devem se comportar diante dos
amigos e familiares, ao abordar responsabilidades e deveres que os cônjuges têm um
com o outro para que tudo fosse feito de acordo com as exigências e costumes da
igreja, de forma padrão pela qual a igreja acredita e prega. O processo para reservar
as datas foram baseadas em departamento administrativo que cuida dessa área, ao
orientar e prover documentações necessárias. Sendo assim, a data escolhida foi o dia
08 de janeiro de 2022, não precisaram pagar nenhuma taxa, pois a igreja não cobrava
nada por isso, o que o casal precisou pagar a mais foram as empresas externas
contratadas para a realização da cerimônia, ornamentação e 'buffet', o casal que
decide fazer casamento quando é membro da igreja não é cobrado, é tudo de forma
gratuita. As regras são baseadas na Bíblia, da maneira como Deus ensinou, o
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casamento deve ser monogâmico, monossomático e indissolúvel, assim, para toda a


vida. Amaro acrescenta ainda, que um homem com uma mulher de acordo com os
preceitos bíblicos e divinos, ambos vão construir uma família dando seguimento a uma
sociedade uma célula mãe a própria família. Antes de haver o casamento religioso é
indicado que haja primeiro o civil, para ele o casamento religioso é entendido como a
vontade de Deus, é uma declaração pública, diante de Deus, da igreja, da família, dos
amigos e de toda a sociedade, é pertencer a outra pessoa de acordo com a Bíblia, o
corpo do homem pertence a mulher e o corpo da mulher pertence ao homem e ambos
serão uma só carne, assim como Deus ensina em sua palavra como um conceito
bíblico e que pensa no bem-estar e no crescimento da sociedade de forma equilibrada.
Era um sonho do casal realizar o casamento dentro da igreja, em forma de honrar a
Deus, aos seus pais, aos pastores e à igreja, ficaram muito felizes pois não houve
enhum imprevisto e tudo foi realizado da maneira correta. Hoje eles são felizes com o
casamento e se amam.

3° ENTREVISTA:

No dia 27 de abril de 2023, foi realizada uma visita ao casal homoafetivo para obter
informações sobre casamento e união estável, que são importantes relações para a
sociedade em geral. A representante do grupo iniciou a apresentação do nosso
trabalho aos entrevistados e explicou a importância de cada tipo de relacionamento.
Durante a entrevista, foram realizadas 14 perguntas com o objetivo de coletar
informações essenciais para o nosso projeto.

Primeira questão Nome e idade: Rogério Cabral da Silva, 39 anos; Sidney


Albuquerque Pereira, 34 anos. Segunda questão Qual Gênero: ambos homens cis.
Terceira questão São Casados ou possuem união estável? O casal atualmente é
casado, mas antes estiveram em união estável. Quarta questão: Assumir o
relacionamento para a família e amigos foi difícil? Foi desafiador para Sidney assumir
o relacionamento para a família e amigos, mesmo nunca tendo sentido rejeição. O
casal tinha receio da reação das pessoas próximas, o que gerou inseguranças.
Embora nunca tenha havido uma declaração oficial, a família percebeu aos poucos o
convívio das relações, e tudo aconteceu de forma natural. Já para Rogério Cabral a
situação foi difícil. Os pais dele eram de famílias do interior e a descoberta foi baseada
19

em brigas. Depois disso, ele saiu de casa para morar sozinho. No entanto, os pais o
procuraram e hoje eles têm uma boa relação. Os amigos ajudaram muito no processo.
Para o casal, as pessoas ainda têm um pensamento totalmente antiquado para a
sociedade. Segundo eles, um gay só é considerado "adequado" quando não se veste
de mulher ou não é travesti. Rogério contou uma situação que aconteceu dentro do
vôlei, em que outro garoto desistiu de frequentar o jogo porque um homem estava
dançando e rebolando. Ele defendeu que isso era um pensamento homofóbico ao
colega Chitara, apelido dado à pessoa a qual ele se refere. Para Rogério, uma pessoa
que se incomoda em outra ser afeminada é homofóbica, pois muitas vezes é mais
confortável para a sociedade que o homem gay se comporte como um homem hétero.
Isso ainda é uma pauta muito discutida. Diante dessa situação, a representante
Silmara pergunta se essa é uma forma de a sociedade impor padrões, e o casal
responde afirmativamente. A quinta pergunta é: como foi feito o processo de
adaptação das pessoas sobre o casamento ou união estável do casal? Sidney
responde que para eles foi uma experiência tranquila, pois seus amigos e familiares
já sabiam sobre o relacionamento de quase 9 anos. Devido à pandemia, não fizeram
festa e optaram por realizar o casamento online. Além disso, não sentiram a
necessidade de expor o registro em fotos nas redes sociais, restringindo o
compartilhamento apenas para a família e amigos próximos. As pessoas acabam
sabendo sobre o casamento através do que é postado nas redes, que é bem limitado.
A representante pergunta se a questão de manter o relacionamento restrito foi por
questões de privacidade ou por receio da reação social? O casal afirma que não vê
necessidade em se expor publicamente, apesar de lutarem pelo respeito e mudança
no comportamento da sociedade. Eles não vivem sob o medo da reação dos outros e
têm momentos de convivência com amigos e familiares. No entanto, ao se
identificarem como casados, ainda enfrentam espanto e surpresa por parte do círculo
social, já que são poucos os amigos que são casados. Além disso, mencionam um
casal de amigas que estão juntas há anos, mas ainda não oficializaram a união. A
sexta pergunta é: quais são as maiores dificuldades que já enfrentaram ou ainda
enfrentam na sociedade por terem esse tipo de relação? O casal explicou que uma
das maiores dificuldades que enfrentam é a padronização social imposta pela
sociedade, o que, feliz ou infelizmente, os "blinda" de algumas situações, mas também
gera comentários preconceituosos e olhares de reprovação, mesmo quando estão em
família com os filhos. Eles afirmam que ser pai não é exclusivo de uma relação
20

heterossexual, e que a adoção é uma opção para casais homoafetivos. No entanto,


muitas pessoas ainda não estão abertas a essa realidade, o que gera dificuldades e
preconceito. Eles também relatam que, mesmo em ambientes de trabalho que prezam
pela diversidade, há brincadeiras e falas preconceituosas, e que é importante pontuar
e explicar como deve acontecer, de uma forma não agressiva, mas para que as
pessoas possam entender. Sétima questão: O casal concordava com a afirmação de
que a sociedade tem sido mais compreensiva com as relações homoafetivas? O casal
discordou da afirmação, argumentando que a entrevista estava acontecendo porque
a sociedade ainda não se comporta como deveria, gerando estatísticas e informações
que demonstram como as coisas deveriam ser. Infelizmente, muitas situações ainda
são marcadas pela agressão e pelo preconceito, apesar de ser um tema discutido
diariamente. A luta pela aceitação ainda é árdua, mas o grupo está empenhado em
promover mudanças por meio de ações em universidades, escolas e comunidades,
para que os homossexuais ganhem seu espaço de forma digna. Rogério destacou a
importância deste trabalho para a transformação social e a conquista da normalidade.
Partindo para questão de número 8, a pergunta é: se o casal tem vontade de adotar
filhos? O casal Sidney e Rogério adotou dois filhos juntos, um de 12 anos e outro de 14 anos,
após terem uma experiência de apadrinhamento afetivo que acabou frustrada quando a
criança que eles estavam apadrinhando foi adotada por outra família. Eles enfrentaram
dificuldades no processo de adoção por serem um casal homoafetivo, tendo inclusive criado
laços com uma criança que foi retirada deles e colocada em processo de adoção com um
casal heteroafetivo. Sidney explica que o apadrinhamento afetivo consiste em passar o
final de semana com a criança e não poder ficar mais de 30 dias sem vê-la. Eles
conseguiram criar um forte vínculo com a criança que apadrinhavam e acabaram
decidindo adotá-la de fato. Para isso, passaram por um processo de avaliação pelo
"Seja", uma organização que regulamenta o apadrinhamento afetivo e a adoção. Eles
tiveram que passar por entrevistas e vistorias, e somente após a aprovação do juiz
conseguiram adotar a criança. O casal passou a conviver com a criança adotada todos
os finais de semana e a cada 15 dias, e também a cuidar dela em momentos de
doença e festividades. Eles descobriram que a criança tinha duas irmãs que também
estavam em processo de adoção, mas não sentiram o mesmo vínculo com elas. A
instituição decidiu cortar o contato entre a criança que eles adotaram e as irmãs para
não atrapalhar o processo de adoção, o que foi muito doloroso para o casal. Após
esse episódio, Sidney e Rogério decidiram se casar para poderem se cadastrar no
21

sistema nacional de adoção, e logo receberam uma mensagem informando que uma
criança de 10 anos estava disponível para adoção. Eles ficaram surpresos com o fato
de que se podia escolher características da criança, como cor de cabelo e idade, e
também ficaram chocados ao descobrir que a maioria das crianças disponíveis para
adoção eram negras e de idade mais avançada. Apesar disso, eles se interessaram
por Gabriel, de 10 anos, e após uma série de dificuldades burocráticas em meio à
pandemia, conseguiram conhecê-lo e também seu amigo Daniel, de 14 anos. Eles
gostaram dos dois e acabaram decidindo adotar os dois meninos. O processo de
aproximação foi feito por meio de videochamadas, e em pouco tempo Gabriel já estava
chamando os dois de pai e pedindo para que Daniel pudesse morar com eles também.
Após uma avaliação da psicóloga do acolhimento, eles finalmente conseguiram adotar
os dois meninos e agora formam uma família feliz e unida. Na questão de número 9
foi perguntado: se o casal sentia algum tipo de pressão social para ter filhos ou formar
uma família tradicional? Eles mencionaram a pressão que enfrentaram em relação à
sua vida amorosa e social, tanto da sociedade quanto da própria família, com
perguntas invasivas sobre seu relacionamento e participação em eventos familiares.
Essas perguntas vêm de pessoas com pouco vínculo afetivo ou familiar, o que torna
a situação ainda mais difícil para eles. Rogério compartilhou que também enfrentou
questionamentos semelhantes em sua própria família. A questão número 10 é:
sabendo que a possibilidade de reconhecimento civil com pessoas do mesmo sexo a
partir de um julgamento de um recurso especial pela quarta turma do superior tribunal
do STJ em 25 de outubro de 2011, está entre as principais conquistas judiciais da
comunidade LGBTQIA+. Além disso, pouco antes em maio daquele ano o STF julgou
duas ações constitucionais, em que decidiu que união estável de pessoas do mesmo
sexo deveria ter o mesmo tratamento legal dado àquelas formadas por heteroafetivos
e segundo o instituto Brasileiro de geografia e estatística, o IBGE de 2013/2016, foram
registrados 19,5 mil casamentos homoafetivos nos cartórios brasileiros, com média
de aproximadamente 5.000 por ano, que representa cerca de 19,5% do total anual no
país. Houve, também decisões do STF nas questões de adoção, em que dá total
Liberdade para doações de crianças por pessoas e casais homoafetivos de maneira
igual à adoção por pessoas e casais heteroafetivos. Cientes das situações citadas
anteriormente, qual a importância dessas conquistas para vocês? Sidney argumenta
que, embora a conquista dos direitos civis para casais homoafetivos seja importante,
esses direitos deveriam ter sido concedidos automaticamente sem a necessidade de
22

leis específicas. Ele ressalta que parece que as pessoas precisam de um documento
legal para validar seu casamento e ter filhos, o que é triste, mas necessário devido ao
preconceito existente. Já Rogério destaca que, embora as leis tenham ajudado em
alguns aspectos, o Estado ainda não está preparado para lidar com todas as
implicações práticas dessas leis, o que resulta em falta de preparação e inclusão em
sistemas de documentação. Ambos concordam que mais liberdade e investimento são
necessários para conviver plenamente com essas leis e superar o pensamento
retrógrado. A questão de número 11: quais são os impactos que o preconceito social
traz para vocês? Sidney ressalta que o Brasil enfrenta altos índices de assassinatos
de pessoas trans, principalmente mulheres trans, devido ao preconceito e à falta de
aceitação do outro. Por outro lado, Rogério afirma que é importante preparar as
crianças para lidar com o preconceito desde cedo, e que já conversa com seus filhos
sobre a homossexualidade dos pais antes mesmo de eles irem para a escola. Para
combater brincadeiras preconceituosas, eles trabalham com as crianças em casa,
ensinando-as a lidar com essas situações de forma pacífica. Gabriel e Daniel, filhos
de Sidney e Rogério, se orgulham de seus pais gays e conseguem se apesar de tudo
se enturmar na escola. Questão de número 12: já foram constrangidos ou sentiram
constrangimento em dado momento, sofreram grave ameaça ou violência por outra
pessoa com ideologia diferente por simplesmente, não aceitar esses tipos de
relações?
Sidney fala que não agressão física ou ameaças. Mas, sim, com as falas.
Questão 13: o que espera da sociedade no futuro com questões homoafetivas? Sidney
diz que ninguém mais deve passar pela situação atual, que é ser entrevistado apenas
por ser homossexual. Ele defende a ideia de que as relações homoafetivas não devem
ser tratadas como material de estudo, mas sim como uma forma natural de amor, para
que a sociedade possa viver sem preconceito e discriminação. Sidney acredita que
devemos eliminar esses problemas para que não existam mais. Questão 14: qual a
mensagem que vocês gostariam de deixar para outros casais homoafetivos ou para
aqueles que ainda enfrentam dificuldade em aceitar a diversidade sexual? Sidney e
Rogério defendem a ideia de que não devemos fechar os olhos para o preconceito e
a discriminação. Sidney destaca que não existe diferença entre casais homoafetivos
e heteroafetivos em relação aos sentimentos e que devemos lutar para eliminar o
preconceito e a discriminação da sociedade. Já Rogério incentiva as pessoas a não
se calarem diante de falas preconceituosas e a buscar informações para rebatê-las
23

de forma específica. Ele ressalta que devemos procurar nossos direitos e não deixar
que a agressão e a discriminação permaneçam em nossa sociedade. Sidney
complementa que devemos eliminar a frase "eu não tento preconceito, mas..." pois,
ao usá-la, estamos abrindo espaço para o preconceito e a discriminação. Por fim,
Sidney menciona que algumas questões ainda geram mais segurança com o
casamento.

ENTREVISTA PRESENCIAL COM O FORMULÁRIO:

Na sexta-feira, 28 de abril de 2023, um membro do grupo Adriel Victor, no horário


noturno, realizou pesquisas presenciais com o formulário específico para Recife, por
meio do link ele fez as perguntas e respondeu em formulários individuais para cada
pessoa, após isso, fez registros fotográficos para contar no relatório.
Devido à demanda de palestra, horário disponível e entrevistas da semana, não foi
possível que mais indivíduos do grupo estivessem presentes nessa pesquisa de
campo com ele, porém, os demais integrantes contribuíram em outras atividades,
inclusive, no relatório dessa pesquisa.

PALESTRA:

Palestra em Jardim São Paulo, dia vinte e nove de dois mil e vinte e três, na
associação comunitária denominada projeto mão amiga. Componentes do grupo
presentes no evento: Adriel Victor, Samara Rachelle e Silmara Maria. O grupo foi
recepcionado pelo fundador do projeto Tadinho João, que instruiu os integrantes sobre
como abordar a temática e logo após apresentar o grupo, iniciou-se a exposição de
informações ao público às nove horas da manhã do sábado, durante a apresentação
e após ela, os ouvintes interagiram, tanto com perguntas e dúvidas quanto com
ilustrações de situações e exposição de experiências próprias acerca do tema. Logo
após a palestra, realizou-se um café da manhã pelo grupo para o público, o café da
manhã contou com bolo, pão de queijo e café. Além disso, o grupo levou mimos com
chocolate e bilhetes de agradecimento. Também, foram feitos registros fotográficos
durante a palestra, bem como, com o fundador do projeto para efetiva comprovação
de realização do evento. Os demais membros do grupo não puderam estar presentes
24

nessa ação, visto que Maria Clara estava com problemas de saúde. Iasmim Medeiros
e Vitória Mikaelly, moram no interior em Glória do Goitá e se tornou inviável que
comparecessem ainda que demonstrassem interesse. Manasses Albuquerque, por
trabalhar nos fins de semana deixou claro que não poderia estar presente. Luiz Miguel,
não poderia desmarcar a viagem que já estava agendada dias antes. Carlos Henrique,
não pôde ir ao local, por motivos pessoais que teria que resolver neste dia. Faz-se
necessário salientar que devido ao incidente com o ofício, o cronograma semanal de
entrevistas e palestra do grupo foi afetado, o que fez com que os eventos ficassem,
também, para o fim de semana, ou seja, sábado e domingo. Além disso, todos os
indivíduos do grupo que não puderam ir, estavam trabalhando em outras atividades,
para compensar essa ausência.

3. RESULTADOS

O grupo obteve informações por meio de entrevistas, tanto para agregar ao


conhecimento coletivo como para o perfil do Instagram, criado especificamente para
divulgar informações confiáveis on-line. As entrevistas foram de extrema importância,
já que forneceram perspectivas diferentes sobre o mesmo tema, incluindo casamentos
e uniões estáveis homoafetivos, religiosos e culturais. Além disso, durante a palestra
mencionada anteriormente, o grupo percebeu que a comunidade tinha muitas dúvidas
sobre o tema, o que foi evidenciado pelas perguntas feitas durante a apresentação.
Os palestrantes puderam esclarecer as dúvidas dos moradores da comunidade, o que
foi muito útil.

Por meio de um formulário realizado tanto de forma on-line como presencial, o


grupo também obteve informações sobre casamento e união estável. O comparativo
surpreendeu a todos, já que a população tinha conhecimento discrepante sobre
diferenças entre casamento e união estável, regime de bens, deveres e direitos dos
cônjuges em ambos, a importância desses direitos e deveres e a divisão de bens em
caso de divórcio. As únicas percentagens altas do interior foram quanto às definições
de casamento e união estável e a importância dos direitos e deveres no casamento
ou união estável, sendo que os demais percentuais mostraram-se inferiores quanto à
população de Recife.
25

Em conclusão, o objetivo do trabalho foi alcançado, que era transmitir


informações às comunidades sobre seus direitos em relação ao tema proposto. A
palestra foi muito bem recebida pela população, que agradeceu ao grupo por ter
levantado a questão e esclarecido suas dúvidas. O grupo também observou que
muitas pessoas não conhecem a importância de um advogado especializado em
direito de família, especialmente em casos de divórcio com filhos, onde é necessário
cuidado especial. Além disso, é fundamental que os pais tenham conhecimento não
só de seus deveres, mas também de seus direitos em relação à guarda, pensão
alimentícia e outros aspectos importantes. Por fim, é recomendável que os pais
registrem e documentem sua vontade em relação à partilha de bens doados aos filhos
de acordo com sua maneira e forma viáveis, mesmo que o registro não seja
obrigatório.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados obtidos a partir da aplicação de formulários e


realização de palestras, o grupo chegou a algumas conclusões relevantes.
Primeiramente, constatou-se que uma grande parcela da população não sabe quais
documentos são necessários para formalizar um casamento. Além disso, outra parte
significativa das pessoas não tem conhecimento sobre as condições, deveres e
direitos que envolvem uma união estável ou casamento. A partir dessas constatações,
os membros do grupo viram uma oportunidade de ajudar aqueles que desejavam
26

aprender mais sobre o assunto, cumprindo assim a meta principal do projeto, que era
disseminar conhecimento para quem precisava. Com o objetivo inicial cumprido, todo
o grupo pôde concluir a atividade de forma positiva e satisfatória.

RELATOS PESSOAIS DOS INTEGRANTES:

VICTOR, ADRIEL: O Tema a qual foi escolhido eu nunca sequer tive algum tipo de
conhecimento ou interesse, porém, após o grupo da gente se aprofundar cada vez
mais sobre o assunto eu pude descobrir bastantes coisas sobre o casamento e a união
estável principalmente o que os diferenciam e também pude realmente aprender, pois,
com a ajuda dos integrantes do grupo fizemos entrevistas, palestras e busca de dados
a partir de um link no Google formulário, o que gera um interesse maior sobre o
assunto justamente pelo caminho a qual a gente escolheu, porém, nem tudo é um mar
de rosas como, por exemplo, tivemos bastante dificuldades por causa da reitoria da
faculdade, pois, o grupo até lá uns três dias seguidos para conseguir pegar um
documento, o que atrasou um pouco os nossos planos, também teve algumas visitas
que marcamos e que infelizmente não conseguimos realizar, porém, nós conseguimos
reverter a situação e substituir essas visitas, além da ajuda que tivemos com duas
integrantes do nosso grupo, são elas: Vitória e Iasmim que possibilitaram que
pudéssemos pesquisar informações no interior, justamente por ser onde elas residem
domicilio, o que já é um ponto positivo para o nosso trabalho e mesmo com alguns
contratempos, o trabalho está se desenrolando de forma agradável e satisfatória,
principalmente por ainda termos algumas ideias e tarefas para pôr em prática. O que
poderia facilitar não só o nosso trabalho e de todos da sala seria que nos fosse dito o
tema mais cedo, por exemplo, no começo do semestre, pois, já facilitava o
desenvolvimento do trabalho e em relação ao grupo o único conselho que eu poderia
dar é entreguem as coisas mais rápido não deixando para o último momento.

MEDEIROS, IASMIM: Desde o estabelecimento de qual seria o tema abordado eu já


fiquei super empolgada com a realização deste trabalho, que por ser um tema que
considero crucial nos nossos tempos atuais achei que poderíamos trabalhá-lo e
apresentá-lo de múltiplas formas. Com o seguimento dos trabalhos eu acabei notando
infelizmente uma falta de organização no que diz a parte das divisões de tarefas,
enquanto havia pessoas muito sobrecarregadas e muito atarefadas no trabalho, havia
27

pessoas que ao mesmo tempo estavam com tempo livre e disponível que poderiam
se oferecer pra ajudar, mas que não fizeram isso. Além disto, achei errônea a minha
posição no relatório, pois sou residente do interior, e por isso não consegui participar
da maioria das visitas e entrevistas presenciais, pois eram realizadas em horários que
eu não possuía transporte pra voltar pra casa, sendo assim me fazendo sentir muito
prejudicada por não estar presente nas ocasiões e sentir muita dificuldade em fazer
relatórios sobre situações que eu não estava presente. Porém, mesmo com
adversidades, pra mim foi muito bom e prazeroso realizar esse trabalho com meus
colegas, quero agradecer a todos eles por esta atividade rica em conhecimento.

MIGUEL, LUIZ: De início gostaria de comentar sobre o meu grupo, são pessoas
totalmente compreensíveis e determinadas a realizar um trabalho excelente, o
interdisciplinar segue tendo um problema inicial desde o interdisciplinar passado,
infelizmente recebemos os nossos temas um pouco tarde comparado aos outros
cursos, e no final temos que correr contra o tempo, quanto mais cedo a gente saber
sobre o nosso tema, melhor, pois, dependendo do tema pode ser que demore mais
para chegarmos a uma conclusão para iniciar as pesquisas, como é nosso tema
“casamento e união estável”, foi algo que nos fez pensar bastante antes de começar
a desenvolver sobre, porém quando começamos a marcar e realizar as reuniões, ficou
mais fácil discorrer o subtema, foram ótimas ideias até então, tivemos uma pequena
dificuldade em escolher um local para apresentar sobre, porque geralmente quando
se pensa em ensinar algo para alguém, escola vem à mente, mas tratar o nosso tema
em escolas não faria muito sentido, levando em conta que esse tipo de registro
acontece normalmente com pessoas que possuem uma idade de 18 em seguida,
depois de um tempo chegamos à conclusão que o cartório seria o local adequado, de
registro civil. Fora isso e adaptar-nos às novas mudanças do interdisciplinar anterior
em modelos etc. não tivemos muitas outras dificuldades, e o auxílio constante do
fomentador facilitou muito o desenvolvimento contínuo do trabalho, é importante
constar que uma integrante do grupo testou positivo para covid-19 no meio de toda
correria, e isso afeta, sem dúvidas, toda a equipe, mas seguimos tentando atingir as
metas com o trabalho

ALBUQUERQUE, MANASSES: Desde 2019, eu estava afastado das salas de aula,


tendo trancado a faculdade por motivos familiares. Retornar ao ensino universitário
28

tem sido um grande desafio, principalmente devido ao método de ensino adotado pela
Unibra, que inclui a realização de provas com peças jurídicas e trabalhos em grupo
interdisciplinares. Embora tenha enfrentado algumas dificuldades, fui muito bem
acolhido pela equipe, que se mostrou extremamente prestativa. Embora sinta que
poderia ter contribuído mais, tenho certeza de que, com os próximos semestres e
trabalhos, conseguirei maximizar meu desempenho em áreas nas quais tenho mais
familiaridade. Gostaria de agradecer a todos os membros do grupo pela acolhida
espetacular, e gostaria de ressaltar que todos merecem nota 10 pelo trabalho
realizado. Tenho algumas sugestões para os próximos trabalhos, a fim de melhorar o
desenvolvimento de processos. Acredito que a criação de POPs (Procedimentos
Operacionais Padrão) poderia trazer mais celeridade e assertividade nas atividades
desenvolvidas pelo grupo. Estou extremamente feliz com os resultados desse lindo
trabalho desenvolvido por cada um de nós.

CLARA, MARIA: O grupo reuniu-se presencialmente para discutir as ideias acerca do


tema, éramos em 7 participantes e estabelecemos as diretrizes como a criação da
página do Instagram, a qual fiquei responsável; elencamos os possíveis locais para
visitas de pesquisa de campo e a entrevista com um casal homoafetivo. A nossa
próxima reunião foi online através da plataforma meet, nesse momento éramos 6
participantes, nela aprofundamos conceitos e cada um trouxe conhecimentos para
contribuir na construção do nosso projeto. Definimos que faríamos entrevistas também
no interior do estado, porque duas das integrantes do nosso grupo reside em Glória
do Goitá, e faríamos coleta de dados comparativos. Também definimos a importância
de levar informação a grupos comunitários e associações para podermos contribuir
com o nosso conhecimento. Após essa reunião houve um encontro entre os
representantes do nosso grupo com o professor orientador que sugeriu uma entrevista
com o tabelião na nossa ida ao cartório. No início das práticas de campo fiquei
impossibilitada de contribuir fisicamente com o grupo, pois testei positivo para o
COVID 19. Tivemos grandes dificuldades no decorrer do processo como a adaptação
a uma nova metodologia, a inserção que novos integrantes no grupo quando o escopo
já estava em andamento, dificuldades para a obtenção do ofício, pouca disponibilidade
para a visita na Associação Comunitária Projeto Mão Amiga em Jardim São Paulo,
além do problema de saúde supramencionado. Tivemos uma liderança coercitiva e
que também esteve por muitas vezes sobrecarregada, mas apesar das divergências,
29

caminhamos para um local seguro de conhecimento tendo como objetivo disseminar


a informação e contribuir para melhorar a vida das pessoas e dar visibilidade a
questões civilmente importantes. Construímos um trabalho esclarecedor e
aprendemos que o respeito a individualidade possibilita avançar tanto nas relações
interpessoais como nas relações civis

RACHELLE, SAMARA: O meu nome é Samara Rachelle e eu faço parte do grupo


que abordou o tema casamento e união estável, para mim o tema escolhido foi de
certa forma um desafio para desenvolver, pois, eu não sabia de muita coisa e esse
trabalho foi revelador, foi de muito aprendizado tanto para mim e tanto para ter noção
de informar a quem me perguntasse algo dentro desse tema nas questões de
casamento, divórcio, o papel dos pais para com as crianças na separação. E embora
fosse um assunto novo para mim, eu não tive dificuldade em entender para poder
formular com um novo estudo e novidade dentro dos meus aprendizados na faculdade
de direito. O meu grupo foi extremamente compreensível e gentil com a minha
chegada e espero que eles vejam que eu dei o melhor de mim para esse trabalho que
tanto agregou na minha vida universitária e pessoal.

MARIA, SILMARA: Como representante deste grupo, posso afirmar com mais
propriedade que gerenciar pessoas é ainda mais complexo que administrar dinheiro,
visto que pessoas têm sentimentos e se cansam, têm vontades próprias, também.
Notei um certo tipo de relutância quanto a alguns membros da equipe em realizar as
atividades necessárias, mas com um pouco de insistência obtive resultados positivos.
Foi complicado para todos do grupo o pouco espaço de tempo para a realização das
tarefas, tendo em vista que o processo para adquirir os ofícios necessários para
solicitar visitas técnicas custou tempo desnecessário, bem como, a má administração
da recepção do campus dois da universidade, mais especificamente da responsável
pelos ofícios, que por atrasar o pedido do ofício por negligência, atrasou, também, os
afazeres do grupo, o que impossibilitou a realização de algumas das sugestões dos
integrantes acerca das metodologias a serem utilizadas para disseminar as
informações. O interdisciplinar desse semestre foi um pouco mais desafiador que o
anterior, pois, os membros do grupo encontraram dificuldade na escolha do local para
realizar uma palestra.
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Por outro lado, é satisfatório ver o trabalho sendo realizado e em andamento, saber
que todo esforço está sendo válido. Independentemente de nota, tenho aprendido
bastante com as entrevistas ricas em conhecimento, tanto a dos indígenas quanto a
do casal homoafetivo e a do diácono, são perspectivas diferentes de um mesmo
assunto, são culturas diferentes, costumes diferentes, mas que ambos têm a mesma
finalidade, formalizar uma união ou casamento, ainda que não seja de forma idêntica
ao que estamos acostumados. Participar dessa atividade, tornou o meu conhecimento
ainda mais amplo, fez-me pensar de maneira mais ampla. Então, acredito que nos
próximos interdisciplinares o meu desempenho, seja como líder ou simplesmente
como uma integrante de um grupo, possa melhorar de maneira positiva, porque
mesmo com todas as diversidades, consegui exercer o meu melhor ainda que
houvesse limitações, também, descobri habilidades que não sabia ser detentora
delas, como, por exemplo, a de entrevistar pessoas e foi através desse trabalho que
pude perceber. Por fim, espero que o nosso trabalho atenda às expectativas do
fomentador e da bancada de jurados, pois, sei que tanto de forma individual quanto
coletiva, esse grupo deu o seu melhor.

MIKAELY, VITORIA: O projeto interdisciplinar foi extremamente enriquecedor para


mim e, acredito, para todos os membros do grupo. Apesar dos dias agitados e
cansativos, conseguimos alcançar todos os nossos objetivos. Devo admitir que este
ano o projeto interdisciplinar apresentou desafios significativos em várias áreas.
Trabalhar em equipe não é fácil, houve divergências e desentendimentos, mas todos
foram resolvidos por meio de debates construtivos. Lidar com diferentes rotinas
pessoais foi um tanto complicado, mas no final tudo correu bem e todos se mostraram
presentes em todas as questões abordadas. O projeto interdisciplinar não beneficiou
apenas nós, como alunos, mas também uma parte da sociedade que alcançamos, ao
fornecer informações importantes sobre o tema abordado. Foi uma experiência
incrível trabalhar com pessoas maravilhosas que se ajudaram mutuamente,
ofereceram apoio e deram o melhor de si para alcançarmos os melhores resultados
possíveis. Gostaria de expressar minha gratidão especial à Silmara, que esteve à
frente do trabalho como nossa representante. Sem ela, muitas coisas não teriam sido
possíveis. Ela sempre se empenhou ao máximo, ao correr atrás e ajudar a todos,
garantindo que o trabalho ficasse impecável. Também gostaria de agradecer a todos
31

os outros participantes pelo apoio e ajuda. Sem cada um de vocês, não teríamos sido
capazes de alcançar os objetivos desejados.

5. REFERÊNCIAS

Artigo 5.º da Constituição Federal.

Constituição Federal de 1977: Art. 226 e seus parágrafos.

Constituição Federal de 1988, artigo 226.

Constituição Federal:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm

Inciso XXXIII Código Civil, artigos 1.511 a 1.783.


https://www.anoregsp.org.br/noticias/40451/o-contrato-de-namoro-e-suas-
implicacoes-no-ambito-juridico

https://www.arpensp.org.br/noticia/2373#

https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-
antigas/2018/2018-06-03_06-55_A-atuacao-do-STJ-na-garantia-dos-direitos-das-
pessoas-
homoafetivas.aspx#:~:text=Em%20julgamento%20hist%C3%B3rico%20conclu%C3
%ADdo%20em,entre%20pessoas%20do%20mesmo%20sexo

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12318.htm

Lei do Divórcio (Lei n° 6.515/1977).

Portal do Ministério da Justiça e Segurança Pública:


https://blog.casar.com/casamento-homoafetivo-no-brasil/

Portal do Governo Federal: https://www.gov.br/pt-br

6. ANEXOS
PRIMEIRA REUNIÃO DO GRUPO.
32

SEGUNDA REUNIÃO DO GRUPO.


ENTREVISTA DO DIA 27-04-2023 33

IDA SE SAMARA A ASSOCIAÇÃO MÃO AMIGA, PARA SOLICITAR A


PALESTRA.

PALESTRA NA ASSOCIAÇÃO MÃO AMIGA.


ENTREGA DA CARTA DE INTENÇÃO AO CARTÓRIO.
34

ENTREVISTA COM O FORMULARIO DE FORMA PRESENCIAL NA UFPE.

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