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Goiânia
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Goiânia
2013
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Banca Examinadora
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Professora Orientadora Maria de Jesus Nunes Teixeira
Professor orientador
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Orientador
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Orientador
Goiânia
2013
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CLARICE LISPECTOR
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RESUMO
Este trabalho tem por objetivo apresentar um estudo e uma analise das principais
mudanças da Lei n.º 12010/09, no processo de adoção. Pretendendo demonstrar a
evolução da adoção, sua dinâmica, até chegarmos aos dias atuais. A nova lei
reforça a priorização da família biológica em casos de adoção, além de reafirmar a
necessidade de afinidade e afetividade da criança com os parentes, elementos
fundamentais para a garantia de modo pleno, o direito à convivência familiar.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................9
1. ADOÇÃO............................................................................................................... 11
1.1 Noções Gerais..................................................................................................... 11
1.2 Evolução Histórica............................................................................................... 13
1.2.1 Adoção na Antiguidade.....................................................................................13
1.2.2 Adoção na Idade Média....................................................................................14
1.2.2.1 Adoção na Idade Moderna.............................................................................14
1.2.2.2 Adoção no Direito Brasileiro...........................................................................15
1.2.2.3 Adoção, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente...........................17
3. EFEITOS DA ADOÇÃO.........................................................................................29
3.1 A Constituição do Vínculo de Filiação..................................................................29
3.2.1 Parentesco com a família do adotante..............................................................29
3.2.2 Efeitos Patrimoniais..........................................................................................30
3.2.3 Obrigação alimentar..........................................................................................31
3.2.4 Administração e Usufruto dos Bens do adotado...............................................32
CONCLUSÃO............................................................................................................ 33
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 34
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INTRODUÇÃO
1. ADOÇÃO
1.1 Noções Gerais
O caso mais falado de adoção no Egito foi o de Moisés, adotado pela filha
do faraó.
Os Gregos permitiam a adoção tanto de homens como de mulheres, no
entanto só os homens poderiam adotar e somente os cidadãos poderiam adotar e
serem adotados.
Em Roma embora a adoção fosse bastante difundida e também se
baseava n culto doméstico, embora servisse também para deslocar mão de obra de
uma família para outra.
No tempo de Justiniano, a adoção foi encarada também não só como
fator possível de aumentar o poder de uma família, mas, como forma de dar filho a
quem não os tivesse.
Em 1957 surge o Estatuto da adoção que vem tratar do assunto com mais
profundidade, este com o tempo, foi também sendo modificado, eliminou-se a
determinação de que somente casais sem filhos poderiam adotar, também se
dispensou o prazo de cinco anos de casamento, além de criar uma equiparação
entre filho adotivo e natural no que tange a herança.
Foi com a efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990
que as mudanças realmente se disseram efetiva, a partir dele desapareceram todas
as diferenças entre filhos adotivos e filhos biológicos, além de dizer claramente que
a adoção deve priorizar o interesse, as necessidades e os Direitos da criança e do
adolescente.
Segundo o Código Civil atual, existe apenas uma figura, a adoção
irrestrita; inclusive sendo possível constituí-la apenas em processo judicial (e não
mais por escritura pública, como antes previa o Código Civil de 1916), seja qual for à
idade do adotando.
O legislador procurou seguir o preceito constitucional de 1988 e
incorporar o adotado à família do adotante, como seu filho natural. Este contexto
acabou com algumas injustiças encontradas no Código Civil de 1916, que não
outorgava reciprocidade sucessória entre adotante e adotado.
Qualquer pessoa pode adotar, bastando que pelo menos um seja maior
de 18 anos (idade mínima para ser adotante), e haja diferença de 16 anos em
relação ao adotado. O tutor ou curador também pode adotar o pupilo ou o
curatelado, desde que tenha prestado contas de sua administração e saldado
eventual débito pendente.
De outro lado, qualquer pessoa pode ser adotada, exigindo-se
previamente o consentimento dos pais ou dos representantes legais, de quem se
deseja adotar, e da concordância deste, se contar mais de doze anos. A lei dispensa
o consentimento dos pais em relação à criança ou o adolescente, quando forem os
pais desconhecidos, desaparecidos ou tenham eles sido destituídos do poder
familiar sem que haja nomeação de tutor, ou ainda, quando comprovadamente
tratar-se de órfão que há mais de um ano não tenha sido procurado por qualquer
parente.
O consentimento é revogável, podendo arrepender-se quem o prestou,
desde que o faça até a publicação da sentença constitutiva da adoção.
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Art. 3º A expressão “pátrio poder” contida nos artigos 21, 23, 24, no
parágrafo único do artigo 36, no §1º do artigo 45, no artigo 49, no inciso X,
do caput do artigo 129, nas alíneas “b” e “d” do parágrafo único do artigo
148, nos artigos 155, 157, 163, 166, 169, todos da Lei 8.069, de 13.07.1990,
bem como na Seção II do Capítulo III do Título VI da Parte Especial do
mesmo Diploma Legal, fica substituída pela expressão “poder familiar”.
O novo Código Civil que substitui a expressão “pátrio poder” por “poder
familiar” dispõe no artigo 1.631: “Durante o casamento e a união estável, compete o
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poder familiar aos pais. Na falta ou impedimento de um deles, o outro exercerá com
exclusividade”.
O Código Civil no artigo 1.634, determina quais são as atribuições dos
pais:
Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:
I – Dirigir-lhes a criação e educação;
II – Tê-los em sua companhia e guarda;
III – Conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;
IV – Nomear-lhes tutor, por testamento ou documento autêntico, se o outro
dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder
familiar;
V – Representá-los, até 16 anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após
essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento;
VI – Reclamar-los de quem ilegalmente os detenha;
VII – Exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de
sua idade e condição.
2.4.3 Cadastramento
Art. 50, §13 Somente poderá ser deferida a adoção em favor de candidato
domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta lei
quando:
I – Se tratar de pedido de adoção unilateral;
II – For formulada por parente com o qual a criança ou adolescente
mantenha vínculos de afinidade e afetividade;
III – Oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal da criança
maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de
convivência comprove a fixação de laces de afinidade e afetividade, e não
seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas
nos artigos 237 ou 238 desta lei.
Esta é uma inovação introduzida pelo ECA: nos termos do artigo 41, § 1º,
um dos cônjuges ou um dos concubinos pode adotar o filho do outro, sendo que os
vínculos de filiação do cônjuge ou do concubino com o seu filho biológicos ficam
mantidos. Além do mais, não perde familiar.
A lei vem ao encontro da realidade, pois inúmeros eram os casos que se
apresentavam em nossos pretórios, com solicitação neste sentido.
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3. EFEITOS DA ADOÇÃO
3.1 A Constituição do Vínculo de Filiação
concubinato com um homem, que resolve adotar essa criança. O adotado mantém
os vínculos de filiação com a sua mãe biológica e o parentesco com a família de sua
genitora, ao mesmo tempo esta vinculado ao adotante e seus parentes, pela
adoção.
É de se notar a disparidade de tratamento entre adoção do antigo Código
Civil e a do Estatuto, no tocante à herança, sendo que, se, naquele, há largo debate
a respeito, neste, como filho legitimo que é considerado o adotando, discussão
alguma pode haver.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALMADA, Wery de Melo. Direito de Família. São Paulo: Brasiliense. Coleções v.2.
Tribuna da Justiça, 1978.
MAZZONI, Emilio Pacifici. Adoção Internacional. Belo Horizonte. Del Rey, 1994.