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Trabalho realizado por: Mª Inês, nº5 & Rodrigo Carvalho, nº8 12ºB2

Direitos das crianças


Os direitos das crianças referem-se aos direitos fundamentais que todas as crianças têm, independentemente
de sua origem étnica, religiã o, estatuto social ou nacionalidade. Esses direitos sã o geralmente reconhecidos
internacionalmente e estã o estabelecidos em documentos como a Convençã o sobre os Direitos da Criança
(CRC), adotada pela Assembleia Geral das Naçõ es Unidas em 1989.

Adotada pela Assembleia Geral das Naçõ es Unidas em 20 de novembro de 1989 e ratificada por Portugal em 21
de setembro de 1990.

A Convençã o sobre os Direitos da Criança estabelece esses direitos em 54 artigos e em um conjunto de


“Protocolos Facultativos” que listam direitos adicionais. Entre os quais:

 Protocolo facultativo relativo à participaçã o de crianças em conflitos armados- Este Protocolo


Facultativo é um esforço para fortalecer a implementaçã o da Convençã o e aumentar a proteçã o das
crianças durante os conflitos armados.

Sob o Protocolo, os Estados sã o obrigados a “tomar todas as medidas possíveis” para garantir que membros das
suas forças armadas menores de 18 anos nã o participem diretamente nas hostilidades. Os Estados devem
aumentar a idade mínima para o recrutamento voluntá rio para as forças armadas a partir dos 15 anos, mas nã o
exige uma idade mínima de 18 anos.

O Protocolo, no entanto, lembra aos Estados que crianças menores de 18 anos têm direito a proteçã o especial e,
portanto, qualquer recrutamento voluntá rio com menos de 18 anos deve incluir salvaguardas suficientes. Além
disso, proíbe o recrutamento compulsó rio abaixo de 18 anos.

Os Estados devem tomar medidas legais para proibir grupos armados independentes de recrutar e usar
crianças menores de 18 anos em conflitos.

 Protocolo facultativo relativo à venda de crianças, prostituiçã o infantil e pornografia infantil- chama
atençã o especial para a criminalizaçã o dessas graves violaçõ es dos direitos das crianças e enfatiza a
importâ ncia do aumento da consciencializaçã o pú blica e da cooperaçã o internacional nos esforços para
combatê-los.

Complementa a Convençã o fornecer aos Estados requisitos detalhados para acabar com a exploraçã o e o abuso
sexual de crianças e também proteger as crianças de ser vendidas para fins nã o sexuais – como outras formas
de trabalho forçado, adoçã o ilegal e doaçã o de ó rgã os.

O Protocolo fornece definiçõ es para as ofensas de "venda de crianças", "prostituiçã o infantil" e "pornografia
infantil". Cria obrigaçõ es aos governos para criminalizar e punir as atividades relacionadas a esses delitos.
Requer puniçã o nã o apenas para aqueles que oferecem ou entregam crianças para fins de exploraçã o sexual,
transferência de ó rgã os ou crianças para fins lucrativos ou trabalho forçado, mas também para qualquer pessoa
que aceita a criança para essas atividades.

Protege também os direitos e interesses das crianças vítimas. Os governos devem fornecer serviços legais e
outros serviços de apoio a crianças vítimas. Essa obrigaçã o inclui considerar os melhores interesses da criança
em quaisquer interaçõ es com o sistema de justiça criminal.

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As crianças devem receber apoio médico, psicoló gico, logístico e financeiro necessá rio para ajudar na sua
reabilitaçã o e reintegraçã o.

Como complemento à Convençã o sobre os Direitos da Criança, a interpretaçã o do texto do Protocolo


Facultativo deve ser sempre orientada pelos princípios de nã o discriminaçã o, melhor interesse da criança,
sobrevivência e desenvolvimento e participaçã o infantil.

Permitindo que as crianças apresentem reclamaçõ es, apelos e petiçõ es.

 Protocolo facultativo relativo à instituiçã o de um procedimento de comunicaçã o- O terceiro Protocolo


Facultativo permite que o Comité sobre os Direitos da Criança ouça queixas de que os direitos de uma
criança foram violados.

As crianças dos países que ratificam o Protocolo podem usar o tratado para encontrar a justiça se o sistema
jurídico nacional nã o tiver sido capaz de fornecer um remédio para a violaçã o.

O Comité pode receber denú ncias de crianças, grupos de crianças ou dos seus representantes contra qualquer
Estado que tenha ratificado o Protocolo. O Comitê também pode lançar investigaçõ es sobre violaçõ es graves ou
sistemá ticas dos direitos das crianças, e os Estados podem apresentar queixas uns contra os outros, se
aceitarem esse procedimento.

Dois Direitos das Crianças presentes na Convenção sobre os Direitos das Crianças

Artigo 7º

1. A criança é registada imediatamente apó s o nascimento e tem desde o nascimento o direito a um nome, o
direito a adquirir uma nacionalidade e, sempre que possível, o direito de conhecer os seus pais e de ser educada
por eles.

2. Os Estados Partes garantem a realizaçã o destes direitos de harmonia com a legislaçã o nacional e as
obrigaçõ es decorrentes dos instrumentos jurídicos internacionais relevantes neste domínio, nomeadamente
nos casos em que, de outro modo, a criança ficasse apá trida.

Explicaçã o: Nome e nacionalidade- A criança tem direito a um nome desde o nascimento. A criança tem
também o direito de adquirir uma nacionalidade e, na medida do possível, de conhecer os seus pais e de ser
criada por eles.

Notícia que demonstra que este direito foi violado: https://www.tsf.pt/internacional/amp/a-cada-10-minutos-


nasce-no-mundo-um-crianca-sem-patria-4867391.html (notícia de 03/11/2015)

Artigo 22.º
1. Os Estados Partes tomam as medidas necessá rias para que a criança que requeira o estatuto de refugiado ou
que seja considerada refugiado, de harmonia com as normas e processos de direito internacional ou nacional
aplicá veis, quer se encontre só , quer acompanhada de seus pais ou de qualquer outra pessoa, beneficie de
adequada proteçã o e assistência humanitá ria, de forma a permitir o gozo dos direitos reconhecidos pela
presente Convençã o e outros instrumentos internacionais relativos aos direitos humanos ou de cará cter
humanitá rio, de que os referidos Estados sejam Partes.

2. Para esse efeito, os Estados Partes cooperam, nos termos considerados adequados, nos esforços
desenvolvidos pela Organizaçã o das Naçõ es Unidas e por outras organizaçõ es intergovernamentais ou nã o
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governamentais competentes que colaborem com a Organizaçã o das Naçõ es Unidas na proteçã o e assistência
de crianças que se encontrem em tal situaçã o, e na procura dos pais ou de outros membros da família da
criança refugiada, de forma a obter as informaçõ es necessá rias à reunificaçã o familiar. No caso de nã o terem
sido encontrados os pais ou outros membros da família, a criança deve beneficiar, à luz dos princípios
enunciados na presente Convençã o, da proteçã o assegurada a toda a criança que, por qualquer motivo, se
encontre privada temporá ria ou definitivamente do seu ambiente familiar.

Explicaçã o: Crianças refugiadas- Proteçã o especial deve ser dada à criança refugiada ou que procure obter o
estatuto de refugiada. O Estado tem a obrigaçã o de colaborar com as organizaçõ es competentes que asseguram
esta proteçã o.

Notícia que demonstra que este direito é violado:


https://www.unicef.pt/actualidade/noticias/numero-de-criancas-deslocadas-em-todo-o-mundo-atinge-novo-
recorde-de-43-3-milhoes/ (notícia de 20/06/2023)

Duas instituições que garantem o bem-estar das crianças:

● Aldeia de crianças SOS- A missã o das Aldeias de Crianças SOS é cuidar, em família, de crianças
desprotegidas, ajudando-as a moldar o seu futuro, desenvolvendo e inserindo-se positivamente na
comunidade. A Associaçã o providência cuidado a longo prazo a crianças que nã o podem estar com as
suas famílias bioló gicas e fortalece as famílias de crianças em risco, para evitar
separaçõ es familiares .

● Amigos do Ninho dos Pequenitos- A Associaçã o dos Amigos do Ninho dos Pequenitos tem como
intuito a proteçã o de crianças em situaçã o de risco, prestando apoio dos 0 aos 6 anos, incluindo uma
casa de acolhimento. Vem centrar a sua açã o na valorizaçã o da criança, na intervençã o centrada no seu
interesse superior e na melhoria contínua. Os seus projetos e atividades concentram a sua atençã o na
formaçã o especializada, no atendimento pediá trico e em parcerias com outras instituiçõ es da
comunidade.

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Para concluir, ainda no mundo atual, apesar de existir já bastante regulamentaçã o a proteger os mais novos,
continuam a ser um dos grupos mais desprotegidos na nossa sociedade.
É necessá rio começar, efetivamente, a agir para que consigamos proteger o que hoje é o futuro da humanidade!

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