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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

CURSO DE DIREITO

EDYPO SANTANA FERREIRA

O PROCEDIMENTO PARA ADOÇÃO INTERNACIONAL NO DIREITO


BRASILEIRO

Goiânia
1

2012
EDYPO SANTANA FERREIRA

O PROCEDIMENTO PARA ADOÇÃO INTERNACIONAL NO DIREITO


BRASILEIRO

Projeto de pesquisa apresentado à Disciplina


Orientação Metodológica para Trabalho de
Conclusão de Curso, visando à elaboração de
monografia jurídica, requisito imprescindível à
obtenção de grau de Bacharel em Direito pela
Universidade Salgado de Oliveira.

Orientadora
Professora Margareth Estrela Umbelino
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Goiânia
2012
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO....................................................................................................1
1.1 Tema e delimitação......................................................................................... 1
1.2 Problema.......................................................................................................... 1
1.3 Justificativa......................................................................................................1
2 OBJETIVOS............................................................................................................. 3
2.1 Objetivo geral...................................................................................................3
2.2 Objetivos específicos......................................................................................3
3 HIPÓTESES............................................................................................................. 4
4 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................5
5 METODOLOGIA.......................................................................................................5
6 ESTRUTURA PROVÁVEL DA MONOGRAFIA.......................................................8
7 CRONOGRAMA.......................................................................................................9
8 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 10
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1 APRESENTAÇÃO

1.1 Tema e delimitação

O ser humano, desde o momento de sua concepção, possui direitos que


são garantidos pelo Ordenamento Jurídico brasileiro. A disciplina de Direito Civil,
como também outros ramos do Direito a ela vinculados, dão ênfase ao assunto,
estabelecendo parâmetros para se ter uma boa convivência em sociedade e as
devidas sanções, caso sejam violados. A presente pesquisa abordará sobre o
Instituto da Adoção, especificamente os procedimentos de adoção internacional.
Verificaremos uma explicação de forma clara dos procedimentos
essenciais para que aconteça a adoção internacional, usando método descritivo,
procurando observar o prestígio que a adoção possui não só no Brasil, mas no
mundo todo e como a mesma tem importância para crianças que sonham com um
lar.

1.2 Problema

a) Conforme dispõe o artigo 46 §1º da lei 8.069/90, o estágio de


Convivência da adoção internacional é de 30 dias devendo ser cumprida em
território nacional. Sendo um dos requisitos para a concessão da adoção
internacional, o estágio realmente cumpre o papel de resguardar o adotando?
b) O que fazer para impedir o tráfico, venda e seqüestro de crianças, sem
que para isso seja diminuído o número de candidatos a adoção?

1.3 Justificativa

O presente estudo se faz pertinente por abordar a relevância da adoção,


seja ela nacional ou internacional, tendo como foco o acolhimento, a proteção à
criança ou adolescente que por razão incerta encontra-se desprotegida, ausente de
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sua família.
O temor ao bem estar do adotando, diante dos problemas sociais,
jurídicos que preocupavam a sociedade, principalmente em relação ao tráfico de
crianças, proporcionou a criação de regras de proteção na adoção internacional.
O adotar vai muito além do chamar uma criança de filho legalmente e de
querer ocupar um vazio. Deve-se proporcionar a essa criança ou adolescente um
futuro, uma vida nova com amor, compreensão, respeito, carinho, educação, ou
seja, uma família.
Crianças e adolescentes merecem máxima proteção por se tratarem de
pessoas em desenvolvimento, devendo ter toda atenção do Estado, uma vez que o
bem-estar da criança é a mais importância do Direito de Família. O que é defendido
tanto pela CF/88 no seu artigo 227, no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente),
Código Civil e Convenções Internacionais.
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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Expor o instituto da Adoção, mais especificamente sobre a esfera dos


procedimentos na adoção internacional no Brasil.

2.2 Objetivo específico

a) Evidenciar importantes pontos do instituto de adoção internacional e


seus procedimentos segundo o direito brasileiro, demonstrando sua evolução,
analisando o estágio de convivência de crianças adotadas por estrangeiros, o tráfico
ilegal de crianças e adolescentes para o exterior e apurar seus principais efeitos.
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3 HIPÓTESES

a) O estágio obrigatório para Adoção Internacional precisa ser realizado


em território nacional, durante no mínimo 30 dias. O ponto negativo dessa regra é
que acaba diminuindo a quantidade de pessoas que teriam interesse em adotar uma
criança. Nem todas as pessoas têm disponibilidade de permanecer 30 dias em
outro país. Como ficaria sua situação empregatícia durante todo o período? Sendo
assim há uma redução na quantidade de crianças que teriam possibilidades de
serem amparadas em um lar acolhedor e ter uma boa educação num país diferente,
com pais de estabilidade financeira. Contudo, o estágio de convivência em outro
país proporcionaria a venda, tráfico e sequestro de crianças e adolescentes que
esperam pela adoção, o que ocorre, mesmo existindo o período de estágio
convencionado na lei.
b) As agências internacionais, que é o órgão responsável em cadastrar e
preparar os estrangeiros interessados em adotar crianças de outros países, são
importantes para evitar o tráfico de crianças, pois com o surgimento da Convenção
de Haia, a Autoridade Central Federal, que tem o dever de fazer o cadastramento
dessas agências, não mais aceita a adoção privada, passando a ser obrigatória a
participação das agências, auxiliando na redução do desvio ilegal de crianças que
buscam uma nova família. Outra solução possivelmente seja ter órgãos de
fiscalização pertinente à nação do adotado no país do adotando, pois o estágio de
convivência poderia se desenvolver no país do adotando, sem descuidar da
corrupção de menores. Os países, através da Convenção da Haia ou Conferência
da Haia poderiam criar normas comuns entre as nações, atinentes às leis que
administram o instituto da adoção.
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4 REFERENCIAL TEÓRICO

A adoção deve ser vista como uma solução de promover o bem-estar da


criança e o predomínio de seus direitos em ter uma família que a estruture para a
vida. Reconhecida por quase todas as legislações e denominada por vários
doutrinadores, a adoção de acordo com Gonçalves (2008, p.337) é um ato jurídico
no qual alguém recebe pessoa estranha, na sua família como filho, mesmo não
havendo nenhum parentesco entre ambos.
Segundo Alvim (2010, p. 06-07) com o passar do tempo, o legislador
percebeu que a adoção não tinha apenas o objetivo de satisfazer os casais estéreis,
o primordial dessa instituição passou a ser a proteção que essa adoção poderia dar
a criança e ao adolescente abandonado. A importância dessa proteção pode ser
observada no caput do artigo 227 da Constituição Federal:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao


adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.

A adoção internacional tem uma extensão extra familiar que a diferencia


da adoção nacional, devido ao fato de o adotante ir viver em países onde a cultura,
hábitos e sistema jurídico são diferentes do seu país de origem. Todavia, não haverá
para criança apenas o rompimento dos vínculos com a sua família biológica, mas
também irá deixar de forma definitiva o seu país de origem para ir para outro, tendo
que se adaptar aos novos costumes, hábitos do seu novo meio e substituir a língua
que domina para aprender a se expressar, segundo sua nova nacionalidade.
O ECA, através de sua nova redação produzida pela Lei n°12.010/09,
vem definindo a adoção internacional em seu artigo 51 da seguinte maneira:

Art.51. Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou casal


postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto no
Artigo 2 da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção
das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional,
aprovada pelo Decreto Legislativo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e
promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 de junho de 1999.
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Conforme Melo Junior (2007, p.49), existe uma regra especial para os
estrangeiros não domiciliados no Brasil, participarem dos procedimentos relativos à
adoção de crianças brasileiras. Essa regra vem demonstrando que existe um
tratamento diferenciado aos estrangeiros em relação aos brasileiros, chamada regra
da subsidiariedade, pressuposto necessário para a concretização da adoção
internacional, como diz Liberati (2009, p.105):

Primariamente, como conditio sine qua non da adoção, o “Preâmbulo” da


Convenção instituiu a regra da subsidiariedade, segundo a qual estabelece
que a adoção internacional tem caráter excepcional, privilegiando-se a
manutenção da criança em sua família biológica e a conservação dos
vínculos familiares. Por essa regra, a decisão de transferir a criança, por
meio da adoção internacional, somente deverá ser tomada se não for
possível ou recomendável uma solução nacional.

Veremos que o processo de adoção não é tão simples, demorando um


pouco para se concretizar. As alterações do ECA através da lei nº 12.010/09 deu
ênfase que seu maior objetivo é o sustento da criança em sua família, com o apoio
de políticas públicas.
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5 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da pesquisa serão utilizados estudos jurídicos,


doutrinários, legislação nacional pertinente, jurisprudência e decisões relevantes.
O material será obtido por meio de livros jurídicos, periódicos
especializados, acórdãos publicados na internet. Será feita pesquisa legislativa e
jurisprudencial sobre o assunto.
A pesquisa, sempre nos limites dos objetivos propostos, se desenvolverá
da seguinte forma:

 Levantamento e estudo bibliográfico referente a cada um dos objetivos


propostos;
 Levantamento e análise da legislação nacional pertinente ao tema;
 Analisar artigos em revistas jurídicas;
 Estudo crítico de toda matéria doutrinária e legislativa;
 Entrevistas com profissionais que atuam na área da infância e da
juventude;
 Análise e escolha das decisões relevantes para o tema;
 Apontar com estudos feitos tanto na legislação, doutrina e
jurisprudência, como devem ser resolvidas as discussões que envolvem as
divergências sobre a adoção.
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6 ESTRUTURA PROVÁVEL DA MONOGRAFIA

INTRODUÇÃO

1 ADOÇÃO INTERNACIONAL
1.1 Conceito
1.2 Requisitos e Procedimentos legais para a adoção internacional
1.3 O Processo na Adoção Internacional
1.4 Efeitos da Adoção nacional e internacional

2 QUESITOS IMPORTANTES NA ADOÇÃO INTERNACIONAL


2.1 Organismos credenciados
2.1.1 Formação do CEJAI
2.2 O Estágio de convivência
2.3 Desvio ilegal de crianças e adolescentes

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

ANEXO
2
1
0
2
Período

Abril
Maio

Julho
Março

Junho
Fevereiro
Atividade
7 CRONOGRAMA

Seleção do tema

Revisão de literatura

Elaboração do Projeto

Coleta dos dados

Análise dos dados

Discussão

Redação do corpo do
trabalho

Entrega do relatório
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final
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8 REFERÊNCIAS

ALVIM, E. F. A Evolução Histórica do Instituto da Adoção. Disponível em:


<http://www.franca.unesp.br/A%20Evolucao%20historica%20do%20instituto.pdf.>.
Acesso em: 10 de março de 2012.

ANDRADE, L. Adoção – Conceitos e Fundamentos. Disponível em:


<http://www.loveira.adv.br/material/adocao1.htm>. Acesso em: 10 de março de
2012.

CURY, M. Comentando o ECA. Disponível em: <http://www.promenino.org.br/


Ferramentas/DireitosdasCriancaseAdolescentes/tabid/77/ConteudoId/4d931c96-838
7-4a7d-a626-67039e949ff7/Default.aspx>. Acesso em: 10 de março de 2012.

GONÇALVES, C. R. Direito Civil Brasileiro. Direito de Família. São Paulo: Saraiva


2008. V. VI

LIBERATI, W. D. Manual de Adoção Internacional. São Paulo: Malheiros, 2009.

MELO JUNIOR, S. A. Infância e Cidadania. São Paulo: InorAdopt, 2007.

RODRIGUES, S. Direito Civil. Direito de família. 28 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA, Sistema de Bibliotecas. UNISISB, Inez


Barcellos de Andrade ...[et al] (Organizador). Manual para Elaboração de
Trabalhos Acadêmicos e Científicos: guia para alunos, professores e
pesquisadores da UNIVERSO. São Gonçalo, 2002. 85p.

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