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ADOÇÃO TARDIA
Goiânia
2014
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ADOÇÃO TARDIA
Orientadora:
Professor MS José Batista da Costa Sobrinho.
Goiânia
2014
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ADOÇÃO TARDIA
Banca Examinadora:
______________________________________________________________
MS José Batista da Costa Sobrinho
Professor Orientado - UNIVERSO
______________________________________________________________
Examinador
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SUMÁRIO
INTRODUÇAO.............................................................................................................6
1. ADOÇÃO................................................................................................................. 6
1.1 Conceito ................................................................................................................6
1.1 Natureza Jurídica .................................................................................................6
1.2 Regime Jurídico ....................................................................................................7
5. EFEITOS DA ADOÇÃO.........................................................................................17
5.1 A ruptura dos vínculos jurídicos entre o adotado e a sua família original ..........17
5.2 Poder Familiar.................................................................................................... 18
5.3 O nome do adotado.............................................................................................19
5.4 Impedimentos Matrimoniais ................................................................................20
5.5 Direito a Alimentos...............................................................................................21
5.6 Direitos Sucessórios ........................................................................................... 21
CONCLUSÃO............................................................................................................ 25
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................... 26
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INTRODUÇAO
1. ADOÇÃO
1.1 Conceito
2. ADOÇÃO TARDIA
2.1 Conceito
A expressão adoção tardia é usada para fazer referência a crianças com mais
de dois anos de idade e adolescentes. Remete a idéia de uma adoção fora do tempo
adequado, reforçando assim o preconceito de que ser adotado é prerrogativa
somente de recém-nascidos e bebês.
O principal receio dos pretendentes é a história pregressa das crianças, o
medo do passado, das vivências que já acompanham essas crianças, e o receio de
não saber lidarem com isso.
Fica-se a impressão de que um bebê é mais facilmente “moldado”, do que
uma criança maior.
Mas ao optar por uma adoção tardia é preciso bastante preparo e disposição
para enfrentar esse novo desafio, pois a história da criança pode ser marcada por
dor, abandono, sofrimento, negligência.
Os pais devem focar na construção do vínculo afetivo, e a disponibilidade
para estar com a criança e possibilitar a troca afetiva, para uma boa relação
amorosa, profunda e verdadeira.
Para conquistar o amor de uma criança que já passou por outra família ou
pelo abrigo, é a confiança de que a mesma não será abandonada ou machucada.
Ela necessita de segurança e suporte para perceber que não esta só no mundo.
Essa segurança é passada através do amor incondicional, dos limites, do estimulo
para que a criança expresse o que está sentindo e da ajuda para que ela
compreenda as primeiras fases do processo da adaptação à nova família.
Para que isso aconteça de forma saudável, a criança precisa ter sua
formação bem estruturada, e esse alicerce será obtido mediante a convivência no
seio de uma família ainda que não seja a sua, biologicamente falando, que seja
mediante elos formados através da segurança, do amor, do respeito e da
compreensão através de pais substitutos, para que possam crescer de forma
educada, desenvolvendo o que há de melhor através da aprendizagem que adquire
mediante os vínculos de uma adoção saudável na família onde for inserida.
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vezes os pais adotivos por vezes ainda inseguros e pouco confiantes quanto
a sua capacidade para o desenvolvimento dos papeis de pai e mãe.
5. A criança constrói um novo “eu”: a criança fantasia seu romance familiar, ora
idealiza pais que irão resgatá-las das situações percebidas como negativas
na família adotiva. Ora fantasia que os pais adotivos eram mesmo seus pais
biológicos, negando sua historia de abandono e abrigamento. Tais fantasias
embora muitas vezes totalmente contrárias à realidade dos fatos são
importantes no processo de reconstrução do ego da criança. O confronto
destas fantasias com a realidade é inevitável e a capacidade da família
adotante para compreender e ajudar a criança neste processo fundamental. A
criança também passa a apresentar sentimentos onipotentes de
invulnerabilidade, identifica-se como super heróis, manifestações que
objetivam uma imagem positiva e valorizada de si mesma. Tais fantasias
ajudam a criança a se sentir poderosa, valiosa.
3.1 Capacidade
estivesse impedido de exercer, por si, os atos da vida civil e pudesse, ao mesmo
tempo, adotar. Ao interdito, portanto, está vedada a adoção.
3.1.1 Idade
3.1.2 Proibições
A adoção, pela sua própria natureza, por razões de ordem pública e social,
para evitar fraudes ou proteger o adotando, ou ainda por razões, sempre impôs
certas restrições no momento do estabelecimento do vinculo. Admitir a inexistência
de qualquer proibição equivaleria a permitir a frustração do próprio objetivo da
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adoção, que, nos dias atuais, visa colocar um “estranho” na condição de filho.
“Estranho” é aquele que não tem vínculos parentais e matrimonias com o adotante.
A expressão “estranho” é para reforçar a idéia de que não existe nenhum vínculo
anterior, parental ou matrimonial, entre adotante e adotado.
Em conseqüência passou o ECA a impedir a adoção por ascendentes e
4.1 Capacidade
4.1.1 Idade
O ECA não estabeleceu idade mínima para poder ser adotado, mas limitou
em “18 (dezoito) anos à data do pedido’’ a idade máxima, ressalvando a hipótese de
o adotando se achar “sob a guarda ou tutela dos adotantes” (art. 40).
Na adoção, ao contrário do que sucede com o adotante, em que sua
incapacidade de exercício determina uma incapacidade para adotar, no que respeita
ao adotando, em regra, prescinde-se da plena capacidade de exercício no momento
da constituição do vínculo adotivo. Na realidade, acolhida no Estatuto, a adoção se
circunscreve aos menores de 18 anos que, pelas regras dispostas nos arts. 3° e 4°
do CC/2002 carecem de capacidade para o exercício de direitos.
Atribui-se, de certo modo, certa capacidade de exercício, na medida em que
se exigiu do “maior de 12 anos de idade” o seu consentimento, desde que, por
óbvio, esteja no gozo de suas faculdades mentais e possa exprimir a sua vontade. A
regra de que os pais ou representante legal do adotando consintam (art.45, caput,
ECA) só é dispensável nas hipóteses em que os pais sejam desconhecidos ou
5. EFEITOS DA ADOÇÃO
5.1 A ruptura dos vínculos jurídicos entre o adotado e a sua família original
grau, mas da própria linha reta que se estabelece pela adoção. A regra é de cunho
essencialmente moral, visando impedir casamento entre irmãos, posto que a adoção
constitui verdadeiro estado de filiação e, por consectário, os filhos são irmãos.
A ruptura dos vínculos jurídicos entre o adotado e a sua família anterior, salvo
os impedimentos matrimoniais que decorrem da lei, são efeitos legais e independem
de qualquer declaração judicial. Para resguardar ainda mais essa relação
constitutiva, o art. 47 do ECA explicita acerca da inscrição da sentença (caput),
cancelando-se o registro original (§ 2.°) e impondo que nenhuma observação sobre
a origem do ato poderá constar nas certidões do registro (§ 4.°). Fica claro que o
intuito do legislador foi o de apagar o registro antecedente, abrindo-se outro, como
se fosse um novo nascimento, imitando a natureza.
A Lei Nacional de Adoção (12.010/2009) incluiu expresso dispositivo relativo
ao direito do adotado a conhecer a sua origem biológica (art. 48 do ECA). Pode o
adotado, após completar 18 anos, obter acesso irrestrito ao processo onde a medida
foi aplicada, bem como seus eventuais incidentes. Além disso, o acesso a esses
dados poderá também, ser deferido a menor de 18 anos, a seu pedido, desde que
assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica.
O atual Código Civil optou pela expressão “poder familiar” em vez de “pátrio
poder”. Essa modificação deriva, principalmente, da igualdade de direitos entre o
homem e a mulher. A expressão “pátrio poder” fazia referência apenas ao papel do
genitor como figura proeminente na relação parental, quando, na realidade, ambos
os genitores possuem poderes iguais. O ECA, originalmente, trazia a expressão “
pátrio poder “, o que foi alterado pela Lei 12.010/2009, que promoveu a atualização
para o termo “poder familiar”.
O poder familiar perdura durante todo o tempo de menoridade do filho. Em
determinadas situações prevê a lei a antecipação do seu termo. Assim, a extinção
do poder familiar ocorre com a morte dos filhos ou dos pais. Morrendo o pai ou a
mãe, não se extingue o poder familiar, mas se transfere para o outro cônjuge. A mãe
bínuba exerce seus direitos sobre os filhos, sem a interferência do marido. A
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A assunção do nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus
ascendentes ( art. 47,§1.°,ECA), permitindo-se ainda, a modificação do prenome
(art.47,§5.°, ECA), é um dos efeitos típicos da sentença constitutiva da adoção.
Guarda plena compatibilidade na linha de consideração de que a adoção tem por
finalidade estabelecer uma relação de filiação, no intuito de proteger integralmente o
adotado, rompendo-se os vínculos de parentesco com a família anterior.
O nome apresenta, além das características gerais dos direitos da
personalidade, as seguintes características: obrigatoriedade, vinculação a uma
relação familiar e imutabilidade. Se compõe, basicamente, do prenome e do
patronímico ou apelidos de família. Os sobrenomes são adquiridos ou numa relação
de filiação, ou pelo casamento, por escolha ou por adoção.
O ECA impõe que a sentença judicial constitutiva da adoção seja inscrita no
registro civil mediante mandado. A inscrição consignara o nome dos adotantes como
pais, bem como nome dos seus ascendentes (art.47 caput e §1).
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desprovido da família natural, para que faça parte integrante dela, nela se
desenvolva e seja.
Portanto, esta criança (ou adolescente) vai passar a ser membro desta família
que generosamente a acolhe, que livremente a quer entre os seus, dispensando-lhe
tudo de que precisa, sobretudo, amor. Em se tratando de adoção, passará a ter
todos os direitos e deveres do filho de sangue. Até porque, tanto a Guarda como a
Tutela podem ser revogadas, mas a Adoção é para sempre.
Além disso, não se estabelecem quaisquer diferença sobre a criança e o
adolescente em decorrência do modelo familiar, pois os filhos, havidos ou não da
relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Rompe-se
deste modo com os velhos conceitos de filhos legítimos e ilegítimos que
estigmatizavam crianças, reafirmando práticas discriminatórias constituídas com
base na idealização de uma concepção universal de família. Agora, reconhece-se
finalmente a condição de diversidade na composição familiar e protege-se crianças e
adolescentes contra quaisquer tipo de discriminação.
Oferecer uma família destinada a dar conforto e acima de tudo amor,
proporciona à criança uma base para o desenvolvimento não se pode negar a
necessidade de uma família na vida de uma criança, sendo o processo de adoção
de valor essencial.
formada por centenas de crianças, a maior parte negras ou mestiças, com idade
superior à 6 anos e com histórico de abuso físico e psicológico, asiladas em
instituições de abrigo . Outra constituída por casais, em sua maioria, interessados
em adotar uma criança recém nascida, saudável, branca, sem histórico de violência
e, de preferência, parecida com os adotantes.
Mitos e medos se relacionam e passam de geração em geração. Para que
uma nova cultura aconteça e necessário a desmistificação desses mitos. o que se
torna um desafio para os profissionais envolvidos com essa temática. A adoção tem
que ser um encontro entre o adotante e o adotado e os interesses não podem ser
voltados apenas para os pretendentes à adoção, mas para quem vai ser adotado.
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CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
FILHO, A M da S. Adoção. 3.ª edição, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.