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PAPILOSCOPIA
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PAPILOSCOPIA
O estudo das impressões digitais

Literatura recomendada
Evolução histórica
Na pré-história, haviam impressões moldadas
deixadas pelos primeiros seres humanos.
Na China antiga, impressões em esculturas de
argila estimadas em 6 mil anos foram
encontradas;
Bem como na Europa impressões com 5 mil anos
foram encontradas em materiais moldáveis.

(https://www.ojp.gov/pdffiles1/nij/225320.pdf)
(https://vermelho.org.br/2021/04/25/arqueologos-descobrem-impressao-
digital-de-5-mil-anos-em-barro/)
Segundo Figini, na antiga Babilônia, durante o
governo de Hamurabi, entre 1955 e 1913 a.C.,
contratos eram selados com os dedos e
criminosos deveriam ter suas digitais coletadas;

Os chineses foram os primeiros a utilizar a


impressão digital como identificação pessoal. Por
volta de 300 a.C., os selos apresentavam a
impressão profunda do polegar da pessoa em um
lado e no outro os caracteres de escrita que
formavam o nome da pessoa.

(https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11546/1/DISSERTA
%C3%87%C3%83O%20Jos%C3%A9%20J%C3%BAnior%20de%20Olive
ira%20Silva.pdf)

Outro exemplo de autenticidade estava no japão


dos anos 700 d. C., em que se um homem não
pudesse assinar um documento, outro poderia
assinar em seu lugar, porém, o primeiro deveria
depositar sua digital no documento para
caracterizar autenticidade do mesmo.
E na China alguns contratos também eram
assinados com a impressão digital.

Apesar do constante uso, estudos sobre


impressões digitais foram realizados apenas
séculos depois.
Desde o início dos tempos a identificação de
pessoas e objetos têm feito parte da vida
humana.

Um dos primeiros métodos utilizados foi o do


“nome”, ferramenta pela qual podia-se
diferenciar uma pessoa da outra.

O problema estava em criar algo seguro e


imutável que pudesse ser utilizado para
identificar determinada pessoa.

Identificar alguém facialmente ou por um aspecto


corporal mostrou-se ineficiente principalmente
no âmbito criminal, onde transgressores da lei
faziam de tudo para sempre estar um passo a
frente da norma da época.
Vários métodos de identificação de indivíduos
foram utilizados ao longo da história, muitos
deles cruéis, vexatórios ou que de alguma forma
causava constrangimento a pessoa.

Ferrete – Tivemos o processo Ferrete que se


baseava no uso de um instrumento de ferro
aquecido para se marcar os criminosos, escravos e
animais. Na Índia, as Leis de Manu preconizavam
o talião simbólico, marcando com ferro em brasa
a face do culpado, com símbolos indicativos do
seu crime. Em Roma e na Grécia, os criminosos
eram marcados com desenhos de animais na
fronte. Na França, os criminosos eram marcados
no rosto com um ferrete em forma de flor-de-lis,
até 1562. Também utilizado nos Estados Unidos,
em 1718, os assassinos eram marcados com um M
(“murderer”) sobre o polegar esquerdo e os
traidores com um T (“treachery”).
Mutilação - Também denominado de penalidade
poética ou expressiva, que consistia na amputação
de algum membro ou parte do corpo.

Geralmente a amputação ou mutilação do


membro ou órgão tinha alguma relação com o
crime cometido, como no caso de ladrões que
tinham dedos ou a mão inteira cortada;
criminosos sexuais tinham seus órgãos mutilados
ou arrancados; mentirosos e criminosos que
praticaram alguma ofensa a honra tinha suas
línguas cortadas.

Tatuagem – Método utilizado desde o Egito


antigo até o império romano que consistia em
fazer marcações por letras ou símbolos para
identificação principalmente de escravos e
criminosos.

(https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/alma
naque/historia-mumia-tatuada-tres-mil-anos.phtml)
(https://www.uai.com.br/app/noticia/e-
mais/2018/10/30/noticia-e-mais,236533/mumia-
tatuada-do-egito-era-uma-feiticeira.shtml)
Até então, marcações eram feitas, porém,
precisava-se de um método rápido, confiável e
seguro para identificação humana.

O tempo passava, a população crescia, com isso a


criminalidade aumentava e um método de
identificação tornava-se cada vez mais
necessário.

Contudo, a papiloscopia apenas engatinhava


ainda.

Durante a idade média, assim como em todos os


ramos científicos do mundo, pouco a papiloscopia
evoluiu.

Foram necessários anos de espera até a Idade


Moderna e o ressurgimento do interesse científico
sem o medo atrelado do julgamento do tribunal
da inquisição.

Alguns nomes começaram a surgir dentre eles,


destacam-se:
Marcello Malpighi
Nascido em 10 de março de 1628 em Crevalcore,
no Estado Papal, Malpighi graduou-se em filosofia
e medicina.
Em seu trabalho “De externo Tactus Organo”, em
1668, Malpighi relata estrias elevadas desenhadas
em presilhas e espirais nos extremos dos dedos,
mas não faz referência a um método de
identificação, apenas ao seu desenho. Porém, este
tornaria um dos primeiros relatos científicos da
área.

(L C Miall - L C Miall. The History of Biology.


Watts and Co. Marcello Malphigi)
Nehemiah Grew
Nascido em 1641 em Warwckshire, médico e
pioneiro em botânica, escreveu em 1684 “The
description and use of the pores in the skin of the
hands and feet”, um estudo feito por ele sobre
poros em que comentou a respeito dos padrões e
funções das estrias dos dedos.

(https://www.historyworkshop.org.uk/anti-
racism/earlymodern-skin-colour/)
Goderfridi Bidloo
Médico cirurgião holandês, mencionou em seu
trabalho “Anatomia humani corporis (ontleding
des menschelyken lichaams)” de 1685 as estrias
de fricção da superfície interna do polegar e dos
desenhos que as formavam.

(https://www.nlm.nih.gov/exhibition/historicalanatomies/bidloo_
home.html)
(https://archive.org/details/ldpd_14410773_000/page/n11/mode/2u
p)
Johann Christophe Andreas Meyer
Nascido em 1747 em Greifswald, Alemanha,
Meyer foi médico e anatomista. Apresentou
descrição detalhada da formação das impressões
digitais e caracterizava através de pontos
característicos.
Meyer foi o primeir a teorizar que as estrias da
pele nunca seriam duplicadas em 2 indivíduos.

(https://www.slideshare.net/juroc26/scientific-foundation-of-
fingerprint-identification)
Thomas Bewick
Entalhista e gravador nascido em 1753 em
Mickley.
Bewick usou gravações de suas digitais em
alguns livros como sua marca.
Não era pesquisador da área, mas serviu de
inspiração para os estudos de Sir William
Herschel

(https://www.gutenberg.org/files/34859/34859-h/34859-h.htm)
Johannes Evangelist Purkinge
Médico e professor checo, nascido em 1787 em
Libochovice. Públicou em 1823 “Commentatio de
examine physiologico organi visus et systematis
cutanei”, o qual descreveu, comentou e ilustrou a
respeito dos diversos padrões de estrias,
especialmente na última falange de cada dedo.
Apresentou a divisão em nove padrões diferentes.
2 tipos de arco, 2 tipos de presilha e 5 tipos de
verticilo.

Não faz menção ao uso de digitais para um


sistema de identificação, mas sugeriu
importância genética e diagnóstica para esses
desenhos.

(https://commons.wikimedia.org/wiki/File:9_fingerprints_by_Purkinje.png)
Paul-Jean Coulier
Nascido em 1824 em Paris, observou a revelação
de impressões digitais em papel após aplicação de
vapor de iodo.

Paul-Jean descreve como preservar essas digitais


e o potencial para identificar suspeitos com uma
lente de aumento.

Sir William James Herschell


Nascido em 1833 em Slough no Reino Unido, foi
um oficial administrativo britânico e magistrado
chefe de um distrito de Bengala, na Índia.
Em 1858 começou utilizar de impressões digitais
para gravar em contratos feitos com os nativos.

(https://davidkiddhewitt.wordpress.com/2017/07/24/a-handy-
history-of-fingerprints-or-herschels-weapon-of-penetrating-
certainty/)
Iniciou utilizando as impressões palmares e
depois passou a utilizar do indicador e dedo
médio da mão direita.
Seu intuito era assustar e itimidar os nativos com
a crença de que o contato físico com o contrato
tornaria este mais obrigatório que a simples
assinatura.
Com o aumento do número de impressões
Herschell deciciu por estudar digitais de pessoas
conhecidas para ver se havia modificação com o
passar do tempo.
Depois de tomar sua própria impressão palmar
em 1860 e 1890, concluiu que as estrias da pele
não mudam, sendo históricamente o primeiro a
descobrir a perenidade das impressões digitais.
Em 15 de agosto de 1877 escreveu uma carta
solicitando o uso da descoberta para
identificação de prisioneiros. Em um primeiro
momento lhe foi negado, porém Herschell
utilizoueste método em sua própria província.

Azizul Haque e Hem Chandra Bose


Criado na índia o primeiro escritório de
impressões digitais em 1897, através do qual,
concluiu-se que o uso de digitais deveria ser
usada para classificação de arquivos criminais.
Haque e Bose criaram o que viría a ser o Sistema
de Henry, o qual levou seu nome por ser o inglês
chefe e supervisor dos dois especialistas.
(https://twitter.com/VisionHistory/
status/1507916704252252160)

Henry Faulds
Faulds foi um médico britânico nascido em 1843,
missionário estabelecido no Hospital Tsukiji, em
Tóquio.

Ao examinar fragmentos pré-históricos de


cerâmica, Faulds notou a presensa de digitais
depositadas na argila, comparando com marcas
recentes observou as cristas e sulcos papilares
pela primeira vez.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Henry_Faulds#/media/Ficheiro:Henry_Faul
ds.jpg)
Sugeriu relação genética ao observar a presença
de digitais em humanos e macacos;

Descreveu as primeiras presilhas e verticilos;

Os detalhes observados eram tantos que Faulds


recomendava o estudo dos poros e o uso de tinta
de impressão para melhor coleta sem danificação
do desenho;

Citou também a importância de digitais latentes


para resolução de crimes;

Lembra que chineses e egípcios antigos faziam


seus criminosos selarem suas confissões com os
polegares;

Em 1880, Fauld procura o renomado pesquisador


Charles Darwin e conta de suas descobertas e
explica sobre seu plano de classificação;
Darwin em idade avançada não pode ajudar,
porém, repassaria os materiais para o seu primo
Francis Galton que poderia ajudá-lo;

Ofereceu-se para chefiar o escritório de arquivos


de impressões digitais, mas foi negada sua
entrada, pois, o consideravam insano por
acreditar na identificação de criminosos através
das digitais, o que batia de frente com o metodo
da época que era a Bertilonagem.

Sir Francis Galton


Nascido em Birmingham em 1822, antropólogo
inglês publicou em 1882 o livro “Finger prints”,
onde descreve o primeiro sistema de
classificação de digitais e apoia a ideia de
Herschel de que as impressões não se alteram
com o tempo e não se repetem em indivíduos
difirentes.
Galton citou em seu livro, pontos
característicos das minúsculas estrias das
impressões, nomeados como Detalhes de
Galton ou Características de Galton, detalhes
esses que possibilitam a identificação e
comparação das digitais.

(https://natosafe.com.br/tipos-de-impressao-digital/)
Sir Edward Richard Henry
Nascido em Shadwell em 1850, Edward Henry
continuou o trabalho de Herschel em Bengala,
Índia e posteriormente tornou-se comissário de
polícia em Londres.
Identificou um suspeito de roubo e homicídio
através de digitais latentes e mais tarde o
tribunal de justiça indiano reconheceu que se
digitais contenham os mesmos pontos
característicos, elas pertencem a mesma pessoa.
Usando os estudos de Galton e Herschel, Henry
criou seu sistema de classificação de impressões
digitais, conhecido como o Sistema de Henry na
publicação “The classification and use of
fingerprints”.

Utiliza-se como base uma divisão primária de


verticilos;

Utilizada até hoje pela Scotland Yard, com


algumas melhorias e como base para o sistema
de classificação do FBI.
Juan Vucetich
Croata de Hvar, nascido em 1858, mas
naturalizado argentino foi o pai da papiloscopia
no continente americano.
Vucetich trabalhou no departamento de polícia
de La Plata, onde foi chamado para instalar o
sistema antropométrico de Bertilon.
Mas ao estudar as descobertas de Faulds e
Henry, notou o real valor da papiloscopia.

(Виктор Шмаков Original uploader


was Shmakov at ru.wikipedia - Юрген Торвальд, Сто лет
криминалистики, Москва, Издательство «Прогресс», 1974
Transferred from ru.wikipedia; transfered to Commons
by User:Lvova using CommonsHelper.)
Em 1892, Vucetich identificou Teresa Francisca
Rojas como a autora do duplo homicídio de seus
dois filhos.
Isso foi possível graças a uma digital com sangue
encontrada no local do crime que foi comparada
a de Teresa.
Apesar dos esforços em manter o sistema de
Bertilon, Vucetich conseguiu implementar seu
sistema de análise e arquivo na polícia da
Argentina, posteriormente espalhando para o
resto do mundo.

(https://cienciahoje.org.br/artigo/marcas-unicas/)
(https://www.periciacriminalbrasil.com/post/sistema-vucetich)

(https://www.periciacriminalbrasil.com/post/sistema-vucetich)
(https://www.periciacriminalbrasil.com/post/sistema-vucetich)

Alphonse Bertillon
Nascido em Paris em 1853, foi o pai do Sistema
Antropométrico de Bertilon, conhecido como
Bertilonagem.
Foi introduzido nas polícias de vários países
como forma de identificação criminal.
Consistia em preencher fichas com medidas e
características corpóreas dos presos.

(Alphonse Bertillon (1853-1914) - Michel Frizot, Serge July, Christian Phéline,


Jean Sagne : Identités : de Disderi au photomaton, éditions Photo Copies -
Centre National de la Photographie, Paris, 1985, p.61.)

A ficha antropométrica era preenchida por um


especialista e o sistema de arquivo era extenso,
já que muitas medidas eram tomadas, além da
necessidade de uma sala exclusiva para tomada
de medidas nos departamentos policiais.
Juntamente com o advento da fotografia, era
realizada uma imagem frontal e de perfil do
suspeito para arquivo.

(https://pt.wikipedia.org/wiki/Alphonse_Bertillon#/media/Fi
cheiro:Bertillon_-_Signalement_Anthropometrique.png)
O Sistema de Bertilon era funcional para época,
porém, falho.
Necessitava de espaço e policiais treinados para
tomar as medidas;
Demorava-se muito para medir, preencher a
ficha e fotografar, o que atrasava o andamento
do serviço policial;
Mudanças corpóreas como acidentes, patologias
e outros efeitos que mude a estrutura óssea
poderia alterar significativamente a
identificação do sujeito;
Pessoas parecidas poderiam ser injustiçadas com
esse sistema.

Caso Will e Willian West


Um dos casos mais proeminentes de identidade
enganada que envolve o sistema de Bertillon foi
o de Will West. Ao chegar na Penitenciária
Federal a Leavenworth- EUA em 1903, West
negou qualquer encarceramento anterior, no
entanto, ao emparelhar suas medidas com as
existentes no arquivo daquela instituição, o
agente descobriu um cartão com as mesmas
medidas com o nome de William West. As
fotografias de William West pareciam idênticas
comparadas com as do novo prisioneiro.

Além da semelhança visual, os dois homens se


pareciam no nome também. As fórmulas
derivadas das medidas de Bertillon também
eram quase idênticas, bem dentro do alcance que
poderia ser atribuído a variações individuais.
Porém, quando as impressões digitais de ambos
foram comparadas, não havia nenhuma
semelhança. O caso desacreditou três métodos
usados na identificação humana, o nome pessoal
, a fotografia, e as medidas de Bertillon, sendo
todos sobrepujados em precisão e confiabilidade
pelas impressões digitais.
Com este caso e mais outros que também foram
noticiados ao longo do tempo, a Bertilonagem
caiu em desuso dando espaço para a papiloscpia.
Ciência que não necessitava de extensos
arquivos, horas para coleta, sala específica
podendo ser realizada na mesa do agente,
confiável, perene e com apenas uma lente de
aumento e um breve treinamento um policial do
distrito poderia responsabilizar-se por toda
análise e arquivo utilizando o então recente
Sistema de Vucetich.

Conceito e classificação

Originalmente quando criada por Vucetish, seu


sistema receberia o nome de icnofalangometria,
porém, com o tempo o nome utilizado passou a
ser papiloscopia ou datiloscopia.

A papiloscopia moderna é dividida em 4 áreas de


estudo que unidas formam a papiloscopia;

São elas:
Datiloscopia: do grego “dachtylo” (dedo) e
“skopein” (olhar, observar, estudar, examinar). A
datiloscopia ou dactiloscopia é a área
responsável pelo estudo e análise das impressões
digitais dos dedos.
Quiroscopia: do grego “chéri” e “skopein”. Área
responsável por estudar as impressões das
palmas das mãos.

(https://www.e-buc.com/portades/9788497174534_Fragment.pdf)
Podoscopia: análise das impressões plantares
dos pés.

Poroscopia: estudo da impressão deixada pelos


póros da pele responsáveis pela liberação de
gotículas de suor.

(https://www.grancursosonline.com.br/download-
demonstrativo/download-apostila/codigo/vvPOlb3NWtw%3D)
(http://crimescene-
donotcross.blogspot.com/2010/03/podoscopia-podoscopia-e-
utilizada-com.html)
(https://www.fenappi.com.br/cat-papiloscopia/policia-tecnica-de-irece-
atraves-da-pericia-podoscopica-revela-autoria-delitiva-de-crime-contra-
mulher/)
(Caracterização Das Impressões Plantares Em Escolares: Influência Da Idade E
Do Indice De Massa Corporal - Patrícia Turra, Lidiane de Fátima Ilha Nichele,
Andressa Hardt de Jesus, Ana Fátima Viero Badaró - DOI:
10.5902/22365834332450)
Princípios da papiloscopia

Perenidade: Os desenhos são imútaveis desde o


sexto mês de gestação até o fim da fase de
putrefação. Ou seja, são os mesmos a vida toda.
Como a epiderme retrata os desenhos mais
profundos da camada dérmica, mesmo com
manuseio de ferramentas, líquidos ou qualquer
degradante da pele, o desenho da digital
continuará o mesmo pelo resto da vida.

Imutabilidade: Os desenhos não se modificam


nem mesmo por questões patológicas.
Queimaduras leves e cortes rasos não
modificarão o desenho, mas cortes profundos,
por exemplo, comprometem a derme o que
gerará uma cicatriz.
Variabilidade: São sempre diferentes de
indivíduo para indivíduo, de mão para mão, de
pé para pé e sendo a possibilidade de repetição
segundo Figini de 1 pa 64 bilhões.

Classificabilidade: Propriedade de serem


reunidas em grupos, classificadas de acordo com
seu tipo e arquivadas segundo um sistema
próprio, como o de Vucetich.

Tipos de impressões digitais

As impressões são constituídas de cristas e


sulcos, ou cumes e vales.

As cristas (linhas pretas no desenho) percorrem


de um lado ao outro na base, podendo formar um
núcleo onde a continuidade é interrompida
criando assim o sistema basilar, nuclear e
marginal.
Sendo o basilar o próximo da prega
interfalangeana, o núclear no centro e marginal
nas extremidades.

(https://www.ojurieapericia.com.br/impressoes-digitais-questao-
medicina-legal-2/)
Tipos de impressões digitais

A junção dos três sistemas formam através do


encontro de linhas o ponto característico mais
importante, o delta, ele irá direcionar o tipo de
impressão que o papiloscopista irá trabalhar.
(http://www.makiyama.com.br/concursos/detranrj/arquivos/sistem
a.pdf)
(https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Impressao-digital-
com-Verticilo-apresentando-um-nucleo-e-dois-
deltas_fig20_316997554)
Tipos de impressões digitais

Tipos de deltas.

(http://grupocienciascriminais.blogspot.com/2014/09/medicinalegal-
dactiloscopia.html)
São elementos formadores de uma impressão
digital:

a) Cristas de fricção;
b) Sulcos interpapilares;
c) Deltas;
d) Pontos característicos;
e) Poros.
Muitos autores consideram outros elementos como:
a) Linhas albodactiloscópicas;
b) Linha ou prega interfalangiana;

Linhas albotactiloscópicas, que são interrupções


de duas ou mais cristas de fricção, não
correspondendo aos sulcos e não sendo
utilizadas para fins de identificação, pois não são
perenes, podem surgir no sentido horizontal,
vertical e transversal.

Linha ou prega interfalangiana, são linhas


espessas que dividem as falanges, distal, medial
e proximal.
(https://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-royalty-free-
impress%C3%A3o-digital-image6005985)
(https://www.ricardocairesperito.com.br/papiloscopia)
Sistema de classificação

Arco: é o datilograma, geralmente adéltico,


formado por linhas que atravessam o campo
digital, apresentando em sua trajetória formas
mais ou menos paralelas e abauladas ou
alterações características. É representado pela
letra A para os polegares e número 1 para os
demais dedos.
Presilha interna: é o datilograma com um delta à
direita do observador, apresentando linhas que,
partindo da esquerda, curvam-se e voltam ou
tendem a voltar ao lado de origem, formando
laçadas. É representado pela letra I para os
polegares e o número 2 para os demais dedos.
Presilha externa: é o datilograma com um delta à
esquerda do observador, apresentando linhas
que, partido da direita, curvam-se e voltam ou
tendem a voltar ao lado de origem, formando
laçadas. É representado pela letra E para os
polegares e o número 3 para os demais dedos.
Verticilo: é o datilograma com um delta à direita e
outro à esquerda do observador, tendo pelo
menos uma linha livre e curva à frente de cada
delta. É representado pela letra V para os
polegares e o número 4 para os demais dedos.
Fórmula Dactiloscópica ou Fórmula
Fundamental
É um conjunto de letras e algarismos designando
os tipos fundamentais, seguindo a ordem natural
dos dedos, do polegar direito até o mínimo
esquerdo.
A fórmula dactiloscópica é obtida pela
combinação alfanumérica, das letras com os
algarismos, possibilitando o total de 1.048.576
fórmulas, obtidas pela combinação das quatro
letras, com os 4 algarismos, distribuídos pelos
dez dedos, que podem ser representadas da
seguinte forma:
A fórmula dactiloscópica tem a finalidade de
permitir o arquivamento, de modo que as
individuais dactiloscópicas da mesma fórmula
fiquem juntas.

Individual dactiloscópica é a ficha contendo as


impressões dactilares simultâneas dos dez
dactilogramas.

No sistema de Vucetich, o arquivamento é do


tipo decadactilar, ou seja, são utilizadas as
impressões dos dez dedos das mãos do indivíduo
para a classificação e arquivamento.
Essas impressões são coletadas e dispostas em
uma ficha específica que contém em um dos
lados dez campos na sequência polegar,
indicador, médio, anular e mínimo, sendo os
cinco da mão direita em cima e os cinco da mão
esquerda em baixo tendo para cada um dos
dedos três campos na parte superior onde é
registrado o tipo fundamental, o subtipo e a
contagem das linhas de cada dedo
respectivamente.
No verso da ficha, é colocado a qualificação do
identificado, ou seja, nome, filiação, data de
nascimento etc., e a sequência dos dedos
indicador, médio, anular e mínimo de cada uma
das mãos, unidos em uma única impressão, bem
como a impressão de cada um dos polegares nos
locais determinados. Esse procedimento serve
para conferir a sequência das impressões dos
dedos coletada no anverso da ficha.

(https://www.google.com/url?
sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.ccsa.ufpb.br%2Farqv%2Fcontents%2Fdocumentos%2F
116UthantSaturninoSilva.pdf&psig=AOvVaw0EnLzXNHlupss8OInlEosW&ust=1686689
374496000&source=images&cd=vfe&ved=0CBAQjhxqFwoTCIjz_-
HNvv8CFQAAAAAdAAAAABAI)
Arquivamento

A disposição das impressões digitais na ficha forma


a ID, (individual dactiloscópica) que baseada nos
tipos forma uma fração alfanumérica sendo letras
para os polegares e números para os demais dedos.
Exemplo: V1343 / V2122.
O arquivamento das fichas é baseado na fórmula
dactiloscópica da ID (individual dactiloscópica)
sendo sua distribuição feita da seguinte forma:
Primeira divisão: forma-se 4 grupos independentes
de fichas com base no tipo fundamental encontrado
no polegar direito. Exemplo: grupo A, grupo I,
grupo E , grupo V.

Segunda divisão: dentro de cada grupo, forma-se


sub-grupos com base no tipo fundamental do
polegar esquerdo. Exemplo:
1º Grupo A - A/A, A/I, A/E, A/V;
2º Grupo I - I/A, I/I, I/E, I/V;
3º Grupo E - E/A, E/I, E/E, E/V e
4º Grupo V - V/A, V/I, V/E, V/V.
Terceira divisão: dentro de cada subgrupo segue-se a
ordem crescente da fração numérica formada pelos
tipos dos dedos, indicador, médio, anular e mínimo.
Exemplo:

1º-1111/1111,2º-1111/1112, 3º-1111/1113, 4º-1111/1114, 5º-


1111/1121, 6º-1111/1122, ... .....256º- 1111 /
4444, 257º- 1112 / 1111, 258º- 1112 / 1112, ..............65.536º-
4444 / 4444.

Por exemplo, uma ficha dactiloscópica com a


seguinte fórmula V3321 / I4233:
Coloca-se a ficha no grupo V (arquivo
destinado às fichas que possuem impressão
digital do tipo verticilo no polegar direito);
Dentro deste grupo V, coloca-se a ficha no sub-
grupo I (posição destinada às fichas que
possuem impressão digital do tipo presilha
interna no polegar esquerdo)
Finalmente, dentro do subgrupo I, coloca-se a
ficha na posição correspondente à fração
numérica 3321/4233 que estará entre os
extremos 1111/1111 e 4444/4444.

Com este sistema de arquivamento, formamos 4


grupos com os polegares direito, contendo 4
subgrupos de polegares esquerdos em cada
grupo e 65.536 combinações numéricas formadas
pelos demais dedos para cada subgrupo,
perfazendo um total de 1.048.576 combinações
possíveis.
Subtipos
Arco Plano: símbolo PL, as linhas atravessam o
campo da impressão digital, assumindo
configuração mais ou menos abalada,
confundindo-se com as linhas basilares e
marginais.

Arco Angular: símbolo AG, as linhas se elevam


mais ou menos na parte central da impressão,
assumindo a forma de um ângulo agudo ou forma
de uma tenda.
Arco Bifurcado à direita: símbolo BD, no âmbito
do arco plano, algumas linhas se desviam à
direita, afastando-se da configuração geral
daquelas que formam o arco plano, formando
uma espécie de pente ou garfo apontado para a
direita.

Arco Bifurcado à esquerda: símbolo BE, no âmbito


do arco plano, algumas linhas se desviam à
esquerda, afastando-se da configuração geral
daquelas que formam o arco plano, formando
uma espécie de pente ou garfo apontado para a
esquerda.
Arco Bifurcado à esquerda: símbolo BE, no âmbito
do arco plano, algumas linhas se desviam à
esquerda, afastando-se da configuração geral
daquelas que formam o arco plano, formando uma
espécie de pente ou garfo apontado para a
esquerda.

Arco Destro apresilhado: símbolo DA, a


característica é uma única laçada que ocorre a
direita do observador, assumindo certa
semelhança com a presilha externa,
apresentando um delta a esquerda do
observador, não existindo porém nenhuma linha
entreposta entre este delta e a laçada.
Arco sinistro apresilhado: símbolo SA, a
característica é uma única laçada que ocorre a
esquerda do observador, assumindo certa
semelhança com a presilha interna, apresentando
um delta a direita do observador, não existindo
porém nenhuma linha entreposta entre este delta
e a laçada.

Presilha interna normal: símbolo NR, apresenta


um delta a direita do observador, e suas linhas
nucleares formam laçadas que nascem na
extremidade esquerda retornando ao lado de
origem sendo mais ou menos regulares em todo o
seu trajeto.
Presilha interna invadida: símbolo VD, apresenta
um delta a direita do observador, e suas linhas
nucleares formam laçadas que nascem na
extremidade esquerda formando o ápice das
laçadas, e ao retornarem para o lado de origem
desviam de sua trajetória normal, "invadindo" seu
ramo ascendente.
Os subtipos da presilha externa são os mesmos :
1º Presilha externa normal: símbolo NR;
2º Presilha externa invadida: símbolo VD; porém
o delta encontra-se a esquerda do observador.

Exemplo de presilha interna invadida.


Verticilo circular: símbolo CR, além de possuir um
delta a esquerda e outro a direita do observador
apresenta no centro do núcleo um ou mais
círculos completamente fechados.

Verticilo espiral: símbolo SP, além de possuir um


delta a esquerda e outro a direita do observador
apresenta no centro do núcleo uma única linha
espiral, desenvolvendo-se do centro para a
periferia.
Verticilo ovoidal: símbolo OV, além de possuir
um delta a esquerda e outro a direita do
observador apresenta no centro do núcleo uma
ou mais linhas ovais fechadas, ou por uma linha
que se desenvolve do centro para a periferia
descrevendo uma curvatura oval também
fechada.

Verticilo sinuoso: símbolo SN, além de possuir um


delta a esquerda e outro a direita do observador
apresenta no centro da impressão um núcleo
duplo com prolongamento das linhas entre si,
assumindo a forma de "S" , "N" ou "Z",
considerando-se como centro do núcleo para
efeito de contagem de linhas, o ápice da laçada
central mais próxima do delta da esquerda.
Verticilo duvidoso: símbolo DV, além de possuir
um delta a esquerda e outro a direita do
observador apresenta um núcleo que não pode
ser definido como os demais, tomando-se para
contagem de linha o ponto mais central dentro
do núcleo.
Tipos especiais
Presilha interna dupla: apresenta um delta a
direita do observador, com dois núcleos
dominados pelo mesmo delta, e o núcleo
superior geralmente assume a configuração de
uma presilha interna ganchosa.
Presilha externa dupla: reflexo da interna
dupla.

Presilha interna ganchosa: apresenta um delta a


direita do observador e o núcleo forma uma
curvatura acentuada, voltada para o lado do
delta, ou seja as linhas nucleares processam uma
espécie de invasão pela parte inferior do núcleo.
Verticilo ganchoso: apresenta dois deltas, a
direita e a esquerda do observador e as linhas
nas proximidades do centro do núcleo, formam
uma entrada, dando ao centro deste núcleo a
configuração de um grão de feijão. Outras vezes,
encontra-se um delta ou pseudo delta onde
ocorre a entrada das linhas nucleares nas
imediações do centro do núcleo.
Anomalias
Desenhos Anômalos: tipos que não podem ser
determinado devido a deformidade de seu
desenho e sua frequência é muito rara não sendo
necessário seu desdobramento classificados para
efeito de arquivamento como 6º tipo.

DUPLA (Dpl – 7)
São assim denominados desenhos digitais em que
aparecem 2 presilhas distintas, com as seguintes
características:
a) 2 presilhas e 2 deltas;
b) Que seja possível traçar uma linha de um delta ao
outro, sem tocar qualquer dos núcleos das presilhas;
c) Que cada presilha possua os requisitos gerais
exigidos para a presilha normal.
Os laços que formam a presilha dupla podem
aparecer opostos (PRESILHA DUPLA OPOSTA) ou
superpostos (PRESILHA DUPLA SUPERPOSTA). No
primeiro caso, as suas aberturas ficam para o lado
oposto e, no segundo, voltados para uma só
margem.

CICATRIZ – (X - 8)
Estão classificados nesse grupo os datilogramas
que apresentam suas características prejudicadas
por uma cicatriz. Em princípio, consideram-se,
nessas condições, os desenhos que tenham uma
cicatriz que prejudique o núcleo, porque a leitura
deste se torna impraticável. Nestas condições não
se pode saber ao certo qual o tipo da impressão
digital. Por isso classificamos com o símbolo “X”.
AMPUTAÇÃO – (0)
Em datiloscopia, amputação é a falta acidental de
1 ou mais dedos da mão.
POLIDACTILIA ou HIPERDACTILIA – Esta
anomalia consiste na presença de dedos em
número superior ao normal.
ECTRODACTILIA – Esta anomalia consiste na
presença de dedos em número inferior ao normal.
SINDACTILIA – Pode ser definida como uma
fusão variável entre dois dedos adjacentes.
MACRODACTILIA – Caracterizada pelo excessivo
desenvolvimento dos dedos da mão.
MICRODACTILIA – É o caso em que os dedos da
mão são menores do que o normal.
ADACTILIA – Ausência total dos dedos da mão.
ULNARES – As duplicações pós-axiais, são
geralmente deformidades congênitas isoladas em
que o dedo extra fica ao lado do dedo mínimo.
Pontos característicos
Em um de seus estudos, escreve LUIZ DE PINA:
“como se pode observar, as cristas papilares não
são contínuas, nem sempre retilíneas ou
regularmente curvas e, nem sempre,
independentes umas das outras. Assim é que
várias particularidades se encontram em todas
elas.”

GALTON, FORGEOT, VUCETICH, FERE,


ALMANDOS, entre outros, foram os que maior
atenção lhe prestaram, chamando-lhes por
sugestão do mestre argentino “PONTOS
CARACTERÍSTICOS, que são certos detalhes
encontrados no campo dos diversos desenhos
digitais e que servem para uma perfeita
comparação entre dois datilogramas”.
As vezes nos defrontamos com impressões
pertencentes a um só tipo e, para uma perfeita
verificação de identidade, recorremos aos
detalhes lineares.
Esses pormenores morfológicos – afirma LUIZ
DE PINA – podem derivar de 3 comportamentos
de cristas, a saber:
- TERMINAÇÃO; - DIVISÃO; - COMBINAÇÃO.

Os nomes dos Pontos Característicos variam de


um órgão de identificação para outro, de uma
região para outra, não existindo, portanto, uma
nomenclatura uniforme. É importante notar que
os Pontos Característicos apresentam os
mesmos atributos dos desenhos papilares, isto é,
de perenidade, de imutabilidade e de
variabilidade.
O Instituto de Identificação “Ricardo Gumbleton
Daunt”, estipulou 9 (nove) tipos de pontos
característicos, sendo:
1- Ponto - Como o próprio nome sugere, é como um
ponto final de uma frase escrita que se encontra
entre duas linhas.

2- Ilha ou Ilhota - É pouco maior que um ponto


e se caracteriza por ser o menor pedaço de
linha da impressão digital, medindo
aproximadamente de dois à quatro pontos de
comprimento.
3- Cortada - É um pedaço pequeno de linha de duas à
quatro vezes maior que uma "ilha"

4- Extremidade de linha - É todo final de linha


seguida pelo estreitamento das duas linhas paralelas
que a ladeiam. Esse estreitamento deve ser
considerado para que não seja confundido com uma
interrupção do desenho da linha, causado por
agentes externos à formação natural da mesma. É o
ponto característico mais comum em uma impressão
digital.
5- Bifurcação - Quando se analisa uma impressão,
faz-se observando-a circularmente no sentido
horário tomando-se como base do raio (ou ponteiro)
a parte mais central do desenho. Feito isso, conclui-
se que, as linhas que se seguem nesse sentido e
abrem-se em duas outras formam uma Bifurcação.

6- Confluência - Da mesma forma que a bifurcação


porém, em sentido contrário, ou seja, quando duas
linhas seguem no sentido horário e, em dado
momento, juntam-se em uma única linha, formando
assim uma confluência.
7- Haste ou Arpão - Dá-se o nome de Haste ou Arpão
ao ponto quando um segmento de linha forma um
apêndice na linha, semelhante a uma haste ou uma
"fisga de arpão" de pesca podendo ser confundida
com uma pequena confluência ou bifurcação.

8- Ponte ou Anastomose - Ocorre quando duas linhas


são ligadas por um seguimento curto formando entre
elas uma ponte de ligação, semelhante a anastomose
das folhas das plantas.
9- Lago ou Encerro - Esse ponto é formado por uma
abertura da linha e seu fechamento logo em seguida,
formando com isso uma espécie de "bolha" na linha.

Existe "n" variações de pontos a serem estudados em


uma impressão digital e todos carregam alguma
característica dos pontos citados sofrendo pouca ou
nenhuma modificação. O importante é o ponto
ser igual e estar na mesma posição em ambas as
impressões confrontadas e sem haver nenhum
ponto discrepante entre as mesmas.
Sistema de Identificação Automatizada por
Impressão Digital - AFIS

Com o advento da informática foi possível


adquirir uma resposta mais eficiente e satisfatória
na elucidação de crimes. Sabe-se que a
identificação através das impressões digitais é
extremamente eficiente e com o emprego de
recursos oferecidos pela informática, sua eficácia
torna-se ainda maior.

Nos países mais avançados, a informatização no


reconhecimento de impressões digitais é uma
realidade. Esta tecnologia é chamada de AFIS
(Automated Fingerprint Identification System )
Sistema de Identificação Automatizada de
Impressões Digitais.
O AFIS é usado para comparar uma impressão digital
com impressões previamente arquivadas no banco
de dados do sistema. Esta tecnologia melhorou
muito no final do século XX quando os
processadores e as memórias dos computadores
tornaram-se mais eficientes e acessíveis. Nos países
que já possuem este sistema, vários crimes do
passado estão sendo solucionados com a
identificação das impressões digitais arquivadas por
falta de suspeitos com os quais pudessem ser
confrontadas.

Um AFIS trabalha tanto com as impressões digitais


completas quanto com fragmentos encontrados em
locais de crime. Através de algoritmos poderosos, um
AFIS compara uma impressão digital, ou até mesmo
um fragmento de impressão, com milhões de outras
impressões de um banco de dados, detectando uma
ou mais impressões similares para serem
confrontadas pelo papiloscopista.
Quando diz-se que uma impressão digital está
arquivada em um banco de dados de um AFIS, não
necessariamente a imagem da impressão está
arquivada. Na aquisição de uma impressão, o AFIS
faz a varredura da imagem da impressão digital e
cria uma template (modelo), que é uma coleção de
informações obtidas através dos pontos
característicos encontradas na impressão, em sua
maioria bifurcações e extremidades de linhas, que
permitem classifica-las como únicas, separando-as
por indivíduo.

As informações contidas em um template podem ser


tão simples quanto somente as coordenadas de onde
ocorrem as bifurcações e extremidades de linhas ou
mais ricas englobando informações como, qual o tipo
de minúcia, sua direção, probabilidade de ocorrência,
etc.
Base de dados do AFIS

Para funcionar, um AFIS necessita de uma base de


dados estabelecida. Esta base de dados consiste nas
impressões digitais de todos os criminosos que são
presos.

A base de dados contem dois tipos de registros a


serem estabelecidos. O primeiro tipo são os milhares
de cartões que durante anos foram arquivados no
sistema convencional.

O segundo tipo são as novas aquisições feitas


diariamente.

A conversão envolve agrupar todas as impressões


digitais em uma única base de dados e uma vez que
todas as impressões digitais estão incorporadas na
mesma base de dados, duas funções poderão ser
executadas.
A primeira função que pode ser executada pelo AFIS
é a pesquisa do registro de prisão de uma pessoa.
Como exemplo, vamos supor que uma pessoa é
presa e se recusa fornecer seu nome ou, o que é mais
provável, fornece um nome falso. As impressões
digitais dessa pessoa são inseridas no sistema e o
AFIS codifica uma cópia e busca entre todas as
impressões existentes em seu banco de dados. Estas
impressões representam cada pessoa que foi presa
no estado, incluindo aquelas de anos atrás que
estavam nos arquivos do sistema manual. Em
segundos o computador seleciona algumas
impressões digitais similares às cópias fornecidas e
então o perito poderá determinar qual delas
combina exatamente, identificando essa pessoa de
maneira precisa e incontestável.
A segunda função que pode ser executada pelo AFIS
é a habilidade que ele tem de procurar em seu banco
de dados, impressões similares as cópias latentes
encontradas em locais de crime. Por exemplo: uma
impressão digital é coletada de uma arma utilizada
em um crime. A cópia é trazida ao laboratório para
ser confrontada com a base de dados do AFIS. O
computador seleciona as impressões que são
similares para serem examinadas pelo perito, isso
tudo em questão de segundos e caso a identificação
seja confirmada, o crime poderá ser esclarecido em
menos de um minuto.

As impressões digitais coletadas através de


entintamento, os vestígios papilares (latentes),
revelados, fotografados e coletados em cena de crime,
deverão ser escaneadas em tamanho padrão, a fim de
serem inseridas no sistema AFIS. As imagens das
impressões digitais e dos vestígios poderão ser
obtidas diretamente do scanner ou pela importação
de arquivo, disponibilizando ferramenta capaz de
corrigir a escala das imagens obtidas por meio de
fotografia.
O papiloscopista deverá ser capaz de identificar
uma pessoa existente no AFIS, comparando as
suas impressões digitais com todas as impressões
armazenadas no banco de dados AFIS, executando
os serviços relacionados a um procedimento de
individualização de pessoa, eventualmente, com
consulta ao banco das latentes não resolvidas.

Coleta da impressão digital

Para que se possa realizar uma excelente coleta de


impressões papilares, é necessário que o
profissional utilize material adequado e siga os
seguintes procedimentos:
MATERIAL:
a) Rolo;
b) Tinta preta, tipo “imprensa”;
c) Prancheta;
d) Suporte, podendo ser um lado liso e outro
acanalado;
e) Luvas.
ROLO: tem por finalidade espalhar a tinta de
impressão diretamente na mão do indigitado ou
sobre uma prancheta, impregnando-a com uma
camada uniforme de tinta.

TINTA: Deve ser preferencialmente na cor preta,


devendo apresentar uma consistência adequada,
nem muito aquosa e nem muito espessa.

PRANCHETA: destina-se a receber uma leve camada


de tinta, uniformemente distribuída sobre a
superfície lisa, com o auxílio do rolo, para a tintagem
direta das falangetas do identificando.

SUPORTE: Na tala lisa, obtém-se as impressões


digitais, pelo sistema RODADO ou COMPLETA. Na
face acanalada, aplica-se o processo VERTICAL OU
POR COMPRESSÃO, conhecido popularmente como,
“TOCA PIANO”.

LUVAS: Equipamento de Proteção Individual.


O que buscamos?
1) a possibilidade da classificação exata da impressão
digital;

2) a possibilidade da subclassificação, para a qual se


deve dispensar especial atenção aos deltas e à
nitidez das linhas pretas que integram o sistema
nuclear;

3) a possibilidade de uma perícia futura, para a qual


se deve examinar os “pontos característicos”
situados em toda a impressão.

Para coleta da planilha, o papiloscopista deverá


posicionar-se à esquerda da pessoa a ser planilhada;
Entintar os dedos da pessoa com o rolo, base para
impressões ou pedra embebida em tinta;
Segurar com o polegar e o dedo médio o dedo da
pessoa e posicionar seu indicador sobre a unha pra
que consiga uma tomada firme e sem sobreposição de
imagem, lembrando sempre que a digital não é
deposta como um carimbo, mas sim, rolada de uma
extremidade a outra do dedo para se aproveitar o
máximo possível do desenho datiloscópico.
a) NUNCA SE DEVE TOMAR IMPRESSÕES DIGITAIS
APRESSADAMENTE, porque os desenhos papilares
devem ser reproduzidos com perfeição na ficha
datiloscópica.
b) NÃO SE DEVE TINTAR MAIS DE UMA VEZ.
c) NÃO SE DEVE IMPRIMIR UM DESENHO DIGITAL
MAIS DE UMA VEZ, para imprimir novo desenho
datiloscópico é necessário entintar o dedo novamente
afim de que o desenho seja nítido, mas atenção,
observe o item B, se houver excesso de tinta, será
necessário limpar os dedos e começar o processo
novamente.

d) DEVE-SE DAR A COLETA DE IMPRESSÕES


DIGITAIS O MÁXIMO DE ATENÇÃO.
e) DEVE EVITAR OS DECALQUES que são prejudiciais
à perícia datiloscópica, visto que os pontos
característicos ficam envolvidos pelo xadrez
produzido pelo cruzamento das linhas papilares,
desaparecendo completamente ou então se
confundem com a reprodução superposta.
f) DEVE-SE EVITAR ORRÕES DE TINTA.
g) DEVE-SE EVITAR O EXCESSO DE TINTA.
h) É ACONSELHÁVEL EVITAR-SE A ESCASSEZ DE
TINTA.

i) NUCA SE DEVE TIRAR IMPRESSÕES


INCOMPLETAS.

j) NUNCA SE DEVE IMPRIMIR DATILOGRAMA TIPO


PRESILHA OU VERTICILO COM AUSÊNCIA DE
DELTAS.

Falhas na coleta
AUSÊNCIA DO DELTA OU DE DELTAS
AUSÊNCIA DAS CRISTAS PAPILARES que se
encontram nos bordos dos dedos, no desenho
digital impresso por compressão.

MUDANÇA DO TIPO PRIMÁRIO de um desenho


digital.

No desenho acima, vemos à esquerda uma presilha


dupla obtida pelo processo rolado ou rodado. O
mesmo desenho digital, transformou-se em presilha
interna, devido à ausência de dos deltas ao tomarmos
a impressão pelo processo vertical.
No caso a baixo, pelo processo completo ou rodado,
tiramos a impressão digital de um verticilo sinuoso. O
mesmo desenho, obtido pelo processo vertical,
transformou-se e presilha externa.

Vemos uma presilha externa ganchosa obtida pelo


processo completo ou rodado. O mesmo desenho
obtido pelo processo vertical, transformou-se em
arco, devido à ausência do delta.
Impressão de controle

Essa tomada é necessária para evitar possíveis erros


causados pelo tomador.

Suponhamos que por um descuido ou desatenção ele


troque a posição das mãos ou dos dedos a serem
coletados. A impressão de controle no verso da
planilha servirá para confronto e controle na hora da
comparação.
Necropapiloscopia
A necropapiloscopia surgiu da necessidade de
identificação de cadáveres desconhecidos não
reclamados.

Atualmente é obrigação dos IMLs coletar


impressões digitais para qualificação e
identificação do cadáver. Mesmo este estando
com documentos e a família o reconhecendo, a
identificação papiloscópica ainda é obrigatória
para evitar-se erros como troca de corpos.

A tomada será realizada por policiais em planilha


datiloscópica com o uso de tinta preta própria.

Muitas vezes o cadáver estará apresentando


rigidez, algo natural em mortes recentes, para
coleta nesses casos, será necessário ao policial,
antes do entintamento, realizar uma
“massagem” nos dedos e mãos da pessoa para
que a rigidez diminua e facilite o entintamento
dos dedos.
Para a tomada da impressão é necessária a
limpeza das mãos da pessoa a ser planilhada.
Assim como em vivos é pedido que o indivíduo
lave bem as mãos antes, no cadáver não é
difrente, se houver resíduos como terra, sangue,
sujeira ou qualquer coisa que atrapalhe o
entintamento, será necessário a limpeza da mão
da pessoa.

Cuidado com cadáveres em estado de putrefação,


essa limpeza pode danificar e epiderme e
dificultar a tomada da impressão.

Se em estado de putrefação dentro da fase gasosa,


a limpeza será necessária, mas com todo cuidado
para não danificar.

Será possível a tomada da impressão, porém, com


delicadeza, pois, a pele poderá se soltar durante o
processo de decalque no papel.
Necropapiloscopia

Segundo Figini, em cadáver mumificado, retira-


se e pele da falange distal em luva e após, é feita
uma reidratação da pele com solução salina.
Caso não seja possível, deve-se injetar água
morna glicerinada no espaço interfalangeano e
uma massagem deve ser feita para que o
conteúdo do líquido seja direcionado para
extremidade do dedo.

(https://www.facebook.com/kemetegito/photos/a.1003292529771519/1857863
617647735/?type=3)
Ainda citando Figini, no cadáver saponificado
utiliza-se o mesmo método do mumificado, e
acrescenta ainda uma solução de formoldeído a
10% para endurecer a epiderme. Essa epiderme
deverá ficar submergida por um tempo minímo
de 45 minutos, após, coleta-se a impressão da
mesma forma que no mumificado.

(França, Genival Veloso. Medicina Legal. 10ª Ed. Guanabara Koogan. 2015).
O afogado geralmente por estar em meio líquido
sua decomposição é mais rápida e severa. Se em
condições é recomendável o uso da luva
cadavérica, procedimento o qual, o auxiliar de
necropsia retira a pele da falange distal e veste em
seus dedos para tomada da impressão.
Caso não seja possível, aconselha-se efetuar a
raspagem da camada epidérmica para exposição
da derme e assim coletar a impressão.
Quando a luva está se despredendo aconselha-se o
uso de água destilada mais formoldeído a 10% em
submersão de 30 a 40 minutos ou até tornar-se
possível o manuseio.

Nos casos de queimados, os dedos não devem ir


para o formol se estivem totalmente secos e sim
encaminhados in natura para o laboratório
reidratá-los, caso estejam com tecido mole,
recomendá-se o uso de etanol para preservação,
pois o formol pode deixar a pele rígida ou
quebradiça.

Sistema LEAD

No ano de 2016, Policiais Civis do IIRGD,


desenvolveram um sistema on-line disponível na
Intranet da Polícia Civil, tecnologia web,
totalmente digital, que oferece facilidade de
operação e interface amigável para o usuário.
(https://www.memoriapoliciacivildesp.com/i-i-r-g-d)

O LEAD passou a ser utilizado amplamente a


partir do ano de 2017, e rapidamente se tornou
uma ferramenta essencial no trabalho dos
Papiloscopista Policiais do SERPD (Serviço de
Perícias Dactiloscópicas) e do SEL (Seção de
Estudos e Laudos). O Sistema LEAD tem o objetivo
de oferecer recursos para envio e recebimento dos
pedidos de legitimação ao IIRGD das unidades da
Polícia Civil do Estado de São Paulo e do Instituto
Médico Legal (IML). Permite a pesquisa dos dados
cadastrados e das imagens digitalizadas dos
pedidos de legitimação e emissão de relatórios
estatísticos sobre as informações
Agentes reveladores
Devemos lembras que as impressões podem ser
moldadas, isto é, depositadas em uma superfície
que irá molda-la como argila e massa para fixação
de vidro.

Pode ser visível como a impressão deixada por


uma mão empoeirada.

Entintada, como no caso de coleta de identificação.

Latente, quando é parcial ou invisível ao olho nú


sem ajuda de luz oblíqua ou agente revelador

Existem diversos agentes reveladores para


digitais latentes.

Cada qual específico para determinada ocasião,


tempo de exposição, superfície e técnica de
tomada.
Aqui serão listados alguns dos agentes
reveladores mais comuns, mas lembrando que
muitos estão de fora da lista. Você papiloscopista
ou futuro papiloscopista terá mais informações na
bibliografia recomendada.

Agentes reveladores
Negro de Fumo: é um termo genérico usado
para identificar uma ampla variedade de
materiais carbonáceos finamente divididos. É
um dos materiais mais utilizados na revelação
de impressões latentes encontradas em
suportes de fundo claro, sendo aplicado por
pulverização ou por meio de um pincel. Suas
micro partículas aderem na mancha deixada
pelas cristas papilares banhadas de suor e ou
óleo revelando o desenho das papilas dérmicas.

(https://monografias.brasilescola.uol.com.br/direito/a-
importancia-levantamento-impressao-digital-local-crime.htm)
Carbonato de chumbo: é um pó branco
extremamente fino. É um dos materiais mais
utilizados na revelação de impressões latentes
encontradas em suportes de fundo escuro e
transparentes, sendo aplicado por pulverização
ou por meio de um pincel. Suas micro partículas
aderem na mancha deixada pelas cristas
papilares banhadas de suor e ou óleo revelando o
desenho das papilas dérmicas.

Nitrato de prata: material altamente corrosivo.


Causa queimaduras a qualquer área de contato.
Pode ser fatal se engolido. Danoso se for inalado. É
utilizado na revelação de impressões latentes
deixadas em papel. Em contato com o cloreto de
sódio (suor), produz cloreto de prata e nitrato de
sódio, sendo que o cloreto de prata é indissolúvel
permitindo assim que após a lavagem do papel,
todo o material seja removido, exceto o desenho
deixado pela mancha de suor, sendo este revelado
com a exposição à luz, revelando assim o desenho
deixado pelas cristas papilares.
(https://imagens.tabelaperiodica.org/nitrato-de-prata-na-pele/)

Vapor de iodo: material altamente corrosivo.


Causa queimaduras a qualquer área de contato.
Pode ser fatal se engolido. Danoso se for inalado. É
utilizado na revelação de impressões latentes
deixadas em papel. O vapor de iodo reage com os
ácidos graxos deixados no contato das cristas
papilares com o papel revelando assim o desenho
papilar.

(https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/iodo/)
Vapor de super-cola: um dos mais recentes
métodos de detecção de impressões digitais é o
vapor de cola (ou vapor de cianocrilato – Super
Bonder). O material é exposta ao vapor de
cianocrilato por alguns minutos, geralmente de 1
a 2 minutos. A digital aparece em leves contornos
brancos visíveis a olho nu. Para melhor realce são
utilizados pós reveladores, corantes como BY40 e
gun blue.

(https://www.crime-scene-investigator.net/optimized-development-of-latent-
fingerprints-on-unfired-and-fired-brass-cartridge-casings.html)
O cianoacrilato é um liquido monomérico,
viscoso, incolor, que quando aquecido produz
vapor que reage seletivamente com os
componentes écrinos (água, hidróxido,
aminoácidos) e sebáceos da impressão latente
papiloscópica.
Os objetos a serem periciados são submetidos ao
processo de fumigação, que consiste na exposição
destes a uma atmosfera composta de monômeros
de cianoacrilato na fase gasosa e vapor de água em
um ambiente fechado. Esse processo foi utilizado
pela primeira vez em 1978 pela Japanese National
Police Agency e desde então passou a ser o
processo mais utilizado em laboratório para
revelação de impressões latentes em superfície,
porosas e não porosas.

O monômero de cianoacrilato, em estado liquido,


quando aquecido, passa para o estado de vapor e
forma uma camada branca e rígida sobre as
“cristas papilares” impressão latente. Essa camada
formada é conhecida como policianoacrilato.
Para a perícia de local existem algumas outras
formas de apresentação do cianoacrilato. Como
exemplo podemos citar o ciano Wand (bastão de
aplicação de cianoacrilato), cianoacrilato em gel
ou ampolas de cianoacrilato, as quais
possibilitem sua aplicação imediata, evitando
eventuais perdas/danificações dos vestígios
papilares durante o transporte dos materiais ou
devido ao transcorrer do tempo entre a aposição
da impressão e a realização da perícia.
Para as perícias em local, o ideal é que se
transporte uma câmara de cianoacrilato portátil
e realize o processo de fumigação in loco.

Pós coloridos: Utilizados para superfícies diversas


as quais o pó preto ou o pó branco não têm um
bom realce. Algumas substâncias utilizadas nesse
tipo de formulação são tóxicas ou oferecem algum
dano à saúde do profissional. Dessa forma,
procedimentos de segurança devem ser adotados
no preparo ou utilização desses pós.
Os pós aderem tanto a depósitos de água quanto
de gordura. Eles são geralmente muito úteis em
impressões "frescas" (que aconteceram
recentemente). Deve-se usar um pó que tenha
contraste com o fundo. São úteis em qualquer
superfície seca, relativamente macia, não
aderente. Deve ser usado após fluorescência a
laser. Pode ser usado antes da ninidrina e depois
do cianoacrilato. Os resultados podem variar de
acordo com o perito. Levante as impressões
reveladas por meio de técnicas de fotografia ou
métodos convencionais. (FONTE: SIRCHE)

Pós Luminescentes: são compostos por


substâncias naturais ou sintéticas que apresentam
fluorescência em exposição à luz UV. Laser ou
outras fontes de luz.
Ideais para visualização de fragmentos
depositados em superfícies multicoloridas que
apresentam problemas de contraste quando
revelados com pós regulares, porém são pouco
utilizados em perícia de locais.
Pós fluorescentes: Os pós feitos a partir de
materiais fluorescentes oferecem mais vantagens
em relação aos pós convencionais. A aplicação
deve seguir os mesmos procedimentos dos pós
convencionais. Os levantamentos podem ser
feitos por meio de fotografia ou pelos modos
convencionais. Os pós fluorescentes são muito
úteis principalmente quando a impressão se
encontra em um fundo mesclado. Nesse caso é
necessária uma fonte de luz forense ou
ultravioleta. (FONTE: SIRCHE)

Pós metálicos: São compostos por pequenas


partículas ferromagnéticas, cuja aplicação na
superfície é realizada utilizando-se um aplicador
magnético.
Útil em superfícies de couro, plástico, papéis,
vidro e pele humana.
São constituídos de: partículas grande de limalha
de ferro (20-200um): magnéticas e partículas
menores de óxido de ferro, Fe304 (3-12um),
alumínio ou cobre, não magnéticas.
As partículas maiores agem como suporte
magnético que carreiam as partículas menores,
não magnéticas, que aderem aos resíduos dos
vestígios papilares.

Pós termoplásticos: São pós utilizados em


máquinas fotocopiadoras (toner), e deve-se
submeter a superfície ao aquecimento.

(https://www.proffisytoner.com/toner-powder/toner-powder-
for-hp/color-toner-powder-for-hp-540.html)
Ninidrina: A utilização da ninidrina foi
primeiramente proposta por Odén e Von Hofsten
em 1954, a utilização dessa substância tornou-se
uma das técnicas mais populares para detecção de
vestígios latentes em substratos porosos (papel)
que tente a absorver os compostos secretados
pelas glândulas da pele, que formam a impressão
digital.
A ninidrina é um produto tóxico e sempre deve
ser utilizado em capelas e utilizar os EPI. A
ninidrina reage com aminas primárias e
secundárias, incluindo aminoácidos, proteínas e
peptídeos.

A ninidrina reage com aminoácidos produzindo


um produto de reação de cor roxa chamado
"Púrpura de Ruhemann". É útil em superfícies
porosas, especialmente papel. O tempo de
revelação é de até 10 dias, mas pode ser
acelerado através da aplicação de calor e
umidade. A ninidrina deve ser usada depois do
iodo e antes do nitrato de prata. A ninidrina não
é útil em itens que foram expostos à água.
A ninidrina reage com aminoácidos produzindo
um produto de reação de cor roxa chamado
"Púrpura de Ruhemann". É útil em superfícies
porosas, especialmente papel. O tempo de
revelação é de até 10 dias, mas pode ser acelerado
através da aplicação de calor e umidade. A
ninidrina deve ser usada depois do iodo e antes do
nitrato de prata. A ninidrina não é útil em itens
que foram expostos à água.

DFO: 1,8 diazofl uoreno-9-um, é uma substância


análoga à ninidrina fluorescente que pode revelar
até 2,5 vezes mais impressões que a própria
ninidrina. Ela é bastante útil em superfícies
porosas, especialmente sobre papel. A revelação
pode ser acelerada através da aplicação de calor
controlado.
Deve ser usado antes da ninidrina. O DFO também
é útil para revelar manchas leves de sangue. Ela
requer uma fonte de luz especial, tal como o
BLUEMAXX™ ou fontes de luz alternativas
MMX300.
Amido black: corante proteico utilizado para
melhor visualizar os vestígios papilares em
sangue.
Primeiro deve-se realizar a fotografação direta do
vestígio papilar, em seguida aplica-se o amido
black, aguardar a reação do produto que deixará o
sangue com uma cor azulada, em seguida
fotografar novamente. O produto pode ser
utilizado sobre superfície porosa e não porosa.
Existem outros reagentes que podem ser
utilizados com o mesmo fim:
Vermelho Úngaro;
Diaminobenzidina;
Coomassie blue;

Violeta de genciana: usado para revelação de


impressões papilares latentes muito eficaz e
simples, relativamente barato, aplicado em
superfícies adesivas. Adequado para uso em
laboratório.
Em superfícies não porosas, na parte aderente de
fita crepe, fita isolante, esparadrapos, durex, etc.
Reagentes de pequenas partículas: É indicado
principalmente para superfícies molhadas, pois
consiste na suspensão de finas partículas de
molibdênio em uma solução detergente, e pode
ser utilizado tanto com um borrifador ou imersão,
e se for necessário pode-se retirar o excesso com
água. As partículas se aderem nos componentes
gordurosos do vestígio papilar, e formam um
depósito cinza de dissulfeto de molibdênio.

Obrigado
E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
o curso de "PAPILOSCOPIA".

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