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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - COMPUS CORRENTE

CURSO BACHARELADO EM DIREITO

LARISSA MENDES DIAS

PROFESSOR: CRISTIANO BRASILEIRO

Cumprimento de Sentença de Obrigação de Quantia Certa sob


Regimento Especial: Cumprimento de Sentença e obrigação de
Prestar Alimentos e Cumprimento de Sentença que reconhece
obrigação de pagar quantia certa pela Fazenda Pública

Corrente-PI, 13 de janeiro de 2023


1 - Cumprimento de sentença de obrigação de quantia certa sob regime especial:

Resumo:
O presente trabalho tem como objetivo a análise do cumprimento de sentença de
obrigação de quantia certa sob regime especial, mas especificamente dos tópicos:
Cumprimento de sentença e obrigação de prestar alimentos, e cumprimento de sentença que
reconhece a obrigação de pagar quantia certa pela fazenda pública. Abaixo será explanado
uma pesquisa sobre os temas, suas mudanças conforme o novo CPC, bem como a
importância deles e sua aplicação prática nos casos que lhe são solicitados.

Introdução:

Cumprimento de sentença é o procedimento que se concretiza a decisão do juiz feita ao


fim do processo de conhecimento. É o fim do processo civil que satisfaz o título de execução
judicial. O novo CPC, trouxe consigo mudanças que tornaram mais claros e objetivos o
entendimento das sentenças. Na maioria dos casos, as demandas não ocorrem de forma
amigável e o juiz tem que intervir para que seja cumprida a decisão sentenciada pelo mesmo.
Entendido o objetivo do cumprimento da sentença judicial , vamos adentrar em duas
temáticas específicas que são : o cumprimento da sentença e obrigação de pagar alimentos,
que é regido pelo novo CPC, instituído pela lei 13.105 de 16 de março de 2015 que registra
as quatro possibilidades para se executar os alimentos devidos, com diferença nos tipos de
títulos e no tempo de débito.
Também houver mudanças oriundas do novo código de processo civil no que diz respeito ao
cumprimento de sentença que reconhece a obrigação de pagar quantia certa pela fazenda
pública, que propuseram a importante mudança na execução por quantia certa contra fazenda
pública , pois os títulos judiciais passaram a ser judicialmente exigidos por um cumprimento
de sentença. Abaixo, aprofundaremos cada temática retromencionadas acima.
2 - Cumprimento de sentença e obrigação de prestar alimentos:

O cumprimento da sentença que reconhece a exigibilidade da obrigação de prestar


alimentos sofreu algumas modificações , trata-se da novidade quando comparado com o
antigo CPC de 1973 , que não continha as mudanças introduzidas pela lei 11.232/2005 , que
torna mais objetivo a mudança do código de processo civil de 2015 , envolvendo alimentos
nos artigos 528 a 533 . De acordo com o artigo 528, o magistrado , a pedido do exequente ,
intimará pessoalmente o executado , para que em três dias , pagar o débito , provar que o fez
ou justificar ou justificar a impossibilidade de realizar o pagamento .
Somente comprovado a impossibilidade absoluta de pagar que justificar o inadimplemento ,
o magistrado assim , determinará o protesto da decisão judicial que legitima o cumprimento.

A preferência a prisão civil como elemento coercitivo é manifesta , assim , se não pagar
a dívida no prazo de três dias ou se não se justificar a impossibilidade de fazê-ló. , sem
prejuízo do protesto já mencionado , será decretada a prisão do executado, prisão essa que
será cumprida em regime fechado , pelo prazo de um a três meses , devendo o preso ficar
separado dos presos comuns . Não exume- se o executado do pagamento das prestações
vencidas . O prazo para a prisão , é o vencimento de três parcelas antes do início da etapa
de cumprimento e os que vencerem ao longo dela . Sempre caberá ao magistrado , analisar
o caso concreto em busca de uma real e efetiva urgência que possa justificar , se
encontrada , a combinação da prisão , a despeito de a dívida dizer respeito a dívida anterior
a três meses . De qualquer sorte , paga a dívida , o cumprimento de ordem de prisão será
suspenso . Ademais , o inciso nono permite que o exequente promova o cumprimento
relativo a obrigação alimentar no juízo de seu domicílio, além das alternativas previstas
no parágrafo único do artigo 516 .
O artigo 529 admite o desconto em folha de pagamento da importância da prestação
alimentícia quando o executado for funcionário público , militar , diretor ou gerente de
empresas , bem como empregado sujeito à legislação do trabalho . Nessas hipóteses , o
magistrado oficiará as autoridade, à empresa ou o empregado determinado , sob pena de
crime de desobediência o desconto a partir da primeira remuneração posterior do executado,
a contar do protocolo do ofício . O ofício conterá os nomes e o número da inscrição do CPF
do exequente e do executado , a importância a ser descontada mensalmente , a tempo de sua
duração e a conta a qual deve ser feito o depósito .
Permite - se também que o desconto dos rendimentos ou rendas concretize-se para o
pagamento de parcelas já vencidas , não apenas , portanto para as parcelas vincendas . Neste
caso, a parcela a ser descontada , somada a parcela vincenda , não pode ultrapassar cinquenta
por cento dos ganhos liquidados do executado . Se as medidas coercitivas ou sob- rogatórias
disciplinadas nos artigos 528 e 529 , isto é , pagamento sob pena de prisão , sob pena de
multa ou, ainda , sob desconto em folha não forem eficazes , terá início a prática dos atos
executivos nos moldes ao o tradicionais , com penhora , avaliação e alienação de bens visando
a satisfação do crédito .
Na análise a satisfação do crédito alimentar , merece destaque , o artigo 532, segundo o
dispositivo , verificando a conduta procrastinatória do executado , o magistrado deverá , se
for o caso , dar ciência ao ministério público dos indícios da prática de delito de abandono
material . Trata - se da importante medida trazida pelo novo CPC de 2015, que dialoga muito
bem com as regras matérias incidentes na espécie . Para além das regras expressas
,as técnicas executivas direcionadas a prestação de obrigação alimentar merecem ser
flexibilizadas , consoante as vicissitudes de cada caso concreto .
É importante salientar , que o novo CPC, aprofundou a matéria relativa ao desconto em
folhas de pagamento das verbas relativas aos alimentos citados acima . Também , temos o
cumprimento da decisão que fixa alimentos provisórios , que são aqueles fixados antes da
sentença de alimentos submetida ao rito especial da lei 5.478/1968, essa decisão terá
natureza interlocutória e será passível de cumprimento , a mesma regra vale para os
alimentos fixados em sentença ainda não transitado em julgado . Vale lembrar que os
alimentos provisórios serão devidos até a decisão final e , portanto, ainda que haja recurso
(agravo de instrumento ) , o credor poderá propor o cumprimento da decisão . Convertidos
os alimentos provisórios em definitivos , o cumprimento da sentença já transitada em
julgado será processada nós mesmos autos .

Cumprimento de sentença que fica alimentos indenizátorios também está previsto nesse
roll que fixa a prestação de alimentos , são aqueles devidos em razão da prática de ato ilícito
, como , por exemplo , de homicídio , hipótese em que as pessoas que dependiam da vítima
podem pleiteá-los . A importância dos alimentos para a vítima , ou dos sucessores dela , no
caso do exemplo anterior , levou o legislador a estabelecer normas com o objetivo de
preservar o valor real da prestação e assegurar o cumprimento da obrigação , evitando que
eventual insolvência do devedor venha a comprometer a prestação das despesas alimentícias
. A preservação do valor dos alimentos , é alcançada com a permissão de se fixa- lós tomando
por base o salário mínimo , bem como pela possibilidade de revisão , para aumentar ou
diminuir , se sobrevier modificação nas condições econômicas do devedor ou do beneficiário
. No que tange às garantias para assegurar o pagamento da prestação alimentar , o exequente
poderá requerer do devedor a constituição de capital , cuja renda assegure o pagamento do
valor mensal da pensão . O capital garantidor do pagamento da prestação alimentar pode ser
representado por imóveis , títulos de dívida pública , ou aplicações financeiras em banco
oficial . O importante é que os rendimentos dos bens constituam garantia e sejam suficientes
para quitar as prestações enquanto perdurar a obrigação . O novo CPC prevê , ainda , que
poderão ser constituídos como capital , além dos bens imóveis , os direitos reais sobre
imóveis passíveis de alienação . Isso quer dizer que podem ser incluídos como garantia
alguns dos direitos elencados artigo 1.225 do código civil , como por exemplo , a hipoteca ,
usufruto e o direito do promitente comprador . É importante observarmos também , o artigo
531, que trás um entendimento no sentido das regras relativas ao cumprimento e aplicação
indistintamente aos alimentos definidos e provisórios , isto é , aqueles cuja responsabilidade
é fixada por decisão ainda pendente de reexame recursal ou já transitada em julgado ou
estabilizada de alguma outra forma e também aos alimentos legítimos ou indenizatórios ,
sendo indiferente , portanto , qual seja a origem dos alimentos se das relações do direito da
família , da prática dos atos ilícitos ou ainda relativos a verbas de subsistência e de sua família
, aí incluídos , até mesmo os honorários recebidos pelos profissionais liberais , dentre eles ,
advogados .
Ressalvamos que os alimentos são de grande importância no direito , fato este que se dá
porque estes estão diretamente relacionados com o direito à vida das pessoas , ao princípio
da dignidade humana e também o direito à solidariedade familiar , assim , a tutela de
obrigação de prestar alimentos está inteiramente ligada a questão do direito à vida , que todo
ser humano tem . Essa obrigação deve ser baseada nas necessidades do beneficiário e dos
recursos da pessoa obrigada . O STJ já assentou que a não pagamento integral das parcelas
alimentícias devidas autoriza a prisão civil do devedor dos alimentos . De outro vértice , os
alimentos vincendo comportam execução por meio de desconto na folha de pagamento
havendo previsão no artigo 529 do código de processo civil , com os mesmos critérios que
já foram citados acima . A competência para o cumprimento da sentença que estabelece a
obrigação de prestação de alimentos é com regra funcional . Cabe ao juiz prolator da decisão
que estabeleceu alimentos processar o módulo executivo .
A execução dos alimentos é na verdade execução de pagar quantia que em razão da especial
natureza do direito tutelado é tratada como execução especial . Havendo previsão dos atos
materiais próprios para a satisfação do crédito alimentar .
A temática da obrigação de prestação de alimentos é de suma importância para a vida e a
dignidade da pessoa humana , o que justifica a utilização de medidas coercitivas para a sua
cobrança e decretada a prisão civil , como forma de obrigatoriedade para prestação , não há
discussão quanto à constitucionalidade dessa questão . O emprego de tais medidas deve ser
realizado pelo magistrado , uma vez que o cerceamento do direito de liberdade constitui- se
em medida de exceção e poderá até mesmo dificultar o recebimento das prestações em atraso
. Nesse particular , o prazo da prisão não poderá ser superior ao estabelecido pelo código de
processo civil . Além disso , os limites que foram previstos pela jurisprudência e pelo novo
CPC com a limitação da execução da prestação de alimentos sob pena de prisão somente até
as três últimas prestações e as que se vencerem durante a tramitação da demanda , deverão
ser rigorosamente observados . Entendimento contrário implicará violação do menor
sacrifício possível do devedor .

Assim, é notório a importância do conhecimento sobre as novas regras do código de


processo civil com relação ao cumprimento de sentença de obrigatoriedade de prestar
alimentos , suas implicações , aplicações e mudanças que estão em vigor desde 2015 . É
importante destacar que o tópico é de suma importância , não só por ter princípios
constitucionais e necessários , mas também por ser corriqueiramente debatido, uma vez que
, diariamente vemos casos que são levados à justiça por envolverem a obrigatoriedade da
prestação alimentícia , já que na maior parte dos casos não se obtém sucesso tentando uma
conciliação entre ambas as partes , se arrastando até uma decisão firme por parte do
magistrado que irá julgar cada caso .

3 - Cumprimento de sentença que reconhece obrigação de pagar quantia certa pela


fazenda pública

A execução ou cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de pagar quantia


certa pela fazenda pública abrange as dívidas pecuniárias da fazenda , ou seja , da pessoa
jurídica de direitos públicos pela união , dos estados , dos municípios e do Distrito Federal
,incluindo suas autarquias e fundações públicas . Outro ponto que , a despeito das profundas
reformas pelos quais o CPC passou de 1973 atravessou nos anos 2000, acabou sendo deixada
de lado , foi a “execução contra a fazenda pública “ quando relativa ao pagamento em
dinheiro . Os artigos 730 e 731 do CPC de 1973 , com efeito , acabaram , por se mostrar ,
na perspectiva infraconstitucional , absolutamente insatisfatórios é totalmente anacrônicos ,
com relação às técnicas que , especialmente com a lei 11.232/ 2005 foram incorporadas a
ele .
Coerentemente , tratando - se do cumprimento de sentença que determina a fazenda
pública , um fazer ou um não fazer , ou, ainda , entregar algo que não seja dinheiro,
inexistentes normas constitucionais a serem observadas quanto ao procedimento de sua
implementação concreta , prevalecendo no que diz respeito às técnicas executivas e aos seus
correspondentes processos e procedimentos , a disposto da legislação infraconstitucional ou
nos artigos 536 e 538 do CPC de 2015 . É por esta razão, aliás , que o presente número rente
a disciplina codificada , trata apenas do cumprimento de sentença relativo ao pagamento de
quantia certa pela fazenda pública .
Cabe ao credor da fazenda pública , apresentar demonstrativo discriminado e atualizado de
seu crédito observando as exigências do artigo 534 . O cumprimento por parte da fazenda
pública faz- se por precatório ou por levantamento de valores depositados em conta
específica a disposição dos órgãos jurisdicionais , sendo a constrição sob bens titularizados
pela fazenda pública constitucionalmente previstos . Nas hipóteses de haver litisconsórcio
ativo , o artigo 534 determina que cada um deverá apresentar o seu próprio demonstrativo ,
sem prejuízo de , consoante o caso , o litisconsórcio ser desmembrado para a etapa de
cumprimento de sentença nos termos. O inciso segundo do artigo 534 exclui expressamente
a multa no cumprimento de sentença contra a fazenda pública o que é corretíssimo do ponto
de vista sistemático . É que a fazenda pública não é intimada para pagar , mas para , querendo
apresentar impugnação , exercendo desde logo , o contraditório . É da análise de seu
comportamento relativo a impugnação , inclusive na perspectiva de ela ser , ou não , recebida
no efeito suspensivo que o pagamento
mostrar-se-á pertinente , observando - se para tanto , o disposto na CF .
A fazenda pública será intimada por requerimento apresentado pelo exequente na pessoa
de seu representante judicial , mediante carga , remessa , ou por meio eletrônico . Terá trinta
dias para , se for o caso, oferecer impugnação , nos próprios autos .

A impugnação da fazenda pública poderá versar sobre : a falta ou a legitimidade da parte ; a


inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação ; o excesso de execução ou
cumulação indevida de execuções ; a incompetência relativa ou absoluta do juízo da
execução ; e qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação , como pagamento ,
novação , compensação , transação ou prescrição , desde que supervenientes ao trânsito em
julgado da sentença .
A regra precisa ser interpretado sistematicamente no sentido de que a alegação e prova de
fatos novos ser possível também em sede de apelo , não , contudo, em eventual fase recursal
extraordinária ou especial . Destarte , apesar da diferença textual entre as hipóteses , parece
ser mais apropriado , interpretá-las da mesma forma , incentivando que aquelas matérias
sejam introduzidas na etapa de conhecimento ainda que posteriormente a prolação da
sentença . Até como forma de evitar de distinção para a impugnação ofertada pela fazenda
pública o que colocaria em xeque a isonomia processual . Também cabe a fazenda pública
arguir impedimento ou suspeição do magistrado observando , para tanto , as regras
específicas .
Se a fazenda pública alegar excesso de execução , precisa declinar , de imediato , o valor
que entende devido . A consequência é clara : o não conhecimento daquela alegação .
Apesar da regra pra analisada ser mais econômica em seu texto que o seu par , não há porque
duvidar de que se o excesso de execução for o único fundamento da impugnação , a
desobediência da regra deve conduzir a sua rejeição liminar , salvo nos casos em que a
fazenda pública justificar a necessidade de prova pericial para aquele determinado fim .
Sobre a hipótese de a obrigação retratada no título executivo ser inexigível diante da decisão
a ser tomada , no controle de constitucionalidade , concentrado do difuso do STF . As
mesmas aplicam - se , inclusive , quanto aos aspectos de inconstitucionalidade formal .
Existe uma dúvida sobre a impugnação feita pela fazenda pública , se está tem efeito
suspensivo ou não. No entanto , na perspectiva do CPC de 20015 , a ideia a ser passada é a
de que a impugnação terá efeito suspensivo “automático “ .
Ocorre que na perspectiva constitucional , que é a preponderante para qualquer assunto
que diz respeito ao direito processual civil , está opção do legislador não é válida . A decisão
que deve ser transitada em julgado , na normalidade dos casos , para viabilizar o precatório
ou a reposição de pequeno valor é a da etapa de conhecimento e não da etapa de cumprimento
, isto é, aquela a ser proferida em eventual impugnação a ser apresentada pela fazenda pública
. Tanto é , que no artigo 535 , em sua primeira parte é reconhecida a possibilidade de
impugnação não ser apresentada pela fazenda pública ou no que se refere a hipótese da
impugnação ser parcial e a “a parte não ser questionado pela executada “ser , “desde logo
objeto de cumprimento “ . Por esta razão , é correto entender que cabe a fazenda pública
requerer a concessão de efeito suspensivo , a sua impugnação . Hipótese que deverá ser
demonstrada ao magistrado .
A única distinção que ocorre com relação ao que ocorre no cumprimento de sentença regida
pelo dispositivo , este , perfeitamente harmônico com o “ modelo constitucional “ é que a
fazenda não fica sujeita a garantir o juízo . Para ela a atribuição do efeito suspensivo depende
, exclusivamente da indicação de fundamentos relevantes e quando o prosseguimento de
execução for manifestado suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta
reparação . Se não requerer o efeito suspensivo ou se o magistrado não deferir o pedido ,
expede- se o precatório ou faz- se a requisição de pequeno valor desse logo , ainda que a
impugnação não tenha sido julgada .

O que ocorre é que a expedição do precatório ou a requisição do pequeno valor depende da


não concessão do efeito suspensivo a impugnação a ser apresentada pela fazenda pública . Os
efeitos da decisão a ser cumprida , destarte , não são liberados , ao menos como regra , até
aquele instante e o serão ou não a depender do indeferimento ou deferimento do pedido de
efeito suspensivo a ser formulado pela fazenda pública .
O cumprimento provisório , antes do advento daquele trânsito em julgado , é a excessão . A
tutela provisória é o canal correto da condução do credor da fazenda a satisfação imediata de
seu direito . A vedação da tutela provisória em alguns casos é flagramente infraconstitucional
. E, mais fosse a própria CF a autorizar o cumprimento provisório da sentença em face da
fazenda pública nos casos envolventes de pagamento de dinheiro e não haveria razão para
entender cabível , para a espécie , a necessidade de tutela provisória inclusive como condutor
de antecipação do cumprimento . Nos casos em que a execução contra a fazenda pública
tiver como fundamento título executivo extrajudicial a conclusão a se chegar com relação a
seus embargos à execução é diversa e isto , por mais paradoxal que possa parecer , a partir
do mesmo arcabouço normativo constitucional.,
O cumprimento da sentença contra a fazenda pública impõe procedimentos específicos que
estão elencados nos artigos 534 e 535 do código de processo civil , como já fora citado acima
. Isso porque os bens da fazenda pública são bens públicos e portanto , impenhoráveis e
inalienáveis . Em primeiro lugar , o cumprimento se da com o requerimento da parte que
deverá apresentar também demonstrativo discriminado e atualizado do crédito.
Após o juízo da admissibilidade do pedido , prossegue o magistrado com a intimação
pessoal da fazenda . Esta ocorre perante o órgão responsável pela representação judicial da
parte . Aqui temos : união , estado , município e Distrito Federal . A intimação da fazenda
será para , querendo , impugnar a execução no prazo de trinta dias . Observamos que , após
esses procedimentos, se a fazenda pública não pagar o débito , não será aplicada a multa de
10% . Para tanto existe um procedimento específico para que ocorra o pagamento do débito
, tal , já citado é explicado . Que acontece após a intimação realizada por meio eletrônico ,
para querendo no prazo de trinta dias impugnar a execução , está não sendo impugnada segue
para , por ordem do juiz dirigida à autoridade de quem o ente público foi citado o pagamento
de obrigação de pequeno valor no prazo de dois meses contado da entrega da requisição
mediante depósito na agência do banco oficial mais próxima da residência do enxequente ,
ocorrendo dessa forma na maior parte dos casos .
É importante ressaltarmos o que acontece após o cumprimento da sentença contra a fazenda
pública. Acontece após o juízo da admissibilidade do pedido , o prosseguimento do
magistrado com a intimação pessoal da fazenda . Essa intimação ocorre perante o órgão de
advocacia responsável pela apresentação judicial da entidade

4- Considerações finais

O presente trabalho teve como objetivo o esclarecimento , a pesquisa e a explanação de


dois temas extremamente importantes para o direito processual civil: cumprimento de
sentença é obrigação de prestar alimentos e o cumprimento de sentença que reconhece a
obrigação de pagar quantia certa pela fazenda pública . Em suma , o cumprimento de sentença
, nada mais é do que o procedimento jurídico que tem por objetivo principal concretizar o
que foi decidido pelo juíz , dando fim a fase de conhecimento e dando início a fase de
execução do processo . Que pressupõe título executivo , previsto no novo código de processo
civil de 2015 , bem como o processo de execução , fundado nas espécies de títulos executivos
extrajudiciais . Que acontece nos casos citados acima , o escopo do trabalho tem a análise e
a pesquisa do cumprimento de sentença e de como ela ocorre em cada um dos casos . Para
uma maior compreensão aprofundada de cada um , faz- se necessário uma releitura do novo
código de processo civil de 2015 que trouxe consigo todas as alterações e modificações
precisas dos temas . Objetivamos demonstrar a importância da reforma em consonância com
o princípio constitucional da celeridade . Além disso , também apresenta os principais
entendimentos jurídicos quanto a posição adotada pelos tribunais superiores brasileiros .
Concluindo , assim , a correlação da efetividade e da modernidade do direito perante a
procedimentos tão importantes realizados no âmbito do processo civil , bem como o seu
reflexo em cada um dos casos que lhe são apresentados .
No primeiro tópico temos o cumprimento de sentença por obrigação de prestar alimentos ,
que é de grande relevância , pois a questão alimentícia diz respeito à necessidade de todo ser
humano , e ao princípio da dignidade da pessoa humana , tal questão pode ser feita de
algumas formas , pois além da prestação de alimentos nos casos comuns e recorrentes , essa
obrigação de prestar também ocorre em casos menos corriqueiros como a indenização .Além
dos demais que foram mencionados .
Já no segundo , temos a questão da obrigatoriedade de quantia certa por parte da fazenda
pública , que é uma questão de bens públicos e deve seguir todos os procedimentos que foram
citados até o seu cumprimento , além dos prazos e processos devidos que devem ocorrer para
que tal seja oficialmente debitado . Assim , é possível concluirmos que cada qual tem
relevância para os casos que lhes forem solicitados e que as mudanças oriundas do novo
código de processo civil serviram para tornar mais simples e conciso o que já estava previsto
para cada tópico .

5 - Refeências

https://trilhante.com.br/curso/cumprimento-de-sentenca/aula/cumprimento-de-obrigacao-de-
prestar-alimentos
https://rafahel.jusbrasil.com.br/artigos/438202862/cumprimento-de-sentenca-reconhecimento-
da-exigibilidade-de-obrigacao-de-pagar-quantia-certa-no-cpc-2015
https://jus.com.br/artigos/65474/do-cumprimento-de-sentenca-que-reconheca-a-
exigibilidade-de-obrigacao-de-pagar-quantia-certa-pela-fazenda-publica

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