Você está na página 1de 92

Fundamentos legais e técnicos

relacionados à família

Prof. Ricardo Neves Couto


Família

 Quando trabalhamos a categoria família,

precisamos estar atentos à diversidade de


família hoje existentes. Ao adotarmos tal
definição, percebemos a dificuldade em
estabelecermos um único conceito.
Família

 Devido ao ciclo vital, a família vive em constante


transformação, decorrente das mudanças que
ocorrem na estrutura, nas normas, nos papéis e nos
processos de comunicação no seu interior. A
realidade de cada família está em constante
modificação; não temos uma receita para cada
problema. No entanto, a nossa missão é viabilizar e
refletir entre os muitos ou poucos caminhos
possíveis,avançar e realizar um bom trabalho.
Família: Perícia

 O Código de Processo Civil rege as questões das Varas da

Família. Nele é prevista a figura do perito. O juiz pode


determinar o trabalho de um perito em questões técnicas
que estão fora de sua área do conhecimento e que são
importantes para melhor subsidiar sua sentença.

 Os peritos podem ser de diversas áreas do conhecimento:

engenheiros, médicos, psicólogos e assistentes sociais,


para citar alguns exemplos.
Temas relacionados

 Acolhimento institucional de uma criança, pelo abandono

total ou pela impossibilidade material de familiares oferecer


cuidados dos quais necessita;

 Perda do poder familiar sobre um filho;

 Violência doméstica;

 Violência na vida de adolescentes em conflito com lei;

 Situações familiares conflitantes (ex.: guarda; tutela, curatela,

alimentos).
Estudo Social
Definição operacional
Definição operacional
Relatório social

 “O relatório social , como documento específico elaborado, se

traduz na apresentação descritiva e interpretativa de uma


situação ou expressão da questão social, enquanto objeto da
intervenção desse profissional, no seu cotidiano.

 No sistema judiciário, seu uso que é muito comum no trabalho

junto às Varas da Infância e da Juventude, se dá com a finalidade


de informar, esclarecer, subsidiar, documentar um auto
processual relacionado a alguma medida protetiva ou
socieducativa, prevista no ECA, ou enquanto parte de registros a
serem utilizados para a elaboração de um laudo ou parecer.”
Estudo Social

 É um instrumental fundamental no trabalho

para quem atua junto ao sistema judiciário,


seja como servidor, perito ou assistente técnico,
junto à Justiça da Infância e da Juventude, Justiça
de Família, Criminal e ações judiciárias relacionadas
à seguridade e previdência social.
Estudo Social

 1. Se inicia quando o/a profissional entra em

contato com a solicitação e com a coleta de


informações.

 2. Estabelece um plano de trabalho–


impressões e hipóteses

 3. Abordagem dos sujeitos –


instrumentais/técnicas e registros.
Estudo Social

 4. Exame minucioso dos dados obtidos –


compreensão da realidade social estudada e referências
teórico e legais que serão fundamentais.

 5. Análise descritiva ‐ documenta escrito o processo

realizado, incorporando referenciais.

 6. Posteriormente parte‐se para a elaboração do

relatório ou laudo e parecer social.


Estudo Social

Não se pode perder de vista que mesmo quando se


trabalha com apenas um usuário, ele é um indivíduo
social, e a realidade social que condicionou a sua
história, bem como o fato que motivou a realização do
estudo, devem ser trazidos à tona.
Ele tem uma história de vida, as peculiaridades sociais,
econômicas e culturais. Sem deixar de construir
interpretações e estabelecer relações com as questões
estruturais nacionais e mundiais que interferem e
determinam o dia a dia dos sujeitos
Perícia
Perícia

 É realizada a partir de solicitações do juiz ou das

partes.

 Subsidiar a decisão do juiz.

 “Tem a finalidade de conhecer, analisar e emitir

parecer sobre situações vistas como conflituosas ou


problemáticas no âmbito dos litígios legais visando
assessorar juízes em suas decisões.”
Perícia

 Perito é o especialista em determinado


assunto, habilitado a realizar perícias.

 Pode ser um meio de prova, por se tratar de uma

declaração técnica.

 Se apresenta o resultado da perícia por meio do

laudo social.
Laudo Social

 É utilizado no meio judiciário como mais um elemento


de “prova’, com a finalidade de dar suporte à decisão
judicial, a partir de uma determinada área do
conhecimento.
 Seu conteúdo, na maioria das vezes, contribui para a
formação de um juízo por parte do magistrado, isto é,
para que ele tenha elementos que possibilitem o exercício
da faculdade de julgar, a qual se traduz em “avaliar,
escolher, decidir”
 Ele apresenta o registo das informações significativas do
estudo/perícia, da análise realizada e o parecer social.
Laudo Social

 “Documento resultante do processo da perícia social

(Mioto, 2001)”.

 O laudo pericial trás um retrato social de uma

situação específica , em um determinado momento,


condicionado pelas condições nas quais a perícia foi
realizada.
Estrutura do Laudo
Evolução do Conceito de Família

 Deriva do latim famulus, que significa o “conjunto


de servos e dependentes de um chefe ou senhor”
(Wagner, 2002).

 Na Antiguidade: Direito Romano + Canônico

 Família Romana: conjunto de pessoas e coisas que


estavam submetidos a um chefe: o pater famílias.

 Família Patriarcal: reunia em função do culto


religioso + aspectos políticos + econômicos.

 Poder do Pater: julgar + espiritual


Aspectos Históricos da Família

 O Direito Romano estrutura todo a constituição da família


(princípios e normas) – tendo como base o casamento.

 Com a ascensão do Cristianismo, a Igreja Católica assume o


papel e estabelece as regras do casamento (sacramento).

 Monopólio da Igreja Católica e intervenção do Estado.


Aspectos Históricos da Família

 No Brasil (Colônia e Império), em virtude do aumento


populacional, surgiram três tipos de casamentos: católico,
misto (católicos + acatólicos) e entre pessoas de seitas
dissidentes.

 Estado submisso a Igreja Católica – traduzia preconceitos


para casamentos que não fossem católicos. No entanto,
interfere adotando um enfoque social.
Família e Estado

 A família torna-se peça fundamental do Estado.


 Aborda sob dois prismas:
 Patrimônio: caráter econômico
 Relações afetivas: caráter solidário

 Código 1916: Família – casamento/ Divórcio – culpa;


 Constituição de 1988: Família – casamento e união
estável; Divórcio – papeis igualitários; mudança do
papel da mulher no casamento.
Família e Estado

 A família do CÓDIGO CIVIL DE 1916:


 Matrimonializada, patriarcal, hierarquizada,
heteroparental, biológica com a função de produção
e reprodução, com caráter institucional (fim).

 A família do CÓDIGO CIVIL DE 2002:


 Pluralizada, democrática, igualitária, hétero ou
homoparental, biológica ou socioafetiva, e caráter
instrumental (meio).
Família - Constituição Federal 1988

CAPÍTULO VII
Da Família, da Criança, do Adolescente, do
Jovem e do Idoso
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial
proteção do Estado.
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a
união estável entre o homem e a mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua
conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a
comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes.
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal
são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
Família

 Conceito:
 Grupo/Comunidade formada por indivíduos
que são ou se consideram aparentados, unidos
por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa (art. 2º, II da Lei
nº11.340/2006 – Lei Maria da Penha).
Grau de Parentesco

 Parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos


de sangue (descendência/ascendência) ou afinidade (sobretudo pelo
casamento), vontade expressa (adoção). Constituído a partir de uma
relação formal, a qual é comprovada a partir de certidões
(nascimento, casamento).

 Consanguinidade - as pessoas possuem um ascendente comum,


ou trazem elementos sanguíneos comuns, denominado também
parentesco biológico ou natural;

 Afinidade, parentesco constituído por vínculo matrimonial.


Envolve o marido e os familiares (ascendentes, descendentes e
irmãos) da mulher, ou vice-versa.
Princípios norteadores do
Direito das Famílias

 1. Da dignidade da pessoa humana;


 2. Igualdade e respeito à diferença;
 3. Solidariedade familiar;
 4. Do pluralismo das entidades
familiares;
 5. Da proteção integral as crianças,
adolescentes e idosos;
 6. Da proibição do retrocesso social;
 7. Da afetividade;
1. Da dignidade da pessoa humana;

 A pessoa humana no centro protetor do direito.

 Assim, o Estado norteia sua atuação de modo a


promover condutas eficazes que possibilitem o
mínimo de condições existências para cada ser
humano.
2. Igualdade e respeito à diferença

 Preconiza a igualdade entre homens e mulheres no


que tange à direitos e obrigações em relação à
sociedade conjugal (art.226, § 5) e a relação com os
filhos, provenientes ou não do casamento, ou
adotados (art.227,§6).

 Pátrio poder, guarda dos filhos e pensão alimentícia.


3. Solidariedade familiar

 No Código Civil, instrui a assistência entre os


membros da família.

 O Estado, ao promover o caráter recíproco entre os


componentes de uma entidade familiar está, de certa
forma, repassando a responsabilidade para esta
instituição.
4. Do pluralismo das entidades familiares

 Admitir e dar crédito às variadas organizações


familiares, que a partir do vínculo da afetividade,
surgem de forma cada vez mais intensa no meio
social; fato este que não pode ser ignorado tanto pela
sociedade quanto pelo legislador.
5. Da proteção integral as crianças,
adolescentes e idosos

 Cidadãos menores de dezoito anos; e com mais de 65


anos;

 Tais direitos regem as variadas relações existentes


entre as crianças e adolescentes no seio famíliar,
social e estatal (saúde, educação, lazer e
profissionalização, etc);

 Objetiva o melhor interesse do menor;


6. Da proibição do retrocesso social

 Na medida que o Estado garante tais direitos sociais,


deve também atentar para seu cumprimento
satisfatório posto que vão além do campo de mera
obrigação positiva e não podem ser ignorados quanto
à sua efetiva realização.
7. Da afetividade

Princípio norteador das


decisões no direito de família.
Tipos de família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Tipos de Família
Relação Parental
Do casamento ao divórcio
Casamento

 Estando durante muito tempo caracterizado pela


indissolubilidade e a finalidade essencialmente
procriatória, o casamento, segundo o Código Civil (2002)
no artigo 1.511, é definido como o estabelecimento da
comunhão plena de vida, com base na igualdade de
direitos e deveres dos cônjuges. Essa modalidade pode
ser tanto de cunho civil como religioso.
 No Brasil, a regulamentação do casamento civil ocorreu a
partir do decreto nº 181, de 24 de janeiro de 1890, o qual
estabeleceu essa união como a única forma de
constituição de família legítima.
Casamento

 A Constituição Federal de 1988, no artigo 226,


parágrafo 3º, formaliza a união estável,
equiparando-a ao casamento, sendo essa nova
configuração uma entidade familiar, a qual a lei deve
facilitar sua conversão em matrimônio, por meio da
solicitação ao juiz e assento no Registro Civil
competente (CC, art. 1.726). Assim, através dessa
projeção jurídica, o status legal dos conviventes é
alterado e ganha reconhecimento social (Mezzaroba
et al., 2014).
Casamento

 Ademais, o casamento é um dos institutos criadores da


família, a qual representa o espaço para o exercício da
cidadania, socialização e de busca coletiva de estratégias
de sobrevivência, possibilitando a compreensão do
desenvolvimento individual e grupal de seus membros
(Dessen & Braz, 2005).
 Contudo, segundo Alarcão (2006), na vida familiar há
um processo dinâmico de desenvolvimento denominado
ciclo vital, o qual passa por várias transformações. Além
disso, dentre as diversas configurações familiares,
enfatizam-se as relacionadas a um fracasso de um
casamento e ao processo de divórcio:
Divórcio
Divórcio

 A palavra "divórcio" vem do latim divortium, faz

referência a "separação", que por sua vez é derivada


de divertere, que significa "tomar caminhos opostos,
afastar-se" (Cerveny, 2002). Assim, entende-se o
divórcio como um processo que ocorre no ciclo vital
da família e desafia sua estrutura e dinâmica
relacional (Cano, Gabarra, Moré, & Crepaldi, 2009).
Divórcio

 Sendo considerado por Holmes e Rahe (1967) o

segundo estressor mais destruturante na vida adulta,


imediatamente a seguir à morte do cônjuge,
atualmente, cada vez mais frequente, o divórcio, para
além de um evento isolado, é um longo e complexo
processo que envolve múltiplas mudanças.
Divórcio

 Por fim, foi editada a Emenda Constitucional 66, de 13 de

Julho de 2010, que modificou o artigo 226, §6° da


Constituição Federal de 1988, colocando fim ao quesito
temporal necessário para a realização do divórcio e
eliminou o sistema binário do ordenamento jurídico,
passando a vigorar como única forma de dissolução do
casamento, o divórcio (Filho, 2010).
Divórcio

 Observa-se, pois, que estas mudanças representam

conquistas que ocorrem a partir de uma evolução


histórica, lenta, mas que deixa claro cada vez mais o
afastamento da Igreja e do Estado das questões sobre
a manutenção ou não do casamento.
Divórcio

 Com isso, a facilidade de se divorciar, caso o

casamento não obtenha êxito, aumentou


acompanhando uma gradual mudança de
comportamento da sociedade brasileira, que passou
a aceitar o divórcio com maior naturalidade e a
acessar os serviços de Justiça buscando sua
formalização.
Divórcio

 Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


(IBGE), como mostrado anteriormente, apontam que, com
isso, o Brasil registrou um salto de 161,4% em dez anos, entre
2004 e 2014, nos processos de divórcio (Brasil, 2014).
Contudo, essa comodidade e o número elevado de divórcios
traz um alerta para as consequências vivenciadas, sobretudo
no âmbito psicológico, pelos ex-cônjuges. Assim, a seguir é
problematizada os principais impactos e aspectos que
envolvem o divórcio.
Divórcio

 Estudiosos como Rique, Camino, Enright e Queiroz (2007) e


Exline e Baumeister (2001) explicam que a maioria das
injustiças e mágoas que as pessoas vivenciam faz parte da
rotina das relações com outras pessoas na escola, no trabalho,
na própria família e, muitas vezes, ocasionada por aqueles que
são mais próximos, a exemplo de um cônjuge, podendo
desencadear no divórcio.
 Por conseguinte, Lamela, Figueredo e Bastos (2010)
asseveram que a maioria dos estudos conclui que as pessoas
divorciadas experienciam mais distress psicofisiológico,
perdas acentuadas na segurança econômica e financeira e no
suporte social, alterações depreciativas na percepção do self e
desestabilização emocional nos sistemas de procura e
prestação de cuidados.
Divórcio

 Ademais, as situações de conflitos no pós-divorcio


envolvem choque de interesses e múltiplas batalhas
travadas ao seu redor econômico e os vínculos que foram
criados. Exigem que as experiências, independentemente
de positivas ou negativas, sejam manejadas pelos
cônjuges, pelos filhos ou quaisquer dos integrantes que
compõe o sistema familiar (Alves et al., 2014).
 As emoções liberadas durante o processo de divórcio,
que não estão adequadamente resolvidas, podem
permanecer paralisadas por anos, devendo passar por
um processo de elaboração emocional, no qual cada
parceiro busca recuperar esperanças, sonhos, planos e
expectativas que foram investidos no ex-cônjuge (Carter
& McGoldrick, 2001).
Divórcio

 Dessa forma, destaca-se que as relações, mesmo

sendo geradoras de felicidade e bem-estar, por vezes


ocasionam tristeza e angústia. No campo teórico do
divórcio, ainda são inconclusivas produções acerca
das suas consequências, adequação e
comportamentos que facilitem uma saudável
adaptação.
Violência doméstica

 À medida que aumenta o número de casos de


violência doméstica que entram no sistema judiciário
(Roehl e Guertin, 1998), os psicólogos forenses estão
correspondentemente sendo solicitados a auxiliar os
tribunais.
Violência

 Os psicólogos forenses têm desempenhado vários papéis


nos casos de violência doméstica e são especificamente
solicitados a:
 (1) descrever a natureza, frequência, gravidade e
consequências da violência prévia;
 (2) fazer predições sobre a probabilidade e gravidade de
violência futura;
 (3) fazer recomendações de intervenções em relação ao
agressor e também à vítima; e
 (4) fazer predições sobre os resultados prováveis dessas
intervenções. (Levensky e Fruzzetti, 2003, p. 713)
Guarda

 Você acha que dois pais é a melhor forma de criar


uma criança? Um homem e uma mulher são os mais
habilitados para criar uma criança? As crianças
devem apanhar quando se comportam mal? Uma
criança está em melhor situação com um genitor da
sua própria etnia? É melhor para uma criança ir à
igreja, sinagoga ou templo ou ser criada por um
genitor que não é religioso?
Guarda

 Esses tipos de perguntas com frequência abordam


crenças e valores que todos têm, mas que podem ou
não ser apoiados pela literatura psicológica. Por
consequência, os psicólogos forenses que estão
envolvidos em decisões de guarda de filhos devem
ter consciência dos seus preconceitos pessoais e
reconhecer onde esses preconceitos devem terminar
e onde suas responsabilidades profissionais devem
começar. Além do mais, os psicólogos forenses
podem ser menos equipados e ter menos
conhecimento nessa área do que em outras áreas da
prática forense (Melton et al., 1997).
Guarda

 Todas essas questões se combinam para tornar as

situações de guarda dos filhos extremamente difíceis


e fazem com que seja ainda mais importante que os
psicólogos forenses se assegurem de estarem
atuando dentro do âmbito da sua prática
Guarda

 Existe a guarda única, onde um dos genitores recebe a


guarda dos filhos. A guarda parcial ocorre quando cada
um dos pais recebe a guarda única dos filhos em
diferentes partes do ano. Por exemplo, a mãe pode
receber a guarda única do filho durante o ano letivo, mas
depois a criança mora com o pai durante o verão. Existe a
guarda dividida, em que a guarda dos vários filhos é
dividida entre os dois pais.
Guarda

 Existe a guarda compartilhada em que os pais dividem a guarda de


um filho ou filhos e ambos têm responsabilidade constante pelos
cuidados a eles. Independentemente do tipo específico de guarda,
um dos genitores também pode ter a guarda legal ou física de um
filho.
 Guarda física significa que a criança vive com um determinado
genitor e que esse genitor é primariamente responsável pelos
cuidados diários daquela criança.
 Guarda legal se refere ao direito de tomar decisões legais a respeito
de um filho. Assim, o pai pode ter a custódia física única de um
filho, mas os pais têm uma guarda legal conjunta de modo que
ambos ou um dos dois pode tomar decisões legais referentes aos
seus cuidados, como, por exemplo, dar consentimento para a
realização de um procedimento médico.
 Para simplificar, quando usarmos a palavra “guarda”, estaremos
tipicamente nos referindo à custódia física ou a onde a criança vive.
Critérios
Instrumentalização

 ■ Entrevista clínica com os pais; ■ entrevista clínica


com a criança; ■ observação pais-filho; ■ testagem
psicológica dos pais; ■ história da criança por meio
de uma entrevista com um dos pais; ■ testagem
psicológica da criança, documentos e avaliações
anteriores; ■ contato com a escola e o médico; ■
contato com parentes e outras pessoas significativas;
e ■ uma visita domiciliar (Bow e Quinnel, 2001).
Abuso e Alienação Parental

 Como consequência da gravidade das alegações de abuso


infantil, é importante que os psicólogos forenses que
realizam avaliações de guarda dos filhos realizem
avaliações abrangentes do abuso infantil, especialmente
quando foi feita uma alegação. Um dos perigos de avaliar
o abuso infantil é que tem havido um aumento nos casos
em que evidências da síndrome relacionada com abuso
infantil foram apresentadas na corte para provar a
existência de abuso. Em particular, a Síndrome da
Alienação Parental (PAS) é muitas vezes identificada
como uma forma de abuso infantil inerente em muitos
conflitos de guarda dos filhos
Alienação Parental
Instrumentalização

 O processo de trabalho é compreendido como um

conjunto de atividades prático-reflexivas voltadas


para o alcance de finalidades, as quais dependem da
existência, da adequação e da criação dos meios e das
condições objetivas e subjetivas.
Conhecer a realidade

 Segundo IAMAMOTO (1997, p.42), "Pesquisar e


conhecer a realidade é conhecer o próprio objeto de
trabalho, junto ao qual se pretende induzir ou
impulsionar um processo de mudanças.

 Através dos instrumentos, o profissional alcançará


resultados, que são o produto do seu trabalho. Esse
produto existe, porque tem um valor de uso á sociedade,
Toda situação é uma situação a ser descoberta

 Entrevista;

 Visitas;

 Coletas de dados;

 Testes;
Psicodiagnóstico

 É um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas

e testes psicológicos, em nível individual ou não, seja para


entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e
avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever
seu curso possível, comunicando os resultados, na base dos quais
são propostas soluções, se for o caso.
Psicodiagnóstico

 Caracteriza-se o psicodiagnóstico como um processo científico, porque deve

partir de um levantamento prévio de hipóteses que serão confirmadas ou


infirmadas através de passos predeterminados e com objetivos precisos. Tal
processo é limitado no tempo, baseado num contrato de trabalho entre
paciente ou responsável e o psicólogo, tão logo os dados iniciais permitam
estabelecer um plano de avaliação e, portanto, uma estimativa do tempo
necessário (número aproximado de sessões de exame) Cunha (2007).
Satepsi

> Testagem
ARTIGO CONSELHO TUTELAR
MEDIAÇÃO

DE

CONFLITOS

Você também pode gostar