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1. RESUMO
O presente trabalho tem o escopo de proporcionar uma reflexão sobre um dos
temas mais polêmicos e relevantes do direito de família, a execução de alimentos.
Fazendo uma análise da evolução do sistema executivo, partindo das civilizações
mais antigas, passando por suas principais transformações até chegar no sistema
executivo moderno, trazendo a tona os problemas encontrados e argumentando
sobre as soluções encontradas pela doutrina e jurisprudência. Conceitua ainda
seus principais aspectos bem como sua natureza jurídica. O objetivo foi apontar
os casos em que a prisão civil não cumpra seu papel de coercibilidade perante os
devedores ou quando os devedores forem insolventes, não possuindo bens aos
quais possam ser objetos de penhora, fazendo se necessário a adoção de medidas
excepcionais, como a penhora do FGTS E PIS e a negativação dos nomes dos
devedores nos órgãos de proteção ao crédito, para que se proteja o direito do
menor aos alimentos. Dessa maneira, deixa claro a necessidade da aprovação do
projeto de lei 799-2011, que prevê a criação do artigo 24-A na Lei de Alimentos,
prevendo a possibilidade de inscrição dos devedores de alimentos nos órgãos de
proteção ao crédito, no caso de inadimplemento da obrigação alimentícia.
Trazendo com isso maior efetividade ao processo de execução. Devido ao fato de
não haver óbice para que se permita tal medida, uma vez os direitos aos
alimentos se sobreporem a eventuais direitos dos devedores, deve o juiz para
evitar prejuízos para os menores deferir tal inscrição. Nesse contexto evidencia
que a jurisprudência é favorável, e a cada dia vem se consolidando mais, bem
como o fato do projeto de lei ora mencionado, já ter parecer favorável da
Comissão de Constituição e Justiça, levando a crer que sua aprovação é coisa
certa.
Insta observar, que com o passar dos tempos, os meios coercitivos para efetivar
os créditos alimentícios não conseguem satisfazer todos os casos levados ao
judiciário. E com o objetivo de proteger que pleiteia alimentos, que na maioria
das vezes é incapaz, não possuindo meios de se sustentar, sem o auxílio de seus
genitores, tem se buscado novos meios para garantir o recebimento dos
alimentos.
Nesse contexto, esta obra, visa trazer as novas possibilidades abordadas pela
doutrina e jurisprudência, sendo algumas até já tratadas em projetos de leis em
trâmite no legislativo, como a inscrição do devedor de alimentos nos órgãos de
proteção crédito.
Para redigir a presente obra, será necessário fazer uso da pesquisa bibliográfica,
através da doutrina mais contemporânea, bem como dos artigos publicados pelos
estudiosos da área, e de revistas jurídicas, verificando a jurisprudência dos
tribunais estaduais e superiores sobre o assunto.
Ao finalizar, esta obra, espera-se um olhar mais crítico para as pessoas que
militam nesta área, bem como dos nossos legisladores a fim de acompanharem a
evolução da sociedade, abrindo as portas para os novos meios coercitivos
aplicáveis para eventuais casos de inadimplemento da dívida alimentar,
tipificando tais métodos em nossas leis.
Para melhor compreensão partimos do direito romano, período em, que inicia
com a autotutela, ou seja, a justiça privada. Justiça esta, que não tinha um
processo executivo que possibilitasse a defesa do devedor, bastava uma prova
literal da dívida para autorizar o credor promover sua própria execução.
Com o passar dos tempos, chega-se, a uma fase que continha a mínima
intervenção do estado, permitindo que o devedor pagasse a dívida, caso
permanecesse inerte, o juiz entregava a pessoa do devedor ao credor como forma
de satisfação do crédito, não existindo possibilidade de a execução recair sobre o
patrimônio do devedor, recaindo apenas sobre a pessoa.
Uma das principais leis que retratavam esse procedimento executório, era a lei
das XII Tábuas, que tinha o seguinte capítulo:
TÁBUA TERCEIRA
Dos direitos de crédito
4. Aquele que confessar dívida perante o magistrado, ou for condenado,
terá 30 dias para pagar.
5. Esgotados os 30 dias e não tendo pago, que seja agarrado e levado à
presença do magistrado.
6. Se não pagar e ninguém se apresentar como fiador, que o devedor seja
levado pelo seu credor e amarrado pelo pescoço e pés com cadeias com
peso máximo de 15 libras; ou menos, se assim o quiser o credor.
7. O devedor preso viverá à sua custa, se quiser; se não quiser, o credor
que o mantém preso dar-Ihe-á por dia uma libra de pão ou mais, a seu
critério.
8. Se não houver conciliação, que o devedor fique preso por 60 dias,
durante os quais será conduzido em três dias de feira ao comitium, onde
se proclamará, em altas vozes, o valor da dívida.
9. Se não muitos os credores, será permitido, depois do terceiro dia de
feira, dividir o corpo do devedor em tantos pedaços quantos sejam os
credores, não importando cortar mais ou menos; se os credores preferirem
poderão vender o devedor a um estrangeiro, além do Tibre1.
Leciona Leonardo Greco, que:
A execução era privada, por que efetivada pelo próprio credor, e não pelo
juiz. Era penal por que consistia na imposição de castigos físicos e
morais, perda da liberdade, inicialmente temporária, depois definitiva,
exposição no mercado público, perda da vida e esquartejamento do corpo,
que em si, não satisfaziam o crédito do exequente, mas apenas meios
coativos indiretos para romper a resistência do devedor que relutava em
saldar o débito(...)2.
Outra importante norma que descreve bem a realidade da época é o Código de
Hamurábi, que previa em seu texto que, aquele que permanecesse inadimplente,
poderia ser submetido a formas de execuções que recairiam sobre sua pessoa, ou
até mesmo nas pessoas de seus familiares, conforme (§§ 117 do Código de
Hamurábi), “117º – se alguém tem um débito vencido e vende por dinheiro a
mulher, o filho e a filha, ou lhe concedem descontar com trabalho o débito,
aqueles deverão trabalhar 3 anos na casa do comprador ou do senhor, no quarto
ano este deverá libertá-los”3
Com o decorrer dos anos essas medidas executivas foram perdendo força,
passando a vigorar um processo de execução que respeitava o ser humano,
decaindo com isso o modelo romano denominado actio iudicati4, passando a
vigorar a execução jurisdicionada pelo estado, tirando a execução das mãos do
credor.
Para Humberto Theodoro Júnior, “Mas aboliu-se a actio iudicati com novo
procedimento contraditório, para autorizar a execução forçada como uma simples
atividade complementar do juiz da condenação”5
Decaindo o império romano, passa-se a ter um processo de execução baseado no
modelo germânico, contendo resquícios do modelo anterior, pois não aboliu por
completo o sistema de execução pessoal, pois o descumprimento da obrigação,
era tido como um ofensa a pessoa do credor, autorizando este, a agir por meio da
força, obrigando o devedor a adimplir o débito.
Nesta fase da evolução histórica, o credor poderia ir atrás dos bens do devedor e
penhorá-los, sem o seu consentimento, só a partir da penhora, que era permitido
ao devedor se defender da invasão patrimonial.
Esse modelo de processo executivo, não aplicava a execução sobre a pessoa para
todos os devedores da época, aplicando apenas para aqueles devedores
fraudadores, os que fugiam para não pagar e aqueles que se desfaziam de seu
patrimônio com intuito fraudulento.
Humberto Theodoro Júnior, retrata em sua obra uma das grandes diferenças entre
os modelos germânicos e romano, respectivamente, que era:
Apesar de não existir mais castigos corporais para o devedor que se retardasse a
pagar seu débito, ainda tinha resquícios da execução de cunho pessoal, pois quem
ficasse em mora com o seu dever de adimplir o débito, pelo período de três
meses, ou praticasse atos de cunho fraudatório, poderia ser preso.
Segundo Júnior (2002 p. 40)14, “esse novo processo de execução tinha certos
meios executivos peculiares, sendo um desses meios a coação pessoal, meio este
que não era a execução em sentido literal, mas causava certo temor ao devedor,
através das multas e prisão civil, possuindo ainda como meio executivo a sub-
rogação, meio este que o estado retirava da posse do devedor determinado bem,
entregando ele ao credor ou realizando ato de expropriação para levantar o valor
devido pelo credor”
Atualmente temos um processo executivo, dividido em dois procedimentos, quais
sejam, o processo executivo realizado em uma ação autônoma, a qual tem por
base os títulos executivos extrajudiciais, fase esta que origina uma nova relação
processual, não tendo a priori uma fase conhecimento.
O segundo procedimento se dá por meio cumprimento de sentença, onde o credor
obtém na fase de conhecimento o direito, configurado em uma sentença, ocasião
em que poderá requerer o início do cumprimento de sentença.
Marcello de Amaral Perino e Alessandra Teixeira Miguel Perino, ensina que essa
nova sistemática processual, tem o nome de processo sincrético, que significa:
“Processo sincrético é aquele que possui num mesmo processo a fase de
conhecimento e a fase executiva de satisfação do título judicial, sem a
necessidade de se iniciar processo autônomo de execução para tornar efetiva a
prestação jurisdicional”15
Essa nova sistemática processual proporciona uma maior segurança jurídica,
garantindo ao credor uma maior facilidade no acesso à justiça, criando um
processo mais célere, justo e eficaz.
Possuía como única garantia ao credor, o fato de contra sua pessoa não poder ser
executados medidas que seja contraria as leis e ao princípio da dignidade da
pessoa humana, surgindo com isso as multas coercitivas, para evitarem o
inadimplemento das dívidas. Se por ventura o devedor queda-se inerte com sua
obrigação, aí poderia ser utilizado o juramento de manifestação18, e a prisão civil,
como forma de exceção a execução patrimonial.
Avançando nas legislações estrangeiras sobre o tema, abordara em sequência o
Direito Francês, direito que reafirmava a necessidade da presença dos 3 (três)
requisitos para que o título executivo possa ser levado a execução, quais sejam,
certeza, liquidez e exigibilidade, permitindo então a execução provisória da
sentença desde que, a sua concessão não cause lesão grave ou de difícil reparação
ao credor, sendo imputado ao devedor no caso de descumprimento, as multas.
Havia previsão para os casos em que o devedor não tinha bem na juridição
competente para a execução, ocasião em que se permitia o deslocamento do
processo para a comarca onde se situava os referidos bens.
Outra medida trazida por este código foi o fato de criar as medidas cautelares,
para garantir a satisfação do direito do devedor, sendo a principal medida, a
penhora, que poderá ser requerida quando determinados bens estão em litígios,
ou pode ser uma penhora genérica para que se evite que o devedor se desfaça de
todo seu patrimônio.
Não obstante a Constituição Federal prevê que seria possível a prisão civil em
duas hipóteses, quais seja, a prisão do depositário infiel e a do inadimplemento
voluntário de pensão alimentícia criando um conflito em parte com o Pacto de
San José, no tocante a prisão do depositário infiel, que é vedada pelo tratado.
O Pacto de San José da Costa Rica, é uma demonstração de que a prisão civil só
pode ser decretada em caráter excepcional, apenas no caso do devedor de
alimentos. No caso do Pacto de San José, é pacífico que foi incorporado em
nosso ordenamento com status de supralegalidade, ficando acima das leis
infraconstitucionais, abaixo da constituição, em virtude de não ter sido submetido
a nenhum quórum qualificado em sua aprovação.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às
emendas constitucionais. 23
No entanto, diante de amplo respaldo legal, nas legislações, constituição e
tratados, a execução de alimentos merece ser repensada, no que tange seus meios
executivos, devendo acompanhar a angústia da sociedade, quando os meios
tradicionais não logram êxito no cumprimento da obrigação, buscando inovações
para tutelar esse direito.
Modernamente, não se pode dizer que a única função do Estado seria dizer o
direito, assim cabe ao estado, perante o processo de execução dispor de todos os
meios para que o credor efetive seu crédito, não deixando que este tenha de se
valer da autotutela para receber seu crédito.
Não é tarefa fácil conceituar o que são princípios, mas de modo geral, pode se
dizer que são normas que originam de direitos fundamentais em um ordenamento
jurídico, contribuindo para a integração das normas em possíveis conflitos ou
omissões, sendo pilares de um estado democrático de direito.
Antes de adentrar nos princípios inerentes ao processo de execução, teceremos
algumas ponderações referentes a execução de alimentos frente ao princípio da
dignidade da pessoa humana.
Este princípio tem fundamento no artigo 591 do CPC, encontrando previsão legal
dentro do Livro II, do Processo de Execução, do Título I, da Execução em Geral,
do Capítulo IV, da Responsabilidade Patrimonial: “Art. 591 - O devedor
responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens
presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.” 31
Não obstante, a prisão civil ser um meio utilizado para efetivar o crédito no
processo de alimentos, não descaracteriza com isso a patrimonialidade do
processo de execução, uma vez que sua função é coercitiva, fazendo com que o
devedor utilize de meios patrimoniais, para saldar suas dívidas.
4.3. DOS ALIMENTOS
Para melhor elucidar o tema, tecer-se-á algumas informações sobre o objeto do
processo de execução, qual seja, os alimentos, estudando seus aspectos mais
relevantes, como, características, sujeitos classificações e natureza jurídica.
4.3.1. Definição de Alimentos
Evidencia-se, que na doutrina não há um consenso sobre o conceito de alimentos,
pois, sua definição pode englobar vários aspectos, entre eles, materiais,
intelectuais, sociais e psicológicos, de modo que contemplem todos os atributos
inerentes a dignidade da pessoa humana.
Caso após o parto fique provado que o suposto pai não é o genitor da criança,
forma-se, uma celeuma, pois sendo os alimentos irrepetíveis, só resta a pessoa
lesada, propor ação de indenização para que possa ser reparado eventuais
prejuízos que tenha sofrido.
Seria uma espécie de alimento destinado apenas para os casos, em que as pessoas
comprovem que de imediato não tem condições de retornarem ao mercado de
trabalho, necessitando que a outra pessoa contribua, até que consiga retornar as
suas atividades laborais e prover o próprio sustento, por isso os nomes
transitórios, uma vez serem destinados para uma fase de transição.
4.7. NATUREZA JURÍDICA
Dando continuidade aos estudos, verificar-se-á a natureza jurídica dos alimentos
com origem no direito de família. De acordo com Cristiano Chaves de Farias e
Nelson Rosenvald, a natureza jurídica dos alimentos é:
4.8.1. Personalíssimo
Pode se dizer que os direitos aos alimentos são personalíssimos, pois não podem
ser transmitidos a outros, seja através de um negócio jurídico ou outro
acontecimento. Devendo estes serem estipulados levando se em consideração as
pessoas integrantes da relação, considerando o binômio necessidade de quem
pleiteia e possibilidade de quem os suporta, sedimentando ainda mais o sentido
de serem personalíssimo.
4.8.2. Irrenunciáveis
O primeiro aspecto a ser analisado dentro da irrenunciabilidade dos alimentos é
saber quando eles podem ser renunciados e quem podem renunciá-los.
Nesse contexto, resta saber que os alimentos pagos aos ex-cônjuges, advindos da
separação ou divórcio, estes, sim podem haver a renúncia, que, uma vez exercida
não pode mais ser revertida.
4.8.4. Imprescritibilidade
Significa dizer que poderá o credor a qualquer tempo ingressar em juízo para
pleitear alimentos, não se sujeitando esse direito a nenhum prazo de prescrição,
conforme os ensinamentos de Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald: “
[…] O direito de obter em juízo a fixação de uma pensão alimentícia pode ser
exercido a qualquer tempo, presentes os requisitos exigidos por lei, não havendo
nenhum prazo prescricional.”57
4.8.5. Impenhorabilidade
Essa característica deriva do fato de serem os alimentos, personalíssimos e
inalienáveis, pois, sendo tal verba destinada ao sustento da pessoa, seria
contraditório deixar que se penhorasse esse crédito, contrapondo a sua finalidade.
Como toda regra tem exceção, aqui não é diferente, pois existem aqueles
devedores que nem mesmo à hipótese de serem presos, não é suficiente para
fazer com que eles cumpram com sua obrigação, sendo necessário adotar novas
medidas para que se evite o inadimplemento em massa.
Para aqueles que militam na seara do direito de família, sabe bem como é
trabalhoso para o credor efetivar seu crédito. Para melhor entender vamos buscar
a origem do problema, desde o primeiro pedido de provimento jurisdicional para
decretar os alimentos até a execução destes, no caso de inadimplemento do
devedor.
Após a obtenção deste título, o que era para ser o fim de um problema para o
credor, as vezes, no caso dos maus pagadores, inicia uma série de problemas,
quando a obrigação não é cumprida. Devido a esse descumprimento, faz-se
necessário que o credor ingresse novamente no judiciário, para cobrar a dívida.
Mesmo preso em alguns casos a prisão civil não cumpre seu papel de
coercibilidade perante o devedor, circunstâncias essa que leva uma sensação de
decrescença com os débitos alimentares. Caso o devedor seja solto sem adimplir
seu débito, ocorrera a conversão do rito do processo, para que passe a tramitar
pelo procedimento da expropriação, ou penhora.
Providência esta, que encontra respaldo no artigo 461 §5º 68 do Código de
Processo Civil, o qual, permite o juiz no caso concreto, utilizar medidas não
tipificadas em lei, mas que possam resultar na efetividade do processo de
execução.
Rolf Madaleno, citando Marcelo Lima Guerra:
Como diria (MADALENO, 2000. p. 66) “no processo de execução, onde seu
objetivo era fazer com que aquele que está sem receber pensão, efetive seu
crédito, cria-se uma angústia, uma caminhada tormentosa e cheia de espinho,
privilegiando o devedor, que cada vez mais perde o medo ser punido, por dívida
alimentar”71
Verifica-se que a jurisprudência não é uníssona, sobre a solução para os casos em
que os devedores não efetuam o pagamento da dívida e os métodos comuns não
tornem efetivo o crédito, fazendo com que cresça a sensação de insegurança
jurídica para a sociedade, bem como a sensação de impunidade pelo
descumprimento da obrigação alimentícia de forma total ou parcial.
Sendo a dívida alimentar, uma das mais nobres e relevantes dívidas, diante da
ineficácia das demais formas executivas, a saída encontrada pela doutrina e
jurisprudência é a inscrição do devedor de alimentos nos órgãos de proteção ao
crédito, como forma de compeli-lo a efetuar o pagamento e diminuir quantidade
de devedores inadimplentes, estreitando a relação entre o credor e os alimentos.
Sobre o tema em debate nota-se, que caso o credor não consiga receber os
alimentos que lhe são devidos indeferir a negativação pode causar graves
prejuízos de cunho, material, moral, psíquico e social, pois se existe uma
determinação judicial para terceiro prestar a obrigação, significa que quem
pleiteia não consegue por contra própria prover o próprio sustento.
Diante de uma interpretação literal do CDC, não se encontra empecilhos para que
se proceda a inscrição nos órgãos de proteção ao crédito. Basta que a dívida seja
certa, liquida e exigível. Como o foco deste trabalho é a dívida alimentar, basta
que ela se apurado em processo judicial, e não quitada integralmente.
Merece ainda argumentar, que nenhuma tese contraria deve prosperar, pois se
fosse analisar em nossa legislação os vários direitos existentes, não há que se
falar em direitos absolutos, devendo em caso de colisão serem mitigados com
base em um sistema de ponderação.
Contudo, apesar de não haver lei específica em nosso ordenamento jurídico, essa
medida já vem sendo aplicada, conforme já exposto. Para solucionar a ausência
de legislação sobre o tema, foi proposto um projeto de lei para acrescentar tal
modalidade na lei de alimentos conforme veremos no capítulo a segui.
Em virtude de não haver impedimento legal para tal ato, infere-se que não é
vedado tacitamente a referida inscrição, já que em nosso ordenamento jurídico
não existe direito absoluto, verifica-se que o direito a intimidade do devedor, ou
mesmo o segredo de justiça dos processos alimentares, não podem se sobreporem
aos direitos dos alimentandos aos alimentos.
Em relação ao mercado de trabalho é notório que, o fato do devedor ter seu nome
negativado, não atrapalha sua contratação, pois o requisito mais buscado pelas
empresas é qualificação profissional e não se o devedor é ou não bom pagador.
Abstrai que essa medida é bem menos gravosa do que a prisão civil do
executado, pois enquanto a prisão civil do executado restringe o direito de ir e vir
da pessoa, a negativação apenas informa que o devedor se encontra inadimplente
com a mais nobre das dívidas.
Seria crível acreditar que o temor causado, pelo fato de terem seu crédito negado,
seria um meio a mais para coagir o devedor a cumprir com o seu papel material,
moral e social com as proles, já que o temor pelo inadimplemento da pensão
alimentícia está desaparecendo do nosso ordenamento jurídico.
Contradizendo o argumento que os prejuízos causados ao devedor possam
alcançar os credores, não seria justo que o credor não tentasse de todas as formas
recebe seu crédito alimentar, se submetendo a provações, sob o temor de mais
prejuízos, fazendo com o devedor beneficie da própria torpeza.
Como prova que a referida inscrição é um meio a mais para auxiliar os credores
de alimentos na busca de seu crédito, tem-se, conforme citado acima na obra da
professora Ana Maria Louzada, que esta hipótese já se encontra sendo aplicada
nas legislações alienígenas, bem como em nossos tribunais.
Apesar de ser uma solução não convencional, não há por que não tentá-la,
devendo nessas situações prevalecer o direito do incapaz aos alimentos. Tendo
em vista que a negativação do devedor é medida drástica, mais drástico ainda é a
fome do alimentando, que necessita ser provida para garantir sua sobrevivência.
6. TENDÊNCIAS
6.1. DA APROVAÇÃO DO PROJETO DE LEI 799/2011
Como resposta aos anseios da sociedade foi proposto um projeto de lei com o
escopo de modificar a Lei de Alimentos e o Código de Processo Civil, com o fito
de promover a inscrição do devedor de alimentos nos órgãos de proteção ao
crédito, sendo mais uma forma de resolver o calvário que se tornou a execução
de alimentos e a celeuma da falta de previsão legal para tal medida.
O projeto de lei veio para consolidar a jurisprudência que cada vez mais cresce
nos tribunais, evidenciado a urgência e importância do projeto, uma vez ser uma
das soluções mais benevolentes para o calvário encontrado na execução de
alimentos em face dos maus pagadores.
Art. 2.º. A Lei n.º 5.478, de 25 de julho de 1968, passa a vigorar acrescida
do seguinte art. 24-A: “Art. 24-A. Na execução de sentença ou de decisão
que fixar os alimentos, se o devedor deixar de efetuar o pagamento ou
não justificar a impossibilidade de fazê-lo,o juiz determinará a inclusão
de seu nome nos serviços de proteção ao crédito, devendo em tais
permanecer até a quitação total do débito.80
Refletindo essas alterações no Código de Processo Civil:
Art. 3.º. O art. 733, §1.º, da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973, passa
a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 733. ...............................................................
§1.º Se o devedor não pagar, nem se escusar, o juiz decretar-lhe-á a prisão
pelo prazo de 1 (um)a 3 (três) meses, e determinará a inclusão de seu
nome nos serviços de proteção ao crédito, devendo em tais permanecer
até a quitação total do débito.” (NR)81
Esse projeto de lei vem como reflexo da atual situação de insegurança que vive
os credores de alimentos, possuindo como principal objetivo, aliviar o sofrimento
do credor, bem como, fazer com que diminua o número de inadimplentes com o
implemento dessa nova modalidade de coação em nossas legislações.
É curial ainda destacar que chega a hora de sair das formas executivas obsoletas,
que no momento mais frustram os interesses legítimos dos credores, do que
solucionam as lides, abrindo porta para formas inovadoras que solucionam os
processos judiciais de maneira justa e desburocrática.
Pela urgência em questão, tal medida se torna muito eficaz e rápida, pois muitas
das vezes o valor depositado na conta de FGTS, fica por período indeterminado
sem ser utilizado, enquanto o alimentando fica enfrentando dificuldade para ter
uma alimentação adequada, em virtude do inadimplemento do seu genitor.
Não obstantes existirem um rol para eventual levantamento dos valores retidos a
título de FGTS e PIS, previsto na legislação vigente, verifica-se que trata-se de
um rol exemplificativo e não taxativo, devendo ser analisado de acordo com o
princípio da dignidade da pessoa humana, e com o direito a vida, pois diante da
plausibilidade das hipóteses de levantamento dos valores, quer hipóteses mas
digna do que os alimentos devido a prole.
Ainda cotejando os efeitos de se autorizar tal penhora, extrai-se que seria uma
medida menos drástica do que a prisão civil, autorizada em nossa Carta Magna,
pois enquanto esta recai sobre a pessoa, a penhora do saldo incorre no
patrimônio, sendo menos gravosa a pessoa executada.
Ressalvando ainda que tal medida deve ser deferida pelo magistrado somente
quando ficar evidenciados nos autos que não há outros bens do executado, que
podem ser objetos de penhora, sendo uma medida alternativa, em relação a
ineficácia da prisão civil e nos casos de devedores insolventes, desprovidos de
patrimônios, que possam ser constritos.
7. CONCLUSÃO
Em pleno século XXI, é abominável que os filhos tenham que recorrer ao
judiciário para compelir seus genitores a arcarem com os seus deveres de
sustento, mas infelizmente, existe alguns genitores que não tem a consciência, de
que, aquele que coloca o filho no mundo possui a obrigação de ampará-lo
materialmente, socialmente, amorosamente e emocionalmente.
Sem falar que cada vez mais cresce o índice de inadimplentes, que não mais
temem os meios executivos existentes, como a penhora de bens e prisão civil,
suplantando a ideia que a inscrição nos órgãos de proteção ao crédito não é
apenas um meio a mais para coagir o devedor a adimplir o débito, sendo uma
espécie de mal necessário a ser aplicado na seara dos alimentos.
A referida inscrição não demonstrou pontos negativos que justifiquem a sua não
concessão, pois diante de princípios que protegem o devedor, sobressai os
princípios inerentes a pessoa do alimentante. Ainda a medida ora mencionada é
plenamente compatível com a sociedade atual e com o ordenamento jurídico,
pois o fato terem seus nomes negativados, podem ter mais peso que qualquer
outro método executivo convencional, já que vivemos em uma sociedade
capitalista.
Resta evidenciado, que não basta apenas a previsão legal de determinada, forma
executiva, é necessário que ela surta efeitos em seus destinatários, e possa servir
para o credor ver respeitado seu direito.
Nesse diapasão é necessário que o projeto de lei seja aprovado para respaldar
futuras decisões sobre o assunto, bem como, outras medidas benevolentes sejam
levadas ao legislativo, para que possam ser transformadas em lei, evitando que
eventuais direitos dos alimentandos, sejam violados.
Finalizando, não pode aceitar que em pleno século XXI, deixe o credor de
alimentos, pessoa que não pode prover seu sustento, a mercê de métodos
executivos defasados, sendo vítima da morosidade da justiça, bem como do
inadimplemento dos devedores, por isso faz necessário que cada vez mais todos
nós façamos nossa parte, para que possa ser modificado esse cenário de calvário
que se tornou a execução de alimentos.
8. REFERÊNCIAS
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06.05.2014.
2GRECO, Leonardo. O Processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p. 13.
3Roberto Serra da Silva, Prisão civil do devedor de alimentos – abolição. São Paulo: Ltr. 2013. p. 14.
4Trata-se da ação de coisa julgada, por meio da qual o vencedor podia exigir o cumprimento da sentença que lhe era
favorável.
5THEODORO JÚNIOR, Humberto. Processo de Execução. 21ª. ed. Revista e Atualizada. São Paulo: Livraria e
Humberto. Processo de Execução. 21ª. ed. Revista e Atualizada. São Paulo: Livraria e Editora Universitária do
7GRECO, Leonardo, O Processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p. 13.
8FREITAS, Augusto Teixeira. Primeiras linhas sobre o Processo Civil, acomodadas ao Foro do Brasil, por Teixeira
de Freitas. Rio de Janeiro, 1880, tomo IV. p.17 - 22 apud GRECO, Leonardo. O Processo de Execução. Rio de
9GRECO, Leonardo. O Processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p. 45-46.
10GRECO, Leonardo. O Processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p. 47.
11THEODORO JÚNIOR, Humberto. Processo de Execução. 21ª. ed. Revista e Atualizada. São Paulo: Livraria e
13THEODORO JÚNIOR, Humberto. Processo de Execução. 21ª. ed. Revista e Atualizada. São Paulo: Livraria e
14Ibidem. p. 40.
15PERINO, Marcello do Amaral, PERINO, Alessandra Teixeira Miguel. Direito Processual Civil, Execução e
1968. p. 85 apud GRECO, Leonardo, O Processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p 52.
17GRECO, Leonardo. O Processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p.74.
18Juramento de manifestação se destina a atestar a veracidade do inventário dos bens apresentados pelo devedor.
19GRECO, Leonardo, O Processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p. 88.
20Ibdidem. p. 99.
21GRECO, Leonardo, O Processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p. 115.
22Ibidem. p. 132.
23BRASIL, Constituição Federal. 16ª. ed. atual. rev., e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2014. p. 474.
24THEODORO JÚNIOR, Humberto. Processo de Execução. 21ª. ed. Revista e Atualizada. São Paulo: Livraria e
25Facere significa obrigação.
26ASSIS. Arakem. Manual da Execução. 12ª. ed. Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Editora Revistas dos
27______. Da Execução de Alimentos e Prisão do Devedor. 5ª ed. Revista e Atualizada. São Paulo: Editora
28GRECO, Leonardo. O processo de Execução. Rio de Janeiro: Editora Renovar. 1999. p. 164.
30PERINO, Marcello do Amaral, PERINO, Alessandra Teixeira Miguel. Direito Processual Civil, Execução e
31BRASIL, Código de Processo Civil. 16. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva. 2013. p. 417.
32______. p. 417.
33Pereira, Sérgio Gischkow. Ação de Alimentos. 4ª. ed. Revista, Atualizada e Ampliada. Porto Alegra: Livraria do
34FARIAS, Cristiano Chaves, ROSENVALD, Nelson. Direitos das Famílias. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris.
2008. p. 588.
35OLIVEIRA, Basílio. Alimentos: Revisão e Exoneração. 3ª. ed. Revista e ampliada. São Paulo: Editora Aide.
1994. p. 27.
36BRASIL. Código Civil. 16ª. ed. atual. rev., e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2014. p. 474.
37TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2013. p. 1244.
38Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se
2008. p. 639.
40DIAS. Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4ª. ed. Revista, atualizada e ampliada. São Paulo:
41BRASIL. Lei de Alimentos Gravídicos. 16ª. ed. atual. rev., e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2014. p.
1696.
42TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2013. p. 1245.
43CAHALI. Yussef Said. Dos Alimentos. 5ª. ed. Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Editora Revistas dos
44FARIAS, Cristiano Chaves, ROSENVALD, Nelson. Direitos das Famílias. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris.
2008. p. 637.
45Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida
da vítima.
46TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2013. p. 1242.
47Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando, ou dar-lhe hospedagem e
sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessário à sua educação, quando menor
48Parágrafo único. Compete ao juiz, se as circunstâncias o exigirem, fixar a forma do cumprimento da prestação.
49TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2013. p. 1244-1245.
50DIAS. Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4ª. ed. Revista, atualizada e ampliada. São Paulo:
Editora Revistas dos Tribunais. 2007. p. 450 apud FARIAS, Cristiano Chaves, ROSENVALD, Nelson. Direitos das
51FARIAS, Cristiano Chaves, ROSENVALD, Nelson. Direitos das Famílias. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris.
2008. p. 588-589.
53BRASIL. Código Civil. 16ª. ed. atual. rev., e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2014. p. 474 - 475.
54FARIAS, Cristiano Chaves, ROSENVALD, Nelson. Direitos das Famílias. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris.
2008. p. 591.
55TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2013. p. 1240.
56DIAS. Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 4ª. ed. Revista, atualizada e ampliada. São Paulo:
57FARIAS, Cristiano Chaves, ROSENVALD, Nelson. Direitos das Famílias. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris.
2008. p. 593.
58CAHALI. Yussef Said. Dos Alimentos. 5ª. ed. Revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Editora Revistas dos
59BRASIL, Código Civil. 16ª. ed. atual. rev., e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais, 2014. p. 474.
60TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2013. p. 1242.
61BRASIL. Constituição Federal. 16ª. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais. 2014. p.31.
62Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros,
fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
63BRASIL. Código de Defesa do Consumidor. 16ª. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais. 2014.
p. 1244.
65È uma empresa criada pelos bancos para centralizar os serviços de informações de pessoas para apoiar as decisões
de créditos.
66EFING, Antonio Carlos. Bancos de dados e cadastro de consumidores. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
p.36.
68Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático
equivalente ao do adimplemento.
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a
requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e
apreensão, remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com
69GUERRA. Marcelo Lima. Execução Indireta. São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais. 1998. p.
70MADALENO, Rolf. Novas Perspectivas no Direito de Famílias. Porto Alegre: Editora Livraria do Advogado.
2000. p. 64.
71MADALENO, Rolf. Novas Perspectivas no Direito de Famílias. Porto Alegre: Editora Livraria do Advogado.
2000. p. 66.
72BRASIL. Estatuto da Criança e Adolescente. 16ª. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais.
2014. p. 1170.
73BRASIL. Constituição Federal. 16ª. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revistas dos Tribunais. 2014. p. 32.
74MARINONI, Luiz Guilherme. Tutela Inibitória. São Paulo: Editora Revistas dos Tribunais, 1998. p. 22.
75MADALENO, Rolf. Novas Perspectivas no Direito de Famílias. Porto Alegre: Editora Livraria do Advogado.
2000. p. 66.
76LOUZADA, Ana Maria Gonçalves. Alimentos Doutrina e Jurisprudência. Belo Horizonte: Del Rey, 2008. p.
181-182.
77Ibidem. p. 182.
(1.http://www5.tjmg.jus.br/jurisprudencia/pesquisaPalavrasEspelhoAcordao.do?Numero Registro =
5&totalLinhas=15&paginaNumero=5&linhasPorPagina=1&palavras=inscri%E7%E3o%20devedor
20alimentos20serasa&pesquisarPor=ementa&pesquisaTesauro=true&orderByData=1&referenciaLegislativa=Clique
Acessado em 16.10.2014.
79SILVA, Ribeiro da. Execução de Alimentos pelo Rito 732. Indeferimento da Inscrição do Devedor no
gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=891633&filename=PRL+1+CCJC+%3D%3E +PL+799/2011.
Acesso em 16.09.2014.
Acesso em 16.09.2014.
em:http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=891633&filename=P R L+1+CCJC+
87Art. 734. Quando o devedor for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa, bem como empregado
sujeito à legislação do trabalho, o juiz mandará descontar em folha de pagamento a importância da prestação
alimentícia.
88WAMBIER, Luiz Rodrigues. Curso Avançado de Processo Civil. 10ª. ed. V.2, Revista, Atualizada e Ampliada.
2007/0243749-3 26/10/2011.http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsptipo_visualizacao=null&livre=execu
%E7%E3o+de+alimentos+desconto+em+folha+de+pagamento&b=ACOR&thesaurus=JURIDICO#DOC10.
Acessado em 07.09.2014.