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José Carlos Barbosa Moreira pondera que o prazo da prisão deve ser sempre
o previsto no art. 733 do CPC, já que teria derrogado, nesta parte, o disposto
no art. 1942 da Lei de Alimentos. Noutro sentir Humberto Theodoro Júnior43
afirma que no caso dos provisionais é de se aplicar o prazo previsto no art.
733 do CPC, logo de um a três meses, e, para os definitivos e provisórios, o
prazo do art. 19 da Lei de Alimentos.
Aponta ainda – com base na Lei nº 6014/73, que adaptou ao novo Código de
Processo Civil as leis que menciona – “que continua em vigor o art. 19 da Lei
de Alimentos” , onde se prevê uma prisão menor que o art. 733 do CPC.
pois! Por isso, sendo necessário, que sejam os três meses a que se refere o
professor Barbosa Moreira, opção que fazemos em razão de nos parecer ser a
mais alinhada com a teleologia do instituto dos alimentos.
Como diz o jargão do programa Fome Zero, “quem tem fome tem pressa”, e se
o devedor o é por deliberalidade, não nos parece despropositado que a
medida assecuratória – e não pena, frise-se – seja a mais gravosa para o
devedor, ainda que aparentemente se possa vislumbrar contradição com o
artigo 620 do CPC.