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Abstract: Society has been undergoing transformations for some time, and recently, with a long-
term pandemic perspective, it may undergo an even stronger metamorphosis, through a series of
ways, forms and a different experience from the one that existed before this event with pathology
not yet fully discovered; this time, the use of nadification, of re-objectification, the loss of
questioned values may transform a community that had firm adaptations, in a gathering of people
who, although living together, distance themselves even more from the molding aspects of people
losing their referential brought from families, crossing to a dangerous extreme, not seeing
necessary qualities that support the family and, therefore, the entire border of human beings
within the communities and societies already established, it can be realized that only extreme
security will conspire against freedom, and, in order to have one of these more vigorous, giving
up the other, Bauman, in a very pragmatic way says, daring to paraphrase it, that “the more
security, the less freedom we will have, and the more freedom, the less security we will obtain”,
and in his perspective, there is no how to balance efficiently, because there is no possible balance
to generate a standard equation without variable between these two elements that define the
society.
Introdução
Tem havido em cada ser humano pensante no presente momento a ideia como
seria o “after day”; ou seja, o dia seguinte após a descoberta de uma vacina que
imunize os seres humanos em sua plenitude. As vacinas foram descobertas, e o
que parecia ser a solução imediata ofereceu, problemas de logística, de
temperaturas, quantidade de doses, entre outras muitos outros problemas típicos
de um problema que envolveu todos os países.
Dentre esta verdadeira expectativa a cada dia, de uma maneira geral, grande
parte dos seres humanos ainda estão se adaptando, a cumprimentar sem dar as
mãos, sem poder se abraçar e nesta linha nem aquele beijo de carinho pode ser
mais ofertado.
Destarte todo este cenário, ainda há respostas que precisam ser respondidas
sobre o porquê o Brasil chegou a este ponto, tão traumático, e pior, quase de
terra devastada.
Há indagações que devem permear e seguir a importância nos dias atuais, nesta
direção; como ficará os valores após esta pandemia? Será possível não coisificar
situações que antes trazia sensações agradáveis? A sociedade conseguirá
superar a imanente nadificação produzida por muitos meses de isolamento e
distanciamento?
O que não se pode esperar é uma radicalização, ainda mais aqui no Brasil uma
mudança permanente pelo próprio espírito brasileiro, de se agregar, de
concentrar em rodas de amigos e colegas, as mudanças poderão chegar em
alguns hábitos, contudo, não em todos.
Ao se voltar atrás de atos ocorridos há anos anteriores, se poderá ter uma visão
mais apurada das transformações sofridas e, como elas projetam uma sociedade
diferente em vários aspectos.
Como se pode extrair, do texto sociológico, houve uma mudança da ideia de “pós
modernidade”, para “sociedade líquida” e com esta mudança o comportamento
foi largamente afetado, sem a devida percepção dos seres humanos,
transportando a todos a condição efêmera de dissonância.
A pandemia está sendo [...] “o mundo externo, que pode voltar-se contra nós
com forças de destruição esmagadoras e impiedosas” [...], não forçando o texto
e tirando de seu contexto iminente, mas demonstrando como a questão dos
relacionamentos entre os seres humanos são frágeis a ponto de mesmo diante
de uma situação calamitosa, não haver empatia, respeito ao próximo, cuidado
com aqueles que nos rodeiam, podem facilmente serem esquecidos e o
egoísmo, sentimento genuíno entre as pessoas desconhecidas e ou, conhecidas
foi exposta de uma forma tão impactante, que ficou difícil não ficar incrédulo com
respeito ao futuro da sociedade.
A transformação apresentada por Bauman não poderia ter pano de fundo mais
prático e autêntico do ocorrido esse ano, sem as habituais máscaras, os seres
humanos se mostraram em toda sua decadência, interior e exterior como afirma
Freud.
A linguagem (para não dizer linguística) usada nos dias atuais, nos leva a
relembrar como estes aspectos são tratados por Lacan, compreendendo que
desde dos idos de 1950 começou a haver uma transformação no indivíduo e
quiçá no próprio modelo social, fornecendo novas concepções e um formato
diferente.
A lingüística (sic) pode servir-nos de guia neste ponto, já que é esse o papel
que ela desempenha na vanguarda da antropologia contemporânea, e não
poderíamos ficar-lhe indiferentes." (LACAN, 1998, p. 286).
(https://www.encontro2018.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1529341953_AR
QUIVO_ANPUHtexto2018.pdf).
Para o Lacan há uma outra maneira de manejo que não se limita a “grafismos
alfabéticos ou numéricos”. Num contraponto a Freud, assim se posiciona;
A existência da linguagem, da língua não pode ser para outro propósito senão
tornar comum “outros sujeitos”, e com esta noção de existir poder servir-se para
se expressar de forma “completamente diferente do que ela diz”. Desta feita, a
língua tem a função de aproximação, de reafirmação e conveniar os seres
humanos que dela necessita.
Qualquer que seja a sua condição em matéria de dinheiro e crédito, você não
vai encontrar num shopping o amor e a amizade, os prazeres da vida
doméstica, a satisfação que vem de cuidar de entes queridos ou de ajudar
um vizinho em dificuldade, a autoestima proveniente do trabalho bem-feito, a
satisfação do “instituto de artífice” comum a todos nós, o reconhecimento, a
simpatia e o respeito dos colegas de trabalho e outras pessoas a quem nos
associamos; você não encontrará lá proteção contra as ameaças de
desrespeito, desprezo, afronta e humilhação. (BAUMAN, 2009, p. 12).
E tudo começa pela linguagem sem sentido para muitos, e que está
transformando a sociedade, seja de qual país seja, em guetos, frequentados
apenas pelos que se consideram melhor nesta base de “urbanidade”
completamente desrespeitosa e abissal.
Bauman, sem sequer imaginar que todos estes eventos iriam acontecer, como
um visionário, trouxe em sua farta literatura ótimas oportunidades para reflexão.
A façanha foi tão bem arquitetada que de um lado vemos pessoas viajando,
comprando carros zeros, adquirindo imóveis como se nada estivesse ocorrendo.
Do lado oposto, se vê a pessoa lutando por um cilindro de oxigênio, por um lugar
na fila de espera para poder ser atendida, e não são poucos que morrem cada
vez mais sem receber se quer um diagnóstico.
Neste diapasão, encontra-se exposto um lindo texto, que deveria ser nosso
mantra, para superar o que tem sido motivo de muitas dúvidas e sofrimento.
Este é sem dúvida um ponto de inflexão que pode e deve fazer parte de nosso
cotidiano “a vida é uma obra de arte”. Há muitos motivos para esmorecer,
desanimar, jogar fora a vida, pensar em tolices as mais grandiosas possíveis.
Destarte toda esta inspiração não é possível não citar de forma cabal o que está
acontecendo, numa mudança de um consumo para algo ainda mais ululante.
Para este jogador o “mundo” importa, só deu esta resposta depois dos jornalistas
verem seu celular com o vidro quebrado e criar as histórias mais absurdas, então
ele veio a público e contou sua história.
Por outro lado, se vive sobre as garras quase que infalíveis da mídia,
propagandas, e logicamente que a tentação vem com toda a sua força.
É evidente que nem todos ligam para situações que não o envolvam, daí o nada
e o ambiente liquido que se vive.
Quem sabe, este seja o momento para repensarmos a vida que levamos e criar
novos propósitos.
Referências Bibliográficas