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Introdução
Sutilmente, durante a pandemia do século XXI, foi lenta, contudo, com uma
impressionante força surgindo entre a população, as cidades, os estados e
países, uma onda do “novo normal”, diante de um quadro de tantas mudanças
sociais, de tantas reinvenções do modo de vida; normas que foram adentrando
nas casas, comércios, nas ruas, enfim, em todos os lugares que existissem
pessoas, numa adequação difícil, depois pelo medo das mortes que se
multiplicaram, se fez tudo com receio de ser mais um fazendo parte dos óbitos
que cresciam.
Surge mais uma cepa, ainda mais mortal, mais rápida e de difícil estudo e análise
para os pesquisadores brasileiros e do mundo, pois, chega com mais vigor e seu
cunho fatal é desesperador.
Mas, por incrível o que parece a grande questão é saber como será o novo
normal? O que irá oferecer? E principalmente, muitos creem que o ser humano
sairá muito melhor?
1. O normal
Significado de Normal
Adjetivo masculino e feminino
1. Diz-se do que se encontra em conformidade com a norma; regular: um
horário normal, o valor está normal para a idade
2. Que é frequente ou regular; comum; banal: seguiu o trajeto normal
3. Que pode ser usado como exemplo; modelo; padrão: aquilo não era um
comportamento normal. (https://www.lexico.pt/normal/).
“(...) uma sociedade nos parece definir-se menos por suas contradições que
por suas linhas de fuga, ela foge por todos os lados, e é muito interessante
tentar acompanhar em tal ou qual momento as linhas de fuga que se
delineiam. Seja o exemplo da Europa hoje: os políticos ocidentais tiveram
muito trabalho para construí-la, os tecnocratas para uniformizar regimes e
regulamentos. Mas a surpresa pode vir por parte das explosões entre os
jovens, as mulheres, em função da simples ampliação dos limites (isto não é
“tecnocratizável”); por outro lado, é engraçado pensar que esta Europa já está
completamente ultrapassada antes mesmo de ter começado, ultrapassada
pelos movimentos que vêm do leste. São linhas de fuga sérias” (Deleuze,
1998. p, 212).
Se assim se pode dizer, o mundo que conhecemos entrou no que se pode dizer,
um caos, primeiro, porque não havia ideia de como tratar, ficou em suspense
toda a tentativa, segundo, por demorar para achar o ponto de partida e enfim,
terceiro, quando foi descoberto houve diversas reações que não contribuíram em
nada a descoberta. Pode-se dizer, que fosse como encontrasse uma mina de
ouro, e quem se aproximasse de uma mínima “vacina”, para conter o avanço
ganharia um mercado enorme.
Esse foi o normal: Ambição, poder, dominar, economia; sem buscar a ideia de
que todos os pesquisadores agiram assim, seria um erro brutal, mais que as
empresas que estavam financiando suas pesquisas e descobertas imaginaram
tudo isso, fica difícil de não aceitar.
Acreditar que foi tudo por amor a humanidade é esquecer tudo que a história
moderna conta, e a história em seu lastro universal trouxe para quem quisesse
saber. A bondade, costuma ser acompanhada de muitos beneficiários, que não
é o povo.
Os conceitos da normalidade pode e deve ser observado por uma lente muito
maior do que se está usando, afinal, uma sociedade, nunca viveu de caridade,
toda vez que acontecia algo que mudasse o rumo de tudo, alguém sempre
ganhava ainda mais, e outros sempre perdia muito. Isso não é nem de perto
sociologia, isso aqui se chama, leitura e revisão da história que demonstre isso,
sem mascaras e sem defesa deste ou daquele, apenas relata de forma natural
o que veio a acontecer.
Há sem dúvida alguma um interesse que haja vacinas para todos, para haver
uma retomada da economia.
No caso em questão, a Covid 19, trouxe muitas mortes, e sem parecer sínico,
mais muitos países estão se beneficiando desta questão, para não pagar
pensões, aposentadorias, para gerar empregos, para oferecer novas formas de
emprego.
Porém, ao olhar para o país Brasil, parece que tudo contribuiu para racionalizar
de forma indelével a situação a chegar e ultrapassar o número de mortos que
caminha a passos largos a 500 mil mortos.
O povo mais simples comprou a ideia de ajudar, de combater a fome, pois, não
é só de Covid 19, exerceram, junto a ONGs, Fundações, e vizinhos socorrendo
outros vizinhos, uma campanha de encher os olhos.
Para não perder os fios que levam este artigo, a preocupação do que está
acontecendo e o que irá acontecer, vale a leitura;
Não há em nenhum espaço no país para por exemplo os índios que estavam
recebendo, o “kit da morte”, vacinas destinadas a eles, foram respondidas com
fogo na casa da índia que estava denunciando, fora a quantidade de índios
mortos por garimpeiros, liberados, porque não há um único ente governamental
em protege-los.
3. O novo normal
Depois de ouvir tanto e de tantos lugares que haveria de surgir “o novo normal”
é de se pensar como seria este conceito?
O texto a seguir se refere ao século XVIII, todavia, parece que está falando dos
dias atuais;
Para ainda complicar, se percebe uma ligeira, para não dizer domínio do
religioso, afinal, se transformaram num nicho de grande interesse para os
políticos. E ainda neste tópico, não estão se saindo bem, discursos recheados
de ódio, de preconceito, de brutalidade, de ufanismo; debelando o que se
prega nas igrejas.
Há uma pergunta que não pode deixar de ser feita: quem são os anormais
e quem são os normais?
Os anormais são aqueles que estão indo contra ordens que nem deveria ser
exigida, por conta da Lei.
Considerações Finais
A resposta todos sabem, então esta ilusão apregoada por otimistas ou por
aqueles que têm segundas intenções caí por terra diante de fatos
incontestáveis a história.
Tenho uma forte sensação de que o oposto do amor não é o ódio. É a apatia.
Com ela não se sente nada. Se alguém me odeia deve sentir algo a meu
respeito, ou não poderia me odiar. Então, existe alguma maneira pela qual
posso chegar a ela.
Em pleno século XXI chegar um novo normal, que seja a apatia, demonstra
que como estamos longe de expor a humanidade de forma mais pessoal,
clara, honesta e sensível.
DELEUZE, G. Conversações. Trad: Peter Pál Pelbart, São Paulo: Editora 34,
1998.
https://citacoes.in/citacoes/103595-leo-buscaglia-tenho-uma-forte-sensacao-de-
que-o-oposto-do-amor-n/
https://www.lexico.pt/normal/
http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFil
e/903/647
https://www.ufrgs.br/psicopatologia/wiki/index.php?title=O_Normal_e_o_Patol%
C3%B3gico