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A PRESENÇA DAS REDES SOCIAIS NA VIDA DO ADVOGADO DURANTE E

APÓS A PANDEMIA.

Marisol Sandim Gadioli Araujo, Profª. Me. Ilka Ramos Formoso.


1
Universidade do Vale do Paraíba/Faculdade de Direito, Praça Cândido Dias Castejón, nº 116 –
Centro, CEP, São José dos Campos-SP, Brasil, marisol-gadioli@live.com, ilka@univap.br.

Resumo

Palavras-chave: Redes Sociais, Pandemia, Advogados, Informação.


Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas; Direito.

Introdução

No mundo atual as redes sociais vêm crescendo com o avanço da tecnologia que está em todo
momento presente no cotidiano das pessoas e presente estudo visa analisar a finalidade de usufruir
das redes sociais pelos jovens advogados e pelos escritórios, dentro das finalidades legais que regem
a profissão exercida pelos profissionais da área e com a pandemia quando se instalou no ano de
2020 observaram a importância de se reinventar. A primeira rede social surgiu no ano de 1995 na
América do Norte sendo no Canadá e Estados Unidos da América, com a visão de conectar
estudantes da faculdade, era chamada Classmates e desde então os meios sociais via internet foram
crescendo e novas foram surgindo no decorrer dos anos para hoje chegarem ao facebook, instagram,
tiktok. Conforme a sociologia e antropologia a rede social refere-se ao comportamento da sociedade,
onde um grupo de pessoas se relacionam e facilitam a interação das pessoas deste mesmo grupo.
A mídia social quando é abordada tem um amplo significado. Diante da circunstância que engloba
toda as mídias, redes sociais e o marketing digital, visto que se fala acerca das mídias sociais
podemos nos referir a grupos de diversas propriedades existentes com o avanço da tecnologia, como
blogs, sites, aplicativos de redes socais e entre outros. Atualmente as pessoas não conseguem mais
ficar sem o celular, permanecem o tempo todo com ele ou a procura de informações no computador.
Os aplicativos foram criados, com a intenção para facilitar a comunicação entre as pessoas e pode-se
dizer que a advocacia neste âmbito evoluiu, pois introduziu conceitos posto que vai além da parte
jurídica e incorpora a rotina do escritório. Com o sucesso das redes sociais grande parte dos
profissionais estão aderindo esta ferramenta, e procuram manter um relacionamento entre eles e o
público.
A priori o marketing digital no âmbito jurídico possui uma finalidade de planejamento que engloba
a colocação dos advogados em sua atividade. Segundo o autor Neto, em sua abordagem em torno
deste tema, ele faz destaque, realmente para as redes sociais, por existir recursos pelo qual a maior
parte da advocacia vem se apresentando para o mercado, com a finalidade de angariar a atenção e o
apreço da comunidade em geral, estabelecendo cada vez mais vínculos profissionais. Esse fenômeno
está obtendo um crescimento exponensial, lícito e acessível, sendo competente macanismo para a
divulgação e acesso às informações.
Desta forma buscar-se-á elucidar o objetivo com os questionamentos em que até ponto o
advogado ou escritório podem usar das redes sociais e porém com a pandemia no ano de 2020 o
crescimento das mídias sociais no meio jurídico aumentaram e se houve ou há algum problema neste
concerne, buscando responder os questionamentos e hipóteses abordadas através da legislação
vigente no país sendo elas o Código de Ética da OAB (BRASIL, 2021a), Provimento 94/2000
(BRASIL, 2021b).

Metodologia

Para responder as hipóteses levantadas no artigo, a metodologia usada consiste em pesquisas


e leitura de artigos científicos, doutrina, notícias veiculadas em torno do assunto abordado neste
presente trabalho e legislação.

XXV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XXI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e 1
XI Encontro de Iniciação à Docência - Universidade do Vale do Paraíba - 2021.
Resultados

Conforme os conteúdos analisados no decorrer de toda pesquisa para a elaboração do presente


trabalho, a respeito das redes e mídias sociais na vida do advogado, visto que essas ferramentas
envolvem todos os veículos de comunicação da internet sendo eles: facebook, instagram, tiktok e
twitter grandes ferramentas que houve um aumento em sua utilização e crescimento na vida dos
advogados assim que foi decretada pandemia pelo vírus Sars-cov19.
No Brasil a presente realidade somente é autorizada de maneira meramente informativa,
valorizando a grandiosidade da carreira da advocacia.  Diferindo-se segundo Estados Unidos da
América, no qual os advogados são livres de produzir marketing de maneira conforme uma empresa
de qualquer segmento.
A princípio em âmbito geral da internet um website institucional, não violará nenhuma regra
segundo o presente Código de Ética da OAB (BRASIL, 2021a) e não fere o Provimento 94/2000
(BRASIL, 2021b). Após as situações trazidas com pandemia, uma das coisas relacionada a pandemia
foi o distanciamento social, quarentena e com isso aumentou a respeito do tema acerca da limitação
das redes para os indivíduos que exercem a advocacia.
Segundo Gagliard (2020) informou que o Conselho Federal da OAB estaria trabalhando em um
pacote com novas regras que substituiria o Provimento (BRASIL,2020b) vigente, com isso fazendo
novas incorporações de canais e tipos de marketing utilizados no âmbito jurídico, conforme as redes
sociais, eventos onlines. Para a visão de Pedroso, a classe dos advogados não conseguiria ser
conhecida se caso não utilizar essas ferramentas, que tem um domínio que não pode-se imaginar,
são diversar formas que o especialista tem para colocar-se em sua área de trabalho, expandindo seu
trabalho, além do mais preparar para que seu nome chegue em lugares que nem o mesmo imagina
que chegaria.
O Provimento 94/2000 (BRASIL, 2021b) em torno do artigo 1º discorre que na advocacia os
conteúdos de publicidade sejam meramente informativos, com isso há a possibilidade do advogado
sim realizar investimentos em estratégias apontada em direção as mídias e redes sociais sabendo
distinguir o estilo sendo ela informativo e não comercial.
A finalidade para executar todo o planejamento estudado de estratégia, vai facilitar que o
especialista mostre a todos quais são as especialidades, qual a dor do seu público que você
consegue sanar e resolver. Pode-se falar que no momento atual advogados padecem de buscar
novos caminhos juntamente a intenção de colocar-se disponível em área de atuação e consolidar seu
nome, hoje existe uma obrigação de possuir uma advocacia com ampla visibilidade, atendendo os
interesses reais do público de aspecto mais eficiente e rápida. A existência de um local para todos, o
propósito seja estabelecer uma ligação do marketing de contéudo e o domínio da advocacia,
resumindo é atingir seus objetivos no decorrer da estratégia que fora estipulado.
Conforme Bittar e Mendes, a gente sabe quando a presença na rede social tem o propósito de
informar. Os escritórios têm todo o direito de ter instrumentos de comunicação com seus clientes, de
colocá-los a par da evolução das leis, da jurisprudência. Isso não se trata de captação de clientela.
Pelo contrário, mostra que o profissional trata bem seu público .
A visão do autor Motta, esta nova percepção dos advogados visualiza que Marketing Jurídico não
é mais um palavrão que deve ser evitado e sim uma ferramenta que os auxilia a traçar um objetivo,
criar uma estratégia e montar um planejamento para que os resultados de seu trabalho sejam
potencializados ao máximo.

Discussão

Objetivando as pesquisas realizadas, acompanhado de perto pelas redes sociais perante a um


crescimento exponencial nas redes no âmbito jurídico por advogados e jovens advogados que se
encontram começando a trilhar sua carreira, principalmente no decorrer do ano em que se instalou a
pandemia. Pode-se dizer que OAB órgão responsável pelos advogados veio acompanhando de perto
este processo tranformador, que está acontecendo principalmente entre os advogados e a sociedade,
estando ciente que, posteriormente o cessação da pandemia que se iniciou em março de 2020,
alguns hábitos que foram adquiridos acabarão sendo incorporados definitivamente pelos respectivos
profissionais da campo.

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Um dos maiores destaques existentes, sem dúvida, é voltado para as famosas redes sociais, visto
que foi o meio por qual a maior parcela de advogados encontra-se se expondo e vem crescendo, com
intenção de conquistar o interesse e a admiração das pessoas em geral, firmando progressivamente
os vínculos profissionais e também muitos deles realizando cursos para a jovem advocacia de como
se comportar para quem está iniciando a carreira, para avaliar entre advogar em sociedade ou ser
advogados autônomos, com a pandemia eles também se reinventaram. Este acontecimento é
verídico, tornando-se um mecanismo eficaz para a exposição e ingresso às informações.
Pode-se assegurar através do que se viu e ouviu até aqui é que encontra-se um anseio da
advocacia, sobretudo da jovem advocacia, pela flexibilização das regras atuais hoje regida pelo
Código de Ética e Disciplina da OAB (BRASIL,2021a) e pelo Provimento 94/2000 (BRASIL,2020),
apreciando as novas ferramentas tecnológicas e meios de mídia disponíveis, mas torna-se as normas
disciplinadoras do objeto menos ambíguas, facilitando ao intérprete o seu emprego. É evidente que a
advocacia roga por normas mais claras, nítidas, critérios mais objetivos, concretos e determinados.
Os advogados querem portar-se com a convicção de jamais estar cometendo nenhuma violação. O
objetivo é atentar-se para a angústia da pluralidade dos advogados brasileiros, sobretudo dos jovens
profissionais que estão na esperança, aguardando ansiosos por um moderno texto, novo e imediato,
adequado para a conjuntura contemporâneo aonde o acesso virtual tornou-se abundantemente
superior do que o costumeiro contato pessoal.
A finalidade é atentar-se para o anseio da maioria, especialmente dos jovens profissionais que
estão na expectativa, aguardando ansiosos por um novo texto, moderno e atual, apropriado para o
cenário contemporâneo onde a aproximação virtual tornou-se muito maior do que o tradicional contato
pessoal.
Sabemos em que momento a aparição na rede social apresenta a objetividade de esclarecer,
explicar e levar informação. Os escritórios podem dispor dos dispositivos de para comunicar-se junto
a seus clientes, dentre outras coisas o de conduzi-los sobre a mudança das leis vigentes no país. Não
se tratando de obtenção de clientes. De outro modo, demostra a dedicação pelo o seu público, não
ferindo as atuais regras, por ser de caráter unicamente informativo e não é uma prospecção de
clientes.
No Brasil encontra-se a espécie de prática permitida somente de modo para informar como dito
acima, respeitando a trajetória do advogado e seguindo em conformidade com as regra. O oposto dos
Estados Unidos, no qual os advogados dispõe do livre-arbítrio para produzir conteúdo conforme uma
empresa. A utilização desse marketing é absolutamente oposto do que muitos conhecem, o
impulsionamento publicitário inclui a vivência dos escritórios ma mesma maneira quegrandes
empresas na América do Norte faz.
No Brasil, há existência de uma imaginação para o não exercício do marketing jurídico,
ocasionando em uma incerteza segundo os profissionais para dar a largada a execução, por causa de
não haver entendimento por completo do Código de Ética (BRASIL,2021a). Deste modo, os
advogados até então acabam ficando “confusos” sem saber o que executar e como introduzir a
utilização deste meio. Na maioria das vezes a concepção da utilização das mídias, na atualidade
principalmente em redes sociais, em que pessoas tem facilidade para o uso, tem-se que saber
discernir o que se coloca, prezando sempre pelo seu nome, pela sua pórpria privacidade, para que
não seja captada de forma errônea, o conteúdo.
Portanto, pode-se designar um nexo entre as adversidades identificada para se inovar a uma
circunstância da atualidade, do progresso das mídias sociais, seus benefícios e o que elas podem
agregar, findar com os obstáculos que impossibilitam o acesso a informatização e alterar a percepção
a respeito desta temática, adentro do quadro jurídico, para os jovens advogados que encontram-se
saindo da sala de aula, indo diretamente na direção do mercado de trabalho consigam acessar com
facilidade a clientela que vem seguindo com o avanço dos meios modernos da comunicação.
Com a falta de uma norma reguladora clara que é capaz de deliberar sobre o tema específico de
marketing jurídico e sua prática. Há normas que tem a possibilidades de serem interpretadas sem o
profissional sofrer qualquer repressália ou punição, está presente no artigo 2º do Código de Ética e
Disciplina da OAB (BRASIL,2021a):
Art. 2º. O advogado, indispensável à administração da Justiça, é
defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade
pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu
Ministério Privado à elevada função pública que exerce. Parágrafo único.
São deveres do advogado: I – preservar, em sua conduta, a honra, a

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nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de
essencialidade e indispensabilidade; II – atuar com destemor,
independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e
boa-fé; III – velar por sua reputação pessoal e profissional; IV –
empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e
profissional; V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do
Direito e das leis; (...)
A sociedade hoje, por mais tecnológica esteja ela ainda tem carência em algumas áreas, com a
finalidade de adquirir uma maior informação sobre o tema que ela vem buscando principalmente no
âmbito jurídico, neste trabalho pode ser colocado como exemplo profissionais jurídicos que
cresceram com conteúdo nas redes sociais que o ponta pé foi durante a pandemia, esses
profissionais posso citar alguns grandes nomes sendo eles: Gabriela Tavares, Fabíola Amorim,
ambas obteram um crescimento nas redes muito grande e consolidando seu nome no mercado diante
das redes sociais.

Conclusão

Diante do exposto, mostra-se em evidência a necessidade e importância diante das informações


que foram apresentadas neste trabalho, o crescimento exponencial e a importância das redes sociais
para o profissional da área jurídica e que ficou mais em evidência essa importância que foi durante
todo o período de pandemia em 2020, onde foi uma das formas que todos se viram dentro de suas
casas, sem ter contato com seus clientes em seu escritório e as redes sociais foram a saída desses
profissionais para manter contato com seu público, informando eles do que estava acontecendo,
novas legislações, decretos, uma maneira de informar mais informal e fácil compreensão.
Diante das informações apresentadas, mesmo com as limitações por não ter uma norma clara em
que abrange o marketing jurídico e as redes sociais, existe a possibilidade de o advogado fazer
publicidade, ágil e sem custo-benefício, voltando sua atenção sempre com o fim de informar seu
público, sanar a “dor” que eles têm, sempre com discrição e sem interesse financeiro.
Com a nova visão da advocacia para o marketing, sobretudo os jovens advogados, com isso há
possibilidade de uma maior visão, com fim de atingir pessoas, sendo beneficiado com seu
reconhecimento, atendendo prontamente sem ferir o Código de Ética da OAB (BRASIL, 2020a). O
que se pode dizer que a propaganda no meio jurídico ela não é abraçada ou aceita pelo interesse que
visa o meio econômico, o que acaba não sendo compatível com a atividade do advogado. Este tipo
de marketing no meio jurídico tem a visão de informar as pessoas de forma mais informal e com isso
consolidando o nome do advogado no mercado e traz mais visibilidade a ele.
As redes sociais faz juntamente que o advogado ou o escritório ganhe a confiança das pessoas,
acaba tornando-se referência, atingindo uma quantidade indeterminada de pessoas. Na atualidade é
fundamental que o advogado esteja atencioso a modernização em relação ao marketing voltado para
a campo jurídico, para avaliar de que forma ele é perpetrado, também utilizá-lo sem ferir as normas
legais, alcançando as decisões que vem sendo proferidas pelos tribunais de ética no Brasil,
notadamente, aquelas voltadas para as mídias sociais. Verifica-se adiante de todo descrito, pode-se
finalizar que o advogado ou escritório pode desfrutar do marketing jurídico, porque não há regra que
evidencie o impedimento desta prática até o instante presente. Todavia tem a necessidade que o
advogado age de consonância juntamente as normas do Código de Ética da OAB (BRASIL,2020a) e
do Provimento 94/2000 (BRASIL,2020b).
 

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Referências

BITTAR, Cássia; Mendes, Nádia. Advocacia em tempos digitais: como se destacar sem infringir
as regras, 2020. Disponível em: <https://www.oabrj.org.br/noticias/advocacia-tempos-digitais-se-
destacar-sem-infringir-regras> Acesso em: 10 jun. 2021]
BRASIL, Código de ética e disciplina OAB. Disponível em: 
<https://www.oabes.org.br/arquivos/eleicoes/sociedade-do-advogado/codigo-de-etica.pdf?> Acesso
em: 20 jul. 2021a
BRASIL, Provimento 94/2000. Disponível em:
<https://www.oab.org.br/leisnormas/legislacao/provimentos/94-2000> Acesso em: 20 jul. 2021b
GAGLIARDI, Rafael Faria. A publicidade e a reputação dos advogados, 2020. Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/2020-ago-23/publicidade-reputacao-advogados > Acesso em: 12 jun.
2021
MOTTA, Alexandre. O marketing jurídico e a evolução da advocacia. Disponível
em:<https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-73/o-marketing-juridico-e-a-evolucao-da-
advocacia/> Acesso em:

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