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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – POLO GURUPI-TO


BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TURMA II

HEBER CLEBER REZENDE


JOÃO SILVA
ROSALINA RODRIGUES DOS SANTOS
SOLANGE SOARES DA SILVEIRA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO ESCOLA ESPECIAL AMOR


FRATERNAL/APAE NA EDUCAÇÃO DE JOVEM E ADULTO ESPECIAL.

GURUPI-TO

2018

1
HEBER CLEBER REZENDE
JOÃO SILVA
ROSALINA RODRIGUES DOS SANTOS
SOLANGE SOARES DA SILVEIRA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE ESTÁGIO ESCOLA ESPECIAL AMOR


FRATERNAL/APAE NA EDUCAÇÃO DE JOVEM E ADULTO ESPECIAL

Trabalho a ser apresentado à Universidade Federal do


Tocantins – UFT/ Universidade Aberta do Brasil, como
requisito para a aprovação em Estágio Supervisionado IV,
Turma II de Bacharelado em Administração Pública.

Orientador: Prof. Claudemir Andreaci

COMISSÃO EXAMINADORA

__________________________________________
Profa. Dra.

__________________________________________
Prof.

2
AGRADECIMENTOS

A todos os professores e tutores do curso Administração Pública qυе foram tão importantes

em nossa jornada acadêmica. As nossas famílias pelo apoio e compreensão e a todos


aqueles que de alguma forma estiveram е estão próximos a nós nesta jornada.

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RESUMO

O presente trabalho tem o objetivo descrever a analise das metodologias de ensino na


Educação Especial de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Especial Amor Fraternal, dentro da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais/APAE de Aliança do Tocantins e, através de
pesquisa de campo e entrevistas com os alunos e servidores da instituição. Uma vez que
trabalhar a Educação de Jovens e Adultos não é uma missão fácil, tendo em vista o
preconceito vivido pelos alunos, tanto nas famílias como na sociedade de modo geral, embora
saibamos que essa modalidade de ensino está prevista em lei, o que garante a todos o
acesso à educação. Observaremos a Metodologia utilizada para a melhora de ensino e
aprendizagem na educação especial observando também os processos administrados
executados, ações, avaliações e material pedagógico usado nas aulas. Neste sentido, vale
ressaltar que tanto os profissionais e metodologias são os que fazem a diferença no
ensino/aprendizagem dos alunos especiais, e o que leva à necessidade de avaliações
constantes, pois em uma sala com 07(sete) alunos, quantidade estabelecida pela Instrução
Normativa Nº. 0001, de 23 de fevereiro de 2015, o trabalho é em grupo com atendimento
individual, o que requer mais atenção e metodologias diferenciadas. Na perspectiva de
conhecer melhor e de certa forma ajudar desenvolver formas para apoiar a modalidade
educacional de jovens e adultos com deficiência, essa pesquisa mostrar-nos que o cenário da
educação especial foi constituído vagarosamente como um direito ao longo da historia da
educação.

Palavras chave: Ensino, Educação Especial, Aprendizagem.

ABSTRATCT

The present work has the objective of describing the analysis of teaching methodologies in the
Special Education of Young and Adults (EJA), in the Special School of Love Fraternal, within
the Association of Parents and Friends of the Exceptional / APAE of Aliança do Tocantins and,
through research and interviews with students and staff of the institution. Since working on
Youth and Adult Education is not an easy task, given the prejudice experienced by the
students, both in families and in society in general, although we know that this type of
education is provided by law, which guarantees access to education. We will observe the
Methodology used for the improvement of teaching and learning in special education, also
observing the administered processes executed, actions, evaluations and pedagogical material
used in the classes. In this sense, it is worth mentioning that both professionals and
methodologies are what make the difference in the teaching / learning of special students, and
what leads to the need for constant evaluations, because in a room with 07 (seven) students,
quantity established by Instruction Normative No. 0001, dated February 23, 2015, the work is
in a group with individual care, which requires more attention and differentiated methodologies.
With a view to getting to know better and in a way to help develop forms to support the
educational modality of young people and adults with disabilities, this research shows us that
the scenario of special education was slowly constituted as a right throughout the history of
education.

Key words: Teaching, Special Education, Learning.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................06

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 GESTÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS.........................................................07

2.2 TERCEIRO SETOR.....................................................................................07

2.3 UM POUCO DA HISTORIA DAS APAES NO BRASIL................................08

2.4 APAE DE ALIANÇA DO TOCANTINS E UM POUCO DA SUA


HISTÓRIA .............................................................................................................
..............09

2.5 A CONVENÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA....10

2.6 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUA INCLUSÃO.......... 13

2.7 A FAMÍLIA NA VIDA DAS PESSOAS COM NECESSIDADES


ESPECIAIS ..........................................................................................................
.................15

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..................................................... 24

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES................................................................. 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 34

REFERÊNCIAS............................................................................................... 36

ANEXOS.................................. .................................. .................................. 33

APÊNDICES.................................................................................................. 37

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INTRODUÇÃO

A presente pesquisa será realizada na Escola Especial amor


Fraternal/APAE na Educação de Jovem e Adulto Especial. O interesse pela a
educação especial partiu da necessidade de conhecer de perto da realidade do
trabalho desenvolvido da entidade. Pois se notou no período do estágio os
desafios nas metodologias utilizadas com os alunos especiais. Portanto
realizaremos uma pesquisa de forma qualitativa de Estudo de Casos,
ocorrendo à coleta de informações nas salas de aulas, visitas domiciliares,
com professores, coordenadores, diretor e alunos da modalidade de ensino
EJA na educação especial.
Os dados coletados durante as entrevistas serão analisados e
expostos através de gráficos, tabelas e relatos de vivencias durante o estagio
na escola campo.
Sabe-se que o desafio da educação brasileira é o desenvolvimento de
uma educação de qualidade, que tenha como principal objetivo a inclusão
reconhecendo as diferenças como forma de enriquecimento do ensino-
aprendizagem.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 GESTÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

Gestão consiste na arte de administrar, conduzir ou gerir determinados


negócios públicos ou particulares. Fazer gestão de serviços públicos significa
administrar ou gerenciar os trabalhos confiados à determinada instituição,
organização ou entidade social. A mesma tem o desafio de somar e aprimorar
suas prestações de serviços por meio de políticas de gestão que contenha os
gastos.
Quanto à Administração Pública, Bezerra (2010) constatou que o modelo
burocrático, associado a um método de organização formal e eficiente, serviu
para o controle da ação governamental, evitando ameaças ao interesse
público. Entretanto, as disfunções da burocracia tornaram inviável uma
administração eficiente. Como forma de superar tal situação, a administração
pública gerencial trata de um grupo de ideias e práticas atuais que visam
transpor a iniciativa e a abordagem dos negócios para o setor público.
Na relação de parcerias do Poder Público com entidades do Terceiro
Setor, na prestação de serviços públicos, nota-se que ao contrario do que
muitos pensam os serviços públicos não necessitam necessariamente ser
prestados diretamente pelo Estado, e/ou por meio de servidores públicos
efetivos. Porém a obrigação principal de fazer ou distribuir de forma legal os
serviços públicos como educação, saúde entres outros, é do estado.

2.2 TERCEIRO SETOR

Iniciaremos abordando a questão conceitual do Terceiro Setor que é


constituído por associações e entidades sem fins lucrativos. A compreensão

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dos objetivos do Terceiro Setor é importante dentro da perspectiva deste
trabalho, e para Fernandes (1994), o Terceiro setor é:

Conjunto de organizações e iniciativas privadas que visam à


produção de bens e serviços públicos. Este é o sentido positivo
da expressão. “Bens e serviços públicos”, nesse caso,
implicam uma dupla qualificação: não geram lucros e
respondem a necessidades coletivas.

Para muitos doutrinadores esse título é visto como um conjunto de


organizações de iniciativas privadas que miram à produção de bens e serviços
públicos, em beneficio do atendimento aos direitos principais da cidadania.
Em decorrência da ineficiência do estado em implantar políticas
públicas que garanta à sociedade de direitos fundamentais, o Terceiro Setor
enquanto organizações privadas, sem visão de lucro, começaram a fazer o
papel que seria do estado, amparando os direito básicos da sociedade.
Conforme afirma Andres Pablo Falconer (1999: 9);

Na década de noventa, o Terceiro Setor surge como o portador de


uma nova e grande promessa: a renovação do espaço público, o
resgate da solidariedade e da cidadania, a humanização do
capitalismo e, na medida do possível, a superação da pobreza. Uma
promessa realizada através de atos simples e fórmulas antigas, como
o voluntariado e filantropia, revestidas de uma roupagem mais
empresarial. Promete-nos, implicitamente, um mundo onde são
deixados para trás os antagonismos e conflitos entre classe e, se
quisermos acreditar, promete-nos muito mais.

2.3 UM POUCO DA HISTÓRIA DAS APAES NO BRASIL

Antes falaremos um pouco da dolorosa história dos deficientes, pois


antes da existência das ONGs, Instituições, Associações dentre outras, que
sempre buscaram a defesa dos direitos humanos, as pessoas com
necessidades especiais recebiam praticamente o mesmo tratamento dado aos
animais, ou seja, sofriam maus tratos. No passado, por exemplo:

8
A pessoa com deficiência, nesse contexto, como qualquer outra
pessoa do povo, também parecia não ter importância enquanto ser
humano, já que sua exterminação (abandono ou exposição) não
demonstrava ser problema ético ou moral (ARANHA,1979,p.3).

A Federação Nacional das APAEs - Associação de Pais e Amigos dos


Excepcionais, consiste em um movimento que se sobressai em todo país pelo
seu pioneirismo. Nascida no Rio de Janeiro, no dia 11 de dezembro de 1954,
na ocasião da chegada ao Brasil de Beatrice Bemis, procedente dos Estados
Unidos, membro do corpo diplomático norte-americano e mãe de uma
portadora de Síndrome de Down. No seu país, já havia participado da fundação
de mais de duzentas e cinquenta associações de pais e amigos e admirava-se
por não existir no Brasil algo assim.
Com o incentivo de Beatrice, um grupo de pessoas entre pais, amigos,
professores e médicos de excepcionais fundou a primeira Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais – Apae do Brasil. Foi em março de 1995, na sede
da sociedade de Pestalozzi do Brasil que aconteceu a primeira reunião do
Conselho Deliberativo.
Assim a entidade ganhou colaboradores e aliados, conseguindo então
a sede provisória onde foram criadas duas classes especiais, com cerca de
vinte crianças. A escola desenvolveu-se, seus alunos tornaram-se
adolescentes e necessitaram de atividades criativas e profissionalizantes.
Surgiu assim, a primeira oficina pedagógica de atividades ligadas à carpintaria
para deficientes no Brasil por iniciativa da professora Olívia Pereira.
Depois da criação da primeira APAE, outras foram surgindo e assim
cresceu as entidades apaeanas. Hoje no Brasil depois de mais de seis
décadas, são milhares delas espalhadas em todo território nacional,
reconhecida como o maior movimento filantrópico do Brasil e do mundo, na sua
área de atuação.

2.4 APAE DE ALIANÇA DO TOCANTINS E UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

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A APAE de Aliança do Tocantins foi fundada em 16/04/1998, quando
também foi criada a Escola Especial Amor Fraternal. A primeira ação realizada
em 1998, pela equipe da APAE, foi a busca das pessoas com deficiência na
cidade de Aliança. A equipe era composta por: Dona Ruth Silva Lorenzetti,
Adail Costa Marinho, Aracy Rocha de Aguiar e Silva e Deusenir Pereira Silva
Borges. Dona Ruth lutou por um espaço físico conseguindo uma casa, porém
sem estrutura física para atender os alunos, a mesma trouxe de sua fazenda
mesas redondas rústicas, as quais foram colocadas embaixo de árvores onde
era feito o atendimento aos alunos.
Após um ano a APAE passou a funcionar no Prédio da Dona Ruth,
onde atualmente é a DISFER, onde as salas eram improvisadas divididas por
biongos. Dona Ruth e Diretoria não se acomodaram e começaram uma luta
incansável por um espaço físico próprio. Foram anos de luta em busca de
doações e convênios para então construir a sua sede própria e passar a
atender melhor os beneficiários.
Finalmente no ano de 2000, a APAE foi agraciada com o convênio da
Gestão Compartilhada e Convênio da SETA (Secretaria do Trabalho e
Desenvolvimento Social). Após longos anos de luta por um prédio próprio enfim
dona Ruth conseguiu a doação desse espaço e com muito trabalho da diretoria
e funcionários em busca de parceiros e recursos financeiros, foi construído
esse prédio que hoje atende mais de 100 alunos, distribuídos na EJA/EDUC.
INFANTIL E OFICINAS APAEANA.
Graças ao empenho dos Presidentes e Diretores, atualmente a APAE
tem Convênios com a SEDUC, com a Prefeitura Municipal de Aliança do
Tocantins e Prefeitura Municipal de Crixás do Tocantins. A APAE conta com
atendimento Odontológico e Fisioterápico aos nossos alunos. Vale destacar
que temos uma das melhores sedes do Estado do Tocantins, contamos com
mais de 102 alunos entre escolaridade e oficinas, uma Diretoria atuante e 22
servidores comprometidos com a causa apaeana.

2.5 A CONVENÇÃO DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

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Tratando de deficiências a Convenção Internacional dos Direitos da
Pessoa com Deficiência diz que “as pessoas com deficiência são aquelas que
têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, com interação com diversas barreiras, podem obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as
demais pessoas”.
Enquanto isso o Decreto 3.298/89, que regulamentou a Lei 7853/89,
delibera em seu art. 3º, a deficiência sendo como “toda perda ou anormalidade
de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere
incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado
normal para o ser humano“.
Segundo o mesmo Decreto no seu artigo 4º acentua que as pessoas
com deficiências são aquelas que se enquadram nas classes tipificadas a
seguir:

Deficiência física – alteração completa ou parcial de um ou mais


segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função
física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia,
monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia,
hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral,
nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as
deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o
desempenho de funções;

Para melhor entendimento, seguem-se algumas definições


conformidades estéticas e aquelas que não limitam o desempenho e a
funcionalidade do corpo (Decreto nº 5.296/04, art. 5º e Decreto nº 3.298/99, art.
4º):

Amputação – perda total ou parcial de um determinado membro ou


segmento de membro;
Paraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores;
Paraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros
inferiores;

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Monoplegia – perda total das funções motoras de um só membro
(inferior ou superior);
Monoparesia - perda parcial das funções motoras de um só membro
(inferior ou superior);
Tetraplegia – perda total das funções motoras dos membros inferiores
e superiores;
Tetraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros
inferiores e superiores;
Triplegia – perda total das funções motoras em três membros;
Triparesia – perda parcial das funções motoras em três membros;
Hemiplegia – perda total das funções motoras de um hemisfério do
corpo (direito ou esquerdo);
Hemiparesia – perda parcial das funções motoras de um hemisfério do
corpo (direito ou esquerdo);
Ostomia – intervenção cirúrgica que cria um ostoma (abertura, ostio) na
parede abdominal para adaptação de bolsa de fezes e/ou urina;
Paralisia Cerebral – lesão de uma ou mais áreas do sistema nervoso
central, tendo como consequência alterações psicomotoras, podendo ou não
causar deficiência mental;
Nanismo – deficiência acentuada no crescimento.

Deficiência auditiva conforme o (Decreto nº 5.296/04, art. 5º e


Decreto nº 3.298/99, art. 4º). – É caracterizada pela perda parcial ou total das
possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na seguinte forma:
(1) surdez leve - de 25 a 40 decibéis (db); (2) surdez moderada - de 41 a 55 db;
(3) surdez acentuada - de 56 a 70 db; (4) surdez severa - de 71 a 90 db; (5)
surdez profunda - acima de 91 db; e, por último, anacusia – ausência de
audição..

Deficiência visual – conforme o (Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº


5.296/04). É definida pela acuidade visual igual ou menor que 20/200 no
melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior a 20º (tabela de
Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações. Podendo ainda ser
distinguida como:

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1. Cegueira – na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05
no melhor olho, com a melhor correção óptica;
2. Baixa Visão – significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no
melhor olho, com a melhor correção óptica;

Os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em


ambos os olhos for igual ou menor que 60°; Ou a ocorrência simultânea de
quaisquer das condições anteriores. Ressalta-se, ainda, a inclusão das
pessoas com baixa visão a partir da edição do Decreto nº 5.296/04. As
pessoas com baixa visão são aquelas que, mesmo usando óculos comuns,
lentes de contato, ou implantes de lentes intraoculares, não conseguem ter
uma visão nítida. As pessoas com baixa visão podem ter sensibilidade ao
contraste, percepção das cores e intolerância à luminosidade, dependendo da
patologia causadora da perda visual.

Deficiência mental – De acordo com o Decreto nº 3.298/99, alterado


pelo Decreto nº 5.296/04, conceitua-se como deficiência mental o
funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com
manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas
de habilidades adaptativas, tais como:

a) comunicação;

b) cuidado pessoal;

c) habilidades sociais;

d) utilização dos recursos da comunidade;

e) saúde e segurança;

f) habilidades acadêmicas;

g) lazer; e

h) trabalho.

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Deficiência múltipla: conforme De acordo com o Decreto nº.
3.298/99, confirmado pelo Decreto nº. 5.296/04. É caracterizada pela
associação de duas ou mais deficiências.

2.6 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E SUA INCLUSÃO

Na atualidade é percebido que o assunto inclusão tem sido muito


discutido de todas as formas em nossa sociedade. Porém pouco tem sido feito
para que de fato ela seja vivenciada nas escolas, nas áreas de lazer, na saúde.
Enfim, em todos os setores da sociedade. Percebe-se que um dos segmentos
que mais confirma o processo exclusão é o das crianças com necessidades
educativas especiais.
O processo de inclusão ainda está longe de acontecer, se
considerarmos as recentes diretrizes e sugestões nacionais e internacionais
sobre o assunto. É preciso que haja uma discussão da real forma de inclusão
que precisamos. Precisa ser reveladora e voltada para a conjuntura
educacional brasileira. É real a falta de expansão e democratização no sistema
de ensino que inclua a educação especial para pessoas com necessidades
especiais, com aparatos para que eles possam ter o interesse de buscar e
aprender com seus professores e colegas e assim continuar desejando uma
vida melhor, pois essa é também a finalidade da inclusão.
Cross et al. (2004) cita que só podemos falar em sucesso no processo
de inclusão quando:
• As crianças progridem nos objetivos que foram previamente
definidos;
• As crianças evoluíram no seu desenvolvimento pessoal bem como na
aquisição de conhecimentos e habilidades preconizadas para todas as
crianças;
• As crianças foram bem-vindas pelos profissionais e pares dos
programas que frequentam e foram aceites como membros do grupo, de pleno
direito;

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• Os pais estão satisfeitos com as evoluções dos seus filhos e com o
fato de os seus filhos parecerem estar bem enquadrados e felizes nos grupos
em que estão inseridos.

2.7 A FAMÍLIA NA VIDA DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS

É sempre bom lembrar que nossa sociedade ainda se encontra no


atraso, pois no que diz respeito às diversidades, não costumamos estimular e
nem somos instigados a pensar ou discutir o que não é tido como padrão, pois
nunca estamos dispostos a procurar entender aquilo que não é constituído e
aceito socialmente como regra. Apenas aceitamos. Neste contexto vamos
pensar como é impactante a chegada de uma criança com deficiência para
uma família?

A família é o primeiro grupo social no qual somos recebidos e


inseridos, o qual precisa estar preparado para lidar com as diferenças, amando
muito essa criança, acompanhado cada avanço, isto é, cada sinal de
desenvolvimento no sentido de estimular ainda mais, para que ela possa se
sentir amada e respeitada dentro das suas limitações. Nessa linhagem vejamos
o que diz Buscaglia (1997, p. 78).

[...] desempenha importante papel na determinação do


comportamento humano, na formação da personalidade, no curso da
moral, na evolução mental e social, no estabelecimento da cultura e
das instituições. Como influente força social, não pode ser ignorada
por qualquer pessoa envolvida no estudo do crescimento,
desenvolvimento, da personalidade ou do comportamento humanos.

Dentro do papel da família há a responsabilidade de


ajudar/acompanhar de forma decisiva na construção da formação dos filhos, de
modo especial àqueles que necessitam de cuidados especiais, para que
cresçam buscando seu espaço na sociedade. A saber,

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A interação social, definida como o conjunto de relações que a
criança estabelece ao longo de seu desenvolvimento, não é uma
dimensão que possa ser, facilmente, estudada de modo isolado... as
investigações sobre a interação social tendem a sobrepor-se às que
analisam o desenvolvimento comunicativo, sendo difícil diferenciar,
nitidamente, as duas dimensões. (MARCHESI, 1995)

Enfim, a família tem o papel categórico na educação dos filhos,


incluindo os bons modos como: bom dia, boa tarde, com licença, respeito aos
mais velhos, entre outros. É no seio familiar que as crianças recebem os
primeiros ensinamentos. Depois vem a busca pelos conhecimentos que é
obrigação da escola. Porém cabe aos pais matricular seus filhos e acompanhá-
los no decorrer dos estudos, uma vez que estamos nos referindo a um direito
fundamental que por sua própria natureza, não nos permite abdicar. Como
afirma o provérbio africano, citado por Mozart Neves Ramos: “para educar uma
criança, é preciso toda uma aldeia". Por obvio os pais têm o dever de educar e
de cuidar de seus filhos em casa, isso não pode ser transferido totalmente para
a escola e seus professores, que também têm seus próprios filhos para cuidar
e educar.
Em virtude da Constituição Federal, no fim da década de 80 e início
dos anos 90 a educação passou a ser vista como dever do Estado e seu
acesso, garantido a todos, independentemente da idade. Foi quando começou
aparecer os primeiros sinais da efetiva mudança na educação. Assim relata o
artigo 208 da Constituição de 1988:

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a


garantia de: I – ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada
inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

Nos anos 90, o Governo Federal, por meio dos órgãos competentes
anunciava confiantes dados que apontavam uma significativa baixa no número
de crianças fora da escola, com o aumento expressivo das matrículas na
educação infantil, ensino fundamental, médio e na modalidade de educação de
jovens e adultos.

16
Vale destacar que a educação de jovens e adultos (EJA), constitui
uma modalidade do ensino fundamental e médio, que permite as pessoas que
não conseguiram o acesso à escola quando criança, ou mesmo conseguindo
iniciar seus estudos, por algum motivo não concluíram o conhecimento basilar.
A EJA oferece oportunidade para jovens e adultos iniciar e /ou dar continuidade
aos seus estudos. Logo, trata-se de uma forma de ensino que aponta para
avalizar direitos garantidos pela Constituição Federal/1988, a todos que de
alguma forma não puderam ter acesso à escola.

No contexto atual a proposta da Educação de Jovens e Adultos, tem


como foco principal a erradicação do analfabetismo, almejando patrocinar a
igualdade e gerar condições para que os alunos da EJA tenham condições de
continuar com os estudos. Vejamos o que diz o autor:

O desafio imposto para a EJA na atualidade se constitui em


reconhecer o direito do jovem/adulto de ser sujeito; mudar
radicalmente a maneira como a EJA é concebida e praticada; buscar
novas metodologias, considerando os interesses dos jovens e
adultos; pensar novas formas de EJA articuladas como mundo do
trabalho; investir seriamente na formação de educadores; e renovar o
currículo interdisciplinar e transversal, entre outras ações, de forma
que esta passe a constituir um direito, e não um favor prestado em
função da disposição dos governos, da sociedade ou dos
empresários (SANTOS, 2008)

Observando a alfabetização de Jovens e Adultos, por um ângulo


crítico e fundamentado na realidade, percebe-se que muitos motivos interferem
no processo de alfabetização na infância de alguns jovens e adultos, outros
sequer iniciam esse processo nesta fase e ao longo dos anos sentem a
necessidade de alfabetizar-se. Cita Moll (2004, p. 11):

Nesse sentido, quando falamos “em adultos em processo de


alfabetização” no contexto social brasileiro, nos referimos a homens e
mulheres marcados por experiências de infância na qual não
puderam permanecer na escola pela necessidade de trabalhar, por
concepções que as afastavam da escola como de que “mulher não
precisa aprender” ou “saber os rudimentos da escrita já é suficiente”,
ou ainda, pela seletividade construída internamente na rede escolar
que produz ainda hoje itinerários descontínuos de aprendizagens
formais. Referimo-nos a homens e mulheres que viveram e vivem

17
situações limite nas quais os tempos de infância foi, via de regra,
tempo de trabalho e de sustento das famílias.

Ainda, na mesma linha de pensamento, vejamos o que diz Arroyo


(2006, p. 19):

O campo da Educação de Jovens e Adultos tem uma longa história.


Diríamos que é um campo ainda não consolidado nas áreas de
pesquisa, de políticas públicas e diretrizes educacionais, da formação
de educadores e intervenções pedagógicas. Um campo aberto a todo
cultivo e onde vários agentes participam. De semeaduras e cultivos
nem sempre bem definidos ao longo de sua tensa história.

Para melhor compreender o processo da Educação de Jovens e


Adultos com necessidades educacionais especiais e sua devida inserção na
sociedade em geral, garantindo o direito ao mercado de trabalho, precisa-se de
inicio conhecer as necessárias transformações históricas e sociais da
Educação Especial, sobretudo no Brasil.
É notório a existência de determinados atos que devem ser melhor
analisados no campo da Educação Especial. Entretanto são evidentes vários
avanços e que foram muitos os acontecimentos históricos que marcaram o
andamento da Educação Especial no Brasil com o intuito de colaborar para o
novo jeito de olhar e atender a ação emancipatória no trabalho com os alunos
com necessidades educacionais especiais. Rodrigues (2008, p.15) afirmou
que:

A história da Educação Especial no Brasil foi determinada, pelo


menos até o final do século XIX, pelos costumes e informações
vindas da Europa. O abandono de crianças com deficiências nas
ruas, portas de conventos e igrejas era comum no século XVII, que
acabavam sendo devoradas por cães ou acabavam morrendo de frio,
fome ou sede. A criação da roda de expostos em Salvador e Rio de
Janeiro, no início do século XVIII e, em São Paulo, no início do século
XIX, deu início a institucionalização dessas crianças que eram
cuidadas por religiosas.

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Diante disso, traremos neste capitulo uma ligeira abordagem dos
avanços legais e as políticas adotadas pelos governantes no intuito de garantir
aos Jovens e Adultos o acesso à educação. Nesse sentido em 1988 com a
promulgação da Constituição Federal foi que a Educação de Jovens e Adultos
ganhou forças com algumas diretrizes para a modalidade EJA, vejamos:

[...] garantia de educação básica, para os jovens e adultos das


camadas populares; inserção orgânica da educação de jovens e
adultos no sistema de ensino do país; a locação de dotação
orçamentária para o desenvolvimento dos serviços educacionais para
jovens e adultos no conjunto do sistema nacional de ensino;
construção da identidade própria da educação de jovens e adultos;
garantia de habilitação e profissionalização dos educadores de jovens
e adultos; exercício da gestão democrática na educação de jovens e
adultos (Fundação Educar, 1988, p.18-19).

Depois de regulamentada a modalidade de ensino EJA (Educação de


Jovens e Adultos), surgiu instituições privadas que se colocavam a disposição
para cuidar e atender crianças com deficiências. Embora houvesse algumas
iniciativas nesse rumo, estas instituições não conseguiam atender a pleito, uma
vez que se tratava de ações fechadas, e não de uma política voltada para
aquele tipo de necessidade. Como disse (BUENO, 1993, p. 88),

O surgimento das primeiras entidades privadas de atendimento aos


deficientes espelha o inicio de duas tendências importantes da
educação especial no Brasil: a inclusão da educação especial no
âmbito das instituições filantrópico-assistenciais e a sua privatização,
aspectos que permanecerão em destaque em toda sua historia, tanto
pela influencia que elas exerceram em termos de política educacional,
como pela quantidade de atendimentos oferecidos.

A Educação Especial e as Políticas Públicas nacionais é quase um


sonho para aqueles que já nascem excluídos da sociedade, o que muito
atrapalha em sua evolução. É visível e de conhecimento de todos que esse
público portadores de necessidades especiais é pessoas, seres humanos que
passaram e passam por distintos estágios de desenvolvimento, além de serem

19
submetidos a diversas visões sociais, desde as mais discriminatórias até as
interacionistas.
Lembrando que ainda assim, houve uma tentativa de atender essas
pessoas, numa expectativa mais humanizada, tendo em vista que durante
séculos as pessoas com necessidades especiais eram expelidas e tratadas
como alguém incapaz de viver em sociedade, ou seja, como diferentes.
Conforme afirma Sanfelice (2006, p. 35):

[...] mesmo nos limites estruturais em que vem ocorrendo a inclusão


educacional, ela também acontece, muito provavelmente, para além
das necessidades objetivas da lógica posta pela primazia do capital
[...]. A inclusão educacional é obtida por segmentos sociais que se
mobilizam com esta finalidade, talvez surpreendendo planos oficiais,
planejamentos estratégicos, recursos previstos, [...], e enfim,
implodindo uma certa política educacional conduzida pelo Estado.
Esse conflito faz com que as relações sociais se movimentem por
caminhos nem sempre desejados pelo capital ou pelo Estado, mas
ainda assim é administrável (SANFELICE, 2006, p. 35).

Todos os avanços em favor das necessidades especiais foram


conseguidos por meio de lutas, leis, decretos entre outros no sentido de
melhorar a vida do ser humano. Nesse caso a educação especial em todas as
modalidades de ensino vem de encontro a enriquecer as melhorias apontadas
na Constituição Federal de 1988.
Já em 1989 entrou em vigor a Lei nº. 7.853 que dispõe sobre o apoio
às pessoas com deficiência e sua integração social. Responsabilidade atribuída
a Coordenadoria para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência
(CORDE) que:

[...] institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos


dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define
crimes, e dá outras providências, assegurando tratamento adequado
e prioritário na área da educação, saúde, da formação profissional e
do trabalho, de recursos humanos e das edificações. (CARVALHO,
2013, p. 26)

Quando falamos ou pensamos em educação especial, acreditamos


estar discorrendo sobre um tema comum que assim como tantos outros, em

20
pouco tempo conseguiremos a tão sonhada escolarização dos educandos e a
especialização dos educadores.
Para surpresa nossa e de muitos, ainda existe um grande desafio
nesse sentido. Os alunos com necessidades educacionais especiais pertencem
a uma categoria que, de acordo com as leis vigentes engloba as pessoas com
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento ou altas
habilidades/superdotação, já seria previsível na Educação de Jovens e Adultos,
como ocorre com todos os demais grupos populacionais, em um país de
extensões continentais como é o nosso Brasil.
Nessa perspectiva, o trabalho pedagógico no Brasil tornou se
necessário às pessoas com deficiência desde os primórdios, como forma de
obter uma educação inclusiva. Para legalizar esse direito foram criados vários
instrumentos como a Constituição Federativa brasileira de 1988, que no seu
art. 205 diz que a educação é definida como direito essencial e garantido a
todos, visando o desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a
qualificação para o trabalho.

Contudo, faz-se necessário lembrar que a Educação de Jovens e


Adultos (EJA), a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN), lei Darcy Ribeiro, N°. 9.394 de 1996 (BRASIL, 1996) passou a ser
uma modalidade da educação básica nas etapas do ensino fundamental e
médio. Vejamos o que diz seu artigo 37:

A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não


tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e
médio na idade própria.
§ 1º - Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e
aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as
características do alunado, seus interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante cursos e exames.

Também é preciso destacar que a Lei de Diretrizes e Bases da


Educação (LDB 9394/96), já mencionada nesse trabalho, conta com função
essencial no implante da Educação de Jovens e Adultos intitulando-a como “a

21
educação destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de
estudos no ensino fundamental e médio na idade própria” e novamente ao
afirmá-la como sendo uma modalidade de ensino, conforme está citado no Art.
4º, inciso VII:

O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado


mediante a garantia de [...] oferta de educação escolar regular para
jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às
suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem
trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola (LDB
9394/96).

Ainda citando a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 9394/96, culminado


com o parecer CNE/CEB Nº. 11/2000, da Câmara de Educação Básica do
Conselho Nacional de Educação, que explica a regra do artigo 38 da LDB no
sentido de que “os estudantes da EJA também devem se equiparar aos que
sempre tiveram acesso à escolaridade e nela puderam permanecer”. Conforme
parecer, consiste em grupos diversificados de jovens e adultos.
Haddad e Di Pierro (2000) entende que o desafio de ampliação de
acolhimento na educação de jovens e adultos, que trata a lei citada acima, não
é mais prerrogativa apenas da população que nunca estudou, todavia se
estende a todos que frequentaram escolas, mas por algum motivo não
conseguiram aprender o necessário para de forma legitima se inserir na vida
social, econômica, política e cultural do país e continuar na busca por melhores
e maiores conhecimentos ao longo da vida.

Embora todos os grupos etários tenham, na conjuntura atual,


necessidades de aprendizagem incrementadas, a maior parte das
pessoas que busca nos sistema educacional brasileiro oportunidades
de estudos acelerados em horário noturno (as características da
educação básica de jovens e adultos mais claramente percebidas)são
adolescentes e jovens pobres que, após realizar uma trajetória
escolar descontínua, marcada por insucessos e desistências,
retornam à escola em busca de credenciais escolares e de espaços
de aprendizagem, sociabilidade e expressão cultural. O perfil
marcadamente juvenil que a educação escolar de adultos adquiriu no
Brasil na última década deve-se à combinação de fatores ligados ao
mercado de trabalho (exigência de certificação escolar) e ao sistema
educativo (elevada defasagem na relação idade/série) (DIPIERRO,
2005, p. 1122)

22
Tratando-se de EJA, sabemos das dificuldades e desafios que é
trabalhar com esta modalidade de ensino. Imagina trabalhar a educação
especial de jovens e adultos! Demanda árdua que exigem das escolas
especiais e colaboradores muita habilidade e força de vontade. Conforme
relata Ferreira (2009, p.77)

Jovens e adultos com deficiência constituem hoje ampla parcela da


população de analfabetos no mundo porque não tiveram
oportunidades de acesso à educação na idade apropriada. Nos
países economicamente ricos, a maioria das pessoas com deficiência
está institucionalizada, nos países economicamente pobres, está
escondida, invisível na escola e nos vários espaços sociais. Em
ambos os casos elas são privadas de oportunidades de
aprendizagem formal e de desenvolvimento humano.

Dessa forma, as escolas de educação especial, precisam dispor de


ambientes adequados para receber seus alunos, como também contar com
profissionais especializados com extrema dedicação e preparados para lidar
com os desafios impostos no dia-a-dia da educação especial.
Contudo, devem ter conhecimentos de modo a contribuir efetivamente
para o desenvolvimento e estimulação da demanda, trazendo uma educação
eficaz dentro das possibilidades de desenvolvimento deste público. O que
significa desenvolver uma política de educação integradora, buscando atender
as necessidades especiais dos alunos, conforme o relato de Fonseca (1995,
p.224):

A formação dos professores tem de ser alicerçada numa informação


coerente, numa experiência prática e numa procura cientifica rigorosa
e metodologicamente dimensionada. Só dentro dessas coordenadas
pode nascer à compreensão das práticas educacionais e a superação
dos tradicionais empirismos. Esta tarefa, como é óbvia, supõe
implicitamente um conhecimento sério das leis e dos princípios
derivados da investigação.

É oportuno ressaltar que todas as instituições não só as


especializadas, mas também as de ensino regular ou de contra turno, com
seus pontos de atenção devem mirar o mesmo objetivo: proporcionar o
desenvolvimento de todo o potencial das pessoas com deficiência, fornecendo

23
oportunidade e educação. Essa obrigatoriedade do ensino inclusivo, na visão
de Goes (2002, p.55) é tida:

Ora como simples política de proteção social numa perspectiva


assistencialista ora apenas como processo de formação de
consciência numa perspectiva ideologizou; ora como uma vaga
preparação para a vida, sem objetivar o que seria essa preparação. É
preciso de vez por todas entender que a função principal da escola é
ensinar e que, portanto, o resultado que dela deve ser esperado,
avaliado e cobrado é a aprendizagem do aluno.

Nesse sentido a Escola Especial Amor Fraternal tem trabalhado o


atendimento Educacional Especializado com alunos com necessidades
especiais na Educação de Jovens e Adultos, tarefa intensa, pois ainda não
temos na grade escolar da EJA diretrizes que contemplem esse alunado,
ficando na responsabilidade dos educadores de criar ou adequarem seus
planos de ensino para tentar atender no mínimo as necessidades dos
assistidos.

Ressalte-se o fato de ser essa a nova tendência em vista, inclusive da


redação dada pela Emenda Constitucional Nº. 19/98 ao art. 241 da
Constituição Federal, recuperando a previsão da Carta de 1946:

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de
cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão
associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou
parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos.

Os desafios vividos pela Escola Especial Amor Fraternal e tantas


outras escolas que funcionam dentro das instituições privadas (APAEs) são
bem comuns, pois quase todas dependem de convênios, com os municípios e
estados. Tratando-se de projetos de descentralização de recursos. Os quais
devem ser mencionados nos acordos para garantir a transparência do uso dos
recursos públicos.

24
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O referido trabalho será desenvolvido através da realização de visitas


domiciliares e entrevistas com os professores, coordenadoras, diretor e com os
alunos, da Escola Especial amor Fraternal/APAE na Educação de Jovem e
Adulto Especial, para analisarmos quais são as metodologias aplicados em
salas de aulas, o material didático, o público alvo, e para serem
identificados os principais desafios enfrentados pela escola juntamente com o
quadro de educadores e seus educandos depois da coleta de dados, nas
conversas com os entrevistados, nesse caso, os profissionais da educação e
educandos, objetivando compreender e explicar a problemática do presente
trabalho e que será demonstrado se necessário também em gráficos.

Também serão feitas observações no ambiente em estudo,


adequadamente demonstradas por registros digitais, mecanismo reconhecido
como apropriado para a presente pesquisa, possibilitando a averiguação da
estrutura educacional oferecida pela a Escola Amor Fraternal.
As informações serão prestadas por meio de explicação qualitativa,
uma vez que os elementos levantados serão avaliados e apresentadas de
forma organizada e, sobretudo amparadas de modo que os dados obtidos bem
sintetizados oportunizarão que as respostas almejadas pela pesquisa sejam
formadas e explicadas segundo os meios já mencionados.
O procedimento exploratório, aplicado terá como finalidade colher
informações, para conhecer a percepção dos usuários e colaboradores e assim
alcançar melhor abrangência e desenvolvimento da pesquisa. Por intermédio
de questionário (Anexo I), as entrevistas (Anexo 2), e visitas domiciliares para
resgatar os alunos infrequentes, os quais irão uma melhor identificação dos
desafios enfrentados na Educação Especial de Jovens e Adultos (EJA), na
Escola Especial Amor Fraternal - APAE de Aliança do Tocantins – TO.

25
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A pesquisa foi feita através de um questionário aos profissionais da


Escola Especial Amor Fraternal que foram aplicados individualmente dentro da
própria instituição com o publico alvo de: 05 (cinco) professores, 04 (quatro)
alunos, uma diretora e uma coordenadora pedagógica.
Os alunos apresentam limitações, mais são capazes de participarem
das pesquisas aplicado com objetivo de melhorar o processo de
ensino/aprendizagem, portanto achamos viável coletar os dados por meio de
entrevistas semiestruturados com os professores e alunos em sala de aula, o
que nos permitiu observar a realidade aluno/professor, educação/dificuldade.
Foram ouvidos 04 alunos, os quais batizaram como: Maria, Pedro,
João e Joaquim, tendo os mesmos com muita precisão respondida nossas
indagações.

A nossa entrevistada Maria tem deficiência física, portadora de


Paraparesia – perda parcial das funções motoras dos membros inferiores é
cadeirante, porém com uma mente muito bem desenvolvida. Já o nosso
interrogado Pedro tem Deficiência neurológica moderada que é capaz de
responder nossos questionamentos; João que após um trágico acidente
convive a com deficiência física, ou seja, a Tetraparesia que é a perda parcial
das funções motoras dos membros inferiores e Joaquim deficiência física
consequência de distrofia muscular progressiva com hipertrofia de panturrilha.

Deste modo, foram os dados coletados e organizados


atenciosamente e avaliados a partir do emprego de dois métodos sugeridos por
Pádua (1996), então vejamos: 1) – classificação e organização das
informações coletadas a partir de sua importância e evidencia, de modo a
identificar a necessidade de complementação dos dados; 2) – agrupamento
dos pontos divergentes dos dados coletados, bem como das regularidades e
possibilidades de generalização de um conceito. Doravante, foi realizada a
comentário e a analise do material colhido, utilizando o referencial teórico
usado nesta pesquisa.

26
Dessa forma é percebida a imensa necessidade de valorizar o senso
comum, transformar o currículo, o livro didático que na grande maioria esquiva
da realidade vivida por essa classe. Paulo Freire (1996, p. 77), colabora
dizendo que:

Há perguntas a serem feitas insistentemente por todos nós e


que nos fazem ver a impossibilidade de estudar por estudar. De
estudar descomprometidamente como se misteriosamente, de
repente, nada tivéssemos que ver com o mundo, um lá fora e
distante mundo, alheado de nós e nós dele.

Diante do estudo e em observação a narrativa feita pelos professores,


coordenador, diretor e alunos, fica claro que a Educação de Jovens e Adultos
(EJA) necessita com urgência de cuidados, os quais devem ser proporcionados
pelo Estado. Percebe-se que os governantes não se deram conta ainda desta
necessidade, devendo os mesmos criar instrumentos que ampare a
modalidade citada com políticas públicas que possa atender as reais
necessidades e dificuldades enfrentadas pelos profissionais e alunos especiais
atendidos pela EJA nas instituições privadas e escolas publicas.

Gráfico 1- Alunos

4
3
2
1

0
r la a a
da sa ol ol SIM
stu m esc esc
e NÃO
d ee as utra s da
d o o ÁS VEZES
sta ica ic
go x pl r em góg
o
e
es
ta da
s sã e s pe
ad
e
ria
d iai
iv d ts a ter
a
s ati go o sm
à d
o
om o sta
c g
o
od
m

27
Através dos dados coletados nas entrevistas dos alunos podemos
identificar que os mesmos gostam das atividades que são explicadas em sala,
em sua maioria não gostaria de estudar em outra escola, pois acham sua
escola boa e adaptada as suas necessidades, e que os matérias pedagógicos
utilizados em sala ajudam na compreensão das atividades realizadas pela
professora.

Tabela 1 – respostas dos alunos sobre materiais pedagógicos e


sugestões de esportes.

ITEM RESPOSTAS DOS ALUNOS

Que outra atividade você realiza nos 75% artesanato 25% emprego
momentos que você não está na instituição
(APAE).

Como as atividades deveriam ser realizadas


100 % textos adaptados
para que você tivesse mais facilidade em
realizá-las.

Os materiais pedagógicos que gostariam que 100% material concreto


tivesse na sua escola.

o esporte que você gostaria de praticar na natação, vôlei e futebol


instituição

E com relação a acessibilidade a maior dificuldade encontrada por todos


foi a do transporte, devido o mesmo não ser adaptado e não possuir outro reserva,
pois quando quebra não tem como os alunos irem para a APAE.

Gráfico 2 –Sugestão dos alunos.

28
SUGESTÃO DOS ALUNOS PARA NOVA
ATIVIDADE NA APAE

MÚSICA DANÇA
50% 50%

Podemos constatar que os momentos de aprendizado e de lazer da


maioria dos alunos são dentro da instituição APAE, pois a eles veem esta
escola como uma extensão de suas casas, mantendo relações de afetividade,
carinho e lações de amizade com todos os funcionários, acadêmicos e
doadores, e a maioria fica muito triste quando não podem ir na escola, como
podemos vivenciar nas visitas domiciliares que realizamos ao aluno Odino
Pereira da Silva, que estava nos aguardando juntamente com sua esposa, nos
receberam muito, era visível a felicidade com a nossa visita. Assim como todos
os que visitamos durante este período.

Com relação às entrevistas realizadas como os professores


podemos constara através de suas respostas que todos acham o ensino
coletivizado, atendem a todos os alunos, e que as diferenças entre o ensino
regular e o especial dos jovens e adultos realiza uma adaptação as
possibilidades dos alunos, trabalhando conforme a necessidade de cada
individuo.

Gráfico 3- sugestão dos professores para melhora do ensino


especial

29
Sugestão dos professores

proposta curricular condizente


com a realidade das APAEs
conteudos adptados
equipe multidisciplinar

E com relação as dificuldades encontradas por eles destacaram ,


material pedagógico a necessidade do aluno, transporte, falta de
assistencialismo e uma proposta curricular adaptada para a realidade de sua
clientela.

Gráfico 4- Alfabetização na educação especial

2
1.8
1.6
1.4
1.2
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
MATERIAL PROJETOS MÉTODO REGULAR
CONCRETO PEDAGÓGICOS

E durante as entrevistas os professores foram unanimes em dizer


que a maior dificuldade do adulto especial em aprender a ler e escrever é a

30
dificuldade de memorização do conhecimento, por isso as atividades
direcionadas a eles são realizadas varias vezes com o mesmos conteúdo para
facilitar a memorização.
Com referencia a entrevistas da coordenadora pedagógica que
exerce essa função a sete anos na instituição, pode-se constar que a função
do coordenador pedagógico é de orientar, planejar, acompanhar e avaliar todas
a as atividades relacionadas ao processo de ensino no e aprendizagem. E que
os alunos especiais são mais receptivos e que o grande desafio do ensino
especial é possuir uma proposta curricular própria voltada as suas
particularidades.

Tabela 2: projetos realizados na APAE.

Projeto Objetivo Culminâncias


A Magia da leitura infantil Incentivar a leitura. Dia D da leitura,
Dramatizações
oficinas, gincanas,
jogos pedagógicos
dentre outros.

Matemática divertida Despertar o gosto Dramatizações


pela matemática, oficinas, gincanas,
com dramatizações jogos pedagógicos
oficinas, gincanas, dentre outros.
jogos pedagógicos
dentre outros.

E segundo a coordenadora não existe um método próprio para


ensino o aluno especial o que existe são adaptações na metodologia/ conteúdo
para cada limitação do educando considerando seu nível de conhecimento.
E a avaliação tem por primazia diagnosticar cada evolução das às
habilidades no decorrer e ao final de todos os bimestres nos conselhos de
classe transforma-se em notas.

31
E para finalizar os dados obtidos na entrevista realizada com a
diretora que exerce esta função a três anos na instituição é Licenciatura em
Pedagogia e Pós graduação: Orientação Educacional que segundo a mesma:
O diretor precisa ter conhecimento e sensibilidade para lidar com os diversos
aspectos que interferem no bom funcionamento da escola que dirige: do
domínio das questões financeiras e legais à comunicação com pais, do
relacionamento entre os funcionários à gestão da infraestrutura do local.

Tabela 3- Dados da direção


Modalidades Quantos A instituição Como a os As ações
APAE de
de ensino profissionais oferece benefícios da
Aliança faz
na área da capacitação a pra se do trabalho Secretaria
destacar
docência seu corpo da de
dentro do
docente Estado Educação Educação
de Jovens e do Estado
Adultos na de
Educação promoção
Especial da
educação
especial
EJA do I 12 (dose) Não oferece.. A Cumpre Desenvolver Ofertar
segmento e escola divulga parcialmente e manter
profissionais curso que
Educação os cursos que o calendário pequenas
Infantil. docentes. 02 são ofertados da habilidades, são
pela secretaria Federação que são
profissionais destinados
de Educação das APAEs. adquiridos
na área da Estadual online. na escola. as
Educação professores
Especial. das salas de
recursos
que são
estendidos
ao
coordenador
de inclusão
da escola
especial

32
E com relação aos recursos do FUNDEB A escola especial recebe
recurso do PNAE e da Gestão Compartilhada para atendimento regular
(período matutino e vespertino). Mais a escola especial atende tempo integral o
que levar a APAE desenvolver projetos de captação de recurso para
complementar as despesas. Portanto a escola desenvolve ações da APAE de
forma que envolvam os voluntários, parceiros e comunidade em geral.
E com relação as oficina artesanal para os alunos e pra entidade,
sendo que a confecção dos artesanatos para os alunos são visto como terapia,
ocupação do tempo e trabalho autônomo. Para entidade preocupação com a
ociosidade dos alunos dentro e fora da entidade e a reabilitação. Os
artesanatos confeccionados por alunos uma parte é entregue ao aluno e outro
é comercializado no bazar da própria entidade e o recurso adquirido ajuda na
complementação da alimentação.

33
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na perspectiva de conhecer melhor e de certa forma ajudar


desenvolver formas para apoiar a modalidade educacional de jovens e adultos
com deficiência, essa pesquisa conseguiu mostrar-nos que o cenário da
educação especial foi constituído vagarosamente como um direito ao longo da
historia da educação.
Ainda que devagar possamos constatar vários avanços na busca por
uma educação de qualidade e de inclusão de todos. Progressos esses que
foram melhores incrementados depois de pressionado pela população e a
organização da sociedade civil nos anos de 1980, quando foi proclamada a
Constituição Federal de 1988, afiançando pela primeira vez o direito a
educação de jovens e adultos especiais, assim como o
atendimento educacional especializado, além do ensino noturno
regular ajustando às situações do estudante.
Neste sentido se faz necessário que as escolas de atendimento as
pessoas com necessidades especiais façam da sala de aula um ambiente de
conhecimento, mas também de inclusão para que professor e aluno possam
conseguir o resultado almejado, que é fazer das aulas um momento de
aprendizado e entretenimento, pois assim todos independentes de qualquer
situação física ou mental vão se sentir valorizados.
Durante o estudo foi possível acompanhar o trabalho desenvolvido
na Escola Amor Fraternal com os alunos, o empenho dos educadores em criar
seus planos de aulas de acordo com as necessidades de cada educando, a
maratona de toda equipe para angariar fundos para a manutenção do
atendimento escolar especial. Tudo isso nos possibilitou o acesso a
informações importantes e que foram fundamentais para a finalidade do nosso
trabalho, isto é, na ação de reconhecimento dos anseios do corpo docente
face às desafios encontrados no trabalho desenvolvido com alunos com
necessidades educativas especiais.
Entretanto foi percebido durante o estudo que a falta de
recursos/apoios materiais é uma das dificuldades experimentada pelos
professores de Educação Especial da Escola Amor Fraternal. Todavia, ainda

34
que diante de determinados obstáculos graves do sistema de ensino, não se
percebeu qualquer dificuldades com a equipe de colaboradores na Educação
Especial, pois o estudo em tela demonstrou que há um elevado índice
de motivação no exercício das suas funções.
Dentro desta perspectiva percebemos que as famílias do alunado
atendido na citada escola na maioria continuam alheias as suas
responsabilidades, conforme analise feito nas atas de reuniões da escola com
os pais, pois a maioria não participa, não procuram a escola para
acompanhamentos dos filhos e nem se preocupam em manter no mínimo a
higienização de seus filhos.

35
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38
SANTOS, Ivonete Maciel Sacramento dos. A Educação De Jovens E Adultos
No Brasil - Webartigos.com. Disponível em
<http://www.webartigos.com/artigos/a-educação-de-jovens-e-adultos-no-
brasil>. Acesso em: 03 de maio de 2018.

SCHEUERMANN, Teresinha Helena. A inclusão do deficiente físico no


mercado de trabalho - Âmbito Jurídico. Disponivel em
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11372>. Acesso em: 03 de maio de
2018.

39
Anexos

Sala

40
i o
Refeitório

oficinas

41
bazar(recurso)

Sala de aula EJA

42
horta

Visita a casa do Valmir

43
Residência do seu Odino Pereira da Silva

Visita a casa do Paulo Henrique

44
Residência da Maria da Conceição

45
Visita na casa do Pedro Neres

46
APÊNDICES

47
Entrevista aos alunos da Escola Amor Fraternal de Aliança
do Tocantins

Nome do aluno:______________________________________________
Escola:_____________________________________________________
Série/turma:____________________________
Turno:______________________
Data de nascimento:_____ /____ /____ Data de aplicação:_____ /____ /_____

01-Estudar é preparar para o novo. Você gosta de estudar?


( )SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES
02- A escola busca excelência de qualidade na formação dos educandos e
propiciar um ambiente favorável ao estudo. O que você mais gosta na escola?
( )LINGUAGENS ( )EXATAS ( )ARTESANATO
03-. Quais as atividades que você mais gosta de fazer na escola?

48
( ) HORTA ( ) JOGOS ( )OFICINAS
04- Você gosta do modo como às atividades são explicadas em sala? Você
encontra alguma dificuldade de realizá-las do modo como a professor a
propôs?
( )SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES
05- O Esporte promove o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e
jovens, como fator de formação da cidadania e melhoria da qualidade de vida,
Qual o esporte que você gostaria de praticar?
( )FUTEBOL ( )NATAÇÃO ( ) VOLEI ( )OUTROS
06- Sabendo da importância da escola no seu desenvolvimento cognitivo e social você
gostaria de estar em outra escola?
( )SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES
07- A acessibilidade fornece condições às pessoas portadoras de deficiência
ou com mobilidade reduzida, para a utilização com segurança e autonomia,
total ou assistida, dos espaços públicos ou coletivos. Quais as dificuldades que
você encontra em termo de acessibilidade?
( ) NO TRANSPORTE
( ) NA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA
( ) NOS MATERIAIS DIDÁTICOS UTILIZADOS
08- As atividades escolares proporcionam aos educandos o desenvolvimento
de aprendizagem. Que atividade você poderia nos propor para que fosse
praticada aqui na escola?
( ) ARTESANATO ( ) MÚSICA ( ) DANÇA ( )OUTROS

09- Para você como as atividades deveriam ser realizadas para que você
tivesse mais facilidade em realizá-las?

10- Você gosta dos materiais pedagógicos da escola? Porque?

( )SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES

Porque_________________________________________________________

11- Quais matérias pedagógicas você gostaria que tivesse na sua escola?

49
Jogos interativos jogos de

12- Quais são as atividades que você mais gosta de fazer aqui na escola?

( ) HORTA ( ) JOGOS ( )OFICINAS ( ) AULAS

Entrevista a Diretora da Escola Amor Fraternal de Aliança do Tocantins

Nome:_____________________________________
Graduação:____________________
Pós graduação:______________________________________________

01- O trabalho do diretor é fundamental para toda a comunidade escolar, afinal


é ele quem coordena todos os processos da instituição de ensino.Há quanto
tempo a senhora exercer esta função?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
02- Quais são as modalidades de ensino a Escola Especial oferta no
município?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
03- A escola Especial conta com quantos profissionais na área da docência?
São todos graduados na Educação Especial?
______________________________________________________________
50
_______________________________________________________________
04- A Escola Amor Fraternal por meio da Associação de Pais e Amigos dos
Excepcionais/APAE de Aliança do Tocantins consegue oferecer capacitação a
seu corpo docente? De que forma?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
05- Como è trabalhar a educação especial com a EJA?Conhecimento
autonomo ou ofertado pela escola?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
06- Quais resultados conseguidos e que podem ser destacados pela escola
com a modalidade EJA na educação especial? E qual método usado?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
07- A grande diversidade de deficiências traz muitos desafios para a escola e
para os professores. Muitos argumentam que não estão preparados e que as
escolas não têm condições para promover a educação especial dos alunos.
Qual é a sua opinião sobre isso?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
08- Quais as ações da Secretaria de Educação do Estado no sentido de criar
condições e promover a educação especial?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
09- A regulamentação dos recursos do FUNDEB para o financiamento do
Atendimento Educacional Especializado pelo Dec. 6.571/2008 diz respeito
às escolas públicas. Como as escolas geridas pelas instituições como a
Apae estão agindo no sentido de atender aos alunos com deficiência?
_____________________________________________________________
______________________________________________________________
10- Como é coordenar a área de Educação Inclusiva? Fale sobre a atribuição desse
órgão e de alguns avanços nos últimos anos.
______________________________________________________________
______________________________________________________________

51
11- Qual é o papel do presidente dentro da associação?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
12- Como a APAE busca a participação da sociedade?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
13- Como a APAE de Aliança faz pra se destacar dentro do Estado?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
14- Sabemos que existem varias competições de esporte a nível Estadual. Os
alunos participam? Qual beneficio trás para a APAE e alunos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
15- Qual a importância da oficina artesanal para os alunos e pra entidade?
Esses artesanatossão comercializados no Bazar apaeano e qual a utilidade do
recurso adquirido?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

52
ENTREVISTA Á COORDENADORA PEDAGÓGICA DA ESCOLA AMOR
FRATERNAL DE ALIANÇA DO TOCANTINS

Nome:_____________________________________
Graduação:____________________
Pós graduação:___________________________________________

01- O coordenador Pedagógico é o responsável pela qualidade do trabalho dos


professores dentro da sala de aula e também pela relação sadia entre os
docentes e alunos. É esse profissional que vai ajudar os educadores a
transmitirem o conhecimento de forma prática, direta e de fácil compreensão.
Há quanto tempo a senhora exercer esta função?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
02- Quando o professor e os alunos mantêm um bom relacionamento em sala
de aula, o aprendizado se torna mais eficiente. Como é a relação de professor
e aluno na sala de aula e fora da sala?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

53
03- Estrutura Curricular é o principal meio disponível para a formação
pretendida, interferindo em praticamente todos os aspectos do perfil e das
habilidades desenvolvidas pelo estudante. A escola especial tem um currículo
próprio? Como é trabalhada esta questão?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
04- Quais são os projetos desenvolvidos na Escola voltado para o
ensino/aprendizagem ? Quais são os métodos utilizados para desenvolvê-los?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

05- Qual a capacidade de alunos na sala de aula, estabelecido pela Instrução


Normativa das APAEs? Os alunos são selecionados por deficiência ou por
nível de aprendizagem?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
06- Quais são os métodos utilizados para trabalhar o ensino/aprendizagem nas
turmas com diversos níveis de conhecimento?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
07- A avaliação escolar tem o objetivo de diagnosticar a situação de
aprendizagem de cada aluno, verificar se o educando está conseguindo
acompanhar e entender a programação curricular. Existem várias formas de
avaliar, e todas elas têm o mesmo objetivo Qual método de avaliação aplicado
pela Escola Especial? Exemplifique.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
08- O Conselho de Classe é uma oportunidade de reunir os professores com o
objetivo de refletir sobre a aprendizagem dos alunos e o processo de ensino.
Como é realizado o conselho de Classe na escola?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

54
Entrevista com Professores da Escola Amor Fraternal de Aliança do
Tocantins

01- Cite um momento de grande dificuldade e ou outro bem marcante, na sua


trajetória como professora da EJA aqui na Escola Amor Fraternal.

( ) COM MATERIAL PEDAGÓGICO


( ) TRANSPORTE
( ) ASSISTENCIALISTA

Cite____________________________________________________________

02- Qual é a participação dos pais dos alunos com necessidades especiais, no
atendimento, no acompanhamento?

( ) ASSISTENCIALISTA ( ) SOMENTE PARA TRANSPORTAR

03 – Há as principais diferenças entre ensinar crianças e ensinar Jovens e


Adultos? Quais?
( ) SIM ( ) NÃO

04- A educação especial com a EJA, em sua opinião, traz quais benefícios aos
estudantes? Quais?
( ) SIM ( ) NÃO

55
05- Você encontra dificuldades na busca por material de apoio e incentivo? Se
sim, Quais?
( ) SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES
06- Qual é a maior dificuldade do adulto especial em aprender a ler,
compreender e escrever?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
07- Teria sugestões ou considerações a fazer para melhorar o ensino especial
com a EJA? Quais?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
08- A metodologia da EJA atende a educação especial? Por que?

( )SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES

09- Como é feita a alfabetização na educação especial?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
10- Os professores têm suporte pedagógico e dinâmico para desenvolver suas
atividades com alunos?

( )SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES

11- Quais as dificuldades enfrentadas ao trabalhar com a EJA na educação


especial?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
12- Os alunos especiais conseguem ter um desenvolvimento satisfatório de
aprendizado?

( )SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES

13- Que mecanismo ou proposta seria bem viável na educação especial?


_______________________________________________________________
____________________________________________________________
14- A escola atende as expectativas dos alunos e professores?

( )SIM ( ) NÃO ( ) ÁS VEZES

56
15- Como é feito o trabalho de educação e inclusão do aluno para a vida em
sociedade?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
16- Na educação especial o atendimento é pautado no processo metodológico
em grupo e também individual. Como são realizados esses procedimentos?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
17- Como é a relação entre professor e aluno?
( ) BOA ( ) ÓTIMA ( )REGULAR

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