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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

TRABALHO PARA SEGUNDA AVALIAÇÃO


DISCIPLINA: EXECUÇÃO CÍVEL
TEMA: EXECUÇÃO DE ALIMENTOS E EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA

1) O que se entende por obrigação alimentar? Explique.


Segundo o artigo 1.695 do Código Civil: “São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem
bens suficientes nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclama
pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento '', ou seja, o fundamento é a
reciprocidade familiar e assistências mútua.
2) Como se classifica a obrigação alimentar? É
classificado como necessários ou convenientes e quanto a finalidade são definidos em, provisórios e
provisionais.
3) Quais são as técnicas para a cobrança de alimentos? Explique. É
preciso propor uma ação no para que os valores dos alimentos sejam pagos, tendo as seguintes
alternativas: a)caso seja título
executivo extrajudicial, será mediante ação judicial visando a cobrança pelo rito da prisão, art. 911, CPC.
b) Também sendo título executivo extrajudicial, pelo rito da expropriação, art. 013, CPC.
c) cumprimento de sentença ou decisão interlocutória para a cobrança de alimentos pelo rito da prisão,
art.528 CPC. d) cumprimento de
sentença ou decisão interlocutória para a cobrança de alimentos pelo rito da expropriação, art. 530, CPC.
4) Como se processa a execução de alimentos por desconto em folha? Explique. Conforme
dito no Art. 529 - '' Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa
ou empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de
pagamento da importância da prestação alimentícia '' sendo assim, é preciso que a empresa receba um
ofício assinado por um juiz com o nome do executado, nele deve conter o nome da pessoa que vai
receber o benefício, bem como os dados bancários.
5) No que consiste a penhora de recebíveis? Explique.
Diferentemente da penhora de valores depositados em conta corrente, quando se dá o bloqueio de todo
o valor disponível até o total do débito executado, a penhora de recebíveis segue o trâmite da penhora
de renda (faturamento), onde se fixa um percentual sobre o valor total.
6) Como é a execução por constituição de capitais? Explique. É uma
técnica processual de satisfação do título executivo na formação de um fundo garantidor para o
cumprimento da obrigação alimentar que pode ser representado por imóveis, títulos da dívida pública
ou aplicações financeiras em banco oficial.
7) Explique o cabimento e o procedimento da prisão civil por alimentos.
É cabível nos casos de inadimplemento da dívida atual dos alimentos, considerando os últimos três
meses das parcelas alimentícias vencidas antes do ajuizamento da execução, bem como as que
vencerem no decorrer da lide. Ou na falta justificativa da possibilidade de efetuar o pagamento. A
escolha do rito de cumprimento de sentença da prestação alimentícia constitui uma opção exclusiva do
exequente, consoante dispõe o § 8º art. 528 do CPC.
8) Qual o prazo e o regime da prisão civil? Explique.
A prisão civil por inadimplemento na obrigação de alimentar atual pode ser decretada no prazo máximo
de 3 meses, porém, a prisão pelo prazo máximo só deve ser decretada em casos excepcionais e
devidamente fundamentada, art. 528, 3, CPC.
9) Quais os argumentos de defesa para afastar a prisão civil? Explique.
Alguns dos argumento que podem ser usados são: Prisão por condenação penal justifica impossibilidade
temporária de pagar pensão alimentícia; quando o credor é filho maior e capaz ou ex-cônjuge; Revés
Financeiro ( Alimentante que sofreu revés financeiro teve sua prisão por atrasar pensão afastada); A
impossibilidade de se pagar as prestações da pensão alimentícia (impossibilidade de pagar o débito deve
ser temporária, e o devedor terá de provar a sua situação de penúria); Alimentos provisórios com valor
elevado; Se o executado for dependente químico, internado para tratamento.
10) Quais os argumentos de defesa para afastar a prisão civil? Explique.
*Pergunta e resposta iguais a questão anterior (10).
11) Qual o processamento da execução de alimentos pelo meio da sub-rogação? Explique.
Um dos meios mais comuns para executar os alimentos são aqueles por meio da sub-rogação. É aquele
que substitui a vontade do executado, como por exemplo, pleitear que o valor dos alimentos sejam
descontados diretamente da folha de pagamento do devedor, esse meio está previsto nos artigos 529 e
912, ambos do Código de Processo Civil.
12) Qual o âmbito das regras especiais para a execução contra a Fazenda Pública? Explique.
tem previsão no art.100 da Carta Magna de 1988, no art. 97 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, cuja redação foi dada pela Emenda Constitucional n. 62/2009, e ainda, nos artigos 730 e
741 do Código de Processo Civil.
13) Qual o motivo para a existência de um procedimento específico para a execução contra a
Fazenda Pública? Explique.
Pois em regra, a execução contra a Fazenda não será feita mediante a constrição, penhora e
expropriação de bens, mas sim através da expedição de precatório, que é o instrumento pelo qual o
Poder Judiciário requisita, à Fazenda Pública, o pagamento a que esta tenha sido condenada em
processo judicial.
14) Quais as vantagens e desvantagens da requisição de pagamento? Explique.
A vantagens são: A segurança, o precatório é considerado como um título de dívida do governo;
Proteção contra inflação, pois são corrigidos pela inflação e acrescidos de juro de mora; A não
correlação, investir em precatórias sem correlação com mercado financeiro; Rentabilidade acima da
média, sendo assim investir em precatória é seguro e altamente rentável.
A desvantagem é que por se tratar de um investimento líquido, não é possível resgatá-lo antes do
vencimento. Por isso deve ser considerado como um investimento a longo prazo.
15) Qual a classificação dos créditos contra a Fazenda Pública?
A execução contra a Fazenda Pública pode fundar-se em título judicial ou em título extrajudicial. Quando
o título for judicial, há cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública (arts. 534 e 535, CPC). Sendo
extrajudicial, propõe-se a execução disciplinada no art. 910 do CPC. Tanto numa como noutra, é
necessário observar, como já afirmado, o regime de precatórios ou de requisição de pequeno valor- RPV,
previsto no art. 100 da Constituição Federal.
16) Indique como se processa a execução contra a Fazenda Pública.
Quando a Fazenda Pública é o devedor, as regras gerais de expropriação não têm aplicação, porque os
bens públicos são impenhoráveis e inalienáveis Quando a Fazenda Pública é o devedor, as regras gerais
de expropriação não têm aplicação, porque os bens públicos são impenhoráveis e inalienáveis
A execução contra a Fazenda Pública rege-se por regras próprias, que decorrem do art. 100 da
Constituição Federal e em regras do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
há de ser requerido pelo exequente, a quem cabe apresentar memória de cálculo contendo os
elementos relacionados no art. 534 do CPC. Nos casos de obrigação de fazer, não-fazer e entregar coisa,
não se aplica o art. 534; aplicam-se, isto sim, as regras gerais dos arts. 536 e 538.
17) Qual o juízo competente para processar e julgar a execução contra a Fazenda Pública?
Explique.
O Juiz competente para processar e julgar a execução contra a Fazenda Pública, devem ser resolvidas
pelo juízo que julgou a causa em primeiro grau. De fato, questões pendentes ou que surgirem após a
expedição do precatório, tais como impugnação de juros ou de acréscimos indevidos, ou, ainda, a
postulação de correção monetária não inserida no precatório, devem ser resolvidas pelo juízo de
primeiro grau.

18) Explique os legitimados - ativo e passivo - para figurar na referida execução.


figura no polo ativo a Administração Pública, como pessoa jurídica de direito pública, o que inclui
autarquias e fundações públicas, mas não empresas públicas e sociedades de economia mista. No polo
passivo, O polo passivo da execução fiscal, por sua vez, deve ser preenchido pelo devedor constante da
certidão de dívida ativa ou pelos seus sucessores a qualquer título.
19) Admite-se execução de título extrajudicial contra a Fazenda Pública? Explique.
De forma sintética e direta a Súmula 279 do STJ:"É cabível execução de título extrajudicial contra a
fazenda pública", logo, cabe-se a execução de título extrajudicial contra a fazenda pública.
20) Admite-se execução contra a Fazenda Pública sem que a sentença tenha transitado em julgado?
Explique.
Sim, é admitida a execução provisória contra a Fazenda Pública nos casos de instituição de pensão por
morte de servidor público. Isso porque se trata de obrigação de fazer (e não de pagar quantia). Assim,
não se aplica o regime dos precatórios e não será necessário aguardar o trânsito em julgado
21) São cabíveis honorários advocatícios na execução contra a Fazenda Pública? Explique
Temos então como certo o entendimento de que, nas execuções contra a Fazenda, embargadas ou não,
são cabíveis honorários de advogado, estabelecendo-se que eles podem ser estimados em um montante
fixo ou em termos percentuais. Na segunda hipótese, não pode o percentual de ambos os processos,
execução e embargos, ultrapassar 20%.

22) Como ocorre a defesa na execução contra a Fazenda Pública? Qual o prazo para apresentar
a defesa? Explique.
A Fazenda Pública é intimada para apresentar impugnação no prazo de trinta dias. A intimação da
Fazenda Pública é pessoal (CPC, art. 183), podendo ser feita por carga, remessa ou meio eletrônico (CPC,
art. 183, § 1 º). Quando a intimação for feita por carga, considera-se dia do começo do prazo o dia da
carga (CPC, art. 231, VIII).
A Fazenda Pública se defende através de embargos à execução que segue a sistemática geral prevista
no CPC. Como os embargos possuem natureza de ação de conhecimento, a possibilidade de defesa é
ampla, podendo alegar quaisquer das matérias previstas no art. 917 do CPC:
23) Como ocorre o pagamento das dívidas? Explique.
O credor, que move execução por quantia certa contra a Fazenda Pública, ocorre mediante pagamento
efetivado por meio de precatório. O precatório constitui simples requisição de pagamento,
encaminhado pelo Juiz da execução contra a Fazenda Pública ao Presidente do Tribunal competente.

O ente público deverá efetuar os pagamentos na ordem cronológica de apresentação dos precatórios,
como forma de garantir a isonomia entre os credores. Há exceção apenas para os créditos de natureza
alimentar, que terão preferência sobre os demais (art. 100, § 1º da Constituição Federal de 88 – CF/88).

24) Qual a ordem que deve ser estabelecida para os pagamentos em que a Fazenda Pública é
devedora? Explique.
Seguindo o artigo 100, CRFB Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital
e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
25) Admite-se transação pela Fazenda Pública, no pagamento dos seus débitos? Nesse caso,
sujeita-se à ordem de pagamentos dos precatórios? Explique.
É possível ter retornos financeiros ao realizar a compensação tributária com precatórios. Isso é possível,
porque, dependendo do título, o deságio pode ser muito grande. Desse modo, o valor é capaz de
compensar a dívida.

26) Qual a natureza jurídica do precatório? Explique.


Os precatórios tem natureza jurídica de ordens de pagamento provenientes de uma
condenação transitada em julgado em face de um ente público e encontram-se regulamentados pela
Constituição Federal da República, em seu artigo 100.
27) Admite-se o parcelamento para o pagamento de precatório?
O art. 33 do ADCT da Constituição Federal prevê um parcelamento de precatórios: 'f\rt. 33. Ressalvados
os créditos de natureza alimentar, o valor dos precatórios judiciais pendentes de pagamento na data da
promulgação da Constituição, incluído o remanescente de juros e correção monetária, poderá ser pago
em moeda corrente, com atualização, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de
oito anos, a partir de 1 º de julho de 1989, por decisão editada pelo Poder Executivo até cento e oitenta
dias da promulgação da Constituição. Parágrafo único. Poderão as entidades devedoras, para o
cumprimento do disposto neste artigo, emitir, em cada ano, no exato montante do dispêndio, títulos de
dívida pública, não computáveis para efeito do limite global de endividamento". Pela previsão contida no
art. 100 da Constituição Federal, não há qualquer restrição à fonte de recursos utilizados para
pagamento de precatórios. Levando-se em conta apenas o conteúdo da referida disposição
constitucional, não haveria qualquer limitação à emissão de títulos públicos para financiar o pagamento
de precatórios.
28) Em caso de não pagamento ou quebra da ordem, o que pode ser feito pelo prejudicado?
Explique.
O Juiz que a expediu deve realizar o sequestro do valor requisitado diretamente nas contas do Ente
Devedor e repassá-lo ao credor por meio de alvará judicial.

29)O que se considera pequeno valor, para fins de pagamento em se tratando de execução contra a
Fazenda Pública? Explique.

Os créditos definidos em lei como de pequeno valor não se submetem ao regime de precatórios e são
considerados como requisição de pequeno valor (RPV). 

A Requisição de Pequeno Valor (RPV) é uma espécie de requisição de pagamento de quantia certa contra
a Fazenda Pública em razão de sentença judicial transitada em julgado.

Frise-se que os pagamentos das requisições de pequeno valor não estão sujeitos a mesma ordem
cronológica dos precatórios de grande monta, assim dispõe o § 3º do artigo 100 da Constituição Federal,
com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 62 de 2009. As demandas judiciais que tiverem por
objeto o reajuste ou a concessão de benefícios regulados nesta lei cujos valores não forem superiores a
R$ 5.180,25 (cinco mil, cento e oitenta reais e vinte e cinco centavos) poderão ser quitados sem a
necessidade da expedição de precatórios regulado no art. 128 da Lei nº 8.213/91.

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