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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA


CURSO DE DIREITO

MICHELE FEITEN

SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL

Goiânia
2014
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MICHELE FEITEN

SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL

Monografia apresentada à Disciplina Orientação


Metodológica – Trabalho de Conclusão de Curso,
visando à elaboração de monografia jurídica,
requisito imprescindível à obtenção do grau de
Bacharel em Direito pela Universidade Salgado de
Oliveira.

Orientador:
Profª Ms. Ivone Elizabeth Corrêa Santomé.

Goiânia
2014
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MICHELE FEITEN

SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL

Monografia Jurídica apresentada ao Curso de Direito da Universidade


Salgado de Oliveira como parte dos requisitos para conclusão do curso.

Aprovada em ____ de _______________ de 2014.

Banca Examinadora:

___________________________________________________________________
Profª Ms. Ivone Elizabeth Corrêa Santomé – Docente UNIVERSO
Professor Orientador

___________________________________________________________________
Examinador – UNIVERSO
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Dedico primeiramente à Deus por tornar esse momento possível, mesmo


com todas as dificuldades enfrentadas nesse ciclo da minha vida, por ser meu guia e
me fortalecer sempre.
À meus pais por sonharem os meus sonhos e lutarem para que eles se
realizem. Muitos obstáculos foram impostos em minha vida durante esses últimos
anos, mas graças a vocês eu não fraquejei.
A Universidade Salgado de Oliveira por ter me recebido nesse último e
tão importante momento da minha vida acadêmica.
5

Primeiramente agradeço a Deus, autor da minha vida, meu refúgio, minha


fortaleza.
Agradeço aos meus pais, verdadeiros arquitetos dos meus sonhos,
muitos iniciados ainda na infância, cujos frutos não seriam possíveis sem seu
cuidado e dedicação infindáveis.
Agradeço a minha irmã pelo companheirismo, união e cumplicidade
eterna.
A minha amiga Renata Ellen, por dispor seu tempo para me auxiliar,
mesmo estando na etapa final do seu curso. Aos amigos e colegas que de alguma
forma, tornaram esse caminho mais fácil. Estendo meus agradecimentos a minha
orientadora Ivone Elizabeth Corrêa Santomé, por me orientar com excelência no
desenvolvimento deste trabalho. Também a todo corpo docente do Curso de Direito
da Universidade Salgado de Oliveira, que mesmo em um único semestre, obteve
minha profunda admiração e respeito.
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“Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer. Usar os obstáculos para abrir as janelas da
inteligência”.
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Augusto Cury
RESUMO

Este trabalho versa a respeito da Alienação Parental e de como ela é promovida ao


menor vitimado, analisando assim, analisando as consequências a ele imposta. A
alienação parental surge após a dissolução do vínculo cônjugal, onde, em regra, um
dos genitores, passa a deter a guarda do filho menor. Diante de tal fato, o guardião
passa a plantar o desamor entre pai e filho, com o intuíto de vingança por não
aceitar atual situação. Diante disso, a caracterização da Síndrome da Alienação
Parental, seu desenvolvimento, consequências e tratamento, bem como, o respaldo
da Lei em torno do tema. A Lei da Alienação Parental nº 12.318/2010 visa à
proteção do menor e do pai alienado, com o seu advento, fica claro que o objetivo
maior é atingir o feito de garantir um bem maior ao menor e o meio em que vive,
sendo assim, a dignidade e sua proteção, afim de evitar esse mal que vêm invadindo
a sociedade após a dissolução do casamento com a prática da Alienação Parental.

Palavras-chave: família, menor, alienador, alienação parental, vítima.


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................ 8

1 DO INSTITUTO DO PODER FAMILIAR............................................................10


1.1 O conceito de alienação parental....................................................................10
1.2 Os motivos que levam o alienador a cometer a alienação parental................12
1.2.1 A implantação de falsas memórias...............................................................14
1.2.2 O abuso ao princípio da dignidade da pessoa humana................................16

2 A SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL....................................................19


2.1 Os reflexos da dissolução do casamento quanto à pessoa dos filhos.............19
2.2 A guarda do menor..........................................................................................21
2.3 Guarda unilateral.............................................................................................22
2.4 Guarda compartilhada.....................................................................................23
2.5 A síndrome de alienação parental e suas consequencias...............................24
3.6 Sobre o genitor alienador................................................................................ 26
2.7 O tratamento da síndrome da alienação parental............................................26
2.8 Aspectos jurídicos e legais..............................................................................28

CONCLUSÃO........................................................................................................30

REFERÊNCIAS.....................................................................................................32
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INTRODUÇÃO

A Síndrome de Alienação Parental (SAP), termo utilizado pelo psiquiatra


infantil Richard Gardner, que teve por eixo principal suas experiências clínicas desde
o início de 1980. O conceito de um dos pais tentar romper o vínculo da criança com
o outro progenitor como uma forma de vingança pelo casamento mal sucedido.
O SAP (sigla utilizada para representar a Síndrome de Alienação
Parental) foi originalmente desenvolvida como uma explicação para o aumento do
número de relatos de abuso infantil desde as evidências de surgimento da Alienação
Parental. Gardner acreditava inicialmente que um dos progenitores fazia falsas
acusações de abuso contra o outro progenitor, a fim de evitar contato entre ele e a
criança, criando um grande obstáculo entre os vitimados.
A Lei 12.318/2010, foi criada como forma de facilitar a intervenção
judiciária e atender o melhor interesse do menor. A perspectiva da Lei é auxiliar para
inibir ou atenuar os processos da Alienação Parental.
Neste contexto tem importante relevância a pesquisa e a identificação da
alienação parental dentro do contexto familiar, assim como, analisar as
consequências psicológicas dos vitimados, destacando a questão sobre qual tipo de
guarda é mais apropriada para combater a síndrome ou qual amenizaria um pouco o
problema.
A pesquisa orienta-se por questões que giram em torno da definição de
Síndrome da Alienação Parental, de suas implicações e comprometimentos
comportamentais nos filhos vítimas da Síndrome e das estratégias utilizadas pelos
adultos alienadores.
Utilizou-se de pesquisas bibliográficas para a coleta de dados sobre a
SAP e suas consequências. Foram utilizados ainda livros, internet, artigos e
publicações relacionadas à dinâmica familiar que levassem à Síndrome,
identificação e visões nas áreas de Psicologia e Direito.
Quanto à estrutura, esta monografia está organizada em três capítulos.
No capítulo I, apresenta-se o conceito da Alienação Parental, tratando-se dos
motivos que levam o alienador a cometer a Alienação Parental, a implantação de
falsas memórias no menor, e ainda, a violação do princípio do respeito à Dignidade
da Pessoa Humana em relação a comunidade familiar.
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No capítulo II, descreve-se sobre a importância da guarda compartilhada


em casos de Alienação Parental, demonstrando os reflexos da dissolução do
casamento a figura do filho, as formas de guarda e suas caracteristicas de casa
uma.
No último capítulo, aborda-se a forma de promover a Síndrome da
Alienação Parental, bem como, suas consequências, apresentando as
caracteristicas da figura do alienador, o tratamento da SAP com a ajuda de
profissionais qualificados, e ainda, seus aspectos jurídicos e legais.
Analisar a alienação parental sobre o aspecto psicológico e jurídico é o
objetivo crucial deste trabalho, uma vez que o padrão de família tem sofrido
considerável alteração.
Por fim, ressalta-se que o presente estudo não possui o intuito de
oferecer soluções ou críticas às leis vigentes, mas sim contribuir e estimular
discussões, reflexões e entendimento de um tema tão relevante para a sociedade
atual, visando promover o diálogo do agrupamento familiar e o respeito aos direitos
de pais, mães e filhos na família após a cessação da base de um lar.
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1 DO INSTITUTO DO PODER FAMILIAR

1.1 O conceito de alienação parental

A síndrome da Alienação Parental (SAP), de acordo com o Dr. Richard


Gardner, é um distúrbio especifico da infância que aparece quase que
exclusivamente no contexto de distúrbios de custodia das crianças. Manifestando-se
inicialmente através de uma campanha denegritória contra um dos genitores.
O mesmo segue ressaltando que o procedimento alienatório, maculado
de estratégias com o objetivo de distanciar aquele que não tem a guarda da
convivência com a prole, tendo início com o fim da relação afetiva.
O objetivo do alienador é desprestigiar e corroer a imagem do progenitor alienado a
qualquer custo, motivando a sua destruição.
São várias técnicas arquitetadas maléficamente pelo genitor alienador,
como: Limitar o contato da criança e adolescente com o ex-cônjuge e se possível
afastar de qualquer contato familiar, limitando o convívio com o núcleo familiar do
genitor e tentar elimina-lo, evitar menciona-lo dentro de casa, desvalorizando o
genitor, seus hábitos, ensinamentos, costumes, familiares e amigos, criar a imagem
de que o pai/mãe é maligno, promover conflitos entre a criança e o genitor, induzir o
filho a se sentir culpado pelo relacionamento mal sucedido, incentivar a criança a
chamar o progenitor pelo nome, impor punições leves e escondidas quando o filho
expressar satisfação ao se relacionar com o genitor alienado, diminuir o tempo de
visita, dificultando o contato com filho.
De acordo com a Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010, no art. 2º,
conforme descrito abaixo:

Art. 2º. Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação


psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por
genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a
sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause
prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.

Assim sendo entende-se que a Alienação Parental não é um ato exclusivo


dos progenitores, mas sim, de todos que mantem convívio com a criança e ao
adolescente. Portanto todos que compõem a influência negativa na formação
psicológica do menor, comentendo a alienação parental. O sujeito pode ser tanto
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parental ou afetivo, basta incorrer na pratica de alienação, não restringindo apenas


aos pais. A SAP trata-se de um transtorno psicológico caracterizado pelo conjunto
sintomático por meio do qual um genitor, denominado conjunge alienador, tem o
objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir os vínculos do filho com o outro
conjunge (FREITAS, 2010).
De acordo com o pensamento de FREITAS (2010) em seu estudo,
ressalta que a atitude do agressor tem como objetivo único romper de uma vez por
todas a ligação do filho com um progenitor, utilizando da autoridade para este feito,
deixando o psicológico da criança abalado, sem perceber ou não medindo os danos
que estão sendo causados ao menor, apenas se preocupando com atingir sua meta
de afasta-lo do ex conjunge.
As consequências Jurídicas da alienação parental para o alienador estão
previstas no art.6º e seus incisos da Lei 12.318/2010, que assim prescreve:

Art. 6º. Caracterizando atos típicos de alienação parental ou qualquer


conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor,
em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não,
sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da ampla
utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus
efeitos, segundo a gravidade do caso:
I declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;
II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;
III - estipular multa ao alienador;
IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;
V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua
inversão;
VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente;
VII - declarar a suspensão da autoridade parental.

As ações que prejudiquem o convívio do menor com o genitor, em ação


autônoma ou indicental, terão seus efeitos corrigidos conforme a austeridade da
ação, dentre advertir, apliar o regime de conviência entre pai/mãe e determinar o
acompanhamento profissional de um terapeuta.
A alienação refere-se a uma campanha de desmoralização contra o
genitor, onde o filho é ultilizado com peça principal da hostilidade lançada contra o
ex-cônjuge. O guardião monitora o menor e seu progenitor em suas visitas e
também influência nos sentimentos para com ele, estabelece Maria Berenice Dias.
Na Alienação Parental vale tudo, todo o tipo de trapaça é válida como
arma no jogo do alienador. Algumas vezes utilizando até de uma falsa denúncia de
abuso sexual que está, sobretudo, interligada ao fenômeno de implantação de falsas
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memórias. A falsa denúncia de abuso sexual é uma das armas utilizadas pelo
alienador para afastar o filho do genitor acusado.Uma simples assertiva de ter sido o
filho vítima de abuso sexual, já que para o alienador é motivo para o juiz determinar
o afastamento do genitor acusado da criança vítima de abuso sexual. A criança,
então, é convencida de que esse fato realmente aconteceu e levado a repetir o que
lhe é afirmado como tendo realmente acontecido, ou seja, a criança é induzida a
mentir e a acreditar que foi abusada sexualmente, sendo um dos atos mais graves
de alienação parental.
Fábio Vieira Figueiredo e Georgios Alexandridis, mencionam (2011, p.
43):

A relação afetiva entre pais e filhos deve ser preservada ainda que a relação
entre os pais não esteja mais estabelecida na forma de uma família
constituída, ou mesmo jamais tenha se constituído, tendo como principais
alicerces os laços de afetividade, de respeito, de considerações mútuas.
Infelizmente, contudo, a dissolução da família – pela simples ocorrência do
fim do animus de mantê-la, ou com base na motivação pela ruptura dos
deveres inerentes -, ou a sua não formação segundo a forma esperada,
acaba por fazer nascer entre os genitores ou por parte apenas um deles,
uma relação entre eles e passa a influenciar a relação deles para com os
filhos menores. Muitas vezes, um dos genitores implanta na pessoa do filho
falsas ideias e memórias com relação ao outro, gerando, assim, uma busca
em afastá-lo do convívio social, como forma de puni-lo, de se vingar, ou
mesmo com o intuito falso de supostamente proteger o filho menor como se
o mal causado ao genitor fosse se repetir ao filho.
Tal situação constitui o chamado fenômeno da alienação parental, que
sempre existiu em nossa sociedade, sem uma proteção legal específica,
contudo, apesar dessa lacuna aparente, o ordenamento civilista já
possibilitava a sua proteção por intermédio de perda do poder familiar do pai
ou da mãe que pratica atos contrários à moral e aos bons costumes (inciso
III do art. 1.638 do CC), ou, ainda, praticar de forma reiterada falta com os
deveres inerentes ao poder familiar, notadamente a direção da criança e da
educação dos filhos menores (inciso IV do art. 1.638, combinado com o art.
1.637, ambos do CC).

Desta forma, o genitor alienador apresenta condutas típicas da alienação,


a criança também demonstra, por meio de seu comportamento, indícios da
existência da Síndrome da Alienação Parental.

1.2 Os motivos que levam o alienador a cometer a alienação parental

O alienador usufrui de uma aprimorada forma de abuso e maus tratos,


baseado na pressão psicológica para com o filho menor. Com isso, a legislação vem
aperfeiçoando formas de reparação ao danos causados ao menor e ao alienado.
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Assim, a atribuição de responsabilidade civil e criminal ao alienador, podem causar


inversão do amor ao ódio. Maria Berenice Dias, salienta também, que “o alienador,
como todo abusador, é um ladrão da infância, que utiliza a inocência, uma vez
roubadas, não podem mais serem devolvidas.”
A figura do alienador pode ser o pai ou a mãe, ou ainda os dois.
O divórcio é assunto bastante particularmente explorado em estudado no
Brasil, estatisticamente desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia de
Estatística (IBGE) e, publicado em revistas de circulação nacional. Regularmente
publicam-se matérias que abordam os atos de rompimento de vínculos, com base no
argumento de que, quando os cônjuges se sentem mais confortáveis depois da
desunião, a criança e adolescente também o serão, pois não ficariam evidenciados a
divergencias entre os genitores, em conformidade com as considerações de M.
Mendonça.
Para Alan Minas, roteirista do documentário “A Morte Inventada”, o
alienador visa romper o elo entre pai e filho. Normalmente o genitor guardião usufrui
de diferenciadas estratégias, iniciandas por pequenas inverdade até pesadas
declarações acusações de crueldade e abuso sexual.
Alan Minas expõe em seu documentário alguns métodos utilizados pelo
genitor alienante, são eles: Limitar o contato da criança com o genitor alienado;
Pequenas punições sutis e veladas, quando a criança expressa satisfação ao se
relacionar com o genitor alienado; Fazer com que a criança pense que foi
abandonada e não é amada pelo genitor alienado; Induzir a criança a escolher entre
um genitor e outro; Criar a impressão de que o genitor alienado é perigoso; Confiar
segredos à criança, reforçando o senso de lealdade e cumplicidade; Evitar
mencionar o genitor alienado dentro de casa; Limitar o contato com a família do
genitor alienado; Desvalorizar o genitor alienado, seus hábitos, costumes, amigos e
parentes; Provocar conflitos entre o genitor alienado e a criança; Cultivar a
dependência entre o genitor alienado e a criança; Interceptar telefonemas,
presentes e cartas do genitor alienado; Interrogar o filho depois que chega das
visitas; Induzir culpa no filho por ter bom relacionamento com o genitor alienado;
Instigar a criança a chamar o genitor alienado pelo primeiro nome; Encorajar a
criança a chamar o padrasto/madrasta de pai/mãe; Ocultar a respeito do verdadeiro
pai/mãe biológico(a); Abreviar o tempo de visitação por motivos fúteis.
Esses atos são fundamentais para que a Alienação Parental seja
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constatada, e o alienador pode ser inventivo sendo complicada a criação de um rol


taxado de suas possíveis condutas, podendo estas variar, importante lembrar que o
alienador é tomado por seus sentimentos os quais para ele é o mais relevante.
O alienador relata aos filhos seu desgosto em relação ao genitor ausente
e a criança vai aos poucos assimilando os fatos expostos e acaba convivendo com a
mentira e passa demonstrar falsa turbação em relação ao genitor alienado.
O menor é envolvido nessa turbulência de calúnias, de uma certa forma
acaba se tornando a maior vítima dessa complexa relação extra-cônjugal, e é visível
que a criança é desconsiderada totalmente como sujeito sendo encarada pelo
genitor alienador apenas como objeto de suas manipulações
Para os doutrinadores José Osmir Fiorelli e Rosana Cathya Ragazzoni
Mangini, as consequências para a criança e adolescente, evidenciam sintomas
depressivos, com dificuldade na adaptação a ambientes sociais, transtornos de
identidade e de imagem, desespero, tendência ao isolamento, comportamento hostil,
falta de organização e, em algumas vezes, a influência às drogas, álcool e suicídio.
Quando adulta, incluirão sentimento incontroláveis de culpa, por se achar culpada de
uma grande injustiça para com o genitor alienado.
Com isso, o alienador se beneficiava da deficiência psicológica e de
julgamentos que o menor constrói. Bem como a confiança e acaba por transferir, por
meio de julgamento contrário, sentimentos destrutivos quanto a figura do vitimado,
que irão acarretar no seu repúdio pelo filho, causados na desilusão e na raiva pelo
fracasso do fim da relação, acabam por descontar nos filhos menores e causando a
Alienação Parental.
Portanto, o sentimento negativo e dolorido, mesmo após o conflito judicial
gera grandes reflexos nos conflitos familiares. As considerações que levam o
alienador a praticar atitudes egoístas e imaturas, podem dar origem a então
Alienação Parental. A medida que o genitor alienado alcance o objetivo de prejudicar
o ex-conjugê, o menor torna-se a parte mais afetada da situação.

1.2.1 A implantação de falsas memórias

A implantação de falsas memórias, termo utilizado por Richard Gardner


para designar a Alienação Parental, baseia-se no comportamento por parte de um
genitor em função de denegrir a imagem do outro para o filho menor, com a
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finalidade de romper os laços de afeto entre a criança o ex-cônjuge


A Alienação Parental pode ser praticada pelo guardião do menor, ou por
qualquer outra pessoa da família, a tocante conduta configura-se um abuso do
direito praticado pelo guardião, capaz de causar irreparáveis danos psicoemocionais
na criança ou adolescente.
O doutrinador Pinheiro Cabral discorre que, a parte alienadora passa a
adotar uma postura de vítima injustiçada perante o filho, familiares, amigos e mesmo
os profissionais do Judiciário. Desempenha o papel da mulher desamparada por um
pai cruel, insensível e sem amor capaz de abandonar a família (CABRAL;
PINHEIRO, 2010, p.17).
Expressões como “seu/sua pai/mãe nos abandonou” ao invés de “me
abandonou” é repetida diariamente de forma que a criança começa acreditar que foi
de fato rejeitada pelo genitor. Por fim, a criança ou adolescente não consegue mais
discernir a veracidade.
É importante ressaltar que, acriação de falsas e séria história por parte do
alienador, confundem e traumatizam. A falsa memória é baseada em fatos que
nunca aconteceram, são aquelas memórias adquiridas devido informações
inverídicas e distorcidas recebidas por parte de um dos genitores do menor. O
menor passa a acreditar em fatos que não aconteceram por não distinguir
verdadeiras e falsas informações, e com isso criar uma confusão de pensamentos,
por ainda estar com a mente em desenvolvimento.
Priscila Maria Pereira Corrêa da Fonseca (2009, p. 57) torna claro e
compreensivel questão das consequências:

A síndrome uma vez instalada no menor enseja que este, quando adulto,
padeça de um grave complexo de culpa por ter sido cúmplice de uma
grande injustiça contra o genitor alienado. Por outro lado, o genitor alienante
passa a ter papel de principal e único modelo para a criança que, no futuro,
tenderá a repetir o mesmo comportamento. [...] a criança passa a revelar
sintomas diversos: ora apresenta-se como portadora de doenças
psicossomáticas, ora mostra-se ansiosa, deprimida, nervosa e,
principalmente, agressiva. Os relatos acerca das consequências (sic) da
síndrome da alienação parental abrangem ainda a depressão crônica,
transtornos de identidade, comportamento hostil, desorganização mental e
às vezes suicídio. É escusado dizer que, como toda conduta inadequada, a
tendência ao alcoolismo e ao uso de drogas também é apontada como
consequência (sic) da síndrome.

A implantação de falsas memórias trás terríveis consequências ao


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psicológico da criança ou do adolescente. Quando na história inventada, surge


alguma lacuna, esta é completada pelo próprio menor, aumentando assim, cada vez
mais a história. Muitas vezes o menor confunde-se e busca acatar as informações
para não decepcionar o genitor alienador, no qual muito confia. As sequelas são
desenvolvidas em diversos sentidos. Uma informação inverídica pode ocasionar até
mesmo suicidio por parte do genitor alienado, por não suportar a falsa história de
abuso ou até mesmo acabar na miséria, tentando provar sua inocência.
Porém, com toda certeza o maior prejudicado toda esta situação é o
menor, desenvolvendo confusões e patologias devido essa inversão de informações,
se obrigando a acreditar em fatos que não ocorreram e que o traumatiza, originando
o rompimento forçado no convívio com o genitor alienado temporariamente ou para
sempre nos casos de suicídio. Este tempo perdido jamais será recuperado. Com
isso, os danos e consequências ocasionadas pela Alienação Parental são
irreversíveis na vida da criança ou do adolescente.

1.2.2 O abuso ao princípio da dignidade da pessoa humana

Em relação a família, a Constituição Federal de 1988 trouxe um aplo


aperfeiçoamento ao ordenamento jurídico nacional, passando a considerar a união
estável como unidade familiar.
Conforme descreve Erika Nicodemos em seu artigo, a A família
matrimonial é a família constituída pelos laços matrimoniais monogâmicos,
tradicionalmente, difundida no ocidente. A Constiuição de 1988 igualou homem e
mulher quanto aos deveres, designando que a administração da família, bem como
para seu sustento e educação da prole.
O princípio da dignidade da pessoa humana é assegurado pela
Constituição Federal, em seu art. 1º, inciso III (Brasil, 1988):

Art. 1º ARepública Federativa do Brasil, formada pela união i ndissolúvel


dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

É possivél apontar também uma inovação quanto a constítuição de


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família, assegurada pela Constituição Federal e regulada pelo Código Civil


Brasileiro, .
A união estável, regulada pelo Código Civil de 2002 sob o título “Da União
Estável”. De acordo com o artigo 1.723: “Art. 1.723. É reconhecida como entidade
familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência
pública, contínua e duradoura e estabelecida com objetivo de constituição de
família”.
Desde a inovação no gênero familiar de sua constituição, passou-se a ter
como base para a formação familiar a união, o afeto e respeito mútuo entre os
cônjuges, valorizando a dignidade da pessoa humana, como evidencia Flávio
Tartuce (2006, p.3).
Ao entendimento de Carmem Lúcia Antunes Rocha, comparado com o
texto da Constituição de 1988, todos são iguais perante a lei, isso significa que cada
indivíduo do planeta devem ser respeitados de acordo com suas condições,
igualdade e liberdades em dignidade e direitos.
Cada indíviduo tem suas próprias condições e limitações, em diversos
sentidos, por isso, deve ser respeitado os limites do próximo de forma igualitária.
Desta forma, salienta-se quanto ao respeito que deve ser destinado ao próximo, sem
distinção e diferença de tratamento, conferindo igualdade a todo e qualquer
indivíduo.
Quanto ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, esse é o
entendimento de Edilson Pereira Nobre Júnior (2000, p.4.):

Assim, respeitar a dignidade da pessoa humana, traz três importantes


consequências:
a) igualdade de direitos entre todos os homens, uma vez integrarem a
sociedade como pessoas e não como cidadãos;
b) garantia da independência e autonomia do ser humano, de forma a
obstar toda coação externa ao desenvolvimento de sua personalidade, bem
como toda atuação que implique na sua degradação e desrespeito à sua
condição de pessoa, tal como se verifica nas hipóteses de risco de vida;
c) não admissibilidade da negativa dos meios fundamentais para o
desenvolvimento de alguém como pessoa ou imposição de condições
subhumanas de vida. Adverte, com carradas de acerto, que a tutela
constitucional se volta em detrimento de violações não somente levadas a
cabo pelo Estado, mas também pelos particulares.

Portanto, a partir do momento em que qualquer dos genitores passe a


influenciar o filho contra a pessoa do outro, acaba então ferindo o Princípio da
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dignidade da pessoa humana, por devastar o elo familiar que existe.


De acordo com José Afonso da Silva, a relevância da dignidade da
pessoa humana decorrente das características da pessoa humana parte da base
moral que vem desde o princípio da vida do indíviduo, evidenciando tradição e
crenças, com isso, relacionando Deus, pois de acordo com a teologia, o ser humano
é identificado como, imagem e semelhança do criador, e a partir desse pensamento,
derivem sua eminente dignidade e grandeza. Portanto, a dignidade da pessoa
humana não é, no âmbito do Direito, só o ser humano centro de imputação jurídica,
valor supremo da ordem jurídica.
Após a Constituição Federal de 1988 os direitos fundamentais tiveram
destaque, pois passaram a ter tratamento adequado baseado na proteção da
dignidade da pessoa humana, e as pessoas consideraram distintamente a dignidade
da pessoa humana. Desta forma, o homem passou a desenvolver um caráter
valorozo e digno, salienta o artigo cujo o tema é o principio da dignidade humana,
por Ivone Ballao Lemisz.
Uma vez que o genitor trate o ex-cônjude de forma leviana, ou a menor
como um simples objeto, ele está violando o princípio da dignidade humana. Porém,
cada ser humano, em virtude de sua dignidade, merecedor de igual respeito e
consideração no que diz com sua condição de pessoa, e que tal dignidade não
poderá ser violada ou sacrificada, nem mesmo para preservar a dignidade de
terceiros, não afasta uma certa relativização ao nível jurídico-normativo.
A criança ou adolescente, portanto, são transformados em objetos de
vingança e, consequentemente, além ter sua dignidade violada, podem adquirir
distúrbios psicossociais severos.
Portanto, é direito da pessoa humana constituir uma base familiar,
também é seu direito conviver com a prole e progenitores, preservando vínculos
sadios. Também é de direito, renunciar qualquer ato que viole sua dignidade
humana, principalmente quando os seus rebentos são utilizados, pelo outro, como
um instrumento para impor sofrimentos através da alienação parental, causando
profundo prejuízo.
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2 A SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL

2.1 Os reflexos da dissolução do casamento quanto à pessoa dos filhos

O estado tem função de resguardar a família, entidade considerada a


base da sociedade. O doutrinador Alexandridis Figueiredo entende que a familia é o
primeiro agente socializador do ser humano. Deixou de ser uma célula do Estado,
passando a ser encarada como uma célula da sociedade. Com isso, a legalização e
aperfeiçoamento quanto a cessação do vínculo matrimonial devem estar garantindos
pelo Estado de forma equilibrada.
A expressão entidade familiar reveste-se do significado constante no
artigo 226, §§3º e 4º da Constituição Federal, in verbis:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do


Estado. (...)
§ 3º. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre
o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua
conversão em casamento.
§ 4º. Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada
por qualquer dos pais e seus descendentes.

A base familiar, independente do modo pelo qual tenha se formado, é


constituída atráves de modalidades e elementos, regulados por lei. Para Luiz Carlos
Osório, essas estruturas ou modalidades são váriáveis: ambientais, sociais,
econômicas, culturais, políticas ou religiosas são definitivos para a composição
familiar.
A entidade famíliar não impoe uma instituição padrão, fixa e invariável.
Com o tempo, a família assumiu formas e mecanismos distintos e nos dias de hoje
conserva-se no gênero humano de família composto através de princípios morais e
psicológicos diferentes e ainda contraditórios e inconciliáveis, entendimento de
Escardó (1955).
Em relação ao poder familiar, o Código Civil dispõe:

Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I – dirigir-lhes a criação e educação;
II – tê-los em sua companhia e guarda;
III – conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV – nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se outro
dos pais não sobrevive, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;
20

V – representa-los, até aos dezoito anos, nos atos da vida civil e assisti-los,
após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o
consentimento;
VI – reclamá-los de quem os detenha;
VII – exigir que lhes prestem obediência, respeito, e os serviços próprios de
sua idade e condição.

De acordo com o Código Civil Brasileiro, os pais tem a obrigação de


preservar os filhos, seja na sua educação, na sua formação, no seu
desenvolvimento, e com a ruptura da família essas obrigações acabam sendo
deixadas de lado.
A psicóloga, doutora Olga Inês Tessari, expõe que a criança e o
adolescente, ainda em formação, objetivam uma família feliz, com os pais em vida e
unidos. Quando isso não ocorre, o menor cria uma ordem de aceitação em seu
pensamento. Para criança e o adolescente, a separação pode ser benéfica,
especialmente em lares que sustentão fortes cenas de brigas e desprezo entre os
pais. Com isso, o menor passa a ter que acostumar-se com a nova situação a ele
imposta, ampliando o convívio com novas pessoas e diferentes ambientas, pois
normalmente os pais passam a se relacionar com outras pessoas, entre elas:
antigas amizades, avôs e tios, que passam a acompanhar a vida do menor.
A separação ou divórcio determina modificações na estrutura e
organização familiar, exigindo de seus membros a capacidade de adaptação a esta
nova realidade. Os pais devem agir com a competência necessária durante essa
delicada situação, buscando diminuir o impacto na vida da criança ou adolescente,
visando o bem-estar de forma significativa.a no bem- estar do filho.
Rui Nunes Costa, baseado em posicionamentos quanto ao assunto,
menciona os principais efeitos produzidos nas crianças à separação dos pais:

Menor motivação e rendimento escolar em relação a crianças de famílias


intactas; maior reatividade psicofisiológica, comportamental, cognitiva e
emocional; efeitos da cronicidade das respostas de estresse na saúde e,
sendo a experiência de separação potencialmente fonte de estressores
agudos e crônicos, importa compreender as implicações desse
acontecimento na saúde e o seu papel no aumento dos sintomas
psicopatológicos em crianças filhas de pais separados, quer a curto ou a
longo prazo; sistema imunológico exibe sinais de diminuição de
competência através da relação entre Sistema Nervoso Central e sistema
imune, seja via neuroendócrina, seja via projeções nervosas simpáticas e
parassimpáticas, decorrente da enervação dos tecidos linfáticos.

Conforme o entendimento da terapeuta de família e de casais, Maria


21

Cristina Milanez Werner, o menor que não tem um núcleo familiar apropriado, passa
a apresentar problemas emocionais e psicológicos, e com isso as dificuldades mais
comuns apresentadas são, escolar e baixa autoestima.
Destaca que, o que mantém saudável o desenvolvimento da prole, não é
o estado civil dos genitores, mas o ambiente amoroso e saudável em que vivem e
são criados. Enfatiza que os filhos têm mais a ganhar do que a perder quando vivem
em um lar de desamor. Um dos befecifios é os apectos comportamentais, seguido
do amadurecimento precoce que a maioria das crianças desenvolvem, por passar
por situações que não se sujeitariam caso os pais estivessem juntos. A terapeuta
não considera esse amadurecimento totalmente negativo, pois afirma que essas
crianças e adolescentes aprendem a lidar com diferentes circunstâncias emocionais
e quando adultos se tornam mais estáveis.
Assim, a família tem apresentado diversas mudanças na sua estrutura,
rompendo vínculos, reestruturando formações, e inevitávelmente deixandando
marcas de dissoluções mal executadas, tornando o menor indefeso a principal
vítima.

2.2 A guarda do menor

O fim de um relacionamento conjugal onde existem frutos da união,


condiciona jurídicamente um ou mais pessoas a vigiar a prole. A cessação do
casamento não deve prejudicar o a convivência dos genitores com o menor. De
acordo com Mario Romera, é necessário que a criança e adolescente não se sinta
um objteto de vingança em face da desavença do ex-casal.
De acordo com o art. 127 do Código Civil relata sobre o dever da família
em relação ao menor:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,


ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura,
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.

A guarda é a responsabilidade de uma ou mais pessoas, por


determinação legal ou judicial, de zelar e vigiar o menor, visando proteger sua
22

dignidade, saúde, núcleo familiar saudável, liberdade, alimentos, todos os requisitos


assegurados pela legislação.
De acordo com o entendimento do Estatuto da Criança e do Adolescente,
Lei 8069/90, em seu artigo Art. 33, § 1º:

Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e


educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de
opor-se a terceiros, inclusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, de 2009)
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser
deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção,
exceto no de adoção por estrangeiros.

Para Maria Berenice Dias (2012), discorrer sobre a guarda do menor


demonstra que a partir da cessação do vínculo matrimonial, ambos genitores não
podem comprometer a continuidade da conviência entre pais e filhos.
De acordo com a definição legal a guarda pode ser: Unilateral e
compartilhada.

2.3 Guarda unilateral

Essa modalidade é considerada tradicional em nosso ordenamento


jurídico. Mesmo com divergência entre as outras modalidades, destaca o
compartilhamento das responsabilidades em relação a prole, de acordo com o
entendimento de Douglas Phillips Freitas (2010).
De acordo com o ordenamento jurídico da Lei 11.698, em seu art. “Art.
1.583, § 2o, explica a respeito de guarda unilateral:

Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada:


§ 2o A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores
condições para exercê-la e, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos
filhos os seguintes fatores:
I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar;
II – saúde e segurança;
III – educação.

Com isso, a guarda unilateral será concedida ao genitor que apresentar


melhores condições para a criação da criança e adolescente, em sentido afetivo,
desenvolvimento físico e mental, proteção e ensino de qualidade.
23

2.4 Guarda compartilhada

A guarda compartilhada é uma espécie de guarda destinada aos filhos


menores de 18 (dezoito) anos, não emancipados, ou maiores incapazes. Essa
modalidade vem tomando maior proporção ultimamente, por apresentar uma forma
mais evoluída de preservar o elo do genitor como o menor após a cessação do
vínculo matrimonial: separação, divórcio, dissolução de união estável, explica Denise
Maria Perissini da Silva em seu respectivo artigo.
Para Karen Ribeiro Pacheco Nioac de Salles (2001), a modalidade
compartilhada conferida à guarda dá uma nova acepção ao instituto do pratrio poder,
por destinar-se a responsabilidade do zelo ao menor e ao contato direto ao núcleo
familiar. Com isso, essa nova ideia concepção de guarda beneficia a criança e
adolescente, e em contrapartida o genitor.
Ao entendimento de Maria Antonieta Pisano Motta (1996), psicóloga e
psicanalista, a guarda compartilhada é um incitador para que os pais atuem
igualmente em relação do filho, convivêndo ativamente, participando da educação e
dividindo responsabilidades. Essa guarda conjunta não estipula que o menor tenha
um guardião, mas que ambos os genitores sejam responsáveis, mantendo o mesmo
dever de guardar a prole.
A guarda compartilhada fundamenta-se em que ambos os genitores
expressem decisões de forma conjunta e consensual em favor dos filhos, assim,
passam a atuar juntos no dia a dia dos filhos, extinguindo uma figura de genitor
visitante..
Para Ana Carolina Silveiro Akel Pantaleão (2010, pg.91):

A guarda compartilhada de forma notável favorece o desenvolvimento das


crianças com menos traumas e ônus, propiciando a continuidade da relação
dos filhos com seus dois genitores, retirando, assim, da guarda a ideia de
posse. Nesse novo modelo de responsabilidade parental, os cuidados sobre
a criação, educação, bem estar, bem como outras decisões importantes são
tomadas e decididas conjuntamente por ambos os pais que compartilharão
de forma igualitária a total responsabilidade sobre a prole. Assim, um dos
genitores terá a guarda física do menor, mas ambos deterão a guarda
jurídica da prole.Sendo assim, não resta dúvida que a continuidade da
relação da criança com seus genitores acaba por manter de forma mais
normal e equilibrada o estado emocional e psicológico do filho, ou seja é
uma maneira de evitar prejuízos ao menor.

Acrescenta Ana Carolina Silveiro Akel Pantaleão (2010, p. 92):


24

O que se busca com guarda compartilhada além, é claro, da proteção dos


filhos, é minimizar os traumas e demais consequências negativas que a
separação possa provocar. Com a guarda compartilhada almeja-se através
do consenso entre os cônjuges separados, a conservação dos mesmos
laços que uniam os pais e filhos antes da separação buscando-se um maior
equilíbrio e harmonia na mente daqueles que são os destinatários dessa
solução.

A guarda compartilhada beneficia a criaça e o adolescente em seu


desensolvimento, em diversos sentidos, pois o convívio com ambos os genitores
ameniza o impacto do fim da relação matrinonial dos pais. Essa novo ordenamento
viabiliza a criação de forma mais sádia. A educação continua a ser ministrada por
ambos os genitores de forma igualitária, assim como a responsabilidade sobre o
menor.
Portanto, é mantida a relação entre a prole e os genitores, de forma que,
com isso diminua os traumas da separação. Nesse contexto, a participação tanto do
pai, como da mãe é absolutamente proveniente para a vida do menor, pois além de
solucionar, evita diversos problemas, com eles, a Alienação Parental.

2.5 A síndrome de alienação parental e suas consequencias

A Síndrome da Alienação Parental não se confunde com a Alienação


parental. A alienação parental constiui-se da separação da prole de um dos
genitores, onde a situação é criada pelo outro, via de regra, o guardião da criança. E
a síndrome da alienação parental, caracteriza-se pelas sequelas provocadas por
essa atitude do genitor, dentre elas: emocionais e comportamentais, assim destaca
Priscila Maria Pereira Corrêa da Fonseca (2009).
Podemos presenciar na redação do art. 2º da Lei nº 12.318/2010, que
impõe:

Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação


psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos
genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a
sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause
prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.

A Síndrome da Alienação Parental é uma consequência da Alienação


Parental, uma vez identificado a existência do distúrbio que constitui da violação
intencional do genitor, que promove uma conturbada relação entre o ex-cônjuge e o
25

menor. Gardner anota, a propósito, que, nesses casos, a ruptura do relacionamento


entre a criança e o genitor alienado é de tal ordem, que a respectiva reconstrução,
quando possível, demandará hiato de largos anos.
De acordo com o pesquisador Jorge Trindade (2007), apud Aguiar (2010,
p. 15), a SAP pode ser classificado como:

Um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas


pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, transforma a
consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de
atuação, com objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos
com o outro genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam
motivos reais que justifiquem essa condição. Em outras palavras, consiste
num processo de programar uma criança para que odeieum de seus
genitores sem justificativa, de modo que a própria criança ingressa na
trajetória de desmoralização desse mesmo genitor.

Uma das mais brandas consequências é o transtorno psicológico,


acarretado pelo genitor alienador, que por sua vez busca a destruição dos vínculos
afetivos que existe entre o ex-cônjuge e o filho, usando toda e qualquer artifício.
Contudo, inicia um processo de reprogramação do psicologio da criança e
adolescente, com o intuito do sentimento de desamor que o menor venha
desenvolver pelo pai/mãe.
Para Priscila Maria Pereira Corrêa da Fonseca (2009), após implantada a
síndrome no menor, espera-se que quando adulto, o mesmo sofra de complexos, se
sentindo culpado e cúmplice do genitor alienador, por ter compactuado com a
sórdida difamação, contra o outro genitor. Destaca-se os efeitos da síndrome:
aqueles correspondentes às perdas importantes, como o falecimento de fortes
vínculos (pais, avós, amigos, etc.) Em virtude desses acontecimentos, o menor
manifesta sinais de abatimento, ansiedade, nervosismo, agressividade, depressão,
doenças psicossomáticas. Também pode-se enfatizar as consequências da
síndrome da alienação parental acerca dos transtornos de identidade,
desorganização mental, depressão crônica, e comportamento ameaçador, e em
alguns casos, propensão ao suicídio. Tendências ao alcoolismo e ao uso de drogas
também são relevantes à discussão das consequências.
Com isso, verifica-se que, a síndrome da alienação parental acarreta
graves consequências na vida do menor e também do genitor alienado. Essa criança
ou adolescente tem grandes indícios que na fase adulta, venha a padecer de sérios
problemas de culpa, por ter compactuado para uma grande injustiça contra seu pró-
26

genitor. Sendo diversas as formas da síndrome se manifestar. Os relatos acerca das


conseqüências da síndrome da alienação parental, na maioria dos casos, a
alienação parental não afeta somente, o genitor alienado e o menor, mas também
todos aqueles que o cercam: familiares, amigos, serviçais, etc., privando a criança
do necessário e saudável convívio com todo um núcleo familiar e afetivo do qual faz
parte.

2.6 Sobre o genitor alienador

De acordo com Silva (2009), o alienante tem um comportamento em que


os fatos não condizem com a relalidade, comportamentos que remetem ao
desenvolvimento de funçõespatológicas de pais sem controle emocional, com
disturbios como ansiedade, agressividade, traços paranoicos ou, em alguns casos,
de uma estrutura perversa. Esses sintomas podem ser parcialmente controlados
durante a vida do indivíduo.
O alienador transmite ao filho um comportamento agressivo, depressivo, e
paranóico, desencadeando patologias, não só em si, como no menor. Diante disso o
alienador,e o alienado se tornam vítimas desse comportamento. Por fim, o alienador
sofre do mal do problema desenvolvido por si mesmo,envolvendo demais pessoas,
onde o mesmo, não é a principal vítima, as consequências podem ser mais
perversas quanto a pessoa do filho.

2.7 O tratamento da síndrome da alienação parental

O tratamento eficaz da SAP depende da intensidade em que ela ocorre e


do momento que se iníciou o problema, pois trata-se de um processo, isto é, ocorre
no transcurso de um determinado tempo, não se consumando por meio de um ato
específico. Configura-se a síndrome a partir da comprovação dos sintomas
referentes, de acordo com AGUILAR (2008).
O psicólogo José Manuel Aguilar ainda explica que independente do grau
de acusação que o alienador faça contra o alienado, o menor não deve ser afastado
do genitor. Sendo comum que os Tribunais suspendam as visitas do pai alienado ao
filho quando o alienador planta falsas acusações de abuxo sexual, por exemplo.
Desta forma, se o caso for SAP, só irá beneficiar o genitor alienador com a
27

convivência exclusiva com a criança, tornando mais fáceis suas estratérias


manipuladoras. Portanto, ainda que sejam graves as acusações disparadas contra o
alienado, é necessario que o contado entre genitor e prole não sejam impedidos,
mesmo que com frequência reduzida e mediante monitoramento de profissionais.
Viviane M. Ciambelli cita (2012, p. 145):

Determinar apenas a terapia tradicional familiar seria um erro que se deve


evitar, porque o genitor alienador não tem consciência de ter um problema
psicológico e nem deseja “curar-se” e, por sua vez, o tempo da sessão na
psicoterapia é ínfimo se comparado ao decorrer do dia, tempo em que o
genitor alienador teria para a programação. Nesse caso, é indispensável a
avaliação e o acompanhamento por equipe técnica qualificada a fim de
orientar esse procedimento.

O menor deve ser encaminhado para um tratamento acompanhado por


especialistas na área da psicologia, podendo desenvolver melhora com a ajuda do
terapeuta, a criança ou o adolescente a entender a anpatia desenvolvida em relação
ao pai/mãe alienado, esse contato tende a seu saudável para ambas as partes,
podendo ter manutenção de pontos de vista diferenciados de seus pais, em relações
a visões de um único genitor.
É importante iniciar o tratamento do menor na presença do genitor
alienado, objetivando-se a reconstituição dos vínculos afetivos interrompidos, pois a
ausência do contato entre genitor e prole, pois, quanto mais longe o menor ficar do
seu genitor alienado, mais vai favorecer o alienador, pois a criança não vai entender
que os motivos do seu afastamento foram provocados, e com isso soma pontos a
favor do alienador.
O psicólogo Jósé Manuel Aguilar, também orienta, que é necessário que
para que a síndrome não se agrave, que o genitor alienado não abra mão do
convívio com a criança, isto é, não ceda a pressão sofrida e imposta pelo ex-
cônjuge. Mesmo com intenso desgaste, devido a constante luta contra a alienação, o
alienado não deve abrir mão dos seus direitos e da defesa de sua prole, pois, além
de ter o direito legalmente assegurado ao convívio familiar, não pode acatar essa
situação deploravél a qual foi exposto, portanto, cabe a ele tomar as providências
que a lei permite no sentido de garantir seu convívio com o filho, mesmo que a
criança demonstre não desejar o contato, e mesmo que o contato seja com menos
frequencia ou monitorado.
Portanto, é fundamental o acompanhamento profissional para a
28

restituição dos vínculos rompidos entre pais/filhos por meio de alienação.


Objetivando retormar os antigos laços e diminuir os impactos e futuros traumas,
tanto na infância, quanto os levados para a fase adulta. Tambémé indispensável a
atuação do judiciário no sentido de evitar seu desenvolvimento amparando as
devidas vítimas, para isso, deve dispor também do amparo de um médico terapeuta
para auxiliar no controle das visitas e informar ao judiciário qualquer desacatamento
às ordens fixadas. Por fim, primeiramente deve-se identificar a síndrome, e logo
após buscar o devido amparo legal e profissional para o obter êxito em seu
tratamento, e assim, preservando a base familiar.

2.8 Aspectos jurídicos e legais

Para Fábio Vieira Figueiredo, após a caracterização da sua ocorrência, a


Alienação Parental exige a necessidade de um tratamento. Algumas punições são
previstas em lei e devem ser aplicadas ao genitor alienante. Também devem ser
utilizadas em casos onde a detecção da prática alienatória é precoce, tornando-se
possível a alteração da situação fática. Desta forma, quando torna-se concreta
instalação da síndrome, a lei traz um rol de medidas a serem tomadas.
De acordo com Jurisprudências, a maior parte dos julgamentos até hoje a
cerca deste assunto são provenientes do Rio Grande do Sul, tornando este estado
uma grande escola sobre o tema, assumindo os Tribunais total pioneirismo na
proteção do exercício pleno da parentalidade. Sendo de suma importância que a
tipificação da Síndrome da Alienação Parental faça parte do ordenamento jurídico de
forma definitiva, dando ao Poder Judiciário mecanismos para combater e prevenir
efetivamente suas ocorrências.
Sobre o tema discorre Domingos (2008):

Não há nenhum dispositivo ou indicação de penalidade para o infrator, em


razão da ausência de dispositivo legal. O acusador (o alienador) fica numa
situação muito à vontade. Porque ele vai praticar o fato, sabendo que lá na
frente não receberá nenhuma penalidade de cunho judicial. Se a acusação
foi, por exemplo, de abuso sexual, (imputação de falso crime a outrem) ele
pode responder por calúnia penal ou dano moral. Mas e as outras formas de
alienação? Então se você tiver mecanismos para coibir ou mecanismos que
você possa colocá-los a disposição do Juiz, para penalizar e para
criminalizar a atitude do alienador é sem dúvida uma forma de coibir a essa
prática.
29

Em se tratando de um tema ainda atual apesar de existir em nossa


sociedade desde os primórdios da Lei de Divórcio, ainda não existe muitas
jurisprudências disponíveis, exatamente por se tratar de um tema em estudo e que
ainda enfrenta objeções quanto ao reconhecido no processo.
Decisão em que constatou a Síndrome de Alienação Parental (Apelação
nº 70017390972. Tribunal de Justiça de RS. 7ª Câmara Cível):

APELAÇÃO CÍVEL. MÃE FALECIDA. GUARDA DISPUTADA PELO PAI E


AVÓS MATERNOS. SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL
DESENCADEADA PELOS AVÓS. DEFERIMENTO DA GUARDA AO PAI. 1.
Não merece reparos a sentença que, após o falecimento da mãe, deferiu a
guarda da criança ao pai, que demonstra reunir todas as condições
necessárias para proporcionar a filha um ambiente familiar com amor e
limites, necessários ao seu saudável crescimento. 2. A tentativa de invalidar
a figura paterna, geradora da síndrome de alienação parental, só milita em
desfavor da criança e pode ensejar, caso persista, suspensão das visitas
aos avós, a ser postulada em processo próprio. NEGARAM PROVIMENTO.
UNÂNIME.

Em relação a questão da guarda e do melhor interesse da criança e que


foi negado:

GUARDA. SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA. SÍNDROME DA


ALIENAÇÃO PARENTAL. Havendo na postura da genitora indícios da
presença da síndrome da alienação parental, o que pode comprometer a
integridade psicológica, atende melhor ao interesse da infante, mantê-la sob
a guarda provisória da avó paterna. Negado provimento ao agravo.

O Poder Judiciário têm considerável relevância com o intuito de extinguir


a alienação parental e seu desenvolvimento, diagnosticando através da perícia
multidisciplinar, com profissionais, tais como, os assistentes sociais, e
especialmente, os psicólogos o comportamento do alienador, evitando que o mesmo
afete a criança sob sua guarda, e se converta em Síndrome, tornando uma das
tarefas que cabem ao Poder Judiciário. Ou seja, o Poder Judiciário age em função
de proteger os envolvidos e decidir quem tem maior aptidão a cerca da guarda da
criança e o adolescente. A Alienação Parental pode ser contida, e o Poder Judiciário
tem agido de forma que o ato possa ser identificado com a finalidade preservar os
envolvidos.

CONCLUSÃO
30

O presente trabalho fundamentou-se de uma análise à Alienação


Parental, concluindo que ela pode afetar profundamente as estruturas de uma
família, mais especificamente com a relação entre pais e filhos, deteriorando o
crescimento psicológico do menor alienado.
Pretendeu-se com esse estudo, abordar as ocorrências da Alienação
Parental, a figura do alienador e o surgimento da Síndrome da Alienação Parental,
suas consequências e respaldo legal. Evidenciando o princípio da base familiar e
indo ao encontro com as mais atualizadas constituições familiares, mostrando sua
enorme diversidade.
A referente pesquisa mostrou as consequências causadas nas relações
entre pais e filhos que a Alienação Parental desencadeia, apresentando também os
prejuízos causados na vida do menor vitimado, tratando-se também do futuro sadio
do menor vitimado, que deve ser o foco principal desse combate trabalhando a
reeducação dos pais.
Citando também os gêneros de guarda, em especial a guarda
compartilhada, que pode ser considera uma das possíveis soluções ao problema.
Porém, a mesma não deve ser imposta pelo nosso judiciário. Antes deve se
perceber se tal medida surtirá efeito perante o caso concreto, caso contrário de nada
adiantará.
Lamentavelmente nem todos os pais chegam ao fim da relação conjugal
de forma amigável, como foi constatado nos exemplos citados ao longo desse
trabalho, e usam seus filhos como forma de represália pelo então cessação do
vínculo, gerando fortes consequências ao menor vitimado, que poderão ser
carregadas, inclusive, a fase adulta, reforçando assim, importância da Lei da
Alienação Parental, que visa proteger o menor envolvido nessa violência provocada
pelos próprios pais.
Traz ainda os métodos utilizados para detectá-la, bem como o tratamento
profissional, sendo utilizadas terapias, tanto para o menor, quanto para o pai
alienado, os quais possivelmente desencadearam distúrbios e patologias, com isso,
a importância da orientação para que a Síndrome da Alienação Parental solucionada
ou ainda prevenida.
Com esse trabalho pude compreender o complexo universo da Alienação
31

Parental, bem como, as questões relevantes em relação a família, e conclui que o


ser humano é capaz de agir de forma cruel, a ponto de induzir o filho a odiar o pai,
criando falsas memórias, e que pode ser agravado com a Síndrome da Alienação
Parental.

REFERÊNCIAS
32

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