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CURSO DE DIREITO
Goiânia
2014
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Goiânia
2014
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Banca Examinadora:
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Professor Orientador
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Dedico este trabalho a Deus por que sem ele não somos nada, aos meus
pais Aldivo e Suelma, pelo amor, dedicação, ensinamentos, pelo apoio incondicional
em todos os momentos da minha vida e por me fazer acreditar que tudo é possível,
basta perseguir os sonhos. Amo vocês
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RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................1
CONCLUSÃO............................................................................................................23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................25
ANEXOS
INTRODUÇÃO
O homem ao nascer se acha preso pelas relações de família, visto que pelo
fato de nascer cria direitos e obrigações para com os seus progenitores.
Assim, nascendo o individuo tem uma família e nela figura numa posição
secundária e temporária até a maioridade. A família, verdadeira fonte de
seus mais importantes direitos, tem seu desenvolvimento pela ordem natural
das coisas. Assim é que, procedendo constitui, com os filhos pequenas
parcelas de famílias, que, por sua vez, vão organizando novas famílias,
desenvolvendo-as e multiplicando-se. (FILHO, 1929, p.21 apud OLIVEIRA,
2002, p.19).
onde designa muitos tipos de atos cruéis de ordem emocional que um genitor ou
responsável comete em relação a uma criança e/ou adolescente no intuito
de denegrir a imagem do genitor do pólo oposto da relação de parentesco.
O que chamamos de características que são detectadas por aqueles que
instalam a síndrome da alienação parental e por aqueles que são atingidos por essa
(agentes alienados), podem ser denominados como sintomas.
É um distúrbio mental que está diretamente atrelado à alienação que pais,
parentes ou tutores exercem sobre a criança e/ou adolescente em face de um dos
genitores, destruindo a imagem deste, ocasionando danos, os quais consistem em
desfragmentar a família, base da sociedade.
Existe uma diferença entre alienação parental e a síndrome da alienação
parental o resultado da conjugação de técnicas e/ou processos que, consciente ou
inconscientemente, é utilizado pelo genitor que pretende alienar a criança, promove
àquilo que se denomina alienação parental, essa situação pode dar ensejo ao
aparecimento de uma síndrome, a qual surge do apego excessivo e
exclusivo da criança com relação a um dos genitores e do
afastamento total do outro.
financeiras para que lhe seja atribuída a guarda, é necessário que essas melhores
condições sejam psíquicas e emocionais.
Assim, as melhores condições serão configuradas como aptidão para
propiciar aos filhos os seguintes fatores: afeto nas relações com o genitor e com o
grupo familiar; saúde e segurança; educação.
A guarda ora em estuda obriga o pai ou a mãe que a não detenha a
supervisionar os interesses dos filhos.
O direito de visita é um assunto que deve ser abordado quando se estuda a
guarda unilateral, este direito existe para que não haja perda de contato dos filhos
com um dos pais que não detenha a guarda. Este direito deve ser fixado por acordo
entre os pais, ou na impossibilidade, por decisão judicial.
O Professor Paulo Luis Netto Lobo disserta sobre o direito de visita:
“O direito de visita, interpretado em conformidade com a Constituição (art. 227) e
direito recíproco de pais e dos filhos a convivência, de assegurar a companhia de
uns com os outros, independentemente da separação. Por isso, e mais correto dizer
direito a convivência, ou a contato (permanente) do que direito de visita (episódica).
O direito de visita não se restringe a visitar o filho na residência do guardião ou no
local que este designe, abrange o de ter o filho ‘em sua companhia’ e o de fiscalizar
sua manutenção e educação, como prevê o art. 1589 do Código Civil. O direito de
ter o filho em sua companhia e expressão do direito a convivência familiar, que não
pode ser restringido em regulamentação de visita. Uma coisa e a visita, outra a
companhia ou convivência. O direito de visita, entendido como direito a companhia,
e relação de reciprocidade, não podendo ser imposto quando o filho não o deseja,
ou o repele(...). (LÔBO, Paulo. Direito Civil: famílias. São Paulo: Saraiva, 2008, pág.
174)
Conclui-se que a guarda unilateral ainda é a mais utilizada pelos magistrados,
onde, na maioria das vezes, a guarda é dada à pessoa da mãe, ficando o menor
sem o contato devido com o pai.
Ultrapassada a guarda unilateral vale destacar os outros tipos de guarda
admitidos na doutrina. O Deputado federal Tilden Santiago em projeto de Lei definiu
o que seria a guarda por aninhamento: “O Aninhamento ou nidação é um tipo de
guarda raro, no qual os pais se revezam mudando-se para a casa onde vivem as
crianças em períodos alternados de tempo. Parece ser uma situação irreal, por isso
pouco utilizada.
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compartilhada, pode ser que o valor ser pago a titulo de pensão alimentícia poderá
ser reduzido. Não deve ser esquecido que na guarda compartilhada o filho
permanece na residência de um dos pais, lá fixando seu referencial, portanto,
inadmissível dizer que a pensão seria extinta.
O procedimento para estabelecer a guarda, seja compartilhada ou unilateral,
é ditado pelo artigo 1584.
Referido artigo determina que a guarda compartilhada poderá ser requerida,
por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por qualquer um deles, em ação de autônoma
de separação, de divorcio, de dissolução de união estável ou em medida cautelar;
decretada pelo juiz, em atenção a necessidades especificas do filho, ou em razão a
distribuição de tempo necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe.
Será então designada audiência de conciliação, na qual o juiz informará aos
pais o significado da guarda compartilhada, a sua importância, a similitude de
direitos e deveres atribuídos aos genitores e as sanções pelo descumprimento de
suas clausulas.
A lei foi bem clara ao determinar que quando não houver acordo entre pai e
mãe será aplicada, quando possível a guarda compartilhada.
O Ministério Público sempre será ouvido nas questões que envolvam a
guarda dos filhos, por ser ele o fiscal da Lei e o protetor dos interesses dos filhos.
No que tange as atribuições e os períodos de convivência na guarda
compartilhada, o juiz de oficio ou a requerimento do Ministério Público, poderá
basear-se em orientação técnico-profissional ou de equipe interdisciplinar para
estabelece-los.
III Garve Transferir a guarda principal para o genitor Mesmo enfoque que o estágio
alienado; meio
- Nomear um psicoterapeuta para intermediar
um programa de transição da guarda do filho;
- Eventualmente ordenar um local de
transição.
E Trindade ainda com base nos estudos de Podevyn esclarece: Num estágio leve, as
características mais comuns que ilustram a Síndrome de Alienação Parental, tais como a
constatação de campanhas de desmoralização do alienador contra o alienado, são
pequenas, assim como são pouco intensas de sentimento de ambivalência e culpa, e são
poucos os obstáculos no exercício do direito de visitas.
Já no estágio médio, diz Trindade que, além da intensificação das características
próprias do estágio inicial, também surgem problemas com as visitas, as atitudes e
comportamentos das crianças tornam-se inadequado ou hostil, aparecem situações fingidas
e motivações fúteis, os vínculos com o alienador se tornam medianamente patológicos
começam a surgir dificuldades no manejo da relação.
Quando se trata de uma Síndrome de Alienação Parental em estágio inicial,
recomenda-se que as medidas terapêuticas e legais não se estendam para além de uma
melhor supervisão parental, evitando-se principalmente através de um suporte psicológico
adequado, uma evolução para os níveis mais graves. No estágio médio da doença sugere-
se deixar a guarda com o genitor alienador, mas é imprescindível o acompanhamento
psicológico para que um psicoterapeuta cumpra a interface nas visitas e promova uma
supervisão nas relações parentais, enquanto a intervenção judicial poderá dar conta de
fiscalizar e assegurar o direito de visitas do genitor alienado. Sob o ponto de vista
estritamente legal, a obstrução do direito de visitas pelo alienador poderá acarretar das
condições de exercício desse direito, como, por exemplo, ampliando ou reduzindo datas,
horários e locais de visitação.
Quando a Síndrome de Alienação Parental alcança um estágio grave é possível
transferir a guarda judicial para o genitor alienado ou para um terceiro,
mediante um programa de transição intermediado por um psicoterapeuta, mantendoseo
acompanhamento psicológico vinculado ao procedimento judicial.
entre os pais e também em relação as ter outros parceiros. Às vezes, até mesmo a
diversidade de estilos de vida é tida como causa da alienação parental e, quando isso
ocorre, tal se dá diante do receio que tem o alienante de que a criança possa adotar ou
preferir aquele modo de viver por ele não considerado certo.
Lamentavelmente, em alguns casos, o fator responsável pela alienação é o
econômico: o genitor alienante objetiva obter maiores ganhos financeiros, ou mesmo
outros benefícios afins, à custa do afastamento da criança do genitor alienado. Em
circunstâncias como essas, se o genitor alienado resistir à chantagem, as portas
para a síndrome estarão abertas.
Quando provocada especificamente pelo pai, a alienação parental ora vem
motivada pelo desejo de vingança pela separação, ou pelas causas que a
determinaram (e.g. adultério), ora pela necessidade de continuar mantendo o
controle sobre a família, e até mesmo para evitar o pagamento de pensão
alimentícia.
A alienação parental - seja ela induzida pelo pai ou pela mãe e malgrado
motivada por fatores diversos - produz os mesmos sintomas na criança e a afeta de
igual modo.
Todas essas circunstâncias, oriundas de atitude imatura e egoísta, acabam
dando ensejo ao alijamento pretendido e, por conseqüência, à síndrome. Se, por um
lado, logra o genitor alienante prejudicar o alienado, por outro, torna a criança vítima
dessa situação. A partir daí, como veremos, as conseqüências para os filhos - ainda
que a ruptura da convivência com o outro progenitor não seja absoluta - são as mais
graves possíveis.
Consumadas a alienação e a desistência do alienado de estar com os filhos,
tem lugar a síndrome da alienação parental, sendo certo que as seqüelas de tal
processo patológico comprometerão, definitivamente, o normal desenvolvimento da
criança.
Gardner anota, a propósito, que, nesses casos, a ruptura do relacionamento
entre a criança e o genitor alienado é de tal ordem, que a respectiva reconstrução,
quando possível, demandará hiato de largos anos.
A síndrome, uma vez instalada no menor, enseja que este, quando adulto,
padeça de um grave complexo de culpa por ter sido cúmplice de uma grande
injustiça contra o genitor alienado. Por outro lado, o genitor alienante passa a ter
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papel de principal e único modelo para a criança que, no futuro, tenderá a repetir o
mesmo comportamento.
Os efeitos da síndrome podem se manifestar às perdas importantes - morte
de pais, familiares próximos, amigos, etc. Como decorrência, a criança (ou o adulto)
passa a revelar sintomas diversos: ora apresenta-se como portadora de doenças
psicossomáticas, ora mostra-se ansiosa, deprimida, nervosa e, principalmente,
agressiva. Os relatos acerca das conseqüências da síndrome da alienação parental
abrangem ainda depressão crônica, transtornos de identidade, comportamento
hostil, desorganização mental e, às vezes, suicídio. É escusado dizer que, como
toda conduta inadequada, a tendência ao alcoolismo e ao uso de drogas também é
apontada como conseqüência da síndrome.
Por essas razões, instilar a alienação parental em criança é considerado,
pelos estudiosos do tema, como comportamento abusivo, tal como aqueles de
natureza sexual ou física. Em grande parte dos casos, a alienação parental não
afeta apenas a pessoa do genitor alienado, mas também todos aqueles que o
cercam: familiares, amigos, serviçais, etc., privando a criança do necessário e
salutar convívio com todo um núcleo familiar e afetivo do qual faz parte e ao qual
deveria permanecer integrada.
2.2 Da tutela jurídica á alienação parental
CONCLUSÃO
No trabalho foi possível observar que o tema abordado não é fenômeno social
distante dos dias atuais e sim um tema bem atual . ele serve para compreender a
teoria de Gardner que, no contexto nacional, estará servindo como modelo para a
identificação, classificação e tratamento da problemática que envolve toda a família
e a sociedade. Muitos casais que tiveram filhos durante o relacionamento e se
separam estão sujeitos a sofrer esse tipo de problema, o qual deve ser identificado o
quanto antes, para haver a possibilidade de reverter a situação. Inclusive, o abuso
emocional pode ser considerado o mais destrutivo dos abusos sofrido por crianças e
o adolescente pos é a fase de desenvolvimento de sua personalidade pelo fato de
ser o mais difícil de diagnosticar e prevenir. Suas marcas não são físicas, mas
invisíveis, com profundas conseqüências e de longo alcance.
Todos da família são atingidos com essa síndrome: o genitor alienador, o
genitor alienante e a(s) criança(s). E é esta última que deve ser tratada com mais
cuidado nessa situação, pois as seqüelas que a síndrome deixa na criança podem
segui-la durante toda a vida, influenciando em seu comportamento e
desenvolvimento . Para que a criança seja uma boa mãe/pai de família é necessário
que ela tenha tido um bom exemplo familiar.
A Alienação Parental carece de uma definição única, pois sua existência,
etiologia e características, em particular como uma síndrome, tem sido objeto de
debate ainda não encerrado devendo ainda ter mais estudos sobre o tema.
As intervenções que deveriam ser feitas teriam caráter de resolução da
problemática fundamentada nas ações dos profissionais envolvidos nas disputas de
guarda, tais como advogados, juízes e profissionais da saúde mental.
Não será possível sem a mudança de mentalidade dos aplicadores do Direito
e sem especial capacitação para tentativas de mediação e conciliação, inclusive a se
pensar na presença de advogado para a defesa intransigente dos interesses do
menor e do adolescente.
O direito brasileiro, diante dessa situação busca interdisciplinaridade com o
serviço social e a psicologia em parcerias para a solução dos casos jurídicos que
envolvem essa síndrome.
Seria ainda importante ressaltar algumas considerações relativas à síndrome
de alienação parental relativas à prática profissional no sistema judiciário brasileiro,
25
mostra-se imperioso criar serviços e políticas públicas voltadas para famílias que
vivenciam o divórcio, visando à proteção de um bem maior: a dignidade e proteção
do menor.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Eduardo de. Alienação Parental: Lei quer punir pais, emenda inclui
avós. Disponível em: < http://oglobo.globo.com/blogs/brasilcomz/posts/2009/07/15/
alienacao-parental-lei-quer-punir-pais-emenda-inclui-avos-205315.asp> Acesso em:
15 outubro. 2014.
TRINDADE, Jorge. Síndrome de alienação parental (SAP). In: DIAS, Maria Berenice
(Coord.). Incesto e alienação parental. 2ª Ed.; São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2010.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direito de família. 6 ed.; São Paulo: Atlas,
2006.
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