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INOVA CURSOS

Auxiliar de Necrópsia
Papiloscopia
Identificação x Reconhecimento
Identificação: Método científico.

• Reconhecimento: Processo empírico (CPP Art. 226);

“A identificação diferencia-se do reconhecimento, na medida em que a


primeira tem como base o auxílio científico, e a segunda constrói-se
embasada em um processo empírico, sem empregar qualquer grau de
conhecimento, de baixo grau de precisão, podendo ser feito por uma
pessoa leiga” (Zanella, 2015).
Papiloscopia - Aspectos históricos
• Ciência responsável pela identificação humana através das
papilas dérmicas;

• Período científico iniciado por Marcello Malpighi (médico


italiano), em 1664;

• Sistematizado de forma prática e classificável por Juan Vucetich


(Croácia / Argentina) em 1891;

• Divide-se em Quiroscopia, Podoscopia e Datiloscopia.


Quiroscopia
É o processo de identificação humana por meio das impressões da
palma da mão, classificada em três regiões: tenar, hipotênar e
superior.
Podoscopia
É o processo de identificação humana através das impressões das
solas dos pés. Esse tipo é mais utilizado em maternidades, na
identificação de recém nascidos.
Datiloscopia
o sistema datiloscópico, criado em 1891 por Juan
Vucetich, o qual estudava as impressões digitais
ou vestígios deixados pelas polpas dos dedos em
objetos ou quaisquer outros lugares em que fosse
possível observar tal sinal.
Pele Humana - Sistema Tegumentar
A eficiência do sistema datiloscópico está intimamente ligada a três fundamentais características:
a) Perenidade: os desenhos formados nas polpas dos dedos são formados no sexto mês de vida
ultra-uterina e perduram até a destruição do ser humano.
b) Imutabilidade: mesmo diante de queimaduras ou cortes, as cristas papilares não desaparecem,
se regenerando sem apresentar qualquer mudança em sua forma.
c) Variedade: o desenho da polpa dos dedos é diferente em cada ser humano. Até hoje não foram
encontradas duas impressões idênticas.
Sistema de Vucetich
No Brasil, a datiloscopia emprega o sistema de Vucetich, sistema que
classifica as impressões datiloscópicas em quatro tipos:
1) Arco: datilograma geralmente adético, formado por linhas que
atravessam o campo digital apresentando em sua trajetória formas mais
ou menos paralelas abauladas ou alterações caracteristicas;
2) Presilha interna: é o datilograma com um delta à direita do
observador, apresentando linhas que, partindo da esquerda, curvam-se
e volta ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas;
3) Presilha externa: é o datilograma com um delta à esquerda do
observador, apresentando linhas que, partindo da direita, curvam-se e
volta ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas.
4) Verticilo: é o datilograma com um delta à direita e outro à esquerda
do observador, tendo pelo menos uma linha livre e curva à frente de
cada delta.
Cada classificação anteriormente mencionada, é baseada
em um ângulo com forma piramidal oriunda da bifurcação
de uma linha simples ou pela brusca divergência de duas
linhas paralelas. Tal ângulo é denominado na medicinal
legal como “delta”.

Delta
Classificação de Tipos Fundamentais:
Identificação de Minúcias

Pontos característicos ou Pontos de Galton (Francis Galton)


Visíveis são as impressões papilares deixadas com tinta, graxa,
óleo, sangue, ou qualquer outro produto que apresente certa
pigmentação e seja facilmente visualizado a olho nú.
Moldadas são as impressões deixadas sobre suportes que
possuam consistência pastosa e acabe por “moldar” o formato
da crista papilar tal como ela é, tais substancias podem ser o
sabão, cera, pomada, etc.
Latentes são as impressões que não podem ser visualizadas a
olho nu, ou seja, é necessário que o pesquisador use aparatos
para auxiliá-lo na descoberta de tal impressão deixada por
dedos limpos.
Identificação de pessoa morta
Para se identificar uma pessoa morta, o usual é pelas impressões digitais,
sendo mais rápido e barato. No entanto deve-se avaliar causa da morte e
tempo em que a pessoa faleceu. Se o óbito ocorreu recente não há muita
dificuldade na coleta, porém dependendo do local e as condições da morte
dificulta a coleta sendo necessárias técnicas específicas.
Quando a coleta de impressões digitais tem que ser feita em corpos em estágio
avançado de decomposição, é necessária a retirada da luva cadavérica, ou
seja, a pele que recobre os dedos da mão do cadáver. Corta-se
transversalmente a pele do dedo alcançando com o corte a área de um anel.
Depois, a pele do dedo é arrancada como um preservativo. Após isso, o
pesquisador veste a pele do cadáver sobre sua própria mão, previamente
protegida por uma luva de borracha . E, então, é feita a coleta das impressões
digitais.
As técnicas serão demonstradas através de práticas, obtendo-se assim uma
melhor assimilação do conteúdo.

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