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22) Como ocorre a defesa na execução contra a Fazenda Pública? Qual o prazo para apresentar
a defesa? Explique.
A Fazenda Pública é intimada para apresentar impugnação no prazo de trinta dias. A intimação da
Fazenda Pública é pessoal (CPC, art. 183), podendo ser feita por carga, remessa ou meio eletrônico (CPC,
art. 183, § 1 º). Quando a intimação for feita por carga, considera-se dia do começo do prazo o dia da
carga (CPC, art. 231, VIII).
A Fazenda Pública se defende através de embargos à execução que segue a sistemática geral prevista
no CPC. Como os embargos possuem natureza de ação de conhecimento, a possibilidade de defesa é
ampla, podendo alegar quaisquer das matérias previstas no art. 917 do CPC:
23) Como ocorre o pagamento das dívidas? Explique.
O credor, que move execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, ocorre mediante pagamento
efetivado por meio de precatório. O precatório constitui simples requisição de pagamento,
encaminhado pelo Juiz da execução contra a Fazenda Pública ao Presidente do Tribunal competente.
O ente público deverá efetuar os pagamentos na ordem cronológica de apresentação dos precatórios,
como forma de garantir a isonomia entre os credores. Há exceção apenas para os créditos de natureza
alimentar, que terão preferência sobre os demais (art. 100, § 1º da Constituição Federal de 88 – CF/88).
24) Qual a ordem que deve ser estabelecida para os pagamentos em que a Fazenda Pública é
devedora? Explique.
Seguindo o artigo 100, CRFB Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital
e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
25) Admite-se transação pela Fazenda Pública, no pagamento dos seus débitos? Nesse caso,
sujeita-se à ordem de pagamentos dos precatórios? Explique.
É possível ter retornos financeiros ao realizar a compensação tributária com precatórios. Isso é possível,
porque, dependendo do título, o deságio pode ser muito grande. Desse modo, o valor é capaz de
compensar a dívida.
29)O que se considera pequeno valor, para fins de pagamento em se tratando de execução contra a
Fazenda Pública? Explique.
Os créditos definidos em lei como de pequeno valor não se submetem ao regime de precatórios e são
considerados como requisição de pequeno valor (RPV).
A Requisição de Pequeno Valor (RPV) é uma espécie de requisição de pagamento de quantia certa contra
a Fazenda Pública em razão de sentença judicial transitada em julgado.
Frise-se que os pagamentos das requisições de pequeno valor não estão sujeitos a mesma ordem
cronológica dos precatórios de grande monta, assim dispõe o § 3º do artigo 100 da Constituição Federal,
com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 62 de 2009. As demandas judiciais que tiverem por
objeto o reajuste ou a concessão de benefícios regulados nesta lei cujos valores não forem superiores a
R$ 5.180,25 (cinco mil, cento e oitenta reais e vinte e cinco centavos) poderão ser quitados sem a
necessidade da expedição de precatórios regulado no art. 128 da Lei nº 8.213/91.