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CURITIBA
2016
PRICILA GONÇALVES DOS SANTOS
CURITIBA
2016
TERMO DE APROVAÇÃO
A ALIENAÇÃO
PARENTAL E OS SEUS EFEITOS JURÍDICOS E PSICOLÓGICOS
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Bacharel no Curso de
Bacharelado em Direito da Universidade Tuiuti do Paraná.
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Prof. Dr. PhD Eduardo de Oliveira Leite
Coordenação do Núcleo de Monografia
Universidade Tuiuti do Paraná
Curso de Direito
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Orientador: Prof. Doutor André da Silva Peixoto
Universidade Tuiuti do Paraná
Curso de Direito
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Examinador: Prof. (a). Dr. (a).
Universidade Tuiuti do Paraná
Curso de Direito
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Examinador: Prof. (a). Dr. (a).
Universidade Tuiuti do Paraná
Curso de Direito
DEDICATÓRIA
Dedico Este trabalho a Deus por ter me dado forças em todos os momentos ao
longo do curso, ao meu Professor orientador André Peixoto que me deu todo o apoio
necessário para a elaboração deste trabalho, a minha família principalmente o meu
amado marido Gilberto e meu filho Guilherme que suportaram a minha ausência
todos esses anos e sempre me incentivaram de forma incondicional.
RESUMO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 09
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 31
INTRODUÇÃO
1.1 CONCEITO
Esse processo pode ser praticado por um agente externo, um terceiro, não
estando restrito ao guardião da criança. Há casos em que a alienação é promovida
pelos avós, por exemplo, sendo perfeitamente possível que qualquer pessoa com
relação parental com a criança ou não, a fomente.
1.2 O ALIENADO
Entende-se como alienado o genitor que sofre com os danos causados pelas
atitudes cobertas de ódio vindas do detentor da guarda da criança ou adolescente,
este tem a difícil incumbência de lidar com o fato buscando práticas para não
afastar-se do menor. Destaca Alexandridis Figueiredo:
1.3 O ALIENADOR
Muitas vezes é a mãe quem dedica mais tempo as crianças, ainda mais
se ela obtiver a guarda principal; se essa mãe decide empreender
manobras de descrédito deliberado contra o pai, então ela tem todos os
meios, tanto verbais (comentários de descrédito), como não verbais
(teatralizados, atitudes). (SILVA, 2009, p. 86).
Assim percebe-se que tanto alienado como a criança são atingidas pelas
severas atitudes do alienador que começa agir de forma mais branda e
gradativamente vai manipulando o psicológico do filho.
1.4 A VÍTIMA
principalmente quando descobrem que a imagem negativa criada para com o genitor
alienada era totalmente falsa.
Assim, a Síndrome da alienação teve sua primeira definição no ano de 1984 pelo
professor de psiquiatria clínica infantil da Universidade de Columbia, EUA, Richard
Gardner, que define a Síndrome da Alienação parental:
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[...] Podemos pensar a Lei da Alienação Parental como uma tentativa formal
de coibir familiares a restringir o convívio adequado entre a criança e algum
ente querido, mediante interesses pessoais desse adulto, fazendo assim
vigorar com mais efetividade o direito fundamental dos indivíduos
envolvidos e buscando limitar autoridades parentais inadequadas dos pais
para a criação com seus filhos. (BUOSI, 2012, p.116)
Portanto, para não incorrer a lei de abortar de uma síndrome sem qualquer
registro no conselho de medicina, trata apenas do termo alienação parental que é
definido no artigo 2º da lei. E embora não reconhecendo a síndrome, a lei é bastante
propícia tanto no efeito social, quanto no efeito de reconhecimento de que existe um
abuso causando transtorno psicológicos em crianças ou adolescentes que se não
reparadas podem causar consequências na vida adulta destes.
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O laudo pericial deverá ser apresentado em até 90 dias, prazo esse que
só pode ser prorrogado mediante autorização judicial baseada em justificativa
circunstanciada. De acordo com seu resultado o juiz irá se pronunciar a respeito da
configuração ou não do ato de alienação parental.
Não existe uma sequência a ser seguida para a aplicabilidade dos artigos
supracitados, é verificado cada caso e aplicada a medida cabível pelo magistrado.
Assim nos ensina Fabio Vieira Figueiredo:
Acerca dos sete incisos previstos neste artigo, apesar de parentar certa
gradação quanto à gravidade da previsão imposta, não se deve partir do
pressuposto que esta sequência seja necessariamente fixa e imposta para
que seja seguida nessa ordem pelo juiz. O magistrado não está vinculado a
obedecer progressivamente às medidas, ficando ao seu critério a análise de
cada caso concreto e adaptação de qual dessas ou outras acredita ser
necessária naquela determinada situação, ainda que possa aplica-las
cumulativamente. (FIGUEIREDO, p.72, 2011).
Destarte, que a lei 12318/2010 prevê no seu artigo 6º, VI, a fixação cautelar
do domicílio da criança, uma forma preventiva do genitor detentor da guarda não
mudar de endereço com frequência sem avisar o outro genitor, com intuito de
dificultar as visitas. Para que o alienador não desapareça com a criança o
magistrado determina um lugar onde deverá ser exercida a guarda.
Assim, expõe Fábio Vieira Figueiredo:
Ainda, Garder define que a SAP pode ser desenvolvida em três estágios, que são
leve quando os sintomas são superficiais, moderado onde os sintomas são mais
evidentes, a criança começa a fazer comentários negativos do genitor alienado, este
é visto como uma pessoa má enquanto o genitor detentor da guarda passa a ser
visto sempre como uma pessoa boa, há resistência no momento da visita e uma
maior aproximação quando o genitor alienante não está por perto. Já nos casos
mais severos os sintomas são mais exacerbados, de maneira que “a criança e a
mãe dividem fantasias paranoides relacionadas ao pai, tornando-se impossíveis as
visitas, pois a criança fica em pânico só de pensar em estar com o pai” (SOUSA,
2013).
[...] uma das consequências dessa síndrome pode também ser o “efeito
bumerangue” que ocorre quando a criança se torna adolescente ou
adulto e tem uma percepção mais apurada dos fatos do passado,
percebendo as injustiças que cometeu com o genitor alienado, o que
desencadeou um relacionamento extremamente prejudicado. Assim
passa a se culpar e despender muita raiva contra o genitor guardião em
função do estímulo que este fez para construir e permanecer neste
contexto. (VELLY, 2010, p. 10).
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUOSI, Caroline de Cássia Francisco. Alienação Parental: uma interface dos direitos
e da psicologia. Curitiba: Juruá, 2012.
COMEL, Denise Damo. Do poder familiar. São Paulo: Ed. RT, 2003.
DIAS, Maria Berenice. Incesto e alienação parental: realidades que a justiça insiste
em não ver - de acordo com a lei 12.318/2010. 2.ed. São Paulo: RT, 2010.
VELLY, Ana Maria Frota. Alienação parental: uma visão jurídica e psicológica.
Publicado em 24 ago. 2010. p.2.Disponível em: <www.ibdfam.org.br/impressao.php?