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me fale sobre diferenças de prisao civil e prisão penal no direito brasileiro

Certamente! No direito brasileiro, existem diferenças importantes entre a prisão civil e a


prisão penal.

A prisão penal é aplicada como uma sanção para aqueles que cometem crimes e são
condenados pelo poder judiciário. Essa forma de prisão tem como objetivo punir o
criminoso e, ao mesmo tempo, proteger a sociedade da ameaça que ele representa. A
prisão penal é regida pelas normas do Código de Processo Penal e é aplicada após o
devido processo legal.

Por outro lado, a prisão civil é uma medida aplicada em casos específicos, quando uma
pessoa não cumpre uma obrigação imposta pelo poder judiciário. Ela pode ocorrer em
duas situações distintas: (1) quando o indivíduo não paga uma dívida alimentícia (como
pensão alimentícia, por exemplo); ou (2) quando o indivíduo descumpre uma ordem
judicial (como se recusar a testemunhar em um processo judicial).

A prisão civil, portanto, é uma forma de coagir o cumprimento de uma obrigação


judicial, diferentemente da prisão penal que tem a função punitiva. Além disso, a prisão
civil tem prazos limitados, geralmente de 30 dias e deve ser aplicada somente em casos
extremos, quando todas as outras medidas coercitivas já foram esgotadas.

É importante destacar que, desde 2019, a prisão civil por dívida alimentícia passou a ser
admitida apenas em situações específicas, quando o devedor não paga a pensão
alimentícia e não apresenta justificativas plausíveis para a inadimplência. Isso significa
que a prisão civil não pode ser usada como uma ferramenta punitiva, mas sim para
garantir o direito de quem precisa dos alimentos para sobreviver.

A execução de alimentos é um procedimento legal que tem como objetivo garantir que
os alimentos devidos sejam pagos pelo devedor, normalmente um dos pais que não
detém a guarda do filho. Infelizmente, pode ocorrer que o devedor tente fraudar o
sistema para não cumprir com suas obrigações.
Para evitar fraudes dentro de uma execução de alimentos, é possível adotar algumas
medidas, tais como:

1. Buscar orientação jurídica: contar com a orientação de um advogado é


fundamental para garantir que o processo seja conduzido da maneira correta e evitar
possíveis erros ou falhas que possam ser explorados pelo devedor.
2. Apresentar provas documentais: é importante guardar todos os documentos que
possam comprovar o direito ao recebimento de alimentos, tais como recibos,
comprovantes de depósito, notas fiscais de compras realizadas para o filho, entre outros.
3. Solicitar a penhora de bens: a penhora é uma medida judicial que pode ser
adotada para garantir o pagamento dos alimentos devidos. Nesse caso, é importante
identificar quais bens podem ser penhorados para que a dívida seja quitada.
4. Solicitar a prisão civil do devedor: essa medida é utilizada em casos extremos,
quando o devedor se recusa a pagar os alimentos mesmo após a adoção de outras
medidas judiciais. A prisão civil pode ser solicitada, mas apenas em casos específicos e
dentro dos limites legais.
5. Atualizar os valores dos alimentos: é importante manter os valores dos alimentos
atualizados de acordo com a realidade financeira de ambas as partes. Essa atualização
deve ser feita periodicamente e de acordo com a legislação vigente.

É importante destacar que a execução de alimentos deve ser conduzida de acordo com
as normas legais vigentes, respeitando os direitos e deveres de ambas as partes.
Qualquer medida adotada deve ser acompanhada por um advogado e pautada na ética e
na transparência.

como pode ser compartilhada a responsabilidade financeira entre pai e mae em um


processo de alimentos

Em um processo de alimentos, a responsabilidade financeira entre pai e mãe pode ser


compartilhada de diversas maneiras, a depender das particularidades de cada caso. Em
geral, a divisão de responsabilidades pode ser estabelecida através de um acordo entre
as partes, homologado judicialmente, ou por meio de decisão judicial após análise de
todos os elementos do caso concreto.
No Brasil, é comum que a responsabilidade financeira seja dividida de acordo com a
proporção dos rendimentos de cada genitor. Ou seja, se o pai ganha mais que a mãe, ele
pode ser responsabilizado por uma proporção maior dos alimentos devidos. Entretanto,
a decisão pode ser influenciada por outros fatores, como a quantidade de filhos, as
necessidades dos filhos, a capacidade financeira de cada genitor, entre outros.

Outra forma de divisão de responsabilidades é a adoção de um sistema de custódia


compartilhada, em que ambos os genitores dividem igualmente as despesas com os
filhos. Nesse caso, a divisão de responsabilidades é mais equitativa, pois ambos os
genitores estão envolvidos nas decisões que afetam a vida dos filhos e, portanto, ambos
devem ser responsáveis pelas despesas necessárias.

De toda forma, é importante destacar que a responsabilidade financeira deve ser


estabelecida de acordo com a realidade de cada caso, buscando sempre a justiça e o
bem-estar dos filhos. Qualquer acordo ou decisão judicial deve levar em conta as
particularidades de cada família e garantir que as necessidades dos filhos sejam
plenamente atendidas.

No direito brasileiro, quando uma mãe recebe pensão alimentícia e utiliza o valor para
outros fins que não sejam os cuidados e despesas dos filhos, ela pode ser penalizada por
negligência ou até mesmo por apropriação indébita.

Para que isso ocorra, é necessário que o pai comprove que o dinheiro não está sendo
utilizado para a finalidade prevista, ou seja, para a manutenção das necessidades dos
filhos. Para isso, é importante que o pai mantenha comprovantes de pagamento, como
recibos, extratos bancários ou qualquer outra documentação que demonstre a
transferência dos valores para a conta da mãe.

A partir dessa comprovação, é possível ingressar com uma ação judicial para exigir a
prestação de contas da mãe, obrigando-a a demonstrar como o dinheiro foi utilizado.
Caso se comprove que o dinheiro não foi utilizado para as despesas dos filhos, a mãe
poderá ser penalizada com a perda da guarda, suspensão do direito de visitas ou até
mesmo responder por apropriação indébita.
Vale lembrar que é importante que essa penalização seja sempre aplicada com
prudência e respeito ao melhor interesse dos filhos, evitando punições excessivas ou
desproporcionais. O objetivo deve ser sempre garantir o bem-estar dos filhos e o
cumprimento das obrigações dos pais em relação aos cuidados e despesas com os
mesmos.

quando o genitor omite sua renda o que pode ser feito para responsabilizar o pai por
querer burlar o sistema?

Quando o genitor omite sua renda no processo de alimentos, dificultando a correta


determinação do valor da pensão alimentícia devida, é possível adotar algumas medidas
para responsabilizá-lo pela tentativa de burlar o sistema.

A primeira medida é solicitar ao juiz que determine a realização de uma perícia contábil
para apurar a verdadeira renda do genitor. A perícia contábil consiste em uma avaliação
técnica das receitas e despesas do genitor, com base em documentação e informações
fornecidas por ele próprio, a fim de se obter um cálculo preciso da sua capacidade
financeira.

Além disso, caso seja comprovado que o genitor omitiu informações relevantes para a
determinação da pensão alimentícia, ele poderá ser penalizado por litigância de má-fé.
A litigância de má-fé é uma conduta desonesta no processo judicial, que consiste em
agir de forma contrária à lei, à ética e à boa-fé processual, e que pode ser punida com
multa ou outras sanções processuais.

Outra medida possível é a adoção de um sistema de monitoramento das movimentações


financeiras do genitor, a fim de detectar a existência de rendas não declaradas ou
transferências para contas de terceiros. Essa medida pode ser solicitada ao juiz, que
poderá determinar a quebra do sigilo bancário do genitor, desde que haja indícios
razoáveis de irregularidades.

Em resumo, quando o genitor omite sua renda no processo de alimentos, é possível


adotar medidas legais para responsabilizá-lo pela tentativa de burlar o sistema, como a
realização de perícia contábil, a aplicação de sanções por litigância de má-fé ou a
adoção de monitoramento das movimentações financeiras.

A história da prisão remonta a tempos antigos, quando diversas formas de punição


foram utilizadas como forma de controle social e repressão de comportamentos
considerados desviantes. Na antiguidade, as penas mais comuns eram a pena de morte, a
mutilação, o exílio e a escravidão.

No entanto, a ideia de prisão como forma de punição só surgiu a partir do século XVI,
com o surgimento do sistema penitenciário europeu. O objetivo era substituir as
punições corporais, como açoites e mutilações, por uma forma mais humana e eficiente
de punição.

A prisão penal, ou seja, a privação da liberdade como forma de punição por crimes, foi
criada na Inglaterra, em 1779, por meio do "Ata de Prisão". Nesse sistema, a prisão era
vista como uma forma de reeducação e ressocialização do preso, por meio do trabalho e
da disciplina.

No entanto, a prisão civil, ou seja, a prisão como forma de coagir o devedor a cumprir
uma obrigação de natureza civil, como o pagamento de dívidas, tem uma história mais
antiga. Na Roma antiga, já se utilizava a prisão como forma de coerção para o
cumprimento de obrigações civis. Na Idade Média, a prisão civil foi utilizada
principalmente como forma de garantir o pagamento de multas e impostos.

No Brasil, a prisão civil foi abolido pela Constituição Federal de 1988, exceto em casos
de inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentar e para garantir a
execução de decisões judiciais em processos de depositário infiel.

Em resumo, a história da prisão remonta a tempos antigos, mas a ideia de prisão como
forma de punição e reeducação surgiu no século XVI, com o sistema penitenciário
europeu. Já a prisão civil, utilizada como forma de coerção para o cumprimento de
obrigações civis, tem origem mais antiga, e foi abolida no Brasil, exceto em casos
específicos.
o que pode ser feito na legislação para ser eficiente quanto a execução de alimentos,
sanando os intereses do credor como do devedor?

Existem diversas medidas que podem ser tomadas na legislação para tornar a execução
de alimentos mais eficiente e equilibrada, buscando sanar tanto os interesses do credor
quanto do devedor. Algumas delas são:

1. Celeridade processual: É importante que o processo de execução de alimentos


seja célere, para que o credor possa receber o valor devido o mais rápido possível e o
devedor possa se regularizar financeiramente. Para isso, é necessário que os
procedimentos sejam simplificados e que haja uma maior agilidade nos trâmites
processuais.
2. Penhora on-line: A penhora on-line é uma medida que permite a busca de bens
do devedor de forma mais rápida e eficiente, possibilitando a localização de recursos
financeiros em contas bancárias, por exemplo, e a sua imediata penhora.
3. Prioridade processual: O processo de execução de alimentos deve ter prioridade
em relação a outros processos, para que a cobrança dos valores devidos seja efetiva e
não fique postergada indefinidamente.
4. Acompanhamento judicial: É importante que haja um acompanhamento judicial
efetivo do processo de execução de alimentos, a fim de garantir que as medidas judiciais
necessárias sejam tomadas e que o credor não fique sem receber o valor devido.
5. Multas e sanções: A legislação deve prever multas e sanções para o devedor que
não cumpre com as suas obrigações, como forma de estimular o cumprimento das
decisões judiciais e coibir possíveis fraudes ou manobras para evitar o pagamento dos
alimentos.
6. Regularização da pensão: É importante que a pensão alimentícia seja fixada em
valores justos e adequados às necessidades do alimentado e às possibilidades financeiras
do alimentante, evitando que a dívida se acumule de forma excessiva e que haja uma
sobrecarga financeira para o devedor.

Em resumo, a legislação deve prever medidas que tornem o processo de execução de


alimentos mais ágil, eficiente e equilibrado, buscando garantir o cumprimento das
obrigações de ambas as partes envolvidas e evitar prejuízos financeiros para o credor e
para o devedor.

quais as mudanças em nosso ordenamento jurídico e formas de execução fora a prisão


civil por débito alimentar desde 1973 até os dias de hoje

Desde 1973, quando foi promulgada a Lei de Alimentos (Lei nº 5.478/68), houve
algumas mudanças significativas em relação às formas de execução de alimentos no
Brasil. Algumas das principais mudanças são:

1. Criação da penhora on-line: Em 2001, foi criada a penhora on-line, que permite
a penhora de valores em contas bancárias do devedor de forma mais ágil e eficiente.
2. Ampliação das formas de execução: Antes da Lei nº 11.232/2005, a execução de
alimentos era feita por meio da prisão civil do devedor. A partir dessa lei, foram
ampliadas as formas de execução, permitindo a penhora de bens, o bloqueio de contas
bancárias e outras medidas.
3. Prioridade processual: A partir de 2010, foi dada prioridade aos processos de
execução de alimentos em relação aos demais processos, a fim de garantir que os
valores devidos sejam pagos o mais rápido possível.
4. Alteração na competência para julgamento: A partir de 2015, a competência para
julgamento dos processos de execução de alimentos foi transferida para os Juizados
Especiais, visando uma maior agilidade no processo e garantindo que as questões
relacionadas a alimentos sejam tratadas com a devida prioridade.
5. Estabelecimento de medidas coercitivas: Em 2018, foi aprovada a Lei nº
13.606/2018, que estabeleceu medidas coercitivas para o devedor de alimentos, como a
suspensão do passaporte, carteira de habilitação e outras medidas para garantir o
pagamento da dívida.

Em resumo, as mudanças no ordenamento jurídico brasileiro desde 1973 têm visado


tornar a execução de alimentos mais eficiente e equilibrada, buscando garantir que os
valores devidos sejam pagos sem prejudicar o devedor e utilizando medidas coercitivas
quando necessário.
Desvende o instituto da prisão do devedor de alimentos

A prisão do devedor de alimentos é uma medida prevista no ordenamento jurídico


brasileiro para garantir o pagamento de pensão alimentícia a quem tem direito a receber.
Ela é regulamentada pela Lei de Alimentos (Lei nº 5.478/68) e pelo Código de Processo
Civil (CPC).

A prisão civil do devedor de alimentos pode ser decretada pelo juiz quando o devedor
não paga os alimentos fixados em decisão judicial, ou quando não efetua o pagamento
de acordos extrajudiciais celebrados com o credor. Para que a prisão seja decretada, é
necessário que a dívida seja atual e que o devedor tenha condições de pagá-la, mas se
recuse a fazê-lo.

A prisão do devedor de alimentos é uma medida coercitiva que visa forçá-lo a cumprir
sua obrigação alimentar, mas não tem caráter punitivo. Isso significa que o devedor não
será preso para cumprir pena por não ter pago os alimentos, mas sim para garantir que
ele pague a dívida.

A prisão pode ser decretada por até três meses, mas pode ser renovada se o devedor
continuar sem pagar os alimentos. Ainda assim, a prisão não é a única medida coercitiva
prevista na legislação, e o juiz pode adotar outras medidas, como a penhora de bens e
valores em conta bancária, para garantir o pagamento da dívida.

Vale lembrar que a prisão do devedor de alimentos é uma medida extrema e deve ser
adotada apenas em casos em que outras medidas coercitivas se mostraram ineficazes.
Além disso, a prisão não é aplicada quando o devedor não paga por motivos
justificáveis, como desemprego ou doença. Nesses casos, é possível que o devedor peça
a revisão do valor da pensão, para que ele possa cumprir sua obrigação de acordo com
suas possibilidades financeiras.

qual o amparo Constitucional dos alimentos dentro e fora do Brasil

No Brasil, o amparo constitucional dos alimentos encontra-se previsto no artigo 229 da


Constituição Federal, que dispõe sobre a obrigação dos pais em relação à educação e ao
sustento dos filhos menores. Além disso, o artigo 227 da mesma Constituição estabelece
a proteção integral à criança e ao adolescente, o que inclui o direito à alimentação
adequada.

No âmbito internacional, a obrigação de prestar alimentos encontra respaldo na


Declaração Universal dos Direitos Humanos, que em seu artigo 25 estabelece o direito a
um estilo de vida que assegura a si, sua família saúde proporcionando bem-estar,
incluindo alimentação.

Além disso, a Convenção sobre os Direitos da Criança, ratificada pelo Brasil em 1990,
dispõe em seu artigo 27 que toda criança tem direito a um padrão de vida adequado para
seu desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral e social, incluindo a alimentação.

Outro instrumento internacional que trata do tema é a Convenção Interamericana sobre


a Obligação de Alimentos, adotada pela Organização dos Estados Americanos em 1989.
Essa convenção estabelece a obrigação dos pais, avós e outros ascendentes de prestar
alimentos, além de estabelecer normas sobre a competência e a cooperação entre os
países signatários para a execução de decisões sobre alimentos.

Em resumo, a obrigação de prestar alimentos encontra amparo constitucional e legal


tanto no Brasil quanto em diversos instrumentos internacionais, que visam garantir o
direito à alimentação adequada de todos os indivíduos, especialmente crianças e
adolescentes.

A regulamentação dos alimentos no novo CPC

O Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) trouxe algumas mudanças em


relação à regulamentação dos alimentos em relação ao Código anterior.

Uma das principais mudanças é que, no novo CPC, a execução de alimentos passou a
ser considerada uma fase autônoma do processo, o que significa que o procedimento de
cobrança de alimentos é diferente daquele utilizado para cobrança de outras dívidas.
Essa alteração visa dar mais agilidade e efetividade na cobrança dos alimentos,
garantindo o direito de quem necessita.
Além disso, o novo CPC trouxe a possibilidade de que os alimentos sejam fixados em
valor único para todo o período de sua vigência, ou seja, até que haja nova decisão
judicial modificando o valor. Antes, a fixação dos alimentos era feita em valor mensal,
o que gerava a necessidade de uma nova ação a cada alteração de valor.

Outra mudança importante diz respeito à possibilidade de que a execução de alimentos


seja feita de forma eletrônica, o que traz mais celeridade e eficiência para a cobrança.
Além disso, o novo CPC permite que a prisão civil do devedor de alimentos seja
decretada de forma mais rápida, após a intimação pessoal do devedor e o não
pagamento da dívida em três dias.

O novo CPC também prevê a possibilidade de inclusão do nome do devedor de


alimentos em cadastros de inadimplentes, como o Serasa, o que pode ser uma forma de
pressionar o devedor a pagar a dívida.

Em resumo, o Novo Código de Processo Civil trouxe mudanças importantes em relação


à regulamentação dos alimentos, visando dar mais agilidade e efetividade na cobrança
dessas dívidas e garantir o direito de quem necessita.

fale sobre A lei 5.478/68

A Lei nº 5.478/68 é a lei que dispõe sobre ação de alimentos e tem como objetivo
regulamentar o direito fundamental à alimentação. Ela estabelece normas para a
cobrança de alimentos entre familiares e fixa critérios para determinar o valor dos
alimentos.

A lei estabelece que os alimentos podem ser pedidos por qualquer pessoa que necessite
deles para viver, seja ela criança, adolescente, adulto ou idoso. Ela também prevê que os
alimentos devem ser fixados de acordo com as necessidades do alimentado e com a
capacidade do alimentante de pagar, levando em conta os seus recursos financeiros e a
sua capacidade de trabalho.

Além disso, a Lei nº 5.478/68 prevê que o juiz deve determinar o valor dos alimentos
em uma sentença judicial, considerando as provas apresentadas pelas partes, e que o
valor fixado pode ser alterado posteriormente, caso haja mudanças nas circunstâncias
que justificaram a fixação do valor.

A lei também estabelece os procedimentos para cobrança dos alimentos, inclusive a


possibilidade de prisão civil do devedor em caso de inadimplemento. No entanto, essa
possibilidade foi limitada pela Constituição Federal de 1988, que estabeleceu que a
prisão civil só pode ser decretada em casos de inadimplemento de alimentos decorrentes
de relação familiar, e desde que não haja outra forma de garantir o pagamento da dívida.

Em resumo, a Lei nº 5.478/68 é uma importante norma jurídica que garante o direito
fundamental à alimentação e estabelece as regras para a cobrança de alimentos entre
familiares, garantindo o direito de quem necessita e equilibrando os interesses das partes
envolvidas.

qual a conclusão sobre a lei de execução de alimentos e as diferenças sobre prisão civil
e penal?

A Lei de Execução de Alimentos, Lei nº 5.478/68, é uma importante norma jurídica que
regula a cobrança de alimentos entre familiares, estabelecendo critérios para a fixação
do valor dos alimentos e para a sua cobrança, inclusive a possibilidade de prisão civil do
devedor em caso de inadimplemento.

A prisão civil por dívida alimentar é uma medida extrema que deve ser utilizada apenas
em casos excepcionais, quando todas as outras formas de cobrança se mostrarem
ineficazes. A prisão civil, no entanto, é diferente da prisão penal, que é uma pena
aplicada em casos de crimes, como forma de punição pelo delito cometido.

As diferenças entre prisão civil e penal são significativas. Enquanto a prisão penal tem
como objetivo punir o criminoso, a prisão civil tem como objetivo garantir o
cumprimento de uma obrigação alimentar e proteger o direito fundamental à
alimentação. Além disso, a prisão penal pode ter uma duração determinada pela lei,
enquanto a prisão civil só pode durar enquanto o devedor não cumprir com a sua
obrigação alimentar.
Em conclusão, a Lei de Execução de Alimentos é uma importante norma que busca
garantir o direito à alimentação de quem necessita, estabelecendo regras para a cobrança
de alimentos entre familiares. A prisão civil é uma medida extrema que pode ser
utilizada para garantir o cumprimento da obrigação alimentar, mas deve ser aplicada
com cautela, a fim de evitar abusos e garantir os direitos das partes envolvidas. As
diferenças entre prisão civil e penal são significativas e devem ser levadas em
consideração na aplicação da lei.

qual sua conclusão sobre as diferenças entre prisao civil e penal e a eficiencia em nosso
ordenamento juridico?:

As diferenças entre prisão civil e penal são significativas e devem ser consideradas na
aplicação do direito, uma vez que as duas medidas têm finalidades distintas. Enquanto a
prisão penal é uma forma de punição aplicada a pessoas condenadas por crimes, a prisão
civil é uma medida de caráter excepcional, destinada a assegurar o cumprimento de uma
obrigação específica, como a de pagar alimentos.

Em relação à eficiência do nosso ordenamento jurídico, é importante considerar que a


prisão civil por dívida alimentar tem sido bastante utilizada no Brasil, especialmente em
casos de inadimplemento reiterado ou devedores contumazes. No entanto, há críticas
quanto à efetividade da medida, uma vez que a prisão civil nem sempre garante o
pagamento dos alimentos e pode levar a situações de superlotação carcerária.

Por outro lado, o ordenamento jurídico brasileiro tem buscado outras formas de garantir
o pagamento de alimentos, como a penhora de bens, bloqueio de contas bancárias, entre
outras medidas. Além disso, há um esforço para evitar a prisão civil em casos
devidamente justificados, como em situações de impossibilidade de pagamento por
parte do devedor.

Portanto, é importante que o nosso ordenamento jurídico continue evoluindo na busca


por mecanismos mais efetivos para garantir o direito à alimentação dos beneficiários e,
ao mesmo tempo, proteger os direitos dos devedores, evitando abusos e excessos na
aplicação da lei.
me fale sobre a inscrição do devedor de alimentos nos orgãos de proteção de credito

A inscrição do devedor de alimentos nos órgãos de proteção ao crédito é uma medida


prevista no ordenamento jurídico brasileiro como forma de pressionar o devedor a
cumprir com a obrigação alimentar. Essa medida foi introduzida pela Lei nº
13.105/2015 (Código de Processo Civil) e é uma das possibilidades de execução da
dívida alimentar.

A inclusão do nome do devedor de alimentos nos órgãos de proteção ao crédito, como


SPC e SERASA, pode causar uma série de consequências negativas para o devedor,
como a dificuldade de obtenção de crédito, limitação de acesso a serviços bancários e
financeiros, além de prejudicar a sua reputação perante o mercado.

No entanto, a inclusão do nome do devedor de alimentos nos órgãos de proteção ao


crédito deve ser utilizada com cautela, pois pode afetar o seu direito ao trabalho, à
subsistência e até mesmo ao mínimo existencial. Por isso, a inclusão do nome do
devedor de alimentos nos órgãos de proteção ao crédito deve ser precedida de uma
avaliação das circunstâncias do caso concreto, para evitar abusos e garantir que sejam
preservados os direitos fundamentais do devedor.

me fale sobre os posicionamentos favoraveis e aos contrarios a prisão civil

A prisão civil por dívida alimentar é um tema polêmico e controverso no direito


brasileiro. Existem posicionamentos favoráveis e contrários à sua utilização como meio
de coerção para o cumprimento da obrigação alimentar.

Entre os posicionamentos favoráveis, destacam-se aqueles que entendem que a prisão


civil é uma medida necessária para garantir a efetividade dos direitos alimentares,
especialmente em casos de devedores contumazes ou que se recusam a pagar
voluntariamente. Para esses defensores, a prisão civil é uma forma legítima e eficaz de
compelir o devedor a cumprir com a obrigação alimentar, protegendo assim o direito à
alimentação dos alimentandos.
Por outro lado, há posicionamentos contrários à prisão civil por entenderem que ela
viola direitos fundamentais do devedor, como a liberdade individual e a dignidade da
pessoa humana. Esses críticos afirmam que a prisão civil é uma medida excessiva e
desproporcional, que pode levar a situações de injustiça e abuso. Além disso,
argumentam que a prisão civil não resolve a raiz do problema, que muitas vezes é a falta
de recursos do devedor, e que outras medidas menos gravosas e mais efetivas deveriam
ser utilizadas.

Diante desses posicionamentos, o tema da prisão civil por dívida alimentar ainda gera
muitos debates e discussões no meio jurídico e na sociedade como um todo.

me fale e classifique as caracteristicas do alimento

O Direito de Família regula a prestação alimentícia em casos de necessidade e/ou de


vínculo de parentesco entre o alimentando e o alimentante. Podemos classificar as
características do alimento em:

1. Personalíssimo: o direito ao recebimento dos alimentos é personalíssimo, ou


seja, é intransferível, inalienável e irrenunciável. Isso significa que o alimentando não
pode ceder seu direito de receber alimentos a terceiros.
2. Irrenunciável: o direito aos alimentos é irrenunciável, ou seja, não pode ser
renunciado pelo alimentando nem pelo alimentante, mesmo que este último não possua
condições financeiras para arcar com a obrigação.
3. Imprescritível: o direito aos alimentos é imprescritível, ou seja, não pode ser
extinto pelo decurso do tempo. Assim, mesmo que a pessoa não tenha recebido os
alimentos durante um longo período de tempo, ela pode requerer a prestação alimentícia
a qualquer momento.
4. Incessibilidade: a prestação alimentícia é incessível, ou seja, não pode ser objeto
de penhora, arresto, sequestro ou qualquer outra medida cautelar que impeça o seu
pagamento. Os alimentos devem ser pagos prioritariamente em relação a qualquer outra
dívida do alimentante.
5. Variabilidade: a obrigação alimentar é variável, ou seja, pode ser aumentada ou
diminuída de acordo com as necessidades do alimentando e as possibilidades do
alimentante. A revisão dos alimentos deve ser feita sempre que ocorrer alteração na
situação financeira ou familiar das partes envolvidas.
6. Mútua: a obrigação alimentar é mútua, ou seja, tanto o pai quanto a mãe têm o
dever de prestar alimentos aos filhos, conforme suas possibilidades financeiras e as
necessidades dos alimentandos. Da mesma forma, os filhos têm o dever de prestar
alimentos aos pais na medida de suas possibilidades, quando estes não tiverem
condições de se sustentar.
7. Proporcionalidade: a obrigação alimentar deve ser fixada de forma proporcional
às necessidades do alimentando e às possibilidades financeiras do alimentante. O
objetivo é garantir que o alimentando tenha o necessário para sua subsistência sem
comprometer o sustento do alimentante.

Essas são algumas das principais características do direito alimentar no Direito de


Família. É importante lembrar que cada caso é único e deve ser analisado
individualmente, de forma a garantir a proteção do direito à alimentação de quem dele
necessita.

do desconto em folha de pagamento e outras formas de desconto

O desconto em folha de pagamento é uma das principais formas de garantir o


pagamento de pensão alimentícia. Ele consiste em descontar diretamente do salário do
devedor o valor correspondente ao pagamento da pensão, que será depositado na conta
do credor. Essa forma de desconto é regulamentada pela Lei nº 5.478/68 e tem caráter
prioritário em relação a outras formas de pagamento.

Outras formas de desconto podem incluir a penhora de bens do devedor, como imóveis
ou veículos, ou o bloqueio de contas bancárias. No entanto, essas formas são
consideradas menos efetivas do que o desconto em folha, já que podem ser mais
demoradas e burocráticas, além de não garantirem a regularidade do pagamento da
pensão.
Vale ressaltar que o desconto em folha de pagamento não pode comprometer a
subsistência do devedor, sendo que o valor máximo descontado é de até 50% do salário
líquido. Além disso, é possível recorrer da decisão que determinou o desconto em folha,
apresentando provas de que o pagamento está sendo feito regularmente de outra forma
ou que a medida está causando prejuízos financeiros ao devedor.

da aprovação da lei 799/2011 e outras medidas cabíveis tais como bloqueio de pis e fgts

A Lei nº 12.010/2009, também conhecida como Lei de Alienação Parental, prevê


medidas para coibir a alienação parental e garantir o direito do menor à convivência
com ambos os genitores. Entre as medidas previstas pela lei está o bloqueio de bens do
alienador, como o PIS e o FGTS.

A Lei nº 12.010/2009 também traz a possibilidade de que o juiz determine a inclusão do


nome do devedor de alimentos em cadastros de inadimplentes, como o Serasa e o SPC.
Além disso, a lei prevê que o devedor pode ter seu passaporte suspenso e seu nome
inscrito na dívida ativa da União.

Todas essas medidas têm como objetivo garantir o pagamento da pensão alimentícia de
forma mais efetiva e rápida, principalmente nos casos em que o devedor se recusa a
cumprir com a obrigação de forma voluntária. No entanto, é importante ressaltar que
todas essas medidas devem ser aplicadas com cautela e de acordo com as normas legais,
a fim de evitar que haja violação dos direitos do devedor e que a execução de alimentos
se torne uma forma de punição.

Execução pelo Rito da Prisão e Execução pela Expropriação

A execução de alimentos pode ser feita por dois ritos distintos: o da prisão e o da
expropriação.

A execução pelo rito da prisão ocorre quando o devedor de alimentos não paga o valor
devido e é preso civilmente. Esse rito é uma forma coercitiva de obrigar o devedor a
pagar a pensão alimentícia, sendo que a prisão pode durar até 90 dias ou enquanto o
devedor não efetuar o pagamento do débito.

Já a execução pela expropriação é uma forma mais branda de cobrança da dívida


alimentar, que consiste na penhora de bens do devedor para pagamento do débito. Nesse
caso, o juiz pode determinar a penhora de bens móveis e imóveis do devedor, como
carros, imóveis e contas bancárias, para que o valor da dívida seja quitado.

Ambos os ritos são previstos pela Lei de Alimentos (Lei nº 5.478/68) e devem ser
aplicados de acordo com as circunstâncias do caso concreto. A execução pelo rito da
prisão deve ser aplicada de forma excepcional e subsidiária, ou seja, somente quando a
execução pela expropriação não for suficiente para garantir o pagamento da pensão
alimentícia. Além disso, é importante ressaltar que a prisão civil do devedor de
alimentos é uma medida extrema, que deve ser aplicada com cautela e respeitando os
direitos fundamentais do devedor.

Processo de Execução no Direito Comparado, Execução de Alimentos e o Pacto de San


José da Costa Rica

O processo de execução no direito comparado tem diferenças significativas em relação


ao processo brasileiro, mas em geral busca garantir a efetividade das decisões judiciais e
a proteção dos direitos das partes envolvidas.

No que se refere à execução de alimentos, é importante mencionar que o Brasil é


signatário do Pacto de San José da Costa Rica, que estabelece que o não pagamento de
pensão alimentícia pode levar à prisão do devedor. No entanto, o pacto também prevê a
necessidade de que a prisão seja utilizada apenas em último caso e de forma
proporcional, levando em conta a situação financeira do devedor.

Dessa forma, a execução de alimentos no Brasil deve seguir as regras previstas na


legislação nacional, mas também levar em consideração as normas internacionais
ratificadas pelo país. Além disso, é importante destacar que a execução de alimentos
deve ser conduzida de forma eficiente, buscando garantir o direito do credor sem
prejudicar indevidamente o devedor.
me fale sobre os atos na execução de alimentos
Os atos na execução de alimentos são as medidas tomadas para fazer cumprir uma
ordem judicial que determina o pagamento de pensão alimentícia a um beneficiário.
Esses atos são necessários quando o devedor não cumpre espontaneamente a obrigação
de pagar os alimentos devidos.

A seguir, descrevo alguns atos que podem ser tomados na execução de alimentos:

1. Pedido de penhora: É a solicitação feita pelo beneficiário ao juiz para que bens
do devedor sejam penhorados e vendidos para quitar a dívida alimentar. A penhora pode
ser feita em salário, imóveis, veículos, contas bancárias e outros bens.
2. Bloqueio de contas bancárias: Quando o devedor não possui bens passíveis de
penhora, é possível pedir o bloqueio de suas contas bancárias para que o valor da pensão
seja debitado diretamente.
3. Prisão civil: Em casos extremos, o juiz pode decretar a prisão civil do devedor
por até 90 dias. Essa medida só é aplicada quando todas as outras tentativas de cobrança
falharam.
4. Suspensão de passaporte: O juiz pode determinar a suspensão do passaporte do
devedor até que ele pague a dívida alimentar.
5. Protesto: É a inscrição do nome do devedor em cartório de protesto, o que pode
dificultar a obtenção de crédito e outras transações comerciais.

Cabe ressaltar que a execução de alimentos é um procedimento legal que visa garantir o
direito de alimentos do beneficiário. É importante que as partes cumpram suas
obrigações e evitem a necessidade de medidas judiciais para fazer cumprir uma ordem
judicial.

quais foram suas referencias bibliograficas sobre o que falamos aqui agora?

Como um modelo de linguagem treinado por OpenAI, não possuo a capacidade de


acessar informações sobre minhas atividades anteriores. No entanto, posso fornecer
algumas referências bibliográficas gerais sobre os temas que discutimos:

 Constituição Federal de 1988 (disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm)
 Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002)
 Código de Processo Civil Brasileiro (Lei nº 13.105/2015)
 Lei de Execução de Alimentos (Lei nº 5.478/1968)
 Lei de Alimentos Gravídicos (Lei nº 11.804/2008)
 Convenção sobre os Direitos da Criança (disponível em:
https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_19085.html)
 Declaração Universal dos Direitos Humanos (disponível em:
https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf)

Essas são algumas das principais referências legais para os assuntos que tratamos. No
entanto, existem inúmeros livros, artigos e outras publicações que podem fornecer
informações mais detalhadas sobre cada tópico.

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