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INTRODUÇÃO
De acordo com Hélio Gomes (1958), “identidade é a soma dos caracteres que individualizam
uma pessoa, distinguindo-a das demais” e a identificação são “todos os caracteres que,
dependendo das circunstâncias, permitam estabelecer comparações de modo a concluir-se
estar-se ou não perante uma determinada identidade” (Malhado, 2001). A identidade é um
direito do cidadão, mas também é um dever e sempre que seja necessário esclarecer ou
reconhecer uma identidade, a iniciativa do exercício da mesma pode caber ao Estado através de
diversos métodos de identificação, designadamente a autópsia médico-legal, a genética forense,
a medicina dentária forense e a lofoscopia. A dactiloscopia, cujo termo deriva da língua grega
lóphos (crista, relevo) e scopia (ver), é uma das técnicas da lofoscopia, aplicada na investigação
forense e criminal, usada como método de eleição na identificação pessoal de indivíduos através
do estudo dos dermatóglifos, vulgarmente conhecidos como impressões digitais, que são nada
mais, nada menos as impressões ou padrões dermopapilares existentes nas extremidades dos
dedos, na palma das mãos e planta dos pés. Dessa forma, a dactiloscopia dedica-se a fazer a
comparação entre impressões digitais recolhidas nas mãos e/ou pés de suspeitos, vítimas e
cadáveres e aquelas que existam em bases de dados ou com os vestígios recolhidos em locais
frequentados pelos mesmos ou objetos utilizados por eles. Efetivamente, ela é uma ferramenta
essencial para o estabelecimento de uma identificação conclusiva já que a mesma está conforme
certos princípios, que lhe conferem validade científica: o princípio da perenidade estabelece que
estes tipos de desenhos particulares formam-se durante a vida intrauterina por volta das 9 a 11
semanas de gestação e mantêm-se até ao final da nossa vida, inclusive até à putrefação
cadavérica; o princípio da imutabilidade, assenta que as propriedades do desenho formado não
se alteram na sua forma original em nenhum estágio da vida, salvo algumas alterações devidas
a agentes externos, tais como queimaduras, cortes ou doenças de pele; o princípio da
variabilidade considera estes padrões como uma marca exclusiva de cada indivíduo já que não
se repetem entre gémeos idênticos, nem mesmo entre os dedos de um mesmo indivíduo. Não
obstante, há autores que consideram ainda um princípio da classificabilidade dado os
dermatóglifos apresentarem um grande potencial de classificação e arquivamento, e o princípio
da praticidade, já que a obtenção de impressões digitais é um procedimento relativamente
simples, rápido e de baixo custo quando comparado aos outros métodos. A dactiloscopia,
encontra-se dividida em quatro ramos, conforme o local onde se procede à recolha, à
observação e à análise da impressão digital, isto é, quando o processo é feito nas extremidades
dos dedos das mãos designa-se dactiloscopia, quando ocorre nas cristas das palmas das mãos
designa-se quiroscopia, e na planta dos pés denomina-se pelmatoscopia.
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A PELE HUMANA
A pele é uma membrana com uma espessura que varia de 0,5 a 6 mm, reveste externamente o
corpo e possui diversas funções – a função de proteção física, prevenindo a entrada no
organismo de corpos estranhos tais como substâncias tóxicas, radiações e microrganismos; a
função imunitária, realizada através dos linfócitos chamados de células de Langerhans que
regulam a resposta imunitária; a função de regulação da temperatura corporal através de
mecanismos que permitem a proteção contra o frio ou a diminuição da temperatura superficial;
a função de reserva de nutrientes, principalmente lípidos, água e sódio; a função metabólica,
que após a receção de luz solar para o fabrico da vitamina D promove a absorção do cálcio; e a
função sensitiva na medida em que é através do tacto que o cérebro é informado do contato
com agentes externos, tais como a dor, pressão, frio ou calor. Histologicamente a pele
compreende a Epiderme, que é a camada mais superficial, diretamente em contato com o
exterior e possui diferentes profundidades conforme a região do corpo, mantendo a sua
aderência à derme através das papilas; a Derme, a camada seguinte, é constituída por fibras
conjuntivas que lhe dão elasticidade, pedículos pilosos, glândulas sudoríparas, glândulas
sebáceas, vasos sanguíneos e pequenas saliências denominadas Papilas que encerram as
terminações nervosas; a Hipoderme, a camada mais profunda da pele, onde se situam as
gorduras, as veias e os músculos.
A epiderme está ligada à derme, ambas se
interpenetram de forma irregular e ondulada. Nesta
transição, ou junção, estão situadas as papilas
dérmicas que são basicamente estruturas compostas
por cristas papilares que distam de dois a sete décimos
de milímetro (sulcos interpapilares) umas das outras,
apresentam configurações distintas em cada indivíduo
(diversidade) e não sofrem alterações naturais ao
longo da vida (imutabilidade). Por esta razão a pele da Desenho da pele humana e suas divisões
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do corpo, principalmente, na testa, raiz dos cabelos, axilas, etc., estando igualmente presentes
nos dedos e palmas das mãos, num valor de 18 por mm2 e 120 por cm2, respetivamente, e nas
palmas dos pés em cerca de 300 por cm2. As glândulas sebáceas, por outro lado, são estruturas
da pele que segregam uma substância gordurosa chamada sebo que lubrifica e impermeabiliza
a pele, estando situadas na derme ao longo da face superior da raiz dos pelos. Estas glândulas
encontram-se em toda a extensão da pele, com maior abundância na cara e couro cabeludo e
estão ausentes das palmas das mãos e plantas dos pés. Por conseguinte, tendo em conta que
estes dois tipos de glândulas, sudoríparas e sebáceas, são as responsáveis pela formação e
acumulação de resíduos (suor, gordura, aminoácidos e proteínas) nas cristas papilares presentes
nos dedos, e que apesar das papilas estarem integradas na derme, não sofrem alterações com
a renovação desta, tem por resultado, aquando do contato da pele dos dedos, das mãos ou pés
de um individuo com uma superfície, ficar impressa, necessariamente, nessa mesma superfície,
a morfologia das cristas e sulcos (impressão digital) do indivíduo em questão. Mais, se
considerarmos a diversidade das cristas, na análise dos detalhes anatómicos desse indivíduo, a
dactiloscopia pode afirmar com caracter absoluto a identidade do mesmo, podendo-se concluir
daqui que a natureza das impressões digitais é essencialmente anatómica.
RESENHA HISTÓRICA
O devir do ser humano está fortemente ligado, senão dependente, da vida social e da vida em
comunidade bem como da sua própria individualidade. Implícita nesta última característica está
a necessidade que o Homem tem em se demarcar dos demais, levando o mesmo, desde os
tempos mais remotos, a pintar-se e tatuar-se para afirmar a sua identidade bem como a fazer a
identificação e punição dos marginais da sociedade - escravos, prostitutas, assassinos,
desertores, etc. – tendo empregado para tal processos bárbaros e desumanos destituídos de
qualquer rigor científico (Calisto, 2001), o que nos leva a afirmar sem receio de desmentido que
a identificação é tão velha como velha é a humanidade. (lorraynnecristina, 2011). A partir do
século XVII, os desenvolvimentos técnicos e científicos nos processos agrícolas e industriais na
Europa proporcionaram um rápido desenvolvimento económico que associados à inevitável
explosão demográfica resultaram em diversos efeitos, nomeadamente no florescimento de
grandes concentrações urbanas. As cidades atraíram migrantes porque davam trabalho, mas
tiveram o efeito perverso de aumentaram as tensões sociais. O surgimento de novas práticas de
crimes os infratores encontrara um meio que lhes favorece o anonimato ou a dissimulação da
sua identidade (Passos, 1981). As repercussões sentiram-se ao nível do sentimento de segurança
das pessoas bem como ao nível das políticas governamentais na área da justiça, investigação
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criminal e segurança pública. Neste contexto social, de necessidade de controlo dos indivíduos,
foram surgindo novas técnicas orientadas para a identificação dos mesmos, nomeadamente
daqueles envolvidos com o sistema da justiça. Assim, em 1686, foi publicada por Marcelo
Malppighi a “Epístola sobre o órgão do tato". Pioneiro na utilização do microscópio, Malppighi
descobriu curvas, espirais, cristas e poros na ponta dos dedos das pessoas, sem, contudo, lhes
atribuir valor identificativo. Em 1820, o professor de Anatomia e Fisiologia na Faculdade de
Medicina de Breslau, Johann Evangelista Purkinje, estudou o sistema déltico observando que as
impressões digitais dos indivíduos eram únicas, porém esta valiosa oportunidade apresentava
um problema aparentemente sem solução: se cada desenho é diferente, como classifica-los?
Purkinje percebeu que sem a categorização das impressões digitais, era impossível encontrar o
par correspondente num sistema de unidades, quem sabe de milhões. O seu contributo para a
dactiloscopia consiste na descrição de 9 tipos de impressões digitais, sem, contudo, tocar em
questões importantes da individualidade absoluta de cada configuração e a sua permanência.
(Cummins & Kennedy, 1940) Em 1838, Jacques Daguerre inventou um processo de fotografia,
que permitiu obter uma forma nova de identificação, que, logo revelou ser ineficaz dado
constatar-se haver indivíduos com traços fisionómicos semelhantes. Mais tarde, outro estudioso
das impressões digitais, José Engel, descobriu que as mesmas surgem desde o sexto mês de vida
fetal. Dos 9 tipos de impressões de Purkinge, reduziu estas a 4 e divulgou tal facto no "Tratado
do Desenvolvimento da Mão Humana" em 1856. Em 1858, e na sequência dos estudos de
Purkinge, William Hershell, Chefe de distrito em Bengala, Índia, e neto do famoso astrónomo
inglês, encetou o procedimento de tomar as impressões digitais (impressão da palma da mão e
dedo médio da mão) dos nativos, com o objetivo de autenticar contratos e documentos legais.
Esta prática de comparar impressões digitais levou Hershell a constatar que elas eram
absolutamente individuais, facilmente identificáveis e não se modificavam com a idade.
Posteriormente, por tal técnica se revelar valiosa na manutenção de registos criminais, Hershell
ampliou a investigação sobre a dactiloscopia usando o método nas prisões para reconhecimento
dos evadidos. Cerca de duas décadas depois (1880), Henry Faulds, um médico escocês
estabelecido no Japão, examinando as suas impressões digitais e as dos seus amigos, percebeu
que os padrões dos desenhos eram únicos para cada pessoa e de tal forma ficou convicto que
num julgamento em Tóquio garantiu a inocência de um suspeito com base nas suas impressões
digitais porque aquelas não correspondiam com outras encontradas na cena do crime. Faulds
tentou reivindicar para si todo o mérito da aplicação das impressões digitais, porém não lhe foi
dada muita atenção, principalmente por Galton, episódio que viria mais tarde a gerar uma
controvérsia sobre quem seria o verdadeiro inventor da Papiloscopia. Ironicamente foi
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Esta concretização estabeleceu a dactiloscopia como arma poderosa dos investigadores na luta
contra o crime. Chegados ao século XX, em 1901 a Scotland Yard adoptou oficialmente o novo
método de identificação dactiloscópica de Edward Richard Henry, após este ter publicado o livro
Classification and Uses of Finger Prints. Edward Henry classificou as impressões digitais em 4
tipos fundamentais - arcos, presilhas, verticilos e compostos.
Principais tipos de padrões pelos quais as impressões digitais são classificadas, de Edward Henry
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DACTILOSCOPIA EM PORTUGAL
Em Portugal a história da dactiloscopia é pouco extensa, mas brilhante, sendo a mais antiga
notícia escrita a respeito da identificação pelo aspeto que as cristas papilares conferem à pele
dos dedos, palmas e plantas, feita na obra de João Barros de 1563. (Oliveira C. M., 1990).
Inicialmente, a identificação criminal em Portugal era feita, pelos métodos antropométricos que
se realizavam em postos/laboratórios antropométricos anexos às cadeias do Porto e de Lisboa,
sendo que em 1902, paralelamente, começou a ser feita, a recolha de impressões digitais nos
boletins desses mesmos postos, em combinação destas com a informação antropométrica
(medições do corpo e descrições físicas complementadas com a fotografia bertilloniana).
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trabalhou exclusivamente com este sistema até 1990, ano em que adotou também o AFIS -
Automatic Fingerprint Identification System. Sendo certo que numa primeira fase, o AFIS operou
apenas em Lisboa, mais tarde, estendeu-se, a nível nacional a todos os departamentos da Polícia
Judiciária, bem como, e apesar de com algumas restrições, também à Polícia de Segurança
Pública e à Guarda Nacional Republicana. Na Polícia Judiciária, a lofoscopia encontra-se na
dependência do Laboratório de Polícia Científica, e está integrada no Setor de Identificação
Judiciária da Área de Criminalística, que tem abrangência nacional através de extensões nas
Diretorias e Departamentos de Investigação Criminal. Genericamente, a recolha das impressões
digitais, bipalmares e fotografias aos arguidos, fazem parte do sistema de identificação judiciária
ou policial, é processada por peritos devidamente qualificados nos Órgãos de Polícia Criminal
(OPC), de competência genérica, sendo que por via de regra este trabalho é realizado por
especialistas-adjuntos de criminalística, na área de lofoscopia, do LPC da Polícia Judiciária; mas
também pelos elementos das equipas de identificação judiciária da Unidade de Polícia Técnica,
da PSP bem como pelos elementos que integram os Núcleos de Apoio Técnico, coordenados
pela Direção de Investigação Criminal, unidade orgânica nuclear do Comando Operacional da
GNR. (Oliveira J. C., 2013). Saliente-se, o relacionamento e colaboração institucional das várias
polícias, em particular nesta área da identificação das impressões digitais, dado que,
atualmente, e apesar de já terem sido criados laboratórios na PSP e GNR, para permitir aos
polícias o tratamento de alguns dos vestígios lofoscópicos recolhidos em locais de crime, ser
ainda necessária a disponibilidade do Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária, para
saber a quem pertence uma impressão digital.
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das mãos, que estão conforme os três princípios fundamentais para uma identificação fidedigna
e com valor probatório – perenidade, imutabilidade e diversidade, são estudados pela
dactiloscopia com o objetivo de fazerem a identificação ou exclusão de um dador humano. Uma
impressão digital ao ser recolhida passa a designar-se por dactilograma, e este pode assumir
dois tipos: dactilograma natural ou direto quando procedemos à observação direta dos
desenhos na polpa digital das falangetas, dactilograma artificial ou indireto, quando observamos
esses desenhos numa representação gráfica (papel, fotografia, vidros, móveis, ficha
dactiloscópica), e acidental o dactilograma que é encontrado nos locais de crime. (Berto, 2012).
O processo de exame de dactilogramas, que se designa de exame dactiloscópico, pode ser
monodactilar quando se reporta apenas a um dedo, decadatilar quando examina o conjunto dos
10 dedos da mão. Ao conjunto das impressões digitais de ambas mãos lançadas numa ficha
denomina-se ficha dactiloscópica.
Vucetich disse “a simples vista, qualquer pessoa pode observar que as linhas papilares das
falangetas da face palmar de ambas as mãos, existem, tanto à direita quanto à esquerda e, em
ambos os lados desses desenhos, pequenos ângulos que se denominam Deltas, cujas linhas se
desenvolvem à direita ou à esquerda, ou mesmo em forma circunferencial, espiróide, ovóide,
etc.” e é graças à simplicidade e exatidão deste sistema que fez com que ainda hoje o mesmo
seja usado na classificação e arquivamento das cristas papilares. As cristas papilares apresentam
três sistemas de linhas: a) Sistema Basal ou basilar - corresponde ao conjunto de linhas paralelas
à prega que separa a falanginha da falangeta; b) Sistema marginal - conjunto de linhas das
bordas de impressão; c) Sistema central ou nuclear - conjunto de linhas que se situam no centro
do dedo, ou seja, no meio dos dois anteriores. Porém, dada a diversidade de tipos de cristas, foi
necessária a criação de subtipos para os tipos fundamentais, elevando a capacidade do
arquivamento, colocando uma maior desenvoltura e segurança ao mesmo de modo que, por
exemplo, quando ocorre um ponto de atrito sobre um cume ou próximo do ponto de confluência
entre os três sistemas, cria-se uma figura típica denominada delta (porque lembra a letra grega
delta).
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mutatis mutantis, numa espécie de costume como Fonte de Direito, lançando mão dos
elementos do uso e obrigatoriedade. (Oliveira J. C., 2012).
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um material moldável (areia, pomada para calçado, cera, plasticina, etc.), que é visível a olho nu
e cujo método de recolha vai desde a fotografia direta até ao spray fixante com realização do
respetivo molde. Importa salientar que nestes processos é fundamental preservar a identidade
e integridade dos vestígios, ou indícios, que podem ser as provas do crime, isto é, há que
proceder sempre com especial cuidado no processo da recolha, empacotamento e preservação
desses elementos probatórios no sentido de manter a cadeia de custódia íntegra, para a
realização de uma investigação adequada e a consequente eficácia processual.
CONCLUSÃO
A dactiloscopia é uma área das ciências forenses que se dedica à identificação civil e criminal
das pessoas. Caracteriza-se por ser um método que envolve a recolha, a observação e
comparação dos padrões de impressões digitais da pele dos dedos (dactiloscopia), das palmas
das mãos (quiroscopia) e da planta dos pés (pelmatoscopia) de um indivíduo, estabelecendo a
sua identidade. Esta identidade baseia-se em alguns princípios fundamentais (perenidade,
imutabilidade, variabilidade e classificabilidade) das impressões digitais, já que as mesmas são
formadas ainda quando feto e acompanham a pessoa por toda a sua existência sem apresentar
grandes mudanças. Os métodos de identificação evoluíram em todos os sentidos, mas foi a partir
da segunda metade do século XIX, que a técnica da Papiloscopia/lofoscopia foi ganhando espaço
entre os investigadores criminais. Destacam-se, Henry Faulds como o primeiro a apresentar
oficialmente um método de identificação das pessoas por meio das marcas existentes nos
dedos; Francis Galton que estabeleceu a análise dos traços (minúcias) das impressões como
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ciência logo que percebeu que o padrão das digitais possuía características únicas em cada
indivíduo e se mantinha inalterado durante toda a vida; Edmond Locard propôs a impressão
digital como assinatura do criminoso e que bastavam 12 minúcias coincidentes para o identificar
tornando-se famoso pelo seu postulado "Todo contacto deixa uma marca" também conhecido
como Princípio da Transferência; Edward Henry criou o departamento de identificação por
impressão digital da Scotland Yard, como a primeira iniciativa de se fazer um banco de dados
com as impressões digitais de criminosos para serem comparadas com as marcas deixadas nos
locais de crimes. Actualmente, as diversas polícias no mundo, tal como a Polícia Judiciária
portuguesa, usam o AFIS - Automatic Fingerprint Identification System. Com estes dados,
conclui-se que a dactiloscopia é uma ferramenta muito importante para a simples identificação
civil e criminal, que está presente durante o processo de investigação criminal e é reconhecida
pelos Tribunais como meio de prova irrefutável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CUMMINGS, H., & Kennedy, R. W. (1940), Purkinje's Observations (1823) on Finger Prints and
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(D. d. Notícias, Ed.). Disponível em http://goo.gl/2CGnop, data de consulta a 08-12-2013;
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