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EDUCACIONAIS E
PEDAGÓGICOS
Educação/Sociedade e Prática Escolar
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS
Educação/Sociedade e Prática Escolar
Sumário
Gustavo Silva
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Educação/Sociedade e Prática Escolar. . ..................................................................................... 4
Contribuições da Educação na Sociedade.................................................................................. 4
O Papel da Escola. . ........................................................................................................................... 4
O Papel da Sociedade e as Transformações.. ............................................................................. 7
Principais Estudiosos. . .................................................................................................................... 8
Tendências Pedagógicas.............................................................................................................. 10
Autores.............................................................................................................................................. 11
Tendências Pedagógicas segundo José Carlos Libâneo......................................................... 11
Pedagogia Liberal.. ..........................................................................................................................12
Tendências Pedagógicas Liberais. . ..............................................................................................12
Tendências Pedagógicas Progressistas. . ...................................................................................15
Resumo............................................................................................................................................. 20
Questões de Concurso...................................................................................................................21
Gabarito............................................................................................................................................ 28
Gabarito Comentado..................................................................................................................... 29
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TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS
Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
Apresentação
Fala, futuro professor efetivo!
Já estava com saudade de conversar com você. Nesta aula, vamos falar sobre dois tópicos
importantes para a sua prova: Educação e Sociedade e prática escolar e Tendências pedagó-
gica na prática escolar.
Antes disso, como é nossa tradição, deixarei uma frase abaixo para você possa refletir.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar
e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”
Paulo Freire
Boa aula!
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TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS
Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
O Papel da Escola
A escola é um lugar de ressignificação de conteúdos, pois deve promover a interação, es-
treitar os laços com a comunidade, ser uma instituição que desempenha um papel essencial
na sociedade tendo a função de aliar a formação do caráter valores e princípios morais que
orientará o aluno para o uso efetivo do conhecimento adquirido, para que possa ser aplicado
em prol da sociedade e de uma realidade melhor para todos. No entanto, a escola tem que re-
considerar que tipo de sociedade quer erigir,
O papel da escola na sociedade é socializar o conhecimento, sua tarefa é atuar na forma-
ção moral dos alunos e é a soma desses empenhos que sustenta o pleno desenvolvimento do
indivíduo como cidadão. Desta forma, a escola torna-se o lugar onde a criança deve encontrar
as ferramentas para poder se preparar para atingir os objetivos que vivencia todos os dias.
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
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TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS
Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
A escola também se prepara para as diferenças que existem entre cada pessoa. É o oposto
da segregação, mas celebra a união no mesmo ambiente e mostra o quão saudável pode ser
para ambas as partes.
As escolas contemporâneas devem apoiar programas inclusivos e incentivar os alunos
a compartilhar experiências, respeitar e apreciar as diferenças, independente de raça, corpo,
religião, sexo, gênero, classe social ou origem.
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
Principais Estudiosos
PAULO FREIRE, colocou em foco a criticidade na infância.
Paulo Freire foi um dos educadores brasileiros mais memoráveis do mundo. Ele propôs a
criticidade dos alunos em sala de aula, condenando o ensino que era oferecido pelas escolas,
voltadas para o ensino da elite, deixando muitos alunos sem receber uma educação de qualida-
de, qualificada como educação bancária. Paulo Freire critica a ideia de transferir conhecimento
de professor para aluno. Para ele, ninguém ensina nada a ninguém, o indivíduo precisa apren-
der com o outro e ser mediado pelo mundo.
MARIA MONTESSORI, idealizou uma Educação para a vida.
Montessori foi a primeira mulher formada em medicina em seu país, também foi pioneira
na pedagogia quando se concentrou no autoestudo dos alunos em oposição ao papel do pro-
fessor como única fonte de conhecimento. Para Montessori, a educação é o sucesso de uma
criança, porque nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, caso tenhamos uma
maneira de fazer isso. A base de sua teoria é a individualidade, a atividade e a liberdade do alu-
no, tendo o conceito de indivíduo como sujeito e objeto de ensino em seu centro. Ela defendia a
educação além do conhecimento, para Montessori, o objetivo da escola é a formação inclusiva
da criança.
JEAN PIAGET, favoreceu a atividade mental do aluno.
Piaget foi um dos teóricos educacionais mais influentes, tornando-se sinônimo de peda-
gogia. Embora ele nunca tenha atuado como educador e não tenha seus próprios métodos,
ele dedicou sua vida a observações científicas rigorosas da aquisição de conhecimento pelas
crianças. Ele criou um campo de estudo chamado Epistemologia Genética, uma teoria focada
no desenvolvimento natural das crianças. Das palavras de Piaget, o pensamento infantil passa
por quatro estágios de desenvolvimento, são eles: fase sensório-motora: nascimento até cerca
de 2 anos, fase pré-operacional: de 2 a 7 anos, estágio operacional concreto: 7 a 11 anos e es-
tágio operacional formal: 11 anos ou mais. Uma das grandes contribuições de Piaget foi o
raciocínio lógico matemático, fundamental na escola, que, segundo ele, esse conhecimento só
pode ser ensinado de acordo com a estrutura do conhecimento da criança.
LEV VYGOTSKY, contribuiu com a experiência relação homem e mundo.
Vygotsky morreu prematuramente há mais de 70 anos, mas sua obra ainda é motivo de
polêmica em vários países. Ele atribuiu um papel importante às relações sociais e ao desenvol-
vimento intelectual, de modo que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento,
trespassou a ser conhecida como construtivismo social ou interacionismo social. Ao contrário
de Jean Piaget, que conecta o conhecimento aos processos internos, o pensador enfatiza
as relações sociais e interpessoais. Embora possam discordar, seu trabalho muitas vezes se
complementa para criar novos métodos de ensino. Segundo Vygotsky, a aprendizagem advém
da compreensão da pessoa como um ser formado em contato com a sociedade, ou seja, segundo
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TEMAS EDUCACIONAIS E PEDAGÓGICOS
Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
ele, na ausência do outro, o homem não se constrói homem”. Para o pensador, a formação se
dá na relação dialética entre o sujeito e a sociedade envolvente, e essa relação não está sujeita
generalizações. O mais importante na teoria de Vygotsky é a interação que cada um estabele-
ce com o meio ambiente, chamando-o de experiência pessoalmente significante.
CELESTIN FREINET, mestre do trabalho e bom senso, dos pensadores
Freinet foi um educador que lutou com o ensino tradicional centrado no professor e a cul-
tura enciclopédica em meados do século XX. Resultou em uma educação ativa e popular, tanto
para a organização das redes educacionais, quanto para a própria aprendizagem. Ele acredi-
tava que porque as contradições sociais se manifestavam ali, era necessário transformar a
escola a partir de dentro. Para Freinet, trabalho e colaboração vêm em primeiro lugar, e defende
que “o brincar não é natural para a criança, mas o trabalho sim”, seu principal objetivo era criar
uma escola para o povo.
HENRI WALLON, defende o processo de evolução individual.
Wallon defende o processo de evolução do indivíduo que depende tanto da capacidade bio-
lógica quanto do meio ambiente, afetando de alguma forma o seu desenvolvimento. Ao nascer,
segundo Henri, a pessoa nasce com um aparelho vocal em excelente estado, mas só alcan-
çará seu desenvolvimento quando estiver em um ambiente que o estimule a aprender. Wallon,
assim como Piaget, divide o desenvolvimento infantil em cinco estágios, são eles: impulsivo-
-emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; e puberdade e adolescência.
Ao longo de todo o processo de desenvolvimento, relatividade e inteligência se alternam, em-
bora não atuem externamente uma à outra, mais uma vez atuando como atividade dominante,
uma absorve o sucesso da outra.
JOHN DEWEY, defensor da instituição democrática.
A teoria de Dewey faz parte da educação progressista, com o objetivo de educar a criança
como um todo para o crescimento físico, emocional e intelectual. O princípio de Dewey, é que
os alunos aprendam completando tarefas relacionadas ao conteúdo que estão aprendendo.
Precisa incluir atividades passivas e criativas, que permitam que as crianças experimentem e
pensem por si mesmas. Dewey defende a democracia não apenas no campo institucional, mas
também dentro da instituição.
HOWARD GARDNER, o teórico que defende a diversidade da inteligência.
Gardner dedica-se ao estudo da forma como o pensamento se organiza, entrando em gran-
de conflito ao afirmar que a inteligência não pode ser medida pelo raciocínio lógico-matemá-
tico, sendo geralmente a mais apreciada nas instituições. Para o pensador, existe diferentes
tipos de inteligência: musical, espacial, linguística, interpessoal, intrapessoal, física, natural e
existencialista, que mais tarde se tornou a Teoria Das Inteligências Múltiplas, que atraiu a aten-
ção dos professores, aproximando suas teorias do universo educacional.
JOSÉ CARLOS LIBÂNEO, em sua teoria o autor destaca a busca de uma educação
transformadora.
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
Para o Libâneo, a educação deve ser uma ferramenta na luta pela mudança social. Através
do conhecimento que possibilita a liberdade intelectual e política, para que as pessoas possam
dar real valor à informação, fazer juízos mais críticos e tomar decisões livres. A preparação
dos alunos para o processo produtivo e para a vida em sociedade deve envolver conceitos,
habilidades, valores e atitudes que proporcionem uma visão comum, que leve o indivíduo a ser
capaz de tomar decisões, analisar, interpretar informações, trabalhar. em equipe, entre outros.
Nos bastidores, Libâneo ajuda os alunos a desenvolver habilidades de pensamento indepen-
dente, crítico e criativo para desenvolver ferramentas para a busca de informações.
Tendências Pedagógicas
Primeiramente, é importante falar das concepções pedagógicas propriamente ditas, ou
seja, é necessário abordar as diversas tendências teóricas que pretenderam dar conta da com-
preensão e da orientação da prática educacional em diversos momentos e circunstâncias da
história humana.
As tendências pedagógicas surgiram a partir dos diferentes pensamentos filosóficos e os au-
tores de forma geral concordaram em classificá-las em dois grupos:
• TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS LIBERAIS: que representam a parte conservadora que
mantém a sociedade como está. São elas:
− Tradicional;
− Renovadora Progressista;
− Renovada Não Diretiva;
− Tecnicista.
• TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS: que propõem transformação da socie-
dade, questionando suas relações e levando a educação como instrumento de mudança
social. São elas
− Libertadora
− Libertária
− Crítico-Social Dos Conteúdos
Enquanto o primeiro quer manter a sociedade do jeito que ela está, o segundo coloca a
educação como ferramenta transformadora na nossa sociedade.
ETIMOLOGIA: modelos, formatos, paradigmas educacionais.
CONCEITO: estudo histórico das Concepções de Educação formal que se manifestam
no Brasil.
É evidente que tanto as tendências quanto suas manifestações não são puras nem mutu-
amente exclusivas o que, aliás, é a limitação principal de qualquer tentativa de classificação.
Em alguns casos as tendências se complementam, em outros, divergem. De qualquer modo, a
classificação e sua descrição poderão funcionar como um instrumento de análise para o pro-
fessor avaliar a sua prática de sala de aula.
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
Autores
SAVIANI
Dermeval Saviani defende que uma das funções da escola é possibilitar o acesso aos co-
nhecimentos previamente produzidos e sistematizados.
• TENDÊNCIAS NÃO-CRÍTICAS: não consideram os problemas e a estrutura social como
influenciadores da educação.
• TENDÊNCIAS CRÍTICO-REPRODUTIVISTAS: a escola não democratiza, mas sim repro-
duz a desigualdade vigente.
• TENDÊNCIAS CRÍTICAS: a educação que deve ser o instrumento para as escolhas do
homem livre, democrático, cidadão e autônomo.
LUCKESI
Segundo Luckesi, a Pedagogia Liberal visava defender a predominância da liberdade e dos
interesses individuais da sociedade, estabelecendo uma forma de organização social baseada
na propriedade privada dos meios de produção, ou seja, sociedade de classes.
• TENDÊNCIAS REDENTORAS: otimista, salvacionista, vê a educação agindo exteriormen-
te e melhorando a sociedade.
• TENDÊNCIAS REPRODUTORAS: pessimista, a escola é vista como ferramenta de perpe-
tuação da ideologia dominante na mente dos dominados.
• TENDÊNCIAS TRANSFORMADORAS: é crítica, busca compreender a educação como
mediação de um projeto social. Ela tenta ser intermediária entre as tendências anterio-
res, pois não considera a educação de modo tão otimista quanto à redentora, nem tão
pessimista como a reprodutora.
LIBÂNEO
Libâneo defende os métodos pedagógicos que estimulem os alunos a pensar e ter senso
crítico sobre as coisas e o raciocínio. Um meio que o aluno receba o conhecimento e sobre ele
desperte seu senso crítico, não deixe o aluno se acomodar sobre uma opinião já formada.
• TENDÊNCIAS LIBERAIS: aparece como justificativa do sistema capitalista, ao defender
a predominância da liberdade e dos interesses individuais na sociedade.
• TENDÊNCIAS PROGRESSISTAS: são aquelas que, partindo de uma análise crítica das
realidades sociais, sustentam as finalidades sociopolíticas da educação.
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
Cada uma dessas Pedagogias enxerga a educação, o papel da escola, o papel do professor
de uma maneira. Essas Tendências Pedagógicas refletem a forma como a escola enxerga o
seu papel diante da sociedade.
Pedagogia Liberal
A Pedagogia liberal acredita que o papel da instituição de ensino é preparar as pessoas
para que elas desempenhem papéis sociais, tendo como base para isso algumas habilidades
e competências.
Ao contrário do que muitos pensam, o liberal nesse caso não é considerado algo aberto
ou democrático. Aqui, existe uma necessidade de se adaptar aos valores e normas que a so-
ciedade coloca como verdade. Também há uma divisão social –– pelo menos a escola não
considera que as pessoas possam ter oportunidades desiguais.
• Conservadora: o mundo atual não deve ser alterado;
• Escola: preparando os indivíduos parado desempenho de papéis sociais;
• Justificação do sistema capitalista: ao defender a predominância da liberdade dos inte-
resses individuais na sociedade;
• Teorias não críticas;
• Palavra-chave: CONSERVAÇÃO
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Gustavo Silva
substituição de uma pela outra, pois ambas conviveram e convivem na prática escolar. Depois,
com o destaque das tecnologias, surgiu a pedagogia tecnicista.
A tendência tradicional foi a primeira que o contexto brasileiro instituiu. A sua filosofia tem
a máxima valorização do professor, que é a figura central, enquanto o aluno recebe o conheci-
mento que é passado. Como dá pra ver, ele é um receptor passivo e o ensino está relacionado
com a memorização do conteúdo.
Vale lembrar que a transmissão de conteúdo nesse caso é feita por meio de padrões e
modelos dominantes. Então, não existe uma separação da realidade social de cada pessoa ali,
nem mesmo a distinção por capacidade cognitiva. O conhecimento do professor é a verdade
absoluta, o que cria um processo bem mecânico e repetitivo.
• Professor: centralidade do ensino;
• Alunos: assimilação passiva;
• Conteúdos: transmissão expositiva + repetição e memorização;
• Provas: escritas e orais / acumulativas / somativas.
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
Surge nos Estados Unidos na segunda metade do Século XX, sendo introduzida no Brasil
nos anos 60 e 70, sendo adotada pelos militares na época da Ditadura Militar. No Brasil, cha-
mou-se de Tecnicismo Educacional, tendo uma forte influência do Behaviorismo.
Ela subordina a educação à sociedade, tendo como função a preparação de “recursos hu-
manos” (mão de obra para a indústria). Enquanto a sociedade industrial e tecnológica estabe-
lece as metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina nos alunos os comportamen-
tos de ajustamento a essas metas.
No tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos
homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas
as técnicas (forma) de descoberta e aplicação.
A tecnologia é o meio eficaz de obter a maximização da produção e garantir um ótimo fun-
cionamento da sociedade; a educação é um recurso tecnológico por excelência. Ela “é encara-
da como um instrumento de promover, sem contradição, o desenvolvimento econômico pela
qualificação da mão de obra, pela redistribuição da renda, pela maximização da produção e, ao
mesmo tempo, pelo desenvolvimento da consciência política indispensável à manutenção do
Estado autoritário” (Kuezer, Acácia A. e Machado, Lucília R. S., 1988).
Essa tendência pedagógica utiliza-se basicamente do enfoque sistêmico, da tecnologia
educacional e da análise experimental do comportamento.
Para a tendência liberal tecnicista, a escola tem o papel de modeladora do comportamento
humano, através de técnicas específicas; seu currículo é mínimo e os conteúdos são criados
por especialistas. O professor e o aluno têm uma relação simples e direta, com o professor
sendo apenas um elo entre a verdade científica e o aluno passivo; não há discussões, análises
ou críticas, não há relação afetiva, é um relacionamento estruturado e diretivo onde o professor
executa o programa e o aluno cumpre com a tarefa. Ela busca produzir indivíduos competentes
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
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que aos conteúdos de ensino. Como resultado, a prática educativa só faz sentido numa prática
social junto ao povo, dando, portanto, preferência para as modalidades de educação popular
“não formal”.
Mesmo essa tendência dando ênfase ao não formal, quando adotada no ambiente escolar,
o papel de tal ambiente é atingir um nível de consciência de uma educação crítica, que concre-
tiza a realidade; ela questiona as relações do homem no seu meio. Os conteúdos de ensino são
extraídos da problematização da prática de vida dos educadores e caso seja necessário mate-
rial de leitura, os textos são escritos pelos próprios alunos; o importante não é a transmissão
de conteúdos específicos, mas sim despertar uma nova forma da relação com a experiência
vivida. Os métodos de ensino demandam uma relação professor-aluno com autêntico diálogo,
onde os sujeitos do ato de conhecer se encontram mediatizados pelo objeto a ser conheci-
do. Os passos da aprendizagem se baseiam na codificação-decodificação, e problematização
da situação.
A consciência, especialmente política, está por toda parte. A ideia é que o aluno consiga
transformar a sua realidade com esse pensamento.
Aqui, a problematização da realidade faz parte do dia a dia desse aluno. Isso o ajuda a en-
tender a sua relação e papel social com as pessoas tanto na natureza quanto com seus cole-
gas, familiares e por aí vai. A reflexão crítica e a participação do estudante como protagonista
na aquisição de conhecimento são muito bem-trabalhadas. Ele deixa de ser só um receptor
para disseminar o conteúdo.
A pedagogia libertadora tem como inspirador e divulgador Paulo Freire, que aplicou suas
ideias pessoalmente em diversos países. No Brasil, ele exerceu uma grande influência nos mo-
vimentos populares e sindicatos. Embora as formulações teóricas de Paulo Freire se restrin-
jam à educação de adultos ou à educação popular em geral, muitos professores vêm tentando
colocá-las em prática em todos os graus do ensino formal.
• Educação Popular não formal;
• Alunos: população marginalizada;
• Ligação com sindicatos, organizações e movimentos sociais;
• Aprendizagem: saber popular, temas geradores, grupos de discussão, problematização
real do cotidiano;
• Foco: desenvolvimento da consciência crítica, emancipação, transformação do status
quo.
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institucionais, a partir dos níveis subalternos que, em seguida, vão “contaminando” todo o sis-
tema. Os conteúdos são colocados à disposição do aluno, mas não são exigidos; eles são um
instrumento a mais, o importante é o conhecimento que resulta das experiências vividas pelo
grupo, especialmente a vivência de mecanismos de participação crítica. Ela tem como méto-
do de ensino a vivência grupal, na forma de autogestão, onde os alunos buscarão encontrar
as bases mais satisfatórias de sua própria “instituição”, graças à sua própria iniciativa e sem
qualquer forma de poder; trata-se de colocar nas mãos dos alunos tudo o que for possível. A
relação professor-aluno é de respeito sem em nenhum momento o professor impor sua auto-
ridade, o professor é o orientador, ele incentiva seus alunos a refletir, fazendo isso junto com
eles, a pesquisar e a buscar mais conhecimento. Os pressupostos de aprendizagem colocam
a ênfase na aprendizagem informal, via grupo, e negam toda forma de repressão, o que visa
favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres; o critério de relevância do saber sistema-
tizado é seu possível uso prático.
A pedagogia libertária abrange quase todas as tendências antiautoritárias em educação,
entre elas, a anarquista, a psicanalista, a dos sociólogos e também a dos professores pro-
gressistas.
• Pensamento auto gestionário, autonomia;
• Mudança radical da estrutura da escola;
• Ações de participação ativa da comunidade escolar;
• Didática centrada na prática social dos estudantes;
• Incentivo aos grêmios estudantis, grupos de discussão;
• Professor: conselheiro, monitor, não diretivo;
• Ensino: impessoal voltado para práticas sociais dos estudantes.
Propõe uma síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação
pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Ela entende a escola como media-
ção entre o individual e o social, exercendo aí a articulação entre transmissão dos conteúdos
e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido em um contexto de relações
sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente reelaborado.
Na tendência crítico-social dos conteúdos o papel primordial da escola é a difusão de con-
teúdos; não conteúdos abstratos, mas vivos, concretos e portanto, indissociáveis das realida-
des sociais. A valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o melhor
serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode contribuir para
eliminar a seletividade social e torná-la democrática.
Nessa tendência, os conteúdos de ensino são os culturais universais que se constituíram
em domínios de conhecimento relativamente autônomos, incorporados pela humanidade, mas
permanentemente reavaliados ante as realidades sociais. Embora se aceite que os conteúdos
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são realidades exteriores ao aluno, que devem ser assimilados e não simplesmente reinventa-
dos, eles não são fechados e refratários às realidades sociais. Não basta que os conteúdos se-
jam apenas ensinados, ainda que bem ensinados; é preciso que se liguem, de forma indissociá-
vel, à sua significação humana e social. Essa maneira de conceber os conteúdos do saber não
estabelece oposição entre cultura erudita e cultura popular, ou espontânea, mas uma relação
de continuidade em que, progressivamente, se passa da experiência imediata e desorganizada
ao conhecimento sistematizado.
Os métodos de ensino da tendência progressista crítico-social dos conteúdos favorecem
a correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos, e que estes reconheçam nos
conteúdos o auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade (prática social). Na relação
professor-aluno há trocas constantes, o professor é mediador e os dois estão sempre colabo-
rando; o papel do adulto é insubstituível, mas acentua-se também a participação do aluno no
processo.
Os pressupostos de aprendizagem mostram que por um esforço próprio, o aluno se reco-
nhece nos conteúdos e modelos sociais apresentados pelo professor; assim, pode ampliar sua
própria experiência. O conhecimento novo se apoia em uma estrutura cognitiva já existente,
ou o professor provê a estrutura de que o aluno ainda não dispõe. O grau de envolvimento na
aprendizagem depende tanto da prontidão e disposição do aluno, quanto do professor e do
contexto da sala de aula.
• Aluno: instrumentalização para atuar na sociedade por meio dos conteúdos escolares;
• Desenvolvimento da consciência de Classe;
• Professor: mediador, ensino sistemático dos conteúdos.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ/CESPE/CEBRASPE/2020) Além da organização didática
dos conteúdos a serem ensinados, o professor é também responsável por exercer uma ação que
garanta o respeito, a solidariedade e a justiça. Nesse sentido, sua ação é pautada na dimensão
a) estética.
b) técnica.
c) ética.
d) semiótica.
e) simbólica.
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Gustavo Silva
junto aos governos municipal e estadual com o objetivo de regularizar a ocupação, havia, por
meio de sua associação, procurado o órgão da DP, que, na oportunidade, ajuizou ação de desa-
propriação indireta, que ainda não havia sido julgada. Quando do cumprimento da decisão de
reintegração de posse, diante da resistência dos integrantes da ocupação, registrou-se o uso
desproporcional de violência pela força policial, tendo a ação resultado em prisões, pessoas
feridas e perda de objetos pessoais dos moradores.
A respeito dessa situação hipotética e de ideias relacionadas à sociologia do direito, julgue o
item a seguir.
Embora seja possível contestar sua legitimidade, a ação policial em questão está amparada no
monopólio do uso da violência legal pelo Estado.
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Educação/Sociedade e Prática Escolar
Gustavo Silva
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GABARITO
1. c 37. C
2. C 38. E
3. E 39. C
4. C 40. a
5. C
6. C
7. E
8. E
9. E
10. E
11. C
12. C
13. E
14. C
15. E
16. C
17. E
18. E
19. E
20. E
21. C
22. C
23. E
24. C
25. E
26. E
27. C
28. C
29. b
30. E
31. C
32. C
33. C
34. C
35. E
36. E
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GABARITO COMENTADO
001. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ/CESPE/CEBRASPE/2020) Além da organização di-
dática dos conteúdos a serem ensinados, o professor é também responsável por exercer uma
ação que garanta o respeito, a solidariedade e a justiça. Nesse sentido, sua ação é pautada
na dimensão
a) estética.
b) técnica.
c) ética.
d) semiótica.
e) simbólica.
“Ética”
A ação do professor baseada na dimensão ética pode ser entendida como a busca da forma-
ção do aluno com escopo moral, ao ensinar normas, valores e atitudes para uma convivência
social saudável, que os levará à reflexão e formação do senso crítico.
Letra c.
Segundo Durkheim, a sociedade precisa de consensos para a construção da coesão. Essa co-
esão é determinada pelo tipo de solidariedade presente na sociedade.
Certo.
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A assertiva faz uma atribuição equivocada de conceitos, atribuindo ao historicismo uma ferra-
menta da teoria do marxismo.
Em verdade, a ideia socialista marxista que argumenta que a superestrutura (costumes, direito,
tradições, cultura, etc.) é determinada pelo modo como os homens se organizam economica-
mente em sociedade, a isto chamando de infraestrutura.
A maneira como as forças econômicas produtivas se organizam em relações condicionam os
demais aspectos da estrutura social que serão sua projeção.
Errado.
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A assertiva está de acordo com o pensamento de Max Weber, posto que para este, partindo da
tese de que Sociologia é uma ciência que pretende compreender interpretativamente a ação
social, isto é, qualquer ação no meio social que o sujeito confira um sentido.
Na compreensão weberiana, que difere de outras como a Marxista, a classe social não se
configura a partir somente pela espécie de trabalho na produção econômica mas ao status
referente às pelo consumo, à riqueza material e ao estilo de vida. De modo que, o espaço de
moradia é também um demarcador da qualidade da posição social dos sujeitos, posto que,
conforme o caso apresentado pela questão, pode interferir qualitativamente também no grau,
na densidade e na característica da medida estatal.
Como há lugares de habitação recortados entre as classes sociais, o aspecto da moradia é
revelador do acesso aos bens materiais e `às oportunidades no mercado.
Certo.
A escola reproduz a desigualdade social existente na sociedade, pois ela não leva em conside-
ração a diferença entre o capital cultural dos alunos. Ao tratar alunos desiguais de forma igual,
ela involuntariamente colabora para a reprodução da desigualdade social.
Certo.
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Pierre Bourdieu estudou o processo de reprodução social que ocorre já desde a escola. Ele
percebeu que quando alunos desiguais são tratados de forma igual, as desigualdades se apro-
fundam. Sendo assim, o ideal é alunos desiguais sejam tratados de forma desigual.
Errado.
Weber ao estudar a Ética Protestante ele buscava identificar os sentidos (porquês) das ações dos
protestantes e de que forma isso os levavam a trabalhar mais, a não se aparentar vagabundos ou
ociosos, e consequentemente a desenvolver-se economicamente – era a ação social dos protes-
tantes que, segundo ele, deu condições para que países protestantes fossem mais desenvolvidos.
Errado.
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Em uma primeira leitura essa questão parece tratar do conceito de ação social, mas na verdade
é sobre o tipo ideal. Tipo ideal é um conceito criado por Weber. Trata-se de uma ferramenta de
metodologia de pesquisa em ciências sociais que serve para delimitar o objeto de pesquisa e
conferir objetividade. O tipo ideal não é existe na realidade, pois é uma abstração mental criada
pelo pesquisador a partir das características mais importantes do objeto. Ou seja, é uma ge-
neralização. Normalmente, o objeto real apresenta características do tipo ideal, mas também
apresenta características de outros grupos sociais. As classes sociais não fogem a essa regra.
Existe um estereótipo generalizante do comportamento da classe alta, mas isso não impede
que seja observado na realidade membros da elite executando ações de classe que não estão
presentes no tipo ideal daquela classe.
Certo.
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Gustavo Silva
Marx afirma que o Estado é uma superestrutura e é responsável pela dominação de classe,
uma vez que ao invés de representar os interesses de todo o povo, ele apenas age como um
comitê dos negócios da burguesia. Weber analisa dominação a partir de três tipos ideais: ca-
risma, tradição e racional-legal. E as classes sociais são também definidas pelo tipo de ocupa-
ção, logo, o Estado é fundamentalmente formado por membros de uma mesma classe.
Certo.
Dominação Carismática assenta sobre as “crenças” transmitidas por profetas, sobre o “reconheci-
mento” que pessoalmente alcançam os heróis e os demagogos, durante as guerras e revoluções,
nas ruas e nas tribunas, convertendo a fé e o reconhecimento em deveres invioláveis que lhes são
devidos pelos governados. A obediência a uma pessoa se dá devido às suas qualidades pessoais.
Não apresenta nenhum procedimento ordenado para a nomeação e substituição.
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Não há carreiras e não é requerida formação profissional por parte do “portador” do carisma e de seus aju-
dantes. Weber coloca que a forma mais pura de dominação carismática é o caráter autoritário e imperati-
vo. Contudo, Weber classifica a Dominação Carismática como sendo instável, pois nada há que assegure
a perpetuidade da devoção afetiva ao dominador, por parte dos dominados.
Certo.
O sociólogo francês Émile Durkheim pensa a divisão do trabalho a partir da interação social, que por
sua vez, está inserida em uma organização maior: a sociedade.
Em sua tese de doutorado “Da divisão social do trabalho”, Durkheim analisa os fatores responsáveis
pela unidade, estabilidade e continuidade das relações sociais no decorrer do tempo. Outro fator im-
portante é que este pensador analisava a sociedade como uma metáfora do corpo humano. Nessa
ideia, a divisão social do trabalho seria responsável por manter a harmonia deste sistema de órgãos
que compõe o organismo.
Errado.
Émile Durkheim foi um psicólogo, filósofo e sociólogo francês do século XIX. Junto a Karl Marx e
Max Weber, compõe a tríade dos pensadores clássicos da Sociologia.
Apesar de Auguste Comte ter cunhado o termo Sociologia e estabelecido as necessidades de uma
ciência que estudasse a sociedade, foi Durkheim quem formulou as regras do método sociológico e
emancipou a Sociologia como uma ciência autônoma.
Certo.
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Nessas duas obras Karl Marx desenvolve suas teorias sobre a exploração do homem e o obje-
tivo da produção no sistema capitalista
Errado.
Para Weber a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto das ações individuais.
Estas são todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela ação de outros. Só existe
ação social, quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas
ações com os demais.
Weber estabeleceu quatro tipos de ação social. Estes são conceitos que explicam a realidade
social, mas não são a realidade social:
1 – ação tradicional: aquela determinada por um costume ou um hábito arraigado;
2 – ação afetiva: aquela determinada por afetos ou estados sentimentais;
3 – ação racional com relação a valores: determinada pela crença consciente num valor consi-
derado importante, independentemente do êxito desse valor na realidade;
4 – ação racional com relação a fins: determinada pelo cálculo racional que coloca fins e orga-
niza os meios necessários.
Nos conceitos de ação social e definição de seus diferentes tipos, Weber não analisa as regras
e normas sociais como exteriores aos indivíduos.
Para ele as normas e regras sociais são o resultado do conjunto de ações individuais. Na sua
concepção o método deve enfatizar o papel ativo do pesquisador em face da sociedade.
Errado.
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De acordo com Karl Marx e Friedrich Engels, após a ascensão da forma social capitalista, as
mudanças e os conflitos sociais levaram à existência de apenas duas classes sociais: a bur-
guesia e o proletariado.
As duas categorias são parte do conceito de luta de classes, ou seja, a luta entre dominantes
(burguesia) e dominados (proletariado) é fundamental para se compreender os aspectos polí-
ticos e revolucionários da obra de Marx.
Errado.
Max Weber definiu as dominações como a oportunidade de encontrar uma pessoa determina-
da pronta a obedecer a uma ordem de conteúdo determinado.
Certo.
Dominação Legal OU Racional-legal é onde qualquer direito pode ser criado e modificado atra-
vés de um estatuto sancionado corretamente, tendo a “burocracia” como sendo o tipo mais
puro desta dominação.
Certo.
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A coerção social está relacionada ao poder ou à força que os padrões da cultura de uma de-
terminada sociedade são impostos aos integrantes. A liberdade individual continua existindo
mesmo com a coerção social.
Errado.
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Gustavo Silva
Segundo Marx Weber (1864-1920), sociólogo alemão, existe uma relação de dominação quan-
do uma quantidade qualquer de indivíduos obedece a uma ordem vinda de parte da sociedade,
seja ela composta por uma ou por diversas pessoas.
Para Weber, a dominação é sempre resultado de uma relação social de poder desigual, onde
existe de um lado que comanda e outro que obedece. Essa dominação é classificada em três
tipos: tradicional, carismática e legal.
Certo.
Karl Mannheim (1893-1947), foi um pensador húngaro, nascido em Budapeste. Mannheim in-
troduziu a sociologia do conhecimento como disciplina científica e representante do historicis-
mo, uma das correntes mais relevantes na teoria do conhecimento social.
Segundo Mannheim, o que deve ser aprendido na escola não se restringe ao âmbito pedagógi-
co, pois abrange também uma questão política de construção da sociedade democrática, onde
o educando deve ser desenvolvido inserido em um contexto analítico acerca de sua realidade,
o que o influenciará a atuar como um agente social, articulador de mudanças para uma socie-
dade harmoniosa e igualitária.
Certo.
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Os projetos de inclusão têm por objetivo a participação do cidadão e garantia de acesso a di-
reitos como saúde, educação, segurança, moradia, trabalho, cultura e lazer.
Letra b.
Bourdieu foi o autor que afirmou que a escola (instrução formal) reproduzia desigualdades so-
ciais e premiava os alunos cujos conhecimentos iam além do ensinado na escola, cuja origem
era a família do aluno.
Errado.
Bourdieu foi o autor que afirmou que a escola (instrução formal) reproduzia desigualdades so-
ciais e premiava os alunos cujos conhecimentos iam além do ensinado na escola, cuja origem
era a família do aluno.
Certo.
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Émile Durkheim foi um psicólogo, filósofo e sociólogo francês do século XIX. Junto a Karl Marx
e Max Weber, compõe a tríade dos pensadores clássicos da Sociologia.
Apesar de Auguste Comte ter cunhado o termo Sociologia e estabelecido as necessidades de
uma ciência que estudasse a sociedade, foi Durkheim quem formulou as regras do método
sociológico e emancipou a Sociologia como uma ciência autônoma.
Certo.
Existem dois tipos de solidariedade na teoria durkheimiana: solidariedade mecânica, típica das so-
ciedades mais simples, e a solidariedade orgânica, presente nas sociedades mais complexas.
Certo.
Para Karl Marx, o conceito de sociedade civil NÃO difere da concepção de estrutura econômi-
ca, LOGO, não se contrapondo ao conceito de sociedade burguesa. Para o autor, Sociedade
Civil é o próprio Estado Burguês, e pensar que há de um lado a Sociedade Civil e do outro a
Sociedade Burguesa é perpetuar essa forma de organização da vida social.
Errado.
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A dominação carismática desde sempre. Esse tipo de dominação é caracterizado pela crença
de que aquele líder era dotado de características especiais, e até mesmo sobrenaturais, que o
diferenciavam das demais pessoas.
Errado.
Weber afirmava que as classes sociais se estratificavam em função não só de suas relações
de produção, mas também de prestígio (status), poder político (fator político) e aquisição de
bens (fator econômico). Todos os fatores de uma sociedade complexa.
Certo.
A teoria de estratificação social de Weber tem como fundamento a classe, status e o partido.
A classe diz respeito à base econômica; o status é o prestígio, que pode ser medido pelo grau
de instrução formal e a posição social; e o partido está relacionado às organizações sociais.
Errado.
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Um dos elementos mais marcantes da análise que Marx faz o capitalismo é a afirmação de que
nesse modo de produção, tudo é transformado em mercadoria, inclusive o próprio trabalho.
Sendo assim, tudo pode ser comprado. Conforme esse processo se avança, o capitalismo se
aprofunda. Sendo assim, a vida humana perde valor conforme o mundo dos homens é depre-
ciado; ao mesmo tempo em que outras mercadorias são valorizadas.
Certo.
Toda sociedade tem uma estrutura própria e os indivíduos estão distribuídos dentro dessa es-
trutura de acordo com seu prestígio. A isso dá-se o nome de status social.
A estratificação social pressupõe hierarquia e o prestígio é determinado pela posição que o
indivíduo ou grupo ocupam dentro dessa hierarquia.
Letra a.
Gustavo Silva
Professor da SEDF. Professor de cursos para concursos e da rede privada. Formado em Letras – Português
com especialização em alfabetização e letramento.
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