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Instituto do direito civil com intuito de penalizar pessoas que praticam atos
ilícitos e causam prejuízos a outras pessoas. responsabilidade civil é a
aplicação de sanções para ações ou omissões que prejudiquem outras
pessoas
Obrigação x Responsabilidade
Obrigação é um dever jurídico originário, isto é, todos os cidadãos devem
comportar-se de acordo com este ordenamento jurídico.
Responsabilidade trata-se de um dever sucessivo, ou seja, quando ocorre a
violação do ordenamento jurídico, tem-se a responsabilidade.
4 Tipos de Responsabilidade civil
razão da culpa
subjetiva, trata-se de toda responsabilidade civil que deriva de ações de culpa
ou dolo.
Objetiva poderia haver prejuízo para alguém em determinada ação ou
omissão, ainda que não houvesse dolo ou culpa,
natureza jurídica.
contratual, então, a violação que necessita indenização deriva-se de um
acordo contratual.
extracontratual trata-se dos deveres jurídicos originários do ordenamento
jurídico.
Pressupostos
Conduta
Seria a ação causadora do dano
Nexo de casualidade
Trata-se do elo entre o dano e o agente, ou seja, a relação de causa e efeito
entre o ato praticado e seu resultado.
Dano
Dano é, então, a lesão de um interesse jurídico, patrimonial, ou,
extrapatrimonial, que aconteceu devido a um ato ilícito de outro indivíduo.
Moral = violação da honra ou imagem de alguém. Resulta de ofensa aos
direitos da personalidade (intimidade, privacidade, honra e imagem)
Material = prejuízo patrimonial
Requisitos para reparação de Danos
*Violação de interesse jurídico, patrimonial ou extrapatrimonial de pessoas
físicas ou jurídicas *Comprovação ou certeza do dano.
Conclusão
Responsabilidade civil se intercala com o tema da alienação parental pois os
atos de alienação são tidos como condutas ilícitas e causadoras de prejuízo a
outrem, no caso, o genitor alvo da alienação parental é a vítima e experimenta
prejuízos de ordem material e moral. Tal fato pode ser verificado por meio da
leitura do artigo 6º da Lei de regência, segundo o qual em casos de alienação
parental, o juiz poderá impor sanções ao genitor alienador, sem prejuízo da
decorrente responsabilidade civil decorrente de sua conduta (Brasil, 2010).
O fator que determina a dicotomia é a causa ou fonte da responsabilidade. Se
o sujeito violar dever jurídico preexistente genérico, sem que haja relação
jurídica com sujeito determinado, a responsabilidade será extracontratual. Se o
sujeito viola dever jurídico preexistente específico, que ocorre quando há
relação jurídica individual entre o ofensor e a vítima, a responsabilidade será
contratual. A depender do dever jurídico preexistente violado, genérico ou
específico, o regime jurídico das sanções será diverso, assim, a reparação dos
danos decorrentes de responsabilidade civil extracontratual é diversa da
reparação dos danos decorrentes de responsabilidade civil contratual.
Para o presente trabalho será estudada a responsabilidade civil extracontratual,
tendo em vista que a hipótese de responsabilização que se busca investigar
(responsabilidade civil dos pais por atos de alienação parental) não decorre de
uma relação jurídica preexistente entre a vítima e a instituição.
segundo dispõe o Código Civil, em seu artigo 927, aquele que, por ato ilícito
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Este dispositivo faz menção a
outros dois artigos do código, quais seja, os artigos 186 e 187. O parágrafo
único do artigo 927 institui a denominada responsabilidade civil objetiva, que é
aquela na qual a presença de culpa, em sentido amplo, se mostra irrelevante.
De acordo com o comando, haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa 2 , nos casos especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.
Assim sendo, pode-se afirmar que a atribuição de responsabilidade civil ao
alienador visa à reparação do dano e não necessariamente ao pagamento de
determinada quantia, ressaltando-se que não será um montante pecuniário que
por sí só reparará o prejuízo psicológico causado pela alienação parental, mas
integrará um contexto de compensação pelo mal causado, onde além da tão-só
quantia pecuniária também haverá a atribuição de outras incumbências ao
alienador, dentre as quais o custeio de tratamento psicológico do filho,
pagamento de multa a título de punitive damages e submissão a outras mais
sanções dissuasiva (Dirscherl, 2021, p. 111).
A alienação parental
A alienação parental é um fenômeno muito recorrente no país, dado o alto
número de divórcios litigiosos, o que desencadeia diversos conflitos familiares,
frequentemente carregados por mágoas e diversos outros sentimentos
belicosos. Após o término de um casamento ou união estável, comum que a
prole do antigo casal fique sob a guarda de um dos genitores, sendo que a
prática cotidiana demonstra que a mãe tende a permanecer na convivência da
prole. Nesse cenário, o genitor que convive com o filho pode vir a promover
uma campanha de desqualificação do outro genitor aos olhos dos filhos. Tal
fato é, em essência, a tônica da alienação parental. Diante da sensibilidade do
tema, o Congresso Nacional se posicionou, com vistas a regulamentar a
matéria e buscar a prevenção e punição dos atos de alienação parental. A Lei
nº 12.318/2010, reguladora do tema, teve sua origem no projeto de Lei
4.053/08 proposto pelo deputado Regis de Oliveira, tendo sido aprovado pela
Câmara dos Deputados em 26 de agosto de 2010
A Lei nº 12.318/2010