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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Ainda assim, não basta apenas que haja a posse, mas sim que esta seja mansa
e pacífica, proveniente da omissão do proprietário na defesa de sua posse.
Portanto, embora haja clandestinidade ou violência para a obtenção da posse,
ocorrendo cessamento desta, e a inercia do proprietário em requer a posse
novamente, será possível ocorrer a posse ad usucapionem.
Para Venosa (2021, p. 192) “Premia-se aquele que se utiliza utilmente do bem,
em detrimento daquele que deixa escoar o tempo, sem dele utilizar-se ou não se
insurgindo que outro o faça, como se dono fosse.”
Partindo para o segundo pressuposto temos o indispensável lapso temporal
como elemento que fundamenta a figura da usucapião. Cabe ressaltar que esse
elemento varia de acordo com a espécie de usucapião a ser utilizada, entretanto, deve
se considerar que a contagem do tempo será ininterrupta.
Por fim o terceiro elemento é definido como animus domini, que basicamente
pode ser definido como intenção do possuidor de agir como se dono fosse.
Desse modo, conforme pautado por Bueno e Oliveira Neto, “Em particular, essa
prova tem especial relevância para a demonstração do animus domini. Quem paga
imposto territorial e taxas incidentes sobre imóvel revela aparência de dono.” (BUENO,
Cassio Scarpinella, e OLIVEIRA NETO, Olavo de, 2017, p.38).
Ou seja, cumpre o requisito quem usufruiu do bem, mas ao mesmo tempo zelou
por ele e cumprindo os deveres legais, como por exemplo no pagamento dos tributos
devidos. Vale lembrar que haverá ressalvas para tal animo de dono, como por exemplo
no caso da locação ou do comodatário.
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Cabe ressaltar que nem todos os imóveis poderão ser objeto de usucapião
como é o caso dos bens públicos, como é expressamente determinado no parágrafo
único do artigo 191 da Constituição Federal “Os imóveis públicos não serão adquiridos
por usucapião” (BRASIL, 1988).
Portanto, a configuração dos três elementos, apesar de imprescindíveis, podem
não ser o suficiente para a configuração da usucapião, devendo ser levado em
consideração a origem do imóvel usucapido.
espécie por mais que tenha mais requisitos que as demais, caso preenchidos, pode
ser uma via mais célere para adquirir a propriedade sob o imóvel.
Dessa forma, a espécie urbana, tratada especificamente nos artigos 183 da
Constituição Federal e 1.240 do Código Civil, garante ao possuidor que mantiver a
posse durante o período de 05 (cinco) anos, com o objetivo de estabelecer moradia,
o direito de usucapir imóvel urbano com até 250 (duzentos e cinquenta) metros
quadrados, desde que não possua outro imóvel urbano ou rural (BRASIL, 1988).
Ambas as espécies de usucapião constitucional apesar dos requisitos extras
podem servir para o intuito de regulação dos imóveis em casos onde não houver o
justo título, ou até mesmo no intuito de reduzir o tempo de espera para poder ingressar
com a demanda.
Por fim, existem as espécies de usucapião coletivo – utilizado para criar um
condomínio entre moradores de baixa renda sob uma área de até 250 (duzentos e
cinquenta) metros quadrados – e a usucapião urbano por abandono do lar – em
situações em que o ex-cônjuge abandonar o lar. Estas espécies são mais específicas,
mais dependentes de elementos específicos e geralmente não servirão como mero
propósito de regularização de imóveis.
É imprescindível que, em qualquer espécie, seja feito o pedido para que seja
declarado o domínio do interessado sobre a área do imóvel, servindo a sentença como
título hábil para poder finalmente realizar o registro junto ao cartório de registro de
imóveis, adquirindo, portanto, a propriedade do imóvel.
3 METODOLOGIA
para a discursão. Na definição de Gil (2022, p.17) “Pode-se definir pesquisa como o
procedimento racional e sistemático que tem como objetivo fornecer respostas aos
problemas que são propostos”.
Considerando os diversos meios de pesquisas possíveis no meio acadêmico,
o presente estudo utilizara a pesquisa exploratória no intuito de definir e compreender
o objeto estudado na presente pesquisa.
Seguindo esta lógica define Gil (2022, p.42) “As pesquisas exploratórias têm
como propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-
lo mais explícito ou a construir hipóteses”.
Neste passo, este método utilizará materiais que já se tornaram públicos e
foram utilizados em pesquisas anteriores, no intuito de acumular o máximo de
informação relevante sobre o tema.
Outrossim, o estudo utilizará também como método a pesquisa bibliográfica,
empregando a coleta de informações através de dados já processados, bem como de
materiais já publicados.
Neste passo acerca da pesquisa bibliográfica define Gil (2022, p.44):
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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