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Brasília-DF
2008
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Brasília-DF
2008
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Banca Examinadora:
______________________________
Presidente: Profª. Mestre Eleonora Mosqueira Medeiros Saraiva
UDF – Centro Universitário do Distrito Federal
______________________________ ______________________________
Integrantes: Prof. Mestre Leonardo Barreto Profª. Mestre Raquel N. de A. Noronha
UDF – Centro Universitário do DF UDF – Centro Universitário do DF
4
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!
Necessidade...
(Comida/Titãs)
7
RESUMO
.
8
ABREVIATURAS
p. por página
v. por volume
SIGLAS
CC – Código Civil
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................10
1.1 Conceito.......................................................................................................................13
CONCLUSÃO............................................................................................................74
REFERÊNCIAS........................................................................................................77
10
INTRODUÇÃO
dessa nova orientação não haverá mais um limite temporal para o fim da obrigação,
desde que observada a necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante.
O presente estudo tem também como meta alertar para o fato de que a
prestação alimentícia não deve gerar enriquecimento ilícito e muito menos favorecer
o parasitismo do alimentando, levando-o a um modo de vida totalmente dependente
dos alimentos.
Ao mesmo tempo, no último capítulo, veremos que o filho maior será capaz,
perante a autoridade judiciária, de se esforçar em nome da necessidade, de forma
teatral, com o fim exclusivo de continuar recebendo a pensão alimentícia, para
depois ficar curtindo a vida numa boa, às custas da prestação continuada do
alimentante, numa situação de conformismo, acomodação e ócio.
Por isso, este trabalho tem como escopo chamar à atenção desses
problemas que decorrerão da continuidade da prestação alimentícia ao filho maior,
possibilidade essa que vinha sendo admitida em alguns julgados, mas que agora
ganhou mais força com a Súmula n.° 358, do Superior Tribunal de Justiça – STJ.
(Bertrand Russel)
Para iniciar este estudo, que trata da relativização da idade do filho quanto
ao direito à pensão alimentícia, necessário conceituar os alimentos, levantar sua
natureza jurídica, situá-lo na legislação e por fim analisar suas espécies e suas
características, a partir de posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais, com o fim
de obter um melhor entendimento desse importante instituto presente na vida social
brasileira.
1.1 Conceito
uma “obrigação que é imposta a alguém, em função de uma causa jurídica prevista
em lei, de prestá-los a quem deles necessite.” 1
Alimentos são, pois, prestações devidas, feitas para que aquele que as
recebe possa subsistir, isto é, manter sua existência, realizar o direito à
vida, tanto física (sustento do corpo) como intelectual e moral (cultivo e
educação do espírito, do ser racional). 2
Venosa traz uma definição voltada para o Direito. Segundo ele, “além de
abranger os alimentos propriamente ditos, deve referir-se também à satisfação de
outras necessidades essenciais da vida em sociedade.” 3
1
MIRANDA, Francisco Cavalcante Pontes de. Tratado de Direito Privado: parte especial, tomo IX.
2. ed. Rio de Janeiro: Borsoi, 1972, p. 207.
2
ALMEIDA, Estevam de. Direito de Família. Rio de Janeiro: Jacinto Ribeiro dos Santos, 1925, p.
315.
3
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 337.
4
CAHALI, Francisco José; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coordenadores). Alimentos no Código
Civil. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 1-2. A expressão latina in verbis significa: como
foi escrito; com as mesmas letras.
15
Para Maria Berenice, a natureza jurídica dos alimentos “está ligada à origem
da obrigação”. A natureza jurídica vem desde a concepção em que fica assentado
um vínculo de justiça entre os que geraram e o que foi gerado; assim como os
primeiros devem atribuir a si o nascimento do novo ente, assim também não podem
se esquivar da obrigação de seguir a formação do mesmo ente, até ser completada. 7
Por isso, talvez o mais difícil numa convivência familiar é separar os direitos
dos filhos em face dos conflitos intrínsecos às relações de parentesco, sobretudo
quando se esgota qualquer iniciativa própria de conciliação.
5
BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Cível. Apelação Cível n.°
2007.001.47969. Apelante: (Segredo de Justiça). Apelado: (Segredo de Justiça). Relator:
Desembargador Mario Assis Gonçalves, Rio de Janeiro, RJ, 11 de março de 2008. Disponível em:
<http://www.tj.rj.gov.br/>. Acesso em 28 out. 2008. Grifo nosso.
6
CAHALI, Francisco José; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coordenadores). Alimentos no Código
Civil. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 1-2.
7
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3. ed., rev. atual. e amp. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006, p. 406.
16
Mesmo diante dessa garantia, fica difícil de entender situações em que fica
para segundo plano um fator de fundamental importância, ou seja, a proteção aos
filhos, incumbência natural da família, cuja missão principal consiste na árdua tarefa
de educá-los para a vida social. Oliveira Filho tece importante consideração a esse
respeito. Segundo ele, “ao necessitado, em cada situação, poderá ser garantido,
além do necessário à sobrevivência do organismo, o atendimento de outras
carências igualmente relevantes, como o lazer, a instrução, etc. 10
10
OLIVEIRA FILHO, Bertoldo Mateus. Alimentos e investigação de paternidade e maternidade. 3.
ed. rev. e amp. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 28.
11
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 jan. 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 295.
17
Não é por outra razão que se deve ter o máximo de precaução quanto à
necessidade de o filho estar isento de conflitos, sobretudo no que se refere a sua
não sujeição aos desgastes da crise matrimonial, crises essas que são reiteradas,
podendo afetar o comportamento do alimentando. Veja-se a decisão do Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Sul, referente a pedido de redução de pensão, in verbis:
12
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 289.
13
BRASIL. Lei n.° 11.698, de 13 de junho de 2008, publicada no Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 16 de junho de 2008. Disponível em:
<http://www.presidencia.gov.br/legislacao>. Acesso em 20 out. 2008. A guarda compartilha foi
disciplinada pela Lei n.° 11.698, de 13 de junho de 2008, que alterou os arts. 1.583 e 1.584 da Lei n.°
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil).
14
BRASIL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Cível. Apelação Cível n.º 70024078917.
Apelante: (segredo de justiça). Apelado: (segredo de justiça). Relator: Desembargador Sérgio
Fernando de Vasconcellos Chaves, Porto Alegre, RS, 13 de agosto de 2008. Disponível em:
<http://www.tjrs.jus.br/site_php/jprud2/ementa.php>. Acesso em: 22 out. 2008. Grifo nosso.
18
Alimentos. O pai não pode ser insensível a voz de seu sangue em prestar
alimentos ao filho menor que, em plena adolescência, não só necessita
sobreviver, mas viver com dignidade, não sendo prejudicado em sua
educação, nem em seu lazer, pois tudo faz parte da vida de um jovem, que
antes da separação desfrutava do conforto que a família lhe proporcionava,
em razão do bom nível social de seus pais.
A mãe já faz a sua parte tendo a guarda do filho menor e cumpre um ônus
que não tem preço. O pai não esta em estado de insolvência, somente
enfrenta as dificuldades decorrentes da crise que assola o país, que se
reflete na pessoa de seu filho, que, igualmente, sofre com a política
econômica do governo federal.16
por natureza, temos que os alimentos são de natureza jurídica de bens necessários
à conservação da vida do homem em sociedade.” 18
Já na chamada Lei do Divórcio, norma que foi uma inovação para a época e
uma necessidade social, consubstanciada na Lei n.° 6.515, de 26 de dezembro de
1977, destacamos, do art. 19 ao art. 23, as situações ensejadoras da
obrigatoriedade da prestação alimentícia, inclusive estendendo esse encargo aos
herdeiros do devedor.20
18
SANTOS, Nilton Ramos Dantas. Alimentos: técnica e teoria. Rio de Janeiro: Forense, 1997, p. 4.
19
BRASIL. Lei n.° 5.478, de 25 de julho de 1968; Lei n.° 6.014, de 27 de dezembro de 1973; Lei n.°
8.971, de 29 de dezembro de 1994. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder
Executivo, Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/_Lei-Ordinaria.htm>.
Acesso em 20 out. 2008.
20
BRASIL. Lei n.° 6.515, de 26 de dezembro de 1977. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 26 de dezembro de 1977. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil/leis/L6515.htm>. Acesso em 20 out. 2008. Eis o que dispõe o artigo 23 da referida Lei n.°
6.515, de 26 de dezembro de 1977, in verbis: “Art. 23. A obrigação de prestar alimentos transmite-se
aos herdeiros do devedor, na forma do art. 1.796 do Código Civil.”
20
[...]
Mais adiante, como reforço a essa meta, a Carta Magna trouxe a seguinte
disposição como garantia individual, em seu art. 5°, inciso LXVII, in verbis: “LXVII -
não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.” 22
A preocupação dos constituintes de 1988 não parou por aí. No capítulo VII,
ao normatizar relações da família, da criança, do adolescente e do idoso, o
legislador foi enfático ao definir a responsabilidade estatal para com a família, em
seu art. 226, in verbis: “Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção
do Estado”. Já no art. 229, garantiu o seguinte: “Art. 229. Os pais têm o dever de
assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e
amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.23
Seguindo essa vertente, temos no art. 100 da Lei Maior uma proteção
especial aos créditos de natureza alimentícia. O teor deste dispositivo diz, in verbis:
21
BRASIL. Constituição (1988), Constituição da República Federativa do Brasil. In: Vade Mecum,
obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto,
Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva,
2007, p. 7. A expressão “constituição cidadã” foi designada para cunhar a Constituição da República
Federativa do Brasil tempos depois da aprovação, que ocorreu em 1988, em face dos direitos
individuais e coletivos nela elencados.
22
BRASIL. Constituição (1988), Constituição da República Federativa do Brasil. In: Vade Mecum,
obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto,
Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva,
2007, p. 10.
23
BRASIL. Constituição (1988), Constituição da República Federativa do Brasil. In: Vade Mecum,
obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto,
Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva,
2007, p. 69.
21
Nessa perspectiva e algum tempo depois foi editada a Lei n.° 8.069, de 13
de junho de 1990, que trata do Estatuto da Criança e do Adolescente, e a Lei n.°
10.741, de 1° de outubro de 2003, que trata do Estatuto do Idoso, sendo ambas
consideradas conquistas sociais muito importantes para a família brasileira, e uma
garantia sem precedentes, principalmente aos desamparados. 27
Também necessário evocar o que dispõe o art. 948 e seu inciso II, do
Código Civil, in verbis:
24
BRASIL. Constituição (1988), Constituição da República Federativa do Brasil. In: Vade Mecum,
obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto,
Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. e atual. amp. São Paulo: Saraiva,
2007. p. 37.
25
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula n.° 655. Disponível em: <http://www.stf.gov.br/portal/
cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula&pagina=sumula_601_700>. Acesso em: 20 out.
2008.
26
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n.° 1. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/webstj/
Processo/Jurisp/Download/verbetes_asc.txt>. Acesso em: 20 out. 2008.
27
BRASIL. Lei n.° 8.069, de 13 de junho de 1990; Lei n.° 10.741, de 1° de outubro de 2003. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/_Lei-Ordinaria.htm>. Acesso em 22 out. 2008.
28
BRASIL. Lei n.° 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 17 jan. 1973. In: Vade Mecum, obra coletiva de autoria da Editora
Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e
Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 435.
22
[...]
Súmula n.° 491. É indenizável o acidente que cause a morte de filho menor,
ainda que não exerça trabalho remunerado.30
29
BRASIL. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 11 jan. 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de autoria da Editora
Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e
Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 233.
30
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmulas n.os 490 e 491. Disponíveis em:
<http://www.stf.gov.br/portal/cms/verTexto.asp?
servico=jurisprudenciaSumula&pagina=sumula_401_500>. Acesso em: 20 out. 2008.
31
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmulas n.os 226 e 379. Disponíveis em: <http://www.stf.
gov.br/ portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula>. Acesso em: 20 out. 2008.
23
Por outro lado, construiu-se ainda o entendimento de que o art. 732 do CPC
abarca as prestações dos últimos 2 (dois) anos até 3 (três) meses anteriores ao
ajuizamento da execução, o qual dispõe, in verbis: “Art. 732. A execução de
sentença, que condena ao pagamento de prestação alimentícia, far-se-á conforme o
disposto no Capítulo IV deste Título.” 34
[...]
Sobre as disposições dos arts. 732 e 733 do CPC, a Terceira Turma do STJ
decidiu, in verbis:
32
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n.° 309. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/webstj/
Processo/Jurisp/Download/verbetes_asc.txt>. Acesso em: 20 out. 2008.
33
BRASIL. Lei n.° 5.869, de 11 de janeiro de 1973. In: Vade Mecum, obra coletiva de autoria da
Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos
Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 456-457.
34
BRASIL. Lei n.° 5.869, de 11 de janeiro de 1973. In: Vade Mecum, obra coletiva de autoria da
Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos
Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 184-185.
35
BRASIL. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de autoria da
Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos
Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 233.
24
36
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Acórdão no Recurso Especial n.° 175.003/MG
(1998/0037858-8). Recorrente: Maria Anilia Ribeiro Jorge. Recorrido: Geraldo Alisio Machado Lopes.
Relator: Ministro Waldemar Zveiter, Brasília, DF, 4 de maio de 2000. Disponível em:
<http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?livre=175003&&b=ACOR&p=true&t=&l=10&i=15>.
Acesso em: 20 out. 2008. Grifo nosso.
37
BRASIL. Lei n.° 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 17 jan. 1973. In: Vade Mecum, obra coletiva de autoria da Editora
Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e
Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 464-465.
38
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmulas n.os 144 e 336. Disponível em: <http://www.stf.
gov.br/ portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula>. Acesso em: 20 out. 2008.
25
Eis o que dispõe, in verbis: “Súmula n.° 277. Julgada procedente a investigação de
paternidade, os alimentos são devidos a partir da citação”. 39
Art. 3.º A Lei no 5.869, de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar
acrescida do seguinte art. 1.124-A:
39
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n.° 277. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/webstj/
Processo/Jurisp/Download/verbetes_asc.txt>. Acesso em: 20 out. 2008.
40
BRASIL. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 11 jan. 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de autoria da Editora
Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e
Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007.
41
BRASIL. Lei n.° 11.441, de 4 de janeiro de 2008. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 5 de janeiro de 2007. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L11441.htm>.Acesso em: 20 out. 2008.
Grifo nosso.
26
edição, em 2008, da Súmula n.° 358 do STJ, cujo teor é a seguinte: “Súmula n.° 358.
O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito
à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos”. 42
42
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n.° 358. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/webstj/
Processo/Jurisp/Download/verbetes_asc.txt>. Acesso em: 20 out. 2008.
43
CAHALI, Francisco José; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coordenadores). Alimentos no Código
Civil. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 18. Grifo nosso.
27
44
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3. ed. rev. atual. e amp. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006, p. 406. Grifo nosso.
28
45
BRASIL. Lei n.° 10.741, de 1 de outubro de 2003. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 de outubro de 2003. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.741.htm>. Acesso em: 21 out. 2008.
29
[...]
46
BRASIL. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 de janeiro de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 21 out. 2008.
47
BRASIL. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 de janeiro de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 21 out. 2008.
48
BRASIL. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 11 jan. 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de autoria da Editora
Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e
Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 233.
30
(Voltaire)
49
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALDO, Nelson. Direito de Família. De acordo com a Lei
n.° 11.340/06, Lei Maria da Penha, e com a Lei n.° 11.441/07, Lei da Separação, Divórcio e Inventário
Extrajudiciais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, p. 587.
50
MIRANDA, Francisco Cavalcante Pontes de. Tratado de Direito Privado: parte especial, tomo IX
2. ed. Rio de Janeiro: Borsoi, 1972, p. 240.
31
De um lado é necessário ter como premissa que o valor pago não deve ser
capaz de provocar o enriquecimento do filho, e também não deve ser inferior às
suas potenciais necessidades. É assim que pensa Oliveira Filho, in verbis:
[...] em se tratando do dever de sustento dos pais em relação aos filhos, não
se cogita de forma aprofundada sobre os recursos do alimentante, como
ocorre na hipótese de pedido alimentar baseado unicamente no parentesco,
mas de carência do alimentando. A prestação será conforme a renda,
mesmo que esta se revele diminuta.53
51
VIANA, Marco Aurélio. S. Alimentos: ação de investigação de paternidade e maternidade, Belo
Horizonte: Del Rey, 1998, p. 100.
52
GONÇALVES, Luiz da Cunha. Tratado de Direito Civil, tomo II. 1. ed. São Paulo: Max
Limonad Editor de Livros de Direito, 1955, v. II, p-440.
53
OLIVEIRA FILHO, Bertoldo Mateus de. Alimentos e investigação de paternidade e maternidade.
3. ed. rev. e amp. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 39.
32
Por outro lado, a prestação tem que ser suficiente não só para a
subsistência, como também para cobrir outros gastos que são comuns com o filho.
Levada em conta a necessidade do filho, a prestação não pode causar impacto
significativo na capacidade de quem a presta, bem como ser ínfima frente a uma
situação deplorável de quem a necessita. Oliveira Filho diz o seguinte a respeito
dessa equivalência: “[...] a fixação de alimentos sujeita-se às necessidades do
alimentando e à capacidade do alimentante.” 55
[...]
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem
bens suficientes nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e
aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do
necessário ao seu sustento.59
57
FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALDO, Nelson. Direito de Família. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2008, p. 606.
58
BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Cível. Apelação Cível n.°
2001.001.10858. Apelante: Aderito de Jesus Lobo da Costa Apelado: Lidia Maria Pereira Afonso.
Relator: Desembargador Ricardo Bustamante, Rio de Janeiro, RJ, 29 de maio de 2001. Disponível
em: <http://www.tj.rj.gov.br/>. Acesso em: 22 out. 2008.
59
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 jan. 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007. p. 301.
34
60
DIAS, Berenice Maria. Manual de Direito das Famílias, 4. ed. rev. atual. e amp. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2007, p. 481.
61
CAHALI, Francisco José; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coordenadores). Alimentos no Código
Civil. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 511.
62
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 360.
63
OLIVEIRA, José Lamartine Corrêa de; MUNIZ, Francisco José Ferreira. Curso de Direito de
Família, 4. ed., Curitiba: Juruá, 2006, p. 65.
35
De outra forma, é preciso se atentar para que o fato de que uma prestação
alimentar injusta frente à possibilidade do prestador, ou seja, com valor além ou
aquém de sua capacidade de suportar o encargo, tal medida pode causar um
acirramento ainda maior entre as partes envolvidas. A despeito da prestação, é
bastante esclarecedora a colocação de Lopes de Oliveira, in verbis:
64
OLIVEIRA, J. M. Leoni Lopes de. Alimentos e sucessão no casamento e na união estável. Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 4. ed. 1999, p. 16. O art. 400 referido na citação corresponde ao atual § 1º
do art. 1.694 do Código Civil - Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002.
65
OLIVEIRA FILHO, Bertoldo Mateus de. Alimentos e investigação de paternidade e maternidade.
3 ed. rev. e amp. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 75.
66
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 360.
36
67
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Cível. Acórdão no Recurso Especial n.° 866.230/RS
(2006/0068095-8). Recorrente: M. D. de A. P. e outro. Recorrido: P. F. R. N. Relator: Ministra Nancy
Andrighi, Brasília, DF, 14 de junho de 2007. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/SCON/
jurisprudencia/doc.jsp?processo=866230&&b=AC OR&p=true&t=&l=10&i=2>. Acesso em: 23 out.
2008. Grifo nosso.
68
OLIVEIRA FILHO, Bertoldo Mateus de. Alimentos e investigação de paternidade e maternidade.
3. ed. rev. e amp. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 103.
69
DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 3. ed. rev. atual. e amp. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2006, p. 432.
37
Por outro lado, os alimentos devem ser fixados com base nos rendimentos
do alimentante, e não com fundamento em seu patrimônio. O sujeito pode
ter bens que não produzem renda. Não há mínima condição de forçá-lo,
direta ou indiretamente, a vender seus bens para suportar o pagamento.71
70
OLIVEIRA FILHO, Bertoldo Mateus de. Alimentos e investigação de paternidade e maternidade.
3. ed. rev. e amp. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 103.
71
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 360.
72
VIANA, Marco Aurélio. S. Alimentos: ação de investigação de paternidade e maternidade. Belo
Horizonte: Del Rey, 1998, p. 110.
73
BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Cível. Acórdão n.° 191.530 do Agravo
de Instrumento n.° 20040020000037/DF. Agravante: M. M. G. Agravado: M. A. M. Relator:
Desembargador José Divino de Oliveira, Brasília, DF, 29 de março de 2004. Disponível em:
<http://tjdf19.tjdft.jus.br/cgi-bin/tjcgi1?DOCNUM=20&PGATU=1&l=20&ID=61291,53017,13995&MGW
LPN=SERVIDOR1&NXTPGM=jrhtm03&OPT=&ORIGEM=INTER>. Acesso em: 22 out. 2008. A
palavra quantum quer dizer quantitativo, valor. Grifo nosso.
38
74
BRASIL. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 de janeiro de 2002. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406.htm>. Acesso em: 22 out. 2008.
75
BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cível. processo n.° 1.0035.03.024327-9/001(1).
Agravante: (segredo justiça). Agravado: (segredo justiça). Relator: Desembargador Gouvêa Rios,
Belo Horizonte, MG, 8 de novembro de 2005. Disponível em: <http://www.tjmg.gov.br/juridico/
jt_/inteiro_teor.jsp?
tipoTribunal=1&comrCodigo=35&ano=3&txt_processo=24327&complemento=1&sequencial=0&palavr
asConsulta=pens%E3o%20alimenticia%20e%20condi%E7%F5es%20do
%20alimentando&todas=&expressao=&qualquer=&sem=&radical=>. Acesso em: 22 out. 2008.
76
BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cível. Agravo de Instrumento n.° 000.222.145-5/00.
Agravante: Rogério Ferreira Alves. Agravado: Laura Cristina Alves Barbosa. Relator: Desembargador
Célio César Paduani, Belo Horizonte, MG, 4 de outubro de 2001. Disponível em: <http://www.tjmg.
jus.br/juridico/jt_/inteiro_teor.jsp?
39
tipoTribunal=1&comrCodigo=0&ano=0&txt_processo=222145&complemento=0&sequencial=0&palavr
asConsulta=000.222.145-5/00&todas=&expressao=&qualquer=&sem =&radical= >. Acesso em: 29
out. 2008. O artigo referido é do Código Civil de 1916, revogado pelo atual Código Civil.
77
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 301.
78
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 301.
79
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 301.
80
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp, São Paulo: Saraiva, 2007, p. 301.
40
84
DIAS, Berenice Maria. Manual de Direito das Famílias, 4. ed. rev. atual. e amp. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2007, p. 483.
85
DIAS, Berenice Maria. Manual de Direito das Famílias, 4. ed. rev. atual. e amp, São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2007, p. 481.
42
(Bertolt Brecht)
Lembremos que o Brasil é um país de tradições. Não é por outra razão que
aqueles que têm o dever de prestar alimentos talvez se deixam influenciar pela
tradição arraigada no contexto social, mais especificamente no seio popular, na qual
a maioridade põe fim ao direito à pensão alimentícia. Veja-se o que diz Porto sobre
essa influência, in verbis: “Comumente ouve-se a afirmação de que a maioridade
dos filhos desobriga os pais da prestação de alimentos.88
89
CAHALI, Francisco José; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coordenadores). Alimentos no Código
Civil. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 454.
90
CAHALI, Francisco José; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coordenadores). Alimentos no Código
Civil. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 454.
91
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 301.
92
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp., São Paulo: Saraiva, 2007, p. 455.
93
VIANA, Marco Aurélio. S. Alimentos: ação de investigação de paternidade e maternidade, Belo
Horizonte: Del Rey, 1998, p. 144.
44
Em qualquer tempo, o filho menor ou maior, que não tem recursos e meios
para prover à própria subsistência, pode pedir ao pai e à mãe que os
supram. Tal obrigação só termina com a morte, ou se não os podem prestar
o pai ou a mãe. Quando o filho está sob o pátrio poder, o titular desse poder
é obrigado pelo sustento do filho, e a obrigação do outro genitor é apenas
subsidiária. Se o filho não está sob o pátrio poder, a obrigação compreende
a ambos os pais, qualquer que seja o regime dos bens, na proporção das
necessidades do filho e dos recursos dos genitores.95
94
WELTER, Belmiro Pedro. Alimentos no Código Civil. 2. ed. São Paulo: Thomson/IOB, 2004, p.
107. Grifo nosso.
95
MIRANDA, Francisco Cavalcante Pontes de. Tratado de Direito Privado: parte especial, tomo IX,
2. ed. Rio de Janeiro: Borsoi, 1972, p. 230-231.
96
DANTAS NETO, Afonso Tavares. Pensão alimentícia e maioridade. Jus Navigandi, Teresina, ano
8, n. 238, 2 mar. 2004. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/doutrina/ texto.asp?id=4891>. Acesso
em: 26 out. 2008.
45
O dever alimentar cessa para os pais com a maioridade dos filhos. Mas
caso estejam este freqüentando curso universitário, a jurisprudência tem
estendido tal obrigação até o término do curso ou até que completem os
alimentandos 25 anos (RT 724/323, 725:227, 733:296).100
97
BRASIL. Código Civil. Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz
dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007.
98
VIANA, Marco Aurélio. S. Alimentos: ação de investigação de paternidade e maternidade, Belo
Horizonte: Del Rey, 1998, p. 137.
99
BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Cível. Acórdão em Apelação com Revisão n.°
5788214200. Apelante: A. C. B. C. Apelado: A. D. C. Relator: Desembargador Donegá Morandini, São
Paulo, SP, 16 de setembro de 2008. Disponível em: <http://cjo.tj.sp.gov.br/esaj/jurisprudencia/
consultaSimples.do>. Acesso em: 23 out. 2008.
100
WALD, Arnold. O Novo Direito de Família, 14. ed. rev. e amp. pelo autor, de acordo com a
jurisprudência e com o novo código civil. (Lei n.° 10.406, de 10/01/2002), com a colaboração do Des.
Luiz Murillo Fábregas e da Prof.ª Priscila M. P. Corrêa da Fonseca. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 45.
46
Civil e processual. Pensão alimentícia paga a filho então menor por força de
acordo em separação consensual. Maioridade. Pedido de cancelamento da
pensão feito nos próprios autos. Processamento com contraditório. Exame
do mérito. Manutenção dos alimentos. Recurso especial. Princípio da
economia processual. Matéria de fato. Reexame. Impossibilidade. Súmula
n.° 7-STJ.
101
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 351.
102
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Acórdão no Recurso Especial n.°
306.791/SP (2001/0023817-3). Recorrente: Inaja Guedes Barros. Recorrido: Luiz Fernando Bravo de
Barros. Relator: Ministro Aldir Passarinho Junior, Brasília, DF, 21 de maio de 2002. Disponível em:
<http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudência>. Acesso em: 20 out. 2008. Grifo nosso.
47
Com relação aos filhos que atingem a maioridade, a idéia que deve
preponderar é que os alimentos cessam com ela. Entende-se, porém, que a
pensão poderá distender-se por mais algum tempo, até que o filho complete
os estudos superiores ou profissionalizantes, com idade razoável, e possa
prover a própria subsistência.103
103
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 351.
104
BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Cível. Acórdão n.° 129.502 (Apelação
Cível 19980710070358-DF). Apelante: J. B. S. Apelado: M. A. S. S., F. W. S., F. S. S. e F. S. S.
Relator: Desembargador George Lopes Leite, Brasília, DF, 14 de agosto de 2000. Disponível em:
<http://tjdf19.tjdft.jus.br/cgi-bin/tjcgi1?DOCNUM=1&PGATU=1&l=20&ID=61292,74141,21610&MGWL
PN=SERVIDOR1&NXTPGM=jrhtm03&OPT=&ORIGEM=INTER>. Acesso em: 23 out. 2008. Grifo
nosso.
48
Alimentos - filhos.
105
BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cível. Processo n.° 1.0701.03.051584-8/001(1).
Agravante: (segredo justiça). Agravado: (segredo justiça). Relatora: Desembargadora Vanessa
Verdolim Hudson Andrade, Belo Horizonte, MG, 9 de novembro de 2004. Disponível em:
<http://www.tjmg.jus.br/juridico/jt_/juris_resultado.jsptipoTribunal=1&comrCodigo=&ano=&txt_process
o=&dv=&complemento=&acordaoEmenta=acordao&palavrasConsulta=enquanto+necessitar+do+pens
ionamento+para+acabar+os+seus+estudos%2C+desde+que+esteja+a+eles+fazendo+jus
%2C+a+pens
%E3o+deve+&tipoFiltro=and&orderByData=0&relator=&dataInicial=&dataFinal=29%2F10%2F2008&r
esultPagina=10&dataAcordaoInicial=&dataAcordaoFinal=&pesquisar=Pesquisar >. Acesso em: 22
out. 2008. Grifo nosso.
106
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 351.
107
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Acórdão no Recurso Especial n.° 4347/CE
(1990/0007451-7). Recorrente: Maria Leonia Silveira Cavalcante. Recorrido: Francisco Deusemar
Lins Cavalcante. Relator: Ministro Eduardo Ribeiro, Brasília, DF, 10 de dezembro de 1990. Disponível
em: <http://www.stj.jus.br/SCON/ jurisprudência>. Acesso em: 20 out. 2008. Grifo nosso.
49
O máximo segundo o qual aquele que pode trabalhar não tem direito a
alimentos deve ser entendida em termos; se as necessidades representam
um fato relativo, o mesmo acontece com o trabalho; é necessário considerar
a posição social da família, a formação dada ao filho, a profissão que está
seguindo o alimentando.109
108
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Acórdão no Recurso Especial n.°
442.502/SP (2002/0071283-0). Recorrente: Stella Isolla Cristofani da Costa Lopes e outro. Recorrido:
Irineu Roberto da Costa Lopes. Relator: Ministro Castro Filho, Brasília, DF, 6 de dezembro de 2004.
Disponível em: <http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?tipo_visualizacao=RESUMO&proce
sso=442502&b=ACOR>.Acesso em: 25 out. 2008.
109
CAHALI, Francisco José; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coordenadores). Alimentos no Código
Civil. 5. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 511.
50
110
PORTO, Sérgio Gilberto. Doutrina e Prática dos alimentos. 2. ed. Rio de Janeiro: AIDE, 1991, p.
34.
111
BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Cível. Acórdão n.° 166.550 (Apelação
Cível n.° 4103596/DF). Apelante: R. S. B. representado por sua mãe S. S. B., assistida por sua mãe
S. R. A. S. Apelado: J. R. B. Relator: Desembargador Adelith de Carvalho Lopes, Brasília, DF, 9 de
dezembro de 1996. Disponível em: <http://tjdf19.tjdft.jus.br/cgi-bin/tjcgi1?DOCNUM=1&PGATU=
1&l=20&ID=61295,50324,6665&MGWLPN=SERVIDOR1&NXTPGM=jrhtm03&OPT=&ORIGEM=INTE
R>. Acesso em: 25 out. 2008. Grifo nosso.
112
OLIVEIRA FILHO, Bertoldo Mateus de. Alimentos e investigação de paternidade e
maternidade. 3. ed. rev. e amp. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 38. Grifo nosso.
51
Não tem o alimentante, por seu lado, obrigação de dividir sua fortuna com o
necessitado. O espírito dos alimentos não é esse. O pagamento é periódico,
tendo em vista a natureza dessa obrigação. Nessa fixação reside a maior
responsabilidade do juiz nessas ações. Nem sempre será fácil aquilatar as
condições de fortuna do indigitado alimentante: é freqüente, por exemplo,
que o marido ou pai, sabedor que poderá se envolver nessa situação,
simule seu patrimônio, esconda bens e se apresente a juízo como um pobre
eremita. Desse modo, a prova dos ganhos do alimentante é fundamental.113
Por essa razão, o valor da prestação deve ser suficiente não apenas para as
necessidades mais imediatas, mas também para contribuir no que for necessário
para que o jovem integre o meio social de forma satisfatória e assim possa ter uma
formação educacional plena. Importante, para reforçar a idéia, resgatar o ponto de
vista de Viana, sobre a extensão da pensão ao filho maior, estudante, in verbis:
113
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 360.
114
OLIVEIRA FILHO, Bertoldo Mateus de. Alimentos e investigação de paternidade e
maternidade. 3. ed. rev. e amp. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 77.
52
Também temos que admitir que a questão cultural e suas matizes têm
influência na formação do alimentando. A cultura aqui referida não é apenas o
simples ato de estar presente a eventos; mais do que isso, envolve toda a educação
escolar como um fator intrínseco ao ser humano, sem a qual as relações sociais
sofrem demasiadamente. Venosa coloca a seguinte sobre a responsabilidade dos
pais nesse processo, in verbis: “Os pais são responsáveis pelo sustento, guarda e
educação dos filhos, que lhes é imposto como dever [...].116
O dispêndio com cultura, que guarda íntima relação com a educação, faz
parte dos alimentos, na sua acepção jurídica, na medida em que deve ser
incentivada a valorização e a difusão das manifestações culturais de toda
ordem [...].118
Não é por outra razão que os alimentos são de extrema importância para a
vida do alimentando.
115
VIANA, Marco Aurélio. S. Alimentos: ação de investigação de paternidade e maternidade. Belo
Horizonte: Del Rey, 1998, p. 144.
116
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 103.
117
PAULA NETO, José Antônio de. Do pátrio poder. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1994, p. 108.
118
NIESS, Andréa Patrícia Toledo Tavola; NIESS, Pedro Henrique Tavora Niess. Alimentos: o dever
dos genitores de prestá-los aos filhos menores. RCS Editora, 2004, p. 113.
53
sendo muito importante do ponto vista de quem busca uma colocação ou vaga no
mercado de trabalho. Nessa posição, é bastante oportuna a manifestação de
Santos, sinalizando que este é o objetivo da prestação alimentícia ao filho maior, in
verbis:
Para tanto, o importante é que cada jovem, sem desprezar outros fatores,
tenha a necessária perseverança, empenho e aproveitamento nos estudos para que
haja a possibilidade de sucesso profissional.
Temos que admitir o fato de que muitas vezes as incertezas que pairam na
mente do jovem em busca de uma profissão são tantas que só faz torná-lo ainda
mais confuso. Com isso, ora ele inicia um curso para aprimorar os estudos; ora
ingressa numa faculdade e logo depois suspende a matrícula; muda de área de
estudo, ou mesmo abandona os livros por falta de afinidade, entre outras
possibilidades. Não raras vezes, continua incessantemente nesse processo
nebuloso de incertezas sem encontrar um caminho mais seguro para seguir. 121
Alimentos. Maioridade.
Por isso, dada sua primazia nesse contexto, a obrigação não pode sofrer
solução de continuidade, pois dela depende o futuro do filho maior, não apenas
profissional como também pessoal, pois um descuido nessas horas pode fazer com
que apareça e se torne mais vantajosa para o jovem uma proposta nada salutar e
muito menos desejada pelos familiares, como um vício, uma gravidez, ou o ócio em
si e suas mais diversas mazelas.123
122
BRASIL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Cível. Apelação Cível n.° 70017081613.
Apelante: I. W. P. Apelado: A. O. P.. Relator: Desembargador Luiz Felipe Brasil Santos, Porto Alegre,
RS, 29 de novembro de 2006. Disponível em: <http://www.tjrs.jus.br/site_php/jprud2/ resultado.php>.
Acesso em: 22 out. 2008. Grifo nosso.
123
SANTOS, Nilton Ramos Dantas. Alimentos: técnica e teoria. Rio de Janeiro: Forense, 1997, p.
57.
55
esperançosos de um bom retorno financeiro. Santos diz que para esses casos, in
verbis: “A solução é o estímulo ao trabalho, que deve começar, aliás, desde cedo. A
ociosidade indeferida faz mal ao corpo e à mente.124
124
SANTOS, Nilton Ramos Dantas. Alimentos: técnica e teoria. Rio de Janeiro: Forense, 1997, p.
57.
125
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n.° 358. Disponível em:
<http://www.stj.jus.br/webstj/Processo/Jurisp/Download/verbetes_asc.txt>. Acesso em: 20 out. 2008.
56
(Sócrates)
Viver avesso a essa tecnologia é até admissível já que, não raro, sabemos
que há aqueles que ostentam ojeriza a tudo que é novo, ou preferem viver no
anonimato, alijados daquilo que acontece a sua volta.
126
KLAES, Marianna Izabel Medeiros. O fenômeno da globalização e seus reflexos no campo jurídico.
Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 968, 25 fev. 2006. Disponível em: <http://jus2.uol.com.br/
doutrina/texto.asp?id=8005>. Acesso em: 28 out. 2008.
57
127
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Habeas Corpus n.° 55065/SP
(2006/0037123-0). Impetrante: Ronaldo Nilander. Paciente: A. R. de S. Relator: Ministro Ari
Pargendler, Brasília, DF, 10 de outubro de 2006. Disponível em: <http://www.stj.
jus.br/SCON/jurisprudencia/doc.jsp?processo=55065&&b=ACOR&p=true&t=&l=10&i=1>. Acesso em:
26 out. 2008.
128
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Recurso Ordinário em Habeas Corpus n.°
19389/PR (2006/0079943-7). Recorrente: C. de L. Recorrido: Tribunal de Justiça do Estado do
Paraná. Relator: Ministro Aldir Passarinho Junior, Brasília, DF, 6 de junho de 2006. Disponível em:
<http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=(('RHC'.clap.+ou+'RHC'.clas.)
+e+@num='19389')+ou+('RHC'+adj+'19389'.suce.) >. Acesso em: 26 out. 2008.. Grifo nosso.
129
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n.° 358. Disponível em: <http://www.
stj.jus.br/webstj/ Processo/Jurisp/Download/verbetes_asc.txt>. Acesso em: 20 out. 2008.
58
consolida o espírito de luta de cada um. Eis o inteiro teor da referida Súmula:
“Súmula n.° 358. O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a
maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos
próprios autos”. 130
134
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Agravo Regimental em Medida Cautelar n.°
12032/DF (2006/0208375-3). Agravante: V. S. N. de A. Agravado: W. S. A., W. S. A. e W. S. A. A.
Relator: Ministra Nancy Andrighi, Brasília, DF, 6 de fevereiro de 2007. Disponível em: <http://www.
stj.jus.br/SCON/jurisprudência>. Acesso em: 20 out. 2008>. As expressões latinas fumus boni iuris e
de periculum in mora significam, respectivamente, fumaça do bom direito e perigo da demora, e a
expressão a quo quer dizer do qual, utilizada para se referir ao juiz ou tribunal que proferiu a decisão
recorrida, e de onde provém o processo Grifo nosso.
60
Em que pese sua mais nobre virtude, reconhecemos que a referida Súmula
trouxe responsabilidade ímpar para o juiz: decidir se é caso de exoneração ou não e
decidir a demanda. A autoridade judiciária deverá se valer do princípio do
contraditório, no qual ambas as partes terão oportunidades de levar seus
argumentos ao judiciário e contradizer a parte contrária. Essa contenda será de
suma importância na medida em que o Juiz colherá dados que irão subsidiar sua
decisão, nos termos da jurisprudência do STJ já citada, bem como a que se segue,
in verbis:
135
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Acórdão no Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento n.° 655.104/SP (2005/0013277-4). Agravante: O. C. F. Agravado: L. G. P. C. Relator:
Ministro Humberto Gomes de Barros, Brasília, DF, 28 de junho de 2005. Disponível em: <http://www.
stj.jus.br/SCON/ jurisprudência. Acesso em: 20 out. 2008>. Grifo nosso.
136
VIANA, Marco Aurélio. S. Alimentos: ação de investigação de paternidade e maternidade. Belo
Horizonte: Del Rey, 1998, p. 144.
61
Toda vez que os laços de família não forem suficientes para assegurar a
cada pessoa humana as condições necessárias para uma vida digna, o
sistema jurídico obriga os componentes deste grupo familiar a prestar os
meios imperiosos à sua sobrevivência digna, por meio do instituto dos
alimentos, materializando a solidariedade constitucional.138
É que o filho pode tentar fazer de tudo, perante o juízo, para continuar na
dependência do obrigado, inclusive fazê-lo crer que a prestação alimentícia é
imprescindível. É possível que se argumente falsamente a necessidade de alimentos
em razão de gastos com educação, lar, moradia, transporte, cursos, entre outros,
especialmente se for instruído dessa forma, a fim de atender aos requisitos legais,
conforme decidiu o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, nos termos
seguintes:
137
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Acórdão no Recurso Especial n.°
688.902/DF (2004/0131794-1). Recorrente: J. A. M. S. Recorrido: V. M. S. Relator: Ministro
Fernando Gonçalves, Brasília, DF, 16 de agosto de 2007. Disponível em: <http://www.
stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?tipo_visualizacao=RESUMO&processo=688902&b=ACOR>.
Acesso em: 26 out. 2008.
138
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 587.
62
139
BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Estado de São Paulo. Cível. Acórdão
em Apelação Cível n.° 20060710040412/DF. Apelante: F. R. D. S. Apelado: M. P. S. N. Relator:
Desembargador Sérgio Bittencourt, Brasília, DF, 7 de fevereiro de 2008. Disponível em:
<http://tjdf19.tjdft.jus.br/cgi-bin/tjcgi1?DOCNUM=1&PGATU=1&l=20&ID=61302,48829,22052&MGWL
PN=SERVIDOR1&NXTPGM=jrhtm03&OPT=&ORIGEM=INTER>. Acesso em: 2 nov. 2008.
140
SANTOS, Nilton Ramos Dantas. Alimentos: técnica e teoria. Rio de Janeiro: Forense, 1997, p.
55.
63
144
BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Cível. Acórdão n.° 289.496
(Apelação Cível n.° 20060110335307/DF). Apelante: C. C. M. P. Apelado: B. B. F. Relator:
Desembargador Romeu Gonzaga Neiva, Brasília, DF, 8 de novembro de 2007. Disponível em:
<http://tjdf19.tjdft.jus.br/cgi-bin/tjcgi1?DOCNUM=1&PGATU=1&l=20&ID=61295,49090,2925&MGWL
PN=SERVIDOR1&NXTPGM=jrhtm03&OPT=&ORIGEM=INTER>. Acesso em: 26 out. 2008. Grifo
nosso.
145
BRASIL. Tribunal de Justiça de Goiás. Cível. Acórdão no processo n.° 200703625785 (Apelação
Cível n.° 115883-3/188). Apelante: (segredo de justiça) Apelado: (segredo de justiça):
Desembargador Amaral Wilson de Oliveira, Goiânia, GO, 5 de agosto de 2008. Disponível em:
<http://www.tjgo.jus.br/jurisprudencia/juris.php?acao=query&tipo=P&posicao=>. Acesso em: 2 nov.
2008. Grifo nosso.
65
146
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007 (coleção
direito civil), v.6, p. 361.
147
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Súmula n.° 358. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/we
bstj/Processo/Jurisp/Download/verbetes_asc.txt>. Acesso em: 20 out. 2008.
148
BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cível. Apelação Cível n.° 1.0024.06.063137-
1/001(1). Apelante: A. M. F. C. e outros. Apelado: A. M. C. Relator: Desembargador Mauro Soares de
Freitas, Belo Horizonte, MG, 14 de fevereiro de 2008. Disponível em: <http://www.tjmg.
gov.br/juridico/jt_/inteiro_teor.jsp?
tipoTribunal=1&comrCodigo=24&ano=6&txt_processo=63137&complemento=1&sequencial=0&palavr
asConsulta=da%20maioridade%20e%20passe%20a
%20existir&todas=&expressao=&qualquer=&sem=&radical=>. Acesso em: 26 out. 2008. Grifo nosso.
66
Essa prática também reside no fato de que assumir um novo ofício quando
se atinge 18 anos de idade é uma tarefa árdua para alguém que nunca trabalhou na
vida, em nada atraente para o jovem, ao passo que a adesão a esse encargo trará
para ele um efeito devastador: a possibilidade de o alimentante solicitar e ser
acatada a exoneração da pensão, muito embora o Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul, a respeito de pedido de exoneração de alimentos de filho maior,
decidiu, in verbis:
149
Sustento é referido aqui não apenas do sentido literal do termo, no caso alimentação, vai além, no
sentido de prover as necessidades mais amplas, como educação, moradia, transporte, saúde, lazer,
bem-estar, entre outros.
150
BRASIL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Cível. Apelação Cível n.° 594069726.
Apelante: A. R. D. Apelado: E. J. M. D. Relator: Desembargador Antônio Carlos Stangler Pereira,
Porto Alegre, RS, 25 de agosto de 1994. Disponível em: <http://www.tj.rs.gov.br/site_php/jprud2/
resultado.php>. Acesso em: 27 out. 2008. Grifo nosso.
151
BRASIL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Cível. Apelação Cível n.° 70006296966.
Apelante: N. M. R. Apelada: F. B. R. Relatora: Desembargadora Maria Berenice Dias, Porto Alegre,
RS, 4 de junho de 2003. Disponível em: <http://www.tjrs. jus.br/site_php/jprud2/ementa.php>. Acesso
em: 22 out. 2008. Grifo nosso.
67
ela, esse desafio deve ser deixado para depois, a exemplo do que fizeram seus
colegas e amigos, muito embora a dependência aos pais se mostra diferenciada em
cada caso.
152
BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Cível. Acórdão n.° 277.573
(Apelação Cível n.° 20060110366827/DF). Apelante: F. J. V. R. Apelado: J. P. N. R. Relator:
Desembargador Mário-Zam Belmiro Rosa, Brasília, DF, 16 de maio de 2007. Disponível em:
<http://tjdf19.tjdft.jus.br/cgi-bin/tjcgi1?DOCNUM=2&PGATU=1&l=20&ID=61295,50092,6049&MGWLP
N=SERVIDOR1&NXTPGM=jrhtm03&OPT=&ORIGEM=INTER>. Acesso em: 26 out. 2008. A
expressão extra petita quer dizer decisão fora do que foi pedido. Grifo nosso.
68
No entanto, o peso dessas preocupações pode ser inútil, uma vez que na
sociedade se encontra pessoas para tudo, inclusive jovens capazes de uma atuação
teatral perante o juízo, com direito a choro, encenação e tudo, só para convencê-lo
da falta necessidade da prestação pós-maioridade, muito embora essa tarefa nem
sempre é bem sucedida, conforme se verifica na decisão do Tribunal de Justiça de
Santa Catarina, in verbis:
153
FARIAS, Cristiano Chaves; ROSEMVALD, Nelson. Direito das Famílias. De acordo com a Lei n.°
11.340/06, Lei Maria da Penha, e com a Lei n.° 11.441/07, Lei da Separação, Divórcio e Inventário
Extrajudiciais. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008, p. 624.
154
BRASIL. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Cível. Apelação Cível n.° 1.0024.06.197021-
6/001(1). Apelante: J. A. J. Apelado: K. G. A. B. Relator: Desembargador Edivaldo George dos
Santos, Belo Horizonte, MG, 26 de agosto de 2008. Disponível em: <http://www.tjmg.
gov.br/juridico/jt_/inteiro_teor.jsp?
tipoTribunal=1&comrCodigo=24&ano=6&txt_processo=197021&complemento=1&sequencial=0&palav
rasConsulta=da%20maioridade%20e%20passe%20a
%20existir&todas=&expressao=&qualquer=&sem=&radical=. Acesso em: 26 out. 2008>. Grifo nosso.
69
155
BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina. Cível. Apelação cível 2004.021089-2.
Apelante: O. R. C. Apelado: T. R. C. Relator: Desembargador Dionízio Jenczak, Florianópolis, SC, 28
de junho de 2005. Disponível em: <http:// tjsc6.tj.sc.gov.br/ jurisprudencia/VerIntegraAvancada.do>.
Acesso em: 28 out. 2008>. Grifo nosso.
156
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Administrativo. Acórdão no Recurso Especial n.° 442502/SP
(2002/0071283-0). Recorrente: Stella Isolla Cristofani da Costa Lopes e outro. Recorrido: Irineu
Roberto da Costa Lopes. Relator: Ministro Antônio de Pádua Ribeiro, Brasília, DF, 6 de dezembro de
2004. Disponível em: <http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudência>. Acesso em: 20 out. 2008.
70
CONCLUSÃO
Levantou-se, mas é uma hipótese não comprovada, que o filho maior será
capaz, perante a autoridade judiciária, de se valer de todo um teatro em nome da
necessidade, com o fim exclusivo de continuar recebendo a pensão alimentícia.
Esses jovens ainda devem ser alertados para o fato de que a prestação
alimentícia não deve gerar enriquecimento ilícito e muito menos favorecer o
parasitismo do alimentando, acostumando-o a um modo de vida totalmente
dependente da obrigação alimentar.
Por fim, como o assunto não foi esgotado, recomendo estudos mais
aprofundados sobre a problemática levantada neste trabalho monográfico, com
sugestão de análise dos novos julgados que virão em seguida à edição da Súmula
n.° 358/STJ.
74
REFERÊNCIAS
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Santos, 1925.
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Mecum, obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio
Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed.
atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007.
BRASIL. Constituição (1988), Constituição da República Federativa do Brasil. In:
Vade Mecum, obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de
Antonio Luiz de Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia
Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São Paulo: Saraiva, 2007.
BRASIL. Lei n.° 10.741, de 1 de outubro de 2003. Diário Oficial [da] República
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Acesso em: 21 out. 2008.
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Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Lei/L114
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Disponível em: <http://www.presidencia.gov.br/legislacao>. Acesso em 20 out. 2008.
BRASIL. Lei n.° 5.478, de 25 de julho de 1968; Lei n.° 6.014, de 27 de dezembro de
1973; Lei n.° 8.971, de 29 de dezembro de 1994. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/_Lei-Ordinaria.htm>. Acesso em 20 out.
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BRASIL. Lei n.° 5.869, de 11 de janeiro de 1973. In: Vade Mecum, obra coletiva de
autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Antonio Luiz de Toledo Pinto,
Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Livia Céspedes. 4. ed. atual. e amp. São
Paulo: Saraiva, 2007.
BRASIL. Lei n.° 6.515, de 26 de dezembro de 1977. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 26 de dezembro de 1977.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L6515.htm>. Acesso em 20 out.
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em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm>. Acesso em: 22 out. 2008.
75
BRASIL. Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. Cível. Acórdão n.°
277.573 (Apelação Cível n.° 20060110366827/DF). Apelante: F. J. V. R. Apelado: J.
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B. B. F. Relator: Desembargador Romeu Gonzaga Neiva, Brasília, DF, 8 de
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S., F. W. S., F. S. S. e F. S. S. Relator: Desembargador George Lopes Leite,
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<http://tjdf19.tjdft.jus.br/cgi-bin/tjcgi1?
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mãe S. S. B., assistida por sua mãe S. R. A. S. Apelado: J. R. B. Relator:
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Agravado: M. A. M. Relator: Desembargador José Divino de Oliveira, Brasília, DF, 29
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DOCNUM=20&PGATU=1&l=20&ID=61291,53017,13995&MGWLPN=SERVIDOR1&
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Apelado: M. P. S. N. Relator: Desembargador Sérgio Bittencourt, Brasília, DF, 7 de
fevereiro de 2008. Disponível em: <http://tjdf19.tjdft.jus.br/cgi-bin/tjcgi1?DOCNUM=1
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com a jurisprudência e com o novo código civil. (Lei n.° 10.406, de 10/01/2002), com
a colaboração do Des. Luiz Murillo Fábregas e da Prof.ª Priscila M. P. Corrêa da
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WELTER, Belmiro Pedro. Alimentos no Código Civil. 2. ed. São Paulo:
Thomson/IOB, 2004.
82
Brasília-DF
2008
83
verso da 2ª fl.