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HISTÓRIA

Prof.: Patrícia Silva


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O QUE É HISTÓRIA?

O QUE A HISTÓRIA ESTUDA?

AS FONTES DA HISTÓRIA.

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O QUE A HISTÓRIA ESTUDA?

As mudanças ocorridas nas sociedades humanas


são justamente o objeto de estudo da História.

A História não se restringe aos estudos das


mudanças, investiga também as permanências,
as continuidades, ou seja, aquilo que atravessou
o tempo sem se modificar substancialmente.

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De modo simplificado, podemos
dizer, então que, que a História
estuda as mudanças e permanências,
as experiências coletivas, a longa
aventura dos seres humanos sobre a
Terra, o passado e o presente, bem
como as relações entre um e o outro.

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Daí adotamos o conceito formulado
pelo historiador Marc Bloch:

“História é o estudo dos seres


humanos no tempo”.

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AS FONTES DA HISTÓRIA

O passado está morto e não se pode


ressuscitá-lo ou “desenterrá-lo”;
então, só se pode conhecer o passado
(e o presente) por meio de vestígios
(marcas, pistas deixadas pelos seres
humanos na sua passagem pela Terra.
Esses vestígios são chamados de
fontes históricas.

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TIPOS DE FONTES

 Escritas: um documento oficial


(por exemplo, o texto de uma lei),
uma carta, um artigo de jornal ou
revista, uma letra de música, um
poema.

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 Imagéticas: reproduções de
pinturas, fotos antigas ou atuais,
caricaturas, desenhos, reproduções
de cenas de filmes, de histórias em
quadrinhos.

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 Orais: depoimentos de pessoas
sobre os mais diferentes aspectos
da vida. Esses depoimentos,
colhidos muitas vezes a partir das
entrevistas pelo próprio
historiador, colaboram para
registrar a memória pessoal e
coletiva.

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 Cultura material: restos de
moradias, de sepulturas, de
móveis, de artefatos domésticos
(panelas, colheres, pratos), de
instrumentos de trabalho (enxada,
foice, pá), de instrumentos de
guerra (lanças, espadas, facas) e de
caça (pontas de lanças, flechas
etc).

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CULTURA

A palavra cultura é usada geralmente


como sinônimo de grande
conhecimento. É comum ouvirmos
dizer “fulano de tal tem cultura” para
significar que ele possui um grande
conhecimento. Mas o sentido da
palavra cultura que queremos que você
conheça aqui é outro. O texto a seguir
do antropólogo Darcy Ribeiro,
expressa o sentido que queremos
trabalhar.

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Chama-se cultura tudo o que é feito pelos
homens, ou resulta do trabalho deles e de seus
pensamentos. [...]
Uma casa qualquer, ainda que material, é
claramente um produto cultural, porque é feita pelos
homens. A mesma coisa pode-se dizer de um prato de
sopa, de um picolé ou de um diário. Mas estas são
coisas de cultura material, que se pode ver, medir,
pesar. [...]
A fala, por exemplo, que se revela quando a gente
conversa, e que existe independentemente de qualquer
boca falante, é criação cultural. Aliás, a mais
importante. Sem a fala, os homens [...] não poderiam
se entender uns com os outros, para acumular
conhecimentos e mudar o mundo como temos
mudado. [...]
Além da fala, temos as crenças, as
artes, que são criações culturais, porque inventadas
pelos homens e transmitidas uns aos outros através
das gerações. Elas se tornam visíveis, se manifestam,
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através de criações artísticas, ou de ritos e práticas
[...], em que a gente vê os conceitos e as ideias
PATRIMÔNIO CULTURAL

Usamos a palavra patrimônio com


frequência para nos referirmos aos bens
que temos (um carro, por exemplo) e
que devemos declarar no imposto de
renda. Mas o sentido da palavra
patrimônio sobre o qual queremos que
você reflita é outro; queremos que
pense em patrimônio como sinônimo
daquilo que tem especial valor, embora
nem sempre tenha preço.

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DIFERENÇA ENTRE OS BENS DE
NATUREZA MATERIAL DOS DE
NATUREZA IMATERIAL
 Bens de natureza material – são bens
palpáveis, como edificações (casas,
sepulturas etc.), instrumentos de
trabalho e de guerra, conjuntos urbanos,
sítios de valor histórico paisagístico,
artístico, arqueológico, entre outros.
• Bens de natureza imaterial – são bens
não palpáveis, como por exemplo, uma
dança, uma festa, o modo de fazer uma
comida ou um ritual, as criações
científicas, artísticas e tecnológicas,
entre outros.
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A VALORIZAÇÃO DAS MATRIZES
AFRICANA E INDÍGENA

Durante muito tempo, zelou-se apenas


pelos bens culturais associados aos
descendentes de europeus e à história
oficial, como, por exemplo, o prédio do
Museu Imperial, localizado na cidade de
Petrópolis (RJ), que guarda mobiliário,
textos, obras de arte e objetos da família
imperial portuguesa. Mas, com a
Constituição de 1988, a política de
preservação passou a zelar, também,
igualmente importantes na formação da
sociedade brasileira.

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Entre os exemplos de bem cultural de
raiz africana estão as Matrizes do
Samba no Rio de Janeiro: partido alto,
samba de terreiro e samba-enredo; e
entre os exemplos de bem cultural de
matriz indígena está a Arte Kusiwa
praticada pelos indígenas Wajãpi.

A proteção e valorização das


expressões afro-brasileiras e indígenas
contribuem para o fortalecimento da
autoestima, da identidade e da
autoconfiança desses grupos e
garantem a eles o direito à memória.

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CUIDANDO DO NOSSO
PATRIMÔNIO CULTURAL

Em 1937, com o objetivo de cuidar,


valorizar e divulgar nosso patrimônio
cultural, o governo brasileiro fundou o
Iphan (Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional), que
hoje é um órgão do Ministério da
Cultura. O Iphan também é
encarregado de zelar pelos bens
nacionais reconhecidos pela Unesco
(Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura) como
Patrimônios da Humanidade.

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O TEMPO E INSTRUMENTOS
Uma das primeiras coisas que fazemos ao
levantar da cama é consultar o relógio
para sabermos que horas são; isso quando
não somos acordados pelo despertador do
celular. Mas nem sempre foi assim.
Ao longo do tempo, os seres humanos
criaram diferentes instrumentos de
medição do tempo. Acredita-se que o
mais antigo deles tenha sido o relógio de
sol, inventado pelos egípcios há mais de
4 mil anos. mais tarde foram
desenvolvidos outros instrumentos, como
a clepsidra, a ampulheta, o relógio
mecânico e o relógio digital.
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A CLEPSIDRA
(RELÓGIO DE ÁGUA)

Antigo instrumento constituído por dois


cones que se comunicavam pelo ápice (sendo
um deles cheio de água) e que era usado para
medir o tempo com base na velocidade de
escoamento da água do cone superior para o
inferior.

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A AMPULHETA
(RELÓGIO DE AREIA)

Um dos objetos mais antigos de medir


o tempo. Era muito usada nas
embarcações para ajudar os
navegadores conseguissem marcar o
tempo ao mar.

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RELÓGIO MECÂNICO

Dentre os tipos de relógio, o modelo


mecânico foi o primeiro a apresentar
uma maquinaria complexa. Ela é
baseada em rodas dentadas que formam
uma engrenagem, que giram por meio
da torção de uma mola ou pela ação de
um peso.

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RELÓGIO DIGITAL

Um dos itens de consumo mais


desejados dos últimos tempos.

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O TEMPO E SUAS VARIAÇÕES

Os judeus, por exemplo, começam a


contar o temo a partir da criação do
mundo, que para eles se deu no ano
3760 a.C. Já os muçulmanos contam
o tempo a partir da ida de Maomé da
cidade de Meca para Medina na atual
Arábia Saudita, fato ocorrido em 622
d.C. Os cristãos, por sua vez,
escolheram o nascimento de Cristo
para dar início à contagem do tempo.

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 Tempo cronológico: é uma
invenção dos seres humanos e
resulta de uma combinação entre
eles. Uma forma de situar os fatos
no tempo.

• Tempo histórico: marca as


mudanças e permanências que se
verificaram nas sociedades humanas
ao longo do tempo. É o tempo das
transformações e continuidades.
Além do tempo, o espaço é
importante em História. As ações
humanas ocorrem dentro de um
tempo e um espaço/lugar.
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• Tempo da natureza: muitos povos (do
passado e do presente) organizam o seu dia
a dia, isto é, distribuem o tempo baseados
nos fenômenos naturais, como o nascer do
Sol, as fases da Lua, a época das chuvas, a
chegada da primavera etc. Esses povos se
guiam pela observação da natureza.
• Tempo da fábrica: tempo controlado pelo
horário das primeiras fábricas. No século
XVIII, surgiram, na Inglaterra, as
primeiras fábricas, locais em que homens,
mulheres e crianças trabalhavam de 14 a
18 horas por dia e os horários (de entrar, de
parar para comer, de ir ao banheiro) eram
rigorosamente controlados. Por isso, se diz
que eles viviam no tempo da fábrica.

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 Tempo da informática: com os
avanços e a popularização da
informática. Graças à internet, é
possível enviar uma mensagem
para a China em alguns segundos,
dialogar com pessoas de países
distantes vendo seus rostos na tela
do computador, realizar uma
cirurgia a distância com a ajuda de
um robô. Esses “milagres” da
informática e da robótica afetam
todas as pessoas, mesmo as que
não tem computador em casa.

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O TEMPO E SUAS DURAÇÕES

Ao se debruçar sobre a História, o


historiador francês Fernand Braudel
percebeu que os fenômenos históricos
possuem durações de ritmos variados
e, com base nisso, classificou-os em
fenômenos de curta, média e longa
duração.

 Curta duração: o fato breve, com


data e lugar determinados, como a
descoberta de uma vacina, a criação
da internet, a eleição de um
presidente.

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 Média duração: episódios como a
Revolução Francesa (1789 – 1799),
o Regime Militar (1964 – 1985),
entre outros. Tais fenômenos são
chamados de conjunturais, pois
resultam de flutuações no interior
de uma estrutura.

 Longa duração: fenômenos como


o cristianismo ocidental, o
capitalismo, entre outros. Tais
fenômenos são chamados de
estruturais, e, para compreendê-los,
é preciso inseri-los na longa
duração.

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PERÍODOS DA HISTÓRIA

 Pré-História:
• Paleolítico (Idade da Pedra
Lascada)
• Neolítico (Idade da Pedra Polida)
• Idade dos Metais

 Idade Antiga

 Idade Média

 Idade Moderna

 Idade Contemporânea
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PRÉ-HISTÓRIA

Todo o período que existiu antes da


invenção da escrita é denominado
Pré-história. Assim, a Pré-história
corresponderia a um período da
humanidade que abrange milhões de
anos. Nesse momento, o homem
aprendeu a viver em comunidade, a
utilizar o fogo, a domesticar animais e a
produzir alimento, dando a origem à
agricultura.

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A PRÉ-HISTÓRIA

Paleolítico: também chamado de


"Idade da Pedra Lascada", tem início há
aproximadamente 4,4 milhões de anos e
se estende até 8000 a.C.

Neolítico: também chamado de "Idade


da Pedra Polida", esse período vai de
aproximadamente 8000 a.C. a 5000 a.C.

Idade dos Metais: período que se


estende de 5000 a.C. até o surgimento
da escrita pelos sumérios, em 4000
a.C..

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DESTAQUE!

Na pré-história, o homem criou a


linguagem como meio de
comunicação e inventou a escrita.
Além disso, criou a pintura, a
cerâmica e as primeiras
organizações sociais e políticas.

REFERÊNCIA:
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História,
sociedade & cidadania, 1º ano. 2 ed. São
Paulo: FTD, 2016.
https://www.todamateria.com.br/divisao-da-
historia/
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