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O Auxílio-Reclusão
Um Direito Previdenciário
FOLHA DE ROSTO
O Auxílio-Reclusão
Um Direito Previdenciário
RESUMO
Work on Relief Assistance as a social security benefit like so many other examples:
sickness aid, retirement, maternity aid, death pension. Where a person acquires the
right to work by signing a contract or contributing voluntarily. It is a right of the
detainees' dependents who no longer count on their freedom and must live with the
prison difficulties and living obligations of those who have been left out here.
[...] o sistema carcerário tem como função reeducar o preso e uma das
formas de ressocialização é dar-lhe oportunidade de exercer uma atividade
profissional dentro do sistema carcerário, fato que não ocorre. Logo, o
preso, além de não estar sendo reeducado, por uma falha no sistema não
pode exercer qualquer espécie de trabalho, primeiro por estar recluso,
segundo por má administração do Estado em não construir uma
penitenciária produtiva que proporcione o exercício profissional 1.
Sendo que não impede que quem irá receber tenha outra renda
comprovada ou não, quando se estiver recebendo algum valor previdenciário deve-
se optar pelo mais vantajoso, pois não existe acúmulo de benefícios.
Dúvida frequente é quanto a carência para dar entrada neste direito e
quantas são as parcelas necessárias estarem pagas e somente quem tiver a carteira
assinada no dia da prisão poderá pleitear.
Não existe carência, ou seja, a partir do momento que se tem a carteira
assinada ou estado em estado de graça previdenciária, requisitos que explicaremos
em um capítulo a parte, se enquadra como detentor deste direito.
3. A RENDA DO SEGURADO
Ao contrário do que muitos pensão, o auxílio-reclusão é um beneficio
restrito ao tempo de contribuição ou simplesmente ter a carteira assinada quando
preso. É fundamental ter dois fatores para se ter este direito, em primeiro lugar, e
sem dúvida o mais importante, ter contribuído com a previdência social, o segundo é
não ter recebido como forma de pagamento valor maior que R$ 1.370,00. O primeiro
fator é taxativo, contribui tem direito vai receber, o segundo deixa uma pequena
margem de dúvida quanto a quem tem direito, pois é o valor da última contribuição
ou estando em estado de graça previdenciária o valor que está recebendo no
momento. Vários que foram presos não estariam recebendo nenhum valor
comprovado, então todos teriam direito por não estarem recebendo qualquer quantia
comprovada, dúvidas que são julgadas caso a caso pelo judiciário.
Correntes jurídicas diversas entendem que somente o segurado que
pague até o valor do teto se enquadra como baixa renda tendo o direito ao benefício.
Nem sempre foi assim, antes da Emenda Constitucional nº 20/1998, não
havia restrições para a concessão do benefício aos que recebiam qualquer valor, até
mesmo aqueles que contribuíam com o teto previdenciário tinham direito, não
proporcional aquilo que pagavam, mas vinculado ao teto pago a todos.
Todo e qualquer segurado recluso possui desta forma condição de
auxiliar e amparar seus dependentes.
É necessário que toda concessão e cancelamento de qualquer tipo de
benefício ou auxílio previdenciário devia ser muito bem estudado e regulamentado,
não se criando lacunas entre estes ou sofrendo mudanças por pressões externas
como a mídia ou pressão popular. Cortar valores e direitos pela justificativa pelo
Governo Federal da falência do sistema previdenciário público desemparando
aqueles que contribuíram ao longo de uma vida inteira, que muitos jamais queriam
ou gostariam de usufruir deste alento, e mantendo regalias e privilégios ao Poder
Judiciário e mesmo legislativo, como aposentadoria de senadores após 180 dias
consecutivos de mandato e sem dúvida desumano e injustificável.
As pessoas contribuem facultativamente ou obrigatoriamente para terem
em seus piores momentos, seja na velhice, no auxílio-doença, afastamento
temporário ou permanente por qualquer motivo, como a invalidez, auxílio-natalidade
ou auxílio-reclusão, tema deste trabalho, retorno daquilo que foi cobrado e
devidamente pago. Valores que são impostos e que não adianta questionar,
recursar-se a pagar, se não cumprir com sua parte como cidadãos não tem perdão.
Já o Estado não cumprir suas obrigações é fato sem punição. Por maior
que seja o salário de quem estiver preso no momento que estiver na cadeia deixará
de receber seu salário e se caso não tenha reserva financeira ou bens disponíveis
poderá, e com toda certeza, passar por grandes dificuldades e necessidades.
Uma grande injustiça social se fez ao limitar o recebimento do auxílio-
reclusão a quanto o segurado recebeu de salário a mais do que o permitido.
Muitas das vezes é um pouco a mais que impede este recebimento,
deixando famílias inteiras de trabalhadores de carteira assinada, que não são
bandidos ou tendenciosos ao crime, sem nenhuma renda, recurso ou mesmo auxílio.
Proteger a qualidade de vida é resguardo à Instituição Familiar devem ser
obrigação do Estado mantendo todos os benefícios previdenciários aos contribuintes
e seus dependentes.
6. DOCUMENTOS EXIGIDOS
Documentação básica:
Documento de identificação do requerente (carteira de identidade, carteira de
trabalho ou outro qualquer);
Título de eleitor, certidão de nascimento ou de casamento (expedido há mais
de 5 anos);
Procuração, se for o caso;
Cadastro de Pessoa Física (CPF);
Carteira de trabalho ou outro documento que comprove o exercício de
atividade anterior a julho/94;
Pis/Pasep;
5
ALVES, Hélio Gustavo. Auxílio Reclusão. Direitos dos presos e de seus familiares. São Paulo: LTR, 2007. p. 118.
Certidão do efetivo recolhimento do segurado à prisão.
Documentação complementar, para períodos anteriores a julho de 94, de
acordo com os vínculos com a Previdência Social, tais como:
Cartão de Inscrição de Contribuinte Individual (CICI);
Documento de Cadastramento do Contribuinte Individual (DCT-CI);
Comprovantes de recolhimento à Previdência Social;
Contrato social (sócio de empresa ou de firma individual);
Comprovantes de cadastro no INCRA;
Contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
Bloco de notas e/ou notas fiscais de venda por produtor rural;
Declaração de sindicato de trabalhador rural, sindicato de pescadores, de
colônia de pescadores, do IBAMA, do Ministério da Agricultura ou de sindicato
rural;
Declaração da FUNAI;
Outros previstos em regulamentação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como
é visto de uma forma pejorativa pelos membros da sociedade quem está de fora e
como é importante para aqueles que recebem o auxílio-reclusão.
Acreditar que alguém prefere perder sua liberdade para receber tão
minguado recurso que será dividido em partes iguais para todos é no mínimo
desvalorizar a raça humana.
Devemos lembrar que quem tem o direito a este benefício trabalhou
regularmente de carteira assinada ou como contribuinte e muitas das vezes comete
pequenos delitos no qual todos estão sujeitos a cometer.
Ao dar o direito a este benefício, o Estado evita que toda a pena do
condenado recaia sobre sua família, perpetuando e transferindo pena de um
condenado para um inocente.
REFERÊNCIAS