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ISCED – LUANDA
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Agradecimento
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Resumo
Neste trabalho de investigação científica sobre a fuga a paternidade em Angola,
procuramos sintetizar o assunto em quatro (4) subtemas.
Procuramos com isso, levar ao leitor um estudo dos principais motivos que levam a
fuga a paternidade e quais consequências permanentes que podem causar aos
indivíduos e a sociedade.
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Índice
Dedicatória....................................................................................................................................i
Agradecimento.............................................................................................................................ii
Resumo.......................................................................................................................................iii
Introdução....................................................................................................................................1
Objectivos....................................................................................................................................2
Objectivos Gerais.....................................................................................................................2
Objectivo específicos...............................................................................................................2
I – Situação da fuga a paternidade................................................................................................3
II – Principais causas da fuga a paternidade.................................................................................3
III - Enquadramento Legal da fuga a paternidade.........................................................................4
IV – Consequências da fuga a paternidade...................................................................................4
Conclusão.....................................................................................................................................5
Bibliografia..................................................................................................................................6
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Introdução
O tema em questão, é de extrema importância, por isso a razão de trazermos como tema do
nosso trabalho “A fuga a paternidade em Angola”, abordaremos com algum detalhe em como
este fenómeno se difundiu, quais as causas, e que consequências poderá trazer a sociedade.
O objectivo principal é definir o que é a fuga a paternidade tendo em conta vários factores.
Segundo (Cunico & Arpin, 2017), na evolução histórica da família concebe-se três grandes
fases, cada fase com características próprias, quais sejam: família tradicional, moderna e
contemporânea. A figura paterna, por muito tempo, ocupou um lugar central e privilegiado, o
pai era visto como o cabeça, o provedor, o inquestionado.
Angola não escapou deste fenómeno, e atendendo a condição social o número de crianças
abandonadas ou órfão de pai vivo. Inúmeros são os casos de criança a recolherem lixos,
crianças abandonadas pelos pais nas portas de igrejas, lares e deitadas em contentores de lixo ou
outros depósitos, e também vivencia-se que as crianças e adultos que vivem em um ambiente
onde um dos pais abandonou, são propensos a contraírem doenças e outros tais como:
desnutrição, alcoolismo e trabalho infantil, prostituição, desta feita, em meio a estas situações
alarmantes que esta problemática causa, levou-nos a esta tarefa de abordar sobre a fuga à
paternidade no fórum Patológico (Kinhama, 2022).
Por tanto com este trabalho procuramos trazer em debate este tema, para que todos possamos
entender as consequências da ausência da figura paterna.
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Objectivos
Objetivos Gerais
O objectivo deste trabalho de investigação é de apresentar as consequências do não
tratamento e acompanhamento do fenómeno da fuga a paternidade e mostrar como as
famílias saem prejudicadas.
Objectivo específicos
Neste trabalho de investigação, teremos como objectivos:
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I – Situação da fuga a paternidade
A fuga a paternidade é a negação ou rejeição de assumir as suas responsabilidades paternais ou
maternais em relação aos filhos nascidos. (Mozaikos, Instituto para Cidadania, 2022).
O padre Mulewu aponta: o não sustento da família com o salário insuficiente de um dos pais, o
desperdiço de dinheiro, pode levar a negligenciar os filhos, a prostituição de um dos pais conduz
a negação da acção paternal sobre os filhos, a infidelidade no lar, leva um dos parceiros a
abandonar os filhos com um dos cônjuges sem tomar conta deles, a irresponsabilidade dos pais
em não cuidar dos filhos sobretudo na saúde, no vestuário e na habitação constitui
consequências negativas sobre os filhos por falta de atenção. (Mozaikos, Instituto para
Cidadania, 2022).
Entre os males da fuga à paternidade constam a falta de registo civil, crianças fora do sistema de
ensino, ausência de alimentação condigna, factores psicológicos, desestruturação de famílias e o
surgimento de casos de crianças na rua, que muitas vezes enveredam pelo mundo da
delinquência infanto-juvenil. (Júnior, Suzana, & Lopes, 2022)
Paulo Kalessi, Presidente do INAC – Instituto Nacional da Criança, assume que nos casos de
fuga à paternidade, na sua maioria, estão envolvidos agentes da Polícia Nacional e militares das
Forças Armadas de Angola (FAA). (Leite, 2020).
A violência doméstica tem sido apontada como o confronto físico ou verbal como forma de
resolução do conflito familiar, e quando há conflito entre o casal, muita das vezes, há violência
e esta violência, levando à separação do casal, divórcio, prisão ou ainda à morte. Diante disto,
os filhos sofrem as consequências desta situação.
Alguns casos, a violência é contra a própria crianças, quando estes passam por maus-tratos,
ofensas físicas ou verbais, muitos fogem como tentativa de livrar-se da violência no lar, por não
aguentar a violência e, assim, tornam-se crianças de rua distantes do amor dos pais, da
assistência afectiva e financeira e, ainda, passam a viver em lares ou instituições acolhedoras.
O divórcio, apontado como um dos factores que influencia a fuga à paternidade, tem grande
implicância nas relações entre pais e filho(a) inegavelmente. O divórcio quebra a unidade
familiar e com isto fragiliza a boa relação entre o pai e os filhos; muitos pais deixam de prestar
assistência e de cumprir com a sua verdadeira responsabilidade, pois acabam se encontrando
distante do filho.
Superstição (Feitiçaria)
Sendo Angola, um país com uma literacia carenciada, muitos casos socias são justificados pela
prática e uso da feitiçaria. Muitos pais abandonam seus filhos, acusando elas de feiticeiras ou
azarada. Apesar de ser uma prática que não se estuda academicamente, ainda é uma das razões
forte, das quais justifica a fuga a paternidade.
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Nota-se que, nesta perspectiva que, o homem é desresponsabilizado de sua decisão de deixar a
família e, concomitantemente, a mulher feiticeira é, por este olhar social, culpabilizada. Assim,
a culpa pelo abandono familiar, justifica-se por via da feitiçaria, que passa do homem que
deixou a família para a mulher que o desejaria. (Sapalo, 2019)
No que tange aos 11 Compromissos da Criança, importa ressaltar que em 2007, durante o III
Fórum Nacional sobre a Criança, o Governo de Angola assumiu os 11 compromissos de
protecção à criança, a saber:
1. Esperança de vida
3. Registo de nascimento
5. Educação primária
6. Justiça juvenil
9. Competências familiares
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Os governos, podem sim reforçar as políticas socias de integração, mas, o número de abandono
ou fuga a paternidade não é controlado, não conseguirá certamente controlar os danos que este
fenómeno causa a sociedade.
Quando um pai se furta de suas responsabilidades, ela deixa a criança vulnerável a todos os
tipos de ataques que a sociedade oferece.
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Conclusão
A guisa de conclusão, é necessário e urgente olhar-se para a fuga a paternidade como um
problema social que afectará toda estrutura social. Porque as crianças constituem o grupo mais
vulnerável à essa prática, contudo os elevados níveis de violência que se produz a nível da
sociedade está intrinsecamente ligado à essa situação. Neste sentido quanto menores forem os
níveis de fuga à paternidade menores serão as estatísticas inerentes à essa situação. Precisamos
urgentemente olha com atenção a isto, se quisermos fazer uma sociedade saudável.
O estado deve urgentemente adoptar medidas de integração social, para permitir a redução da
precaridade social e assim exigir de facto a responsabilização de pais que escolhem a fuga como
a rota mais fácil para escapar do peso financeiro de sustentar uma criança.
É mais que necessário, um estudo de profundidade, para se entender os verdadeiros motivos que
funcionam como pólvora para este fenómeno.
Que seja criado grupos e estruturas socias que trabalham na construção do homem,
sensibilizando-o das consequências que poderá trazer as crianças abandonadas.
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Bibliografia
Calueyo, A. (14 de Nov de 2022). Julaw. Obtido de Julaw: https://julaw.ao/a-fuga-a-
paternidade-e-a-maternidade-aracilis-calueyo/
Cunico, S. D., & Arpin, D. M. (2017). Família em mudança: desafios para. Porto Alegre: Porto
Alegre.
Mozaikos, Instituto para Cidadania. (14 de Nov de 2022). Obtido de Mozaikos, Instituto para
Cidadania: https://mosaiko.op.org/fuga-a-paternidade/